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Banco de Sangue PDF

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Hemoterapia e

Banco de sangue

Profa Alessandra Barone


Prof. Archangelo Fernandes
www.profbio.com.br
Banco de sangue
• Empresa que presta serviços de hemoterapia
e imunohematologia.

• Hemoterapia:
– compreendem as transfusões de sangue total e
seus componentes, como concentrado de
hemácias, concentrado de plaquetas, concentrado
de granulócitos, plasma fresco congelado e
crioprecipitado.
Banco de sangue

• Imunohematologia :
– compreendem as tipagens sanguíneas, pesquisas
e identificação de anticorpos irregulares, provas
de compatibilidade pré-transfusionais, etc
Banco de sangue

• RDC N. 34 de 11 de Junho de 2014

– Dispõe sobre as Boas Práticas no Ciclo do Sangue.


Doação de sangue
• Critérios para a seleção dos doadores :
– Idade:
• Mínimo 16 anos completos e, no máximo, 70 anos
– Frequência e intervalo entre as doações:
• 4 (quatro) doações anuais para os homens e 3 (três)
doações anuais para as mulheres.
– Doenças atuais ou anteriores
– Medicamentos
– Anemia e gestação
Doação de sangue

– Peso mínimo de 50 kgs


– Alergia sintomática
– Alcoolismo
– Atividades
– Níveis ideais de hemoglobina ou hematócrito para
homens e mulheres
Doação de sangue
• Critérios que visam a proteção dos receptores:
– Aspecto geral
– Temperatura
• A temperatura axilar não deve ser superior a 37 ºC
– Imunizações e vacinações
• O aumento dos níveis de anticorpos podem gerar
reações cruzadas com testes imunológicos sensíveis
que utilizam antígenos comuns.
Doação de sangue
– Local da punção venosa
• A pele do doador na área da punção venosa deve estar
livre de lesões.
– Transfusões
• Os candidatos que tenham recebido transfusões de
sangue, componentes sanguíneos ou hemoderivados
nos últimos 12 meses devem ser excluídos da doação.
– Doenças infecciosas
– Enfermidades virais
Doação de sangue
– Enfermidades bacterianas
– Estilo de vida
– Malária
– Doença de Chagas
– Encefalopatia Espongiforme Humana (doença de
Creutzfeldt-Jakob ) e suas variantes
– Hormônio de crescimento ou h. hipofisário
– Cirurgias
Coleta

• Punção venosa com condições assépticas e em


sistema fechado.
• Coleta de 300 a 405 ml sangue para 60/ 65 mL de
anticoagulante.
• Tempo de coleta de aproximadamente 15
minutos.
• Armazenamento a 4 +- 2˚ C
• Para separação das plaquetas: armazenamento a
22 +_ 2˚ C
Hemocentro
Coleta
• Tipos de bolsa utilizadas para coleta:

– Bolsa simples: coleta de sangue total


– Bolsa dupla: para concentrado de hemácias e plasma
– Bolsa tripla: para concentrado de hemácias, plasma e
plaquetas ou criopreciptado
– Bolsa quádrupla: para concentrado de hemácias,
plasma, plaquetas e criopreciptado
Coleta
• Coleta de amostras para provas de laboratório:
– As amostras para os testes laboratoriais devem ser
coletadas a cada doação, no momento da coleta
– Devem ser coletadas diretamente da veia do doador
ao final da doação, assim que a bolsa com o sangue
doado tiver sido separada, devendo ser conferido se
os rótulos da bolsa e dos tubos são iguais.
– Podem ser coletadas por meio de dispositivos
próprios integrados ao sistema de bolsa de coleta.
Componentes sanguíneos
 Concentrado de hemácias:
 lavadas
 congeladas
 com camada leucoplaquetária removida
 desleucocitadas
 rejuvenecidas
 Componentes plasmáticos:
 plasma fresco congelado
 plasma isento do crioprecipitado
 crioprecipitado
 albumina *
Componentes sanguíneos

• Concentrados plaquetários
– Plaquetas desleucocitadas
• Concentrado de granulócitos
• Selante de fibrina
• Componentes sanguíneos irradiados
Preparação dos componentes
sanguíneos
Concentrado de Plasma fresco
glóbulos

Sangue total

Concentrado Crioprecipitado
de plaquetas
Selante de fibrina
Imunohematologia

• Determinação da tipagem sanguínea ABO


– Direta e reversa
• Determinação do antígeno Rh (D)
– Pesquisa de D fraco
• Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI)
Sorologia

– Obrigatória a realização de exames laboratoriais


de alta sensibilidade em todas as doações.

– O sangue total e seus componentes não podem


ser transfundidos antes da obtenção de resultados
finais não reagentes
Sorologia
• Hepatite B
• Hepatite C
• HIV-1 e HIV-2
• Doença de Chagas
• Sífilis
• HTLV-I e HTLV-II
• Hemoglobinopatias
Sorologia
• Hepatite B:

– Pesquisa de HBsAg (ag superfície) , anti-HBc (ac


para ag central) e ALT
– Janela sorológica 54-56 dias
– Métodos imunoenzimático e
quimioluminescência.
Sorologia
• HBsAg – Detecta antígenos de superfície do vírus da hepatite B
• Anti-HBs – Detecta anticorpo contra o antígeno de superfície do vírus
da hepatite B
• Anti-HBc IgM – Detecta anticorpo IgM contra o antígeno CORE do vírus
da hepatite B
• Anti-HBc – Detecta anticorpo total (IgG + IgM) contra o antígeno CORE
do vírus da hepatite B
• HBe Ag – Detecta antígeno “e” do vírus da hepatite B
• Anti-HBe – Detecta anticorpo contra o antígeno “e” do vírus da
hepatite

Quadro agudo Análise da evolução clínica da infecção


Cinética da evolução dos marcadores
sorológicos durante a hepatite B aguda
Cinética da evolução dos marcadores
sorológicos durante a hepatite B crônica
Sorologia
• Hepatite C – anti HCV:

– Teste imunoenzimático ou por


quimioluminescência
– Janela sorológica: 70 dias
– Teste confirmatório - NAT
Cinética de evolução dos marcadores
sorológicos na hepatite C
Sorologia
• Malária:
– Nas regiões endêmicas com transmissão ativa :
parasitológico/hematológico – gota espessa
– Nas regiões endêmicas sem transmissão ativa :
sorológico - IFI

• Citomegalovírus:
– Não obrigatório se for transfundido sangue
desleucocitado nestes grupos de pacientes.
Sorologia
• Chagas

– Métodos imunoenzimático e HAI


– Janela sorológica: 57-100 dias
– Reação cruzada com Leishmaniose
Sorologia

• HTLV I e II – Vírus linfotrópico humano

– Teste imunoenzimático ou por quimioluminescência


– Teste confirmatório não obrigatório.
– Janela imunológica: 36 a 72 dias (ELISA)
Sorologia
• Sífilis
– Deverá ser realizado:
– Um teste não treponêmico
• VDRL - Veneral Disease Research Laboratory
• RPR - Rapid Plasma Reagin
– Um teste treponêmico
• TPHA – Treponema pallidum Hemagglutionation
• ELISA
• FTA-ABS -Fluorescent Treponemal Antibody Absorption
Sorologia
• HIV I e II
– Triagem sorológica com utilização de dois testes
distintos.
• Elisa e quimioluminescência
– Casos positivos: Teste confirmatório IF
– As amostras com resultados indeterminados ou
negativos ao teste de IF podem ser submetidas ao
teste de Western Blot
– Amostra reagente = presença de, no mínimo, 2
(duas) bandas dentre as gp 160/120, gp 41 e p24
INFECÇÃO/DOENÇA TESTE JANELA (DIAS)

Doença de Chagas EIA 57 a 100

Sífilis EIA – Treponêmico 30 a 45

Infecção pelo HBV EIA – HBsAg 59


EIA – Anti-HBc 80 a 90
NAT-DNA* 34

Infecção pelo HCV EIA-Ac (2.a geração) 82


EIA-Ac (3.a geração) 70
EIA-Ag 14 a 17
NAT-RNA* 11 a 14

Infecção pelo HTLV-I EIA 51 (36 a 72)


Infecção pelo HTLV-II EIA ?

Infecção pelo HIV-1 EIA-Ac (IgG) 28 a 30


EIA-Ac (IgM) 22
EIA-Ag 16 a 17
NAT-RNA* 9 a 11
Sorologia
 Hemoglobinopatias
 Pesquisa de inclusões eritrocitárias;
 Pesquisa de Corpos de Heinz;
 Resistência osmótica;
 Corrida eletroforética em pH Alcalino;
 Corrida eletroforética em pH Ácido;
 Dosagens de HB A, A2, FETAL e S.
 A confirmação de HbS não descarta a bolsa, só limita
seu uso
Exemplo de hemoglobinas variantes que correm juntas em condições de
diferentes pH.
RDC
• Testes de triagem reagentes para doador
antigo:
– Identificar a data da última doação e verificar o destino
dos componentes plasmáticos.
– Determinar o descarte imediato da bolsa de plasma ou de
crioprecipitado que esteja armazenada em qualquer
serviço de hemoterapia .
– Descartar a produção de reagentes (painéis, controles)
– Caso a unidade de plasma tenha sido enviada para o
fracionamento industrial, a indústria que recebeu o plasma
deve ser comunicada por escrito.
RDC
– Encaminhar a amostra de sangue da última
doação, em que foi identificada a soroconversão,
para a realização dos testes confirmatórios.
• Exame confirmatório reagente:
– Convocar o doador para a coleta de uma nova
amostra, repetir os exames nessa mesma amostra
e informá-lo sobre o resultado dos exames.
– Caso os exames confirmem o diagnóstico, excluí-
lo temporária ou definitivamente, dependendo da
doença.
RDC
• No caso dos marcadores HIV, HCV, HBV (HBsAg), HTLV I/II,
deve-se proceder à investigação dos receptores das doações
realizadas em até 6 (seis) meses anteriores a última doação
não reagente/negativa.

• No caso do marcador Anti-HBc (HBV), deve-se investigar os


receptores para última doação não reagente/negativa se caso
esta tiver ocorrido em até 12 (doze) meses
Teste inicial

Reagente Não-reagente

Repetição em duplicata

Reagente em
Não reagente
1 ou nos 2
nos 2 testes
testes

Descartar a
bolsa

Convocar o Liberar a bolsa para uso


doador
RDC

• O serviço de hemoterapia deve informar à autoridade de


vigilância em saúde e vigilância epidemiológica competente
sobre os doadores com resultados reagentes/positivos dos
testes laboratoriais de repetição para doenças transmissíveis
pelo sangue.
RDC

• O serviço de hemoterapia deve manter plasmateca ou


soroteca de cada doação, com as amostras devidamente
identificadas, registradas e armazenadas em temperatura
igual ou inferior a 20ºC negativos, por período mínimo de 6
(seis) meses.
Aférese
• Processo que consiste na obtenção de determinado
componente sanguíneo de doador único, utilizando
equipamento específico (máquina de aférese), com retorno
dos hemocomponentes remanescentes à corrente sanguínea.

– Terapêutica: remoção de determinado hemocomponente,


com finalidade terapêutica, com retorno dos
hemocomponentes remanescentes à corrente sanguínea
do paciente
Aférese
• Plasmaférese

– Realizado por médico hemoterapêuta


– Doação de plasma
– Duração média de 150 minutos
– Intervalo mínimo de 48 hrs
– Não exceder 4 doações num período de 2 meses
– Não exceder , anualmente, 12 doações
Aférese
• Plaquetaférese

– Doação de plaquetas
– Duração média de 90 minutos
– Deve ser realizado contagem de plaquetas acima de
150x109 L/sangue
– Sem uso de AAS nos últimos 5 dias
– Intervalo mínimo de 48 horas
– Doação máxima de 4 vezes /mês ou 24 vezes por ano.
Aférese
• Leucaférese

– Doação de leucócitos
– Utilização de agentes mobilizadores de
granulócitos
• G-CSF e corticosteroides
• Agentes hemossedimentantes - Pentaspan
– Leucócitos superiores a 5.000/µL
Aférese
• Eritrocitaférese

– Doação de hemácias
– Utilizada para :
• Síndromes falciformes
• Hiperparasitemia
• Reação hemolítica grave,
• etc
Células progenitoras hematopoéticas
• Podem ser obtidas:

– A partir do sangue periférico: CPHSP


– A partir da medula óssea: CPHMO
– A partir do sangue umbilical e placentário
Células progenitoras hematopoéticas
• Coleta de CPHSP deverá ser realizada:

– Pós mobilização
• Quimioterápicos
• Fatores de crescimento
– Por aférese
– Material deverá ser acondicionado em bolsa
própria para hemocomponentes
– Identificação com tipagem ABO/Rh
Células progenitoras hematopoéticas
• Coleta de CPHMO deverá ser realizada:

– Centro cirúrgico
– Por meio de múltiplas punções do espaço medular
– O material deverá ser submetido à filtração para
remoção de partículas.
– O material deverá ser acondicionado em bolsa
própria para hemocomponentes
– Identificação com tipagem ABO/Rh
Células progenitoras hematopoéticas

• As bolsas deverão ser submetidas a testes


microbiológicos para fungos, bactérias
aeróbias e anaeróbias.
BSCUP
• Banco de sangue de cordão umbilical e
placentário – BSCUP
– Em 2001, o INCA inaugurou o Banco de Sangue de
Cordão Umbilical e Placentário
– Rede Brasilcord :
• INCA - Rio de Janeiro
• Hospital Albert Einstein
• Hospital Sírio Libanês
• Hemocentros da Unicamp e de Ribeirão Preto
• No restante do Brasil funcionam as unidades de
Brasília, Florianópolis, Fortaleza e Belém.
BSCUP

O sangue do cordão é uma das fontes de células-


tronco para o transplante de medula óssea.

Indicado para pacientes com leucemias, linfomas,


anemias graves, anemias congênitas,
hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas,
mieloma múltiplo, além de outras doenças do
sistema sanguíneo e imune.
Coleta de sangue

Ilustração disponivel em http://www.hemocord.com.br/porquecoletar/qualafinalidade.aspx


BSCUP
• Algumas competências do BSCUP:

– Seleção das gestantes


– Recebimento, análise e processamento das células
progenitoras hematopoéticas
– Realização exames laboratoriais
– Conservação e armazenamento das células
– Disponibilização das unidades para distribuição
BSCUP
• Doação:

– Gestantes com idade de 18 a 36 anos


– Idade gestacional igual ou superior a 35 semanas
– Peso fetal igual ou superior a 2 kg
– Ausência de processos infecciosos
– Trabalho de parto sem anormalidade
BSCUP
• Alguns critérios de exclusão:
– Sofrimento fetal grave
– Feto com anormalidade congênita
– Temperatura materna superior a 38 ºC durante o
trabalho de parto
– Gestante com situação de risco acrescido para
transmissão de doença infecciosa transmissível
pelo sangue
– Doenças neurológicas degenerativas, doenças
metabólicas ou outras doenças genéticas
BSCUP
– Gestante em uso de hormônios ou drogas que se depositam nos
tecidos;
– Histórico de doenças hereditárias do sistema hematopoético:
• doença falciforme,
• talassemia,
• deficiências enzimáticas,
• esferocitose,
• eliptocitose,
• anemia de Fanconi,
• porfiria,
• plaquetopatias,
• neutropenia crônica, outras doenças de neutrófilos
BSCUP
• Coleta:
– Sistema fechado
– Quantidade igual ou superior a 70 ml, excluído o
anticoagulante
– Número total de células nucleadas superior a 5 x
108.
– O tempo entre a coleta e o início de
processamento não deve exceder 48 horas.
– Criopreservação à temperatura de 135° negativos
BSCUP
• Testes laboratoriais realizados na mãe :

– Utilização da primeira amostra de sangue colhida


no dia do parto ou em até 48 horas
– Utilização de segunda amostra entre o segundo e
sexto mês após o parto
– Testes de triagem para doenças infecciosas
transmissíveis, toxoplasmose e eletroforese de Hb.
BSCUP
 Testes laboratoriais realizados na unidade de
sangue coletada:
 Eletroforese de hemoglobina;
 Tipagem de HLA-A, HLA-B e HLA-DR;
 Tipagem sanguínea ABO e Rh;
 Testes para quantificação de células progenitoras hematopoéticas:
 contagem de células CD34 positivas, por citometria de fluxo;
 número de unidades formadoras de colônias granulocíticas
monocíticas (CFU-GM);
 Teste de viabilidade celular;
 Testes para detecção de contaminação bacteriana, aeróbica e
anaeróbica, e fúngica.
BSCUP
• Liberação da unidade de SCUP
– Após avaliação clínica do recém-nascido, com
resultado normal, realizada entre dois e seis
meses após o nascimento, e resultados não
reagentes ou negativos dos testes para:
• doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue e
doenças genéticas, realizados em amostra do sangue
materno, no momento da coleta.
BSCUP

– doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue realizados


em amostra do sangue materno, entre dois e seis meses
após o parto;

– detecção de contaminação bacteriana aeróbica,


anaeróbica e fúngica na unidade de SCUP, realizados
previamente à criopreservação
BSCUP
• Para a liberação de uma unidade para o
serviço de transplante, o BSCUP:

– deve receber uma amostra do sangue do


candidato a receptor e encaminhar uma alíquota
do SCUP para o serviço de transplante, para
realização de testes de HLA.
FIM

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