Pequenas Percepcoes Jose Gil
Pequenas Percepcoes Jose Gil
Pequenas Percepcoes Jose Gil
I' edi
diçção - 1005
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Si diccato N : u ;iona
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R21 8
Razzão Nô
Ra Nômmade o r g u n i z u d o r D u ni e l Lms: Churle- F;:ii )~. I~L+ - R .· de
J an e i r o : F o r e n s e U n i v c ::::rr s i t á r i : 1 , 20 05 .
Trad
raduç
uçãão do capfru
frullo A
Ass peq
equuena
enass percepçõe
cepçõess Alin
inee \l;.,fI Yiee ir.r de Ara
,fI..: Yi Araújo
újo
I S B N 8 5- 1 1 8- 03 87-7
CDD 111.3
CDe 161
P r oi b id o a r e p ro d u ç ã o t o t a l o u parc i a l , d e qu a lq u e r fo r m a \
o u p o r qu a l qu e r m e i o e l e t rô ni c o ou m e c â ni c o , se m perm i ss ssãã o
ssaa d o E d i t or ( L e i n 9.610. d e 19
e xp r e ss 19..2.19
2.19998).
R e se r va d o s o s d i r e it o s d e pr op r ie d ad e d e s t a e d i çã
çãoo p el a
EDITOR ORA A FO FORE
RENSE
NSE UNIVER VERS SITÁRIA
Rio de Lane aneiiro: R u a d o R o s ár i o, 100 - Centro - C E P 200 200--11-002
T e l s . /F ax : 150
5099-3
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48/22509
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7395
95
nadorr P a u l o E gf d io , 72 - s l j / sa l a 6 - C e ntro - C E P O I 006-0 I O
au/o:: Se nado
S ã o P au/o
T el s. / F ax : 3104-200 04-20055 /3104-039 3966 / 3107-0841
e-maii l : e d h o r a t â 'f o r e n se
e-ma seuu n i v e r s u ar ia . c om . or
h t t p :/:/ /II
II WW. f or e n s e u n i ve r s i t a r i a . c o m . br
Imprress
Imp ssoo 11 0 B r a s il
110
Prínttril in Bm-
Prín Bm-IIt
present ção
L u iz L O r la n d i
como oca
ocassião de goz
gozoo, po
pouuco importa rta,, con
onta
tannto que se lei
eiaa como
quem pega ondas se semm a ilus
usóória certeza de j á es estar
tar dom
omin
inaand
ndoo o
mar inteiro
ro.. Que o leitor se apro roxxime dos te texxto
toss com essa alma
As Pequenas Percepções
oséé G i l *
Jos
1. Em Diiere
Diierença
nça e r e p etiçã
etiçãoo em qu
quee sururgge pela prim
rimeeira vez a
noção leibni nizziana de peque quennas percep
ercepççõe
ões,
s, esesttas não cessam de se
tornnar objeto de um trat
tor ataament
entoo vago e ambímbíguo
guo:: dedessde o princí-
pio rejei
ejeittad
adas
as e ide
denntif
tifiicadas com o virtu tuaal e com o inconscient ntee
(tra
rattar-
ar-se
se--á mesmo de um mic icrroinco
oinconnscien entte ), elas ser serãão defini-
tiva
tivammente substi tittuídas pelo mole moleccular ular a partir de O an antti Édi
dippo.
Não exa xamin
minaarem
remosos aqui as raz azõe
õess de tal aband ndoono. Se reto-
mamoss tal no
mamo noçãçãoo é porqu rquee ela nos parece poder con onttribuir par araa a
conssti
con tittuiçã
içãoo de uma semi emióótica do infinita tammente peque equenno, neces-
sária à int inteeli
liggibi
ibillidad
idadee de um grande número de fen fenôômeno noss (em
múlúlttip
ipllos domínios nios,, com omoo a esté téttica
ica,, a etnologi
etnologiaa, a psiquiatri
iquiatria,a, a
retórica). Não ten entar
taréérnos fa fazer
zer nenhu nhuma ma elabor aboraação teór eóriica
ca;; lili--
mitar--no
mitar noss-ernos a mo mosstrar a pertinên inênccia da id idééia de pe pequ
queenas
percepçõe
percep çõess no campo da per perccepepçã
çãoo da obr obraa de art rtee.
2. A descri riçção que se segue se serrá forçoçosa
sammente esque uemmáti tica
ca,,
simplifficada, redu
simpli eduzzida e red edut
utoora. Der ereer-no
r-noss-em
-emosos apenas no qu quee
impoorta par
imp araa a nos osssa proposta ta,, a saber, o papel des eseemp
mpen enhhado pe pe--
las pequenas percepçõe õess no pr proocesso percep epttivo do objeto artí rtíssti
ti--
co (de pr preeferênci
ncia,
a, visua uall).
Tomeemos a pe
Tom perrcepção de um qu quaadro. Distingu tinguiiremo
remoss nela
três
tr ês fa
fases,
ses, que co corrre
resspondndeem a tr trêês regimeimess do olha lharr:
J o sé G i l , p r o f e s s o r c a r e d r á r i c o d a U n i v e r s i d a d e N o v a d e L i s b o a , é a u t o r d e d i v e r so s
l i v r o s e m port
ortug uguuês e fr a n c ê s.
20 Raz
azão
ão N ô m a d e
a) Um
Umaa pe
perc
rceepção tr triivia
iall (ou merament mentee cognitiva) das for-
mas (uma paisagem agem,, linlinhhas
as,, figuras geométricas cas)). Fase de recog-
n i ç ã o , ou de aperc erceepção
pção,, de uma estra rannhez
ezaa queue,, no entanto,
compor
com portta sem
sempr
pree elementos fa fami
millia
iarres.
b A perce
erceppção de um outro espaço ou lu
luga
garr , no qual o
olhar descobre outros movimentos e outras relações entre as for
olha for--
mass, entre as cores, outros espaços e lu
ma luzes
zes.. Tr Trat
ataa-se então da
perc
ercep epçção não tr triv
iviial de um nexo dife difere rent
ntee que átrave avess ssaa os ele-
mentos pictóricos os.. O olh olhar
ar per
perce
cebe
be,, ness essee mom oment
ento,
o, um umaa ou outrtraa -
combinação ou composição do espaço, dá dáss cores e do te tempo
mpo.. Em
um certo sent ntiido
do,, precisar
ecisarííamos ir mai maiss longe, pois o espec especttador
entra no qu quaadro
dro,, torna-se part artee dele le . Te
Texxtos belíss íssiimos de Kan-
din
insk skyy, em O l h a r e s s o b r e o p a s s a d o desc
escrerevem
vem es esssas tran
transsforormma -
çõess e esse salto do olhar para o nív
çõe níveel não trivial das estrut rutuuras
não aparentes ou escondidas das.. Notem temos os que o pin inttor tem plena
consciê
con sciênci
nciaa des essses dois ní nívvei
eiss de perce rcepç pçãão, e trab abaalh
lhaa a fi fim ele
que o olh lhaar desl sliize facilmen entte de um para o outro. Eis um elemen men--
to qu quee é prprec
ecis
isoo levar em conta na técn cnica
ica - ou co cozin
zinhha - do ar-
tista,, visto que nada está dado na natureza para qu
tista quee su suaas form rmas as
ofereçam o belo ao olhar, co commo dizia Kant nt..
c) Por fim, em uma terc erceir
eiraa fas
ase,
e, o que muda é a pe percrcepção
epção do
conjunto das formas. Mais des eslloca
ocam menentto entre a percep ercepçção tri rivvial
e a não tri rivvial. Pelo contrário, pois nessa fase essas mesmas for ormma s
que parecem tri triviai
viaiss se ani
anim mam co com m uma vida pr próópr ia. O objet
pria. bjetoo
deixxa de ser ob
dei objejeti
tiva
vammente
ente pe perrcebid
ebido, o, atr avés--de su
através suasas sisilh
lhue
uettas
ou A b s c h a t tu n g e n por porqque cada percepção sing nguular se oferece por
inteieirro ao olhar, se sem m aspectos obscuros ou dissimulados: uma ca-
banaa na praia de uma tela de Malév
ban éviitch não possui um umaa pared
paredee de
fundo, mas, ao mes mesmomo tempo, não se po podede fa fallar qu
quee lhlhee falte essa
paredredee (não ve vem mos a parede e, ao mesmo te tempo
mpo,, qu querereemos vê vê--Ia).
Dorav avaante, cada forma va vaii se insereriir em um umaa mulrip
mulripll i c idade vir ir--
r u a l obtida pelo de dessloca
locame
mennto do nível triv triviial para o ní nívvel perc
percep ep--
:; 0 não tr triivial
ial..
Razzão Nô
Ra Nôm
made 21
Este terc
Est erceir
eiroo ní
níve
vell de percepçãoão,, que poder
oderííamo
amoss cham
hamaar de
estét
étiico
co ou artístico
tístico , co
com
mporta três caracterí
caracteríssti
tica
cass ess
ssen
encciais.
Em primeiro lug ugaar, trivial e não trivial coin
inccidem nesse níve vell, mas
deiixa
de xamm aberta essa dif ifer
eren
ença
ça.. O olhar vê muito bem a pai aisa
saggem
otrbajnestfivoarm
, aadsocsa, sasc, has
eioár
árv
s vor
ore
dees,foroçsa,camponeses.
como se umNao inetnetnansifi to,cação
ific ele osda
vês
das
formas e das cores tivesse se produzido por conta da coincidência
do triv riviial e do não triv riviial (a estrutur turaa escondida que agora é visí-
vel). Em segund gundoo lu lugar
gar,, a pe
perc rcep
epçã
çãoo tri
trivvial
ial,, ainda que es estteja pre-
.sen
sentte, dei deixxa de ser pregna egnant ntee. Ela passa para o último plano plano,,
enqu
nquaanto as rela laçções, qu quee ante
ntess eram não visíve síveiis, chegam ao pri pri--
meiro plano ano.. E, por fim, a percepçã epçãoo não se dá mais como sim-
ples
pl esm mente cognitiva ou un uniicament
mentee se sens
nsooria
iall. Tr
Traata-se agora de
ubem
ma-supce
bem- erdceidpção
ced de forçaso ; Cos
o é poderos
poderoso Cost
e dtumam
umamos
e umaostel
telaadiqzueer tqenuhe a ufmracaqss
uaado
droo,
ssad
diría
iríam
mos ququee é fraca ou que não produz nenhum impacto ; tra ra--
ta--se de um
ta umaa lin
lingguage
agemm de forças.
Porquue aqui
Porq quilo
lo qu
quee to
torrna singular essa marina de Turner, par paraa
além de sua composição osição,, da organização de seus elemento lementoss e de
s~uus s.ignos , é uma certa qua
s~ quallidade da força que emana da tela la..
Essa qualida
alidadede tems
emsLLEJ-sintens
sintensiidade
dadess própria
próprias,
s, suas velo loccidades de
cor e de profundidadeidade.. Ela possui sui,, ao mesmo tempo, modul dulaçõ
açõees
infinitas da força que dela se emana, e uma singularid
infin ridad
adee que faz
com
co m que sesejjaum Turnerner,, e que dentre as telas de Turner seja essa a
mari
arinna em questão, e não uma outra.
De onde vem essa dupla característica da força artí artísstica? O
que é uma linlingguagem das forças? E por que toda obra de arte é um
reservatóriio ines
reservatór inesgo
gottável de força
forças?
s?
Re
Reccordemos brevemen umarriamente) o que L e ibni
evementte (e suma ibnizz
escrev
escrevee so
sobbre as pequ
equeenas percepções, já que a percepção de um
quadr
qu adroo reve
revella uma dinâmica de percepções mínimas as..
O prim
primeeir
iroo níve
vell tri
rivvial remete-
e-nnos a repre
prese
sent
ntaçõ
açõees e forças
mac
acrrosc
oscóópi
piccas (melhlhoor dizendendoo, a representa
presentaçções que absororvem
vem
22 Razão Nô
Nôm
mad
adee
for
orças
ças imperceptí
mperceptívvei
eis)
s).. Ora, quando o olhar descobr escobree as relaç
lações
ões
dissimuulad
dissim ladas
as que constitutituem
em o nexo da obra ra,, surg
surgee um
umaa esesppécie
de nuvem de pequena uenass per
perccepções que primeiro en envolve
volve e depois
impregna e traransfo
nsforrma as formas visívei
veiss tr
triiviai
viaiss; no fina
nall, qua
quando
ndo
o quadro é percebid
ercebidoo na sin ingul
gular
ariidad
dadee de su suaa foforrça
ça,, é aind
aindaa de
bloc
blocoos de pequena
uenass percep
cepçõçõees que precis isam
amosos..
Isto é, o que permite defi finir
nir a foforrça como um invisíve vell visí
sí--
vel , à man
maneeira de MerMerlea
leauu-Ponr
onryy com resp speit
eitoo aos traços de Klee lee,,
não é a presença de algo vi vissível ququee o olhar capt ptuura na forçforçaa. Por-
que é po
p ossív
íveel que o olhar não captute tute,, ma
mass qu quee ele próp óprrio sofra
uma transformaçã
nsformação. o. E, sosobbre
retud
tudo,
o, não podem demos os nos fe fech
char
ar na caca--
tegoria da presença
presença feno
fenomemenol
nolóógicaca,, esestte invisíve
sívell qu
quee a arte tor-
naria visí
sível
vel.. Estamos diante de um outro tipo de fenômen menoo.
Como é sa sabid
bido,o, Leib
Leibni
nizz cara~a~ter
teriz
izaa as pe pequen
quenaas perce cepp-
çõees pela aus
çõ ausêênc
nciia de consciê iênc
ncia
ia de si: elas são perc ercep
epçções sem
apercepção
percepção,, mas acomp compaanha haddas de consci ciêência
cia.. Por não te terem
rem
consci
nsciênênccia de si si,, são ins
insen
ensíveis
síveis ou imperc
mperceeptíveis
ptíveis , ou seja,
incoonsc
inc sciente
ientess. Incncoonsci
scient
entes
es porqu
porquee micro roscó
scóppicas ou porqueorque,, se
uniidas uma
un mass às outra ras,
s, não se dei deixxam dis isttinguir. Ou ain indda poror--
que,, se fraca
que fracass ou pou
poucco int ntens
ensaas, não chchega
egam m a teterr um
umaa pererce
ceppçã
çãoo
disstin
di inta
ta de si mesmas. I\I\;;
Leibninizz gosta de dar muitos exe xem
mplos: o bar barulh
ulhoo do mo moiinho
que se apag
que agaa em nososssa conscisciêência por meio do hábi bitto e da repeti-
ção.. O ba
ção barulh
rulhoo não deixa de impr mpresesssion
ionaar menos a noss ssaa audiçã
udiçãoo,
mas não o ouvimo uvimoss mais - ele se tornou uma pe percepç
rcepçãão inconsci nsci--
ente
te.. Ou o ex exempl
emploo do brabraddo da dass onda
ndass do mar, co comp
mpososto
to de ruíruí--
dos múltipltiploos das pequenas ond ndas
as que faz azeem partrtee dele. Ouvi vimmos
apen
enasas o br
braado da grande onda da,, da qual, ent ntre
rettanto, não ter terííamo
amoss
connsciê
co sciênci
nciaa se apree eend
ndêêss
sseemos também as impressõ ssões
es se sennsíveis
micr
icroscó
oscópic
picas
as da infinidad
inidadee de ondas pequena quenas,s, das qua uais
is não te-
mos uma consc sciên
iênccia distinta ou consci nsciêência do todo.
As peque
equena
nass perc
erceepções, escr
escrev
evee Leib
eibni
nizz, são percebidas con
on--
fusaamen
fus mente
te em suas partes e claram
larameente no seu conju njunto
nto . A per-
Razzão Nômade
Ra 2.-
.-))
cepção confusa
confusa não possui ele
lem
mentos suficien
ienttes para que
poss
ossam
amos
os defi
finni-Ia, aind
ndaa qu
quee pos
ossa
samos
mos disstingu
di
das outra rass. A
gui-
i-IIa
idéia co
connfusa não se opõe à id
não mas à id
idééia clara, mas idééia di
disstint
intaa. Há,
então
tão,, idéia
iass (ou perce
ceppções) simulta
ltannea
eamen
mente
te clara
rass e co
confu
nfussas;
uma forç
uma orçaa, e sua percepçã
çãoo é gagarrantida pel
elas
as pequ queenas percepções
ões::
há um
umaa cocont
ntiinuidade absolu
olutta no mov oviiment
entoo das percep
ercepções
ões,,
mesmo qu
quaando não nos aperce
cebbemo
moss dele
le.. O prin
inccípi
pioo de conti-
nuiidade
nu - psicológica, mas também metafí
físsica - se apóia na exis-
tênci
ciaa das pequenas perce
ceppções.
Iss
ssoo significa di
dizzer qu
quee podemos reun
unir
ir em um
umaa outra ca
cattego
ego--
ria as pequenas percep
epçõ
çõees quee garantem
qu a passage
gem
m de uma ma-
cropercepção à out
utrra. Nã
Nãoo se trata mais de pe
peqquenas perc
erceepçõe
çõess,
com
como compon
ponent
entees do br
brado da gr
gran
andde onda, mas de per
erccepçõe
çõess
intersticiais, de
inters descr
scriitas nos fenômenos que Leibni nizz evoca:
evoca: infinitas
pequenas percepcepçõ
çõeses marc
rcaam a transição entre a vigília e o so
sonno,
24 Raz
azão
ão Nô
Nômad
madee
entre a cor
entr ordda estendi
didda e a corda relaxa
laxadda do arco co.. Entre as duas
mac
acrrope
operrcepções passamos por um umaa in
infin
finid
idaade de estados intinteer-
med
ediá
iárrios aos ququaais correspo
responnde uma inf infini
inida
dadde de percepepções
ções
infinites
infinit esimais
imais..
Essas pequ quena enass percepções dife ferrem das pr prec
eceedentes porq orquue
não compõem nen enhuhuma
ma macroper ercep
cepçção visíve sívell. Ei
Eiss como Leibeib--
niz as descreve no Pref refiici
iicioo aos Novos ensa saiios sobre o entendimento
humanno: São elas [as pequenas per
huma ercep
cepções]
ções] qu quee foforrmam esse não
sei o quê uê,, es esse
sess go gosstos, ess ssaas imagen
imagenss; da
dass qual
ualid
idad
adees dos sentid
entidoos,
claras no co conju
njunt ntoo, ma mass conf
confuusas nas partes, essas im imppressões que
os corpos vizinh nhoos provocam em nós, que envolvem o infinito,
essa liga igaçção qu quee cada ser possui com o resto do uni univverso
rso.. Po
Pode
demmos
dizer que, por conseqüência dessas pequen uenaas percepções, o pr pree-
sente está pl pleeno do futur uroo e carregado do passado, que tudo é
( crO}
crO}ll T I V O lC l . T I C I .\ l TCI., como dizia Hipó ipócr
craates), e que, na menor das
sub
ubsstântânciaciass, os olhos tã tãoo penetrantes quanto os olh lhos
os de Deueuss po
po--
deriam ler toda a sucessão das coisas do unive niverrso.
so.
As pequenas percepções asseguram também a continu tinuid
idad
adee
entr
entree a co
consc
sciiênc
nciia e o inc
inconsc
onscie
iennte, cont
ntiinui
nuiddade na esesccala das
percepções das mônadas. Há infinitos graus de consciência por-
que há uma infinidade de estados interm termeedi
diári
árioos - desde aqu queele
das mônad
ônadaas to
toddas nuas , da Monadnadol
ologia
ogia no ququaal a cons
onsciên
ciênccia
é captura
uradda por uma espspéécie de tu
turb
rbil
ilhhão e de vertigem, até os es-
tados de percepção clara e distin
tinta
ta que ex exccluem toda confusão. \
Podemos
Podem os,, en
então
tão,, co
connside
siderrar do dois
is tipo
poss de pequequeena
nass perc
ercep
ep--
ções:: a) as pe
ções perc
rcep
epçõ
ções
es in
infin
finiites
tesiima
maiis, imperceptív
ceptíveeis
is,, visto que são
pequenas dema emaiis para serem percebida dass. Tem
Temos os umumaa ~on onssciênci
ciênciaa
subliimina
subl narr delas, como aque quella ququee acocompanh
mpanhaa o barulho das on-
dass pe
da peqque
uennas; b) as pequenas percepções, qu quee recobre
recobrem m as des des--
cont
ntiinui
nuiddades aparentes entre as perc ercep
epçõe
ções.
s. De fatofato,, ainda que a
questã
ques tãoo não seja tra
rattada por Leibniz, não podemo
moss reduz
duziir esta ca-
teg
egooria à prime
meira
ira,, em nome do continu um cujo tecido é formad
nuum ormadoo
Razã
Razãoo Nô
Nôm
made 25
quê que nos revela exatamente o contrário: ele esconde umaant ntii-
paria profunda, mesmo uma hostilidade. Todavia davia,, apapena
enass um
olhar penetrante captura o desloc
deslocaamento entre aquilo que o so sorrri-
so pretende exprimir e o que realmente exprime. Esse de dessloca-
mento é percebido graças às pequenas percepções: trat ataa-se de um
sorr
sorris
isoo im
impper
erce
ceppti
tive
velmente
lmente hipócrita.
Uma análise simpleimpless most
mostrraria que o deslocamento se es esta
tabe
be--
lece entre o conreconrexxto
totthab
habiitual das linhas de rosto que acom comppa-
nham esse sorriso e um novo contexto criado por uma ínfim nfimaa
mudança de um ou dois ele lementos
mentos;; mudança não suficientemen-
te grande para que a qualidade do sorriso se altere de man aneeira per-
ceptível e já bastante efic icaaz para fazer surgir uma diferença de
contex~Q
conte x~Q__ que perturbe ( imperc mperceeptiv
ptiveelmente
lmente ) a perc
erceepção do
sorriso
rriso J'?
'?iito de outra forma, as pequ queenas percepçõe
ercepçõess na nasscem de
um deslocamento entre dois cont contex
exttos: Ico
com
m ef efei
eito
to,, a sombr braa que
nasceu nesse sorriso não remete a um um o-utro sorriso que se dissimu issimu--
laria por trás de uma aparên ênci
cia,
a, mas a uma ~iferença interna sur-
gida na prÓpria_J9 J9...lma do sorri orrisso sincero. Orá rá,, ess
essaa diferen
diferençaça
interna - que se dissolve em uma diferença entre dois co conte
ntexxtos
tos::
um, habitual, tornado virtu irtuaal; o outro, novo, tornadtornadoo atual- nã nãoo
tem foforrma vis isíível
vel já que essa sombr sombraa de sorri orrisso é apapenas uma se se--
para
pa ração
ção,, umumaa dife iferrença, um vazio azio..
Entntreta
retant
ntoo, perc rceebemos
bemos al algguma coisa que se prende ao sor or--
risso visível
ri sível.. Cham
hameemo-Ia de o con conttorn
rnoo de um vazio.
Se tomarmos o exe exemp mpllo de uma palavra que repentinamente
acumulla pequenas percepções que lhe invertem o sentido, tería-
acumu
mos um deslocamento entre dois conte contexxtos (de entonações, de
gestos
stos,, de sosonns, mes esm
mo de situaçõe uaçõess globais de enunciaenunciaç ção
ão)) e obte-
ríamoss pequenas percepçõe
ríamo cepçõess de silênci ncioo, de separações entre as pa-
lavr
la vraas ou as frases
frases,, ou entre os contex textos
tos.. A sombra imperceptíve vell
(e, no ent ntaanto
nto,, pe perrcebida
cebida), ), lançad
ançadaa sobr bree es
essasa pa
pala
lavr
vraa, pode
poderria ser
chamada de o contorno do silênc nciio.
O que supõe que capturaríamos mais do que uma seqüência
isolada de pequenas percepçõ çõees; capturaríamos quase uma forma
(um contorno ). Precisaríamos dizer que se trata, pro provvisoriamen-
te,, da forma de uma ausência.
te
Como diz Le Leiibniz
bniz,, as pequena equenass percepções são es essa
sass im
impr
pres
es--
sõees dos corpo
sõ rposs vizinhos que envolvem o infinito infinito . ElElas
as co
com mpõem
nuvvens ou po
nu poei
eirras (expr(expreessão de Le Leibn
ibniz)
iz).. Preferimos chamar es-
sas popoeeiras de atrn atrnoo s j e r a s Poi
Poiss as pequenas percepções fornecem
impre
imp resssõ
sõees confusas mas globais lobais,, em constante movimento. E,
antes de compor macropercepções - antes que as miríades de pig-
t::
mentoss de amarelo e' de azul que se agit
mento itaam se misturem para
definir o verde -, há uma espécie de tendência anunciada e pres-
sentid
entidaa no turbilhão das pequenas percepções: is issso é a atmosfera ra,,
Essa tend
tendêêncnciia é, na ve verdade
rdade,, umumaa força
força.. Ela possui uma in in--
tens
ensididaade e um umaa direç eçãão. Percebemercebemoos a natureza da força na at-
mosfe
mo sfera
ra que já anuncia o que vai se mostrar do ponto de vista da
macro
acroppercepção. No ent ntanantto, em sua indeterrninaç
indeterrninaçãão, a atmo atmossfe-
raj
ajáá possui um vetar tar,, um quant quantumum intinteensivo, um tônus.
Precisa
ecisarríamos dizer que a atmosfera desenha a forma da força.
O n nãão sei o quê quê que capturam pturamosos no sorriso amistoso é uma at-
mosfer
mosf eraa pr
preci
ecissa, a for
orm
ma de uma fo
forrça que atravess
essaa as pequena
nass
..
percepções
ções.. E se a so
somb
mbra
ra do so
sorri
rriso
so esb
sbooça o contorno de um vava--
zio,
zio, é ju
jussta
tam
ment
entee a forma desse con
onttorn
rnoo qu
quee nos remete à forma
da força.
5. Binswang
angeer e Tell
lleenbach, depo poiis Deleuze e Guatt
Guattaari
ri,, se in-
teress
teressaaram pela noçã
noçãoo de atmo
tmosf
sfeera
ra.. Pr
Prececiisemos, então
tão,, alguns asas--
pec
ecttos de tal noção
ão..
Se a atm
atmos osfe
fera
ra é fei feita
ta de tensõnsões
es entre micro croppercep
rcepçõe
çõess é por-
quee re
qu resu
sullta de in invest
vestiiment ntos
os de afeto que ab abrrem os corpo poss. Na
verrda
ve dadde, é o co corp
rpoo que percebe a atm tmososfer
feraa, sua de dennsida
sidadde, sua
por
oroos idade, sua rar areefa
façção, seu te teoor de acolh lhiimento ou de ex excclusão,
sua veloclocididaade de transfor ansform mação, sua ru rugos
gosididad
adee ou, às vez ezees, se
seuu
aveelud
av ludaado que nos atra raii como uma doen ença
ça.. Se o corpo per perccebe to to--
das essas mo moddululaações da força é porque es esttá aberertto, ou se sejja, suas
pró
rópr
priias for forças
ças enenttrararam
am em conta tatto com as for orças
ças da at atmo
mossfera ra..
Pois a at atmo
mossfera ind induuz à ab a bertu
rturra dos corpos rpos,, co connvi
viddandndoo à osr srno
no--
se. Ela co connst
stiitui um m io que impr mpregegnna ime medi diaatam
tameentntee os corpos
corpos,,
queebrando a ba
qu barrre
reiira ququee sep
sepaara o int nteerioiorr do exterior, um corpo
de outro co corrpo
po,, os co corrpos e as coisas as..
Eis o que a distingue nitidam tidameente do conte contexto
xto que é visíve vell e
red
eduutí
tíve
vell a um conju njunnto de relações ou de sign gnoos, que é se sern
rniioti
tizá
zá--
vell. A atmo
ve mossfera é in inffra-semi
emióótica
ica,, ela se este tend
ndee em um con
tin
tinuu
uum m Compr
mpreeend ndeemo
moss, en entã
tãoo, que o ínfimo des esllocame
ocament ntoo dos
conte
ntextos
xtos pode produ duzzir pe pequ
queenas perce ceppções: atr trav
avéés da fraturturaa,
assim aberta, exal
ass exalaam fo forrças rapidament ntee captadas pelas forças do
corp
orpoo. Há toda uma di dinâm
nâmiica da as asma
mass e do exterior e do do interior
( um in te teri
rior
or coextensivo ao ex exte
terio
riorr , di
dizz Deleuze)ze):: a reversão do
esppaço inter
es eriior para a supe perrfíc
fície
ie da pele, a dilata tação
ção do espaço do
corpo (v (viirtu
rtuaal, pro rollongan
ganddo os limites do co corp
rpoo para além da
pele)
e),, o invevesstim
timen
entoto e a qu quas
ase-in
e-insscri
criçção dos afeto afetoss nas coisas e
nos cor
corppos. A quase-i e-innsc
scriçào
riçào ou, mamaiis pre
preccisam
ameente, a cri riaação de
um meio-ent entre
re as co coiisas e os co corrpos que pe perte
rtenncem a ele, já que a
atmo
at sferaa é aérea
mosfer rea.. Os corpo poss estão sern ernii-abe
aberrtos na atmo tmossfe
ferra. O
/
28 Raz
azãão Nôm
ômaade
invest
estiime
mento
nto afeafeti
tivvo não se aplic icaa excxcllusivamente a um objet etoo de-
terminado
minado:: está no ar . (M (Maas uma at atmo
mossfera pode se form ormaar en-
tre dois co corrpos, como no enc ncanantoto,, no carisma ma,, na sedução ão,, na
influ
nfluêência de maneira geral, ou na simples amizade de.. Mas então é
por
orqu
quee esses corp
corpoos se diss issiipar
araam nas rnu nulltipli
pliccid
idaade
dess de parparttícu-
las ou singularida ridadedess que co connstitu tueem agora a atmo tmossfera
era.. Adora ra--
_mos seserr afet
fetados
ados em mil pon pontostos.).)
Agorra podemos co
Ago comp
mprreeeender
nder o que ac acoontece qua uand
ndo,o, na per er--
cepção de um quadro ro,, de
desscobobririm
mos as-es uturras escondida
esttrutu ndidass sob
as fo
form
rmasas trivia
iviaiis. De repenepentte, um desloca camen
mento to se es esttabele
lecce en
en--
tre essas form
ormasas e o seu novo con onttexto (que nã nãoo é maimaiss o da paisa-
gem simp mplelesm
smeente visível el)). Eis as mesmas casas e os mesmos
Razão Nô
Nôma
madde 29
um deveviir-for
-form
ma int nteensi
sivvo - isso ( o a arn rnrr ca _C
_C..ê~ -:::: -:-:
-:--~;
~;::,::
uma fo forrça.
Preeferimo
Pr ferimoss evocar um out utro
ro probl blem
ema:
a: se a percep cepçã
çãoo da OO OOf f
de art
rtee é an
antes
tes de tud udoo cap aptturada pelo cont contoorno de um vazio ou
pelo contornornoo de um sil ilêênc
nciio - de onde jorra a for form ma singu gullar de
uma força -:-' ent entãão é pr preeciso ent nteend
ndeer ess
ssaa os
osm
mose estética (que que..
chamarí
chama ríamos
amos tradicional
radicionalm menentte de comunicaçã
comunicaçãoo ) como transfe-
rência e mistura de vazio ioss.
Primeiramente,, qu
Primeiramente quer
erememosos pre reccisar que a forma de um umaa força
supõõe o contorno de um vazio
sup io.. Por não possuir traçado figura gurall, ela
constitui a qualidadidadee in inten
tenssiv
ivaa pró rópri
priaa à atmosfer
atmosferaa do qu quaadr
dro.
o. Ela
não delimita um contorno (nem se encontra encerrada nele le).
). Pe Pello
contrá
cont rário
rio,, em seu espaço singular, não encontra bordas (por (porque
que
há sempre o infinito na per ercepç
cepçãoão estética), ainda qu quee sej
ejaa sem
empre
pre
limitadaa a partir do exteri
limitad terioor (p(peelo objeto que est stáá no espaço obje-
tivvo; e pela
ti lass figuras triviai
iaiss que não deideixxam de ser vistas). Se a re ress-
peito da forma trata-se agor oraa de uma força e não de uma figura, é
porque entr ntree a nã
nãoo-d
-deelimitação internad adaa atmosfer
osferaa e seueuss limitetess
extern
rnos
os se estende uma fa faixa
ixa vazia, uma se sepparação não visí isívvel: o
interva
ervalo
lo que marca a aut utoono
nom mia parado doxa
xall de umumaa força que pos-
suii um
su umaa formormaa . O intinteervalo é o c ontontor
ornno do vazio, qu quee é o vazio
de uma di disstância (qu
quee des esttaca a atmosfera intensiva do quadr adroo de
sua perc rceepção trivial ). É esse vazio qu
ial). quee ab
abrre ten
enssõesqu
quee povoa ovoam m a
atmo
tmossfera
fera;; e é p or
orque ele separa a fo forrça das formas tri rivvia
iaiis e das re-
present
prese ntaçõ
açõeses (que poss ssuuem um po podder entrópico
pico,, absorv
absorvend endoo e
disso
dissollve
vend
ndoo a energia) que tal forç rçaa tem uma form formaa a forma de
um vazio de form rmaas (ququee parte da separação entre dois conte texxtos)
s)..
Daí, então, a in inte
tens
nsid
idad
adee pura, co conncentrada
entrada,, amplific
lificaada, satura-
da , da força que conf
da nfeere toda a pregnânc
pregnânciia percepriv ivaa à sua
for
ormama .
Maso que é esse vazio? É pr preecis
cisoo di
dizzer que es
esse
se vaz
aziio - uma
uma
differença
di erença,, um interval
aloo, algo irr
irrepres
epreseentado - é o que se acha ins-
/
30 Raz
azãão Nô
Nômade
made
crito na obra como não-inscrição inscrição.. É o lug ugaar de um umaa não-i -ins-
ns-
crição.
O que é uma não-in insscri
criçção? Tal idéia vem de Ferenczi erenczi,, e sere
ere--
mos ba basstant
antee bre
brevves ao evocá
vocá--Ia. Há tra rauma
umass psíquico
íquicoss tãtãoo in
in--
tensos que provoc ocaam um efeito de sid ideeração. Tud udoo se apaga da .
consciênciia e do incons
consciênc consccient e. o trauma não se inscreve. No seu lu- .
iente.
gar surge um branco psíqu síquiico . De outra maneir neiraa, no que diz re ress-:
peii IO à u;nsfe
pe nsferrência e à contratransferê
ratransferênncia, Pierre Félida se..
ocupouu dessa noçã
ocupo noçãoo de bra ranc
ncoo psíquico
psíquico . A dificficuuldade do ana-
lista
lista,, insi
sisste Ferenc
Ferenczzi, surge da ausência de qualquer traço do trau-
ma,, até me
ma messmo no inconsci nscieente.
Transforma
ransformanndo do--se essa idéia de não-i o-innscrição, é possível le-
vá-Ia pa
vá-Ia parra outros domínios. Por exemplo mplo,, ao pr próp
ópri
rioo cerne da vida
sociial. O horror das image
soc gens
ns dos mass ssacr
acrees, visto
istoss na televisão
isão,, ra
ra--
ram
ameente se inscscrev
reveem - ainainda
da que ela lass nã
nãoo dei
deixxem de ter seu euss efei
efei--
tos:: É po
tos porrque, curi
uriosa
osament
mentee, elas sideram, no se senntido de Ferenczi
erenczi,,
ultrapass
assaam o limiar atual de tole lerrância ao sofrimento, mas tam-
bém
bé m porque as condiç
condiçõões midi diáátic
ticaas de comunicação das imagens
provvoca
pro cam
m uma anes esttesia dia
diant
ntee das imagens do sofr sofriimento dos
outrros. Assistimos a elas, e aquilo que deveríamos expe
out perrimentar
não é mais experimentado ado.. Não é mais o trauma o que si siddera, so-
mos nós que já estamos, de antemão, siderados e anestesiados,
im.uuzados contra os traumas e a violência. Tornamo-nos bran-
cos psíquic
íquicos
os;; ou melhor
hor,, praias cada vez mais extensas de brancos
psíquuicos inva
psíq vaddem nossa consciciên
ênccia e nos
osso
so in
inco
cons
nsccie
ient
ntee.
Trata-se de um fato banal e ba bastante óbv
bviio. Po
Podería
deríam
mos partir
de pequenos fenômenos tão sutis quant quantoo aqu
aqueele que Walter Ben-
jamin descrevia quando, ao fa fallar do
doss transpo
ransporrtes públ
blic
icoos, notava
que, sem dúvida alguma, os ser serees humanos jamais conseguiàm se
manter sententaados um em face do outro, sem se falar, por muito
tem
te mpo. O não-evento
evento,, a evap
vapooração do sentid idoo, a não
não--inscriç
criçãão se
torrnaram constantes na vida co
to cottidiana do hom
homeem ocide dent
ntaal.
Razão Nômade 31
32 Razão Nômade