ACAP
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Pública competências que a lei não preveja por- do Código do Trabalho e remete para legislação
que estes só podem agir com fundamento na entretanto revogada;
lei e dentro dos limites por ela impostos (n.o 2 A cláusula 81.a, n.o 1, alínea b), «A ilicitude do
do artigo 266.o da Constituição e artigo 3.o do despedimento», contraria a alínea b) do
Código do Procedimento Administrativo); artigo 429.o do Código do Trabalho, por não
A cláusula 39.a, n.o 1, alínea b), «Garantias dos indicar o motivo étnico como fundamento da
trabalhadores», contraria a alínea d) do ilicitude do despedimento;
artigo 122.o do Código do Trabalho, na parte A cláusula 81.a, n.o 3, alíneas b) e c), «A ilicitude
em que condiciona a diminuição da retribuição do despedimento», contraria o artigo 430.o do
do trabalhador a autorização do ministério res- Código do Trabalho e remete para legislação
ponsável pela área laboral. Tem-se em consi- entretanto revogada;
deração que a convenção colectiva não pode A cláusula 81.a, n.o 5, «A ilicitude do despedi-
atribuir aos órgãos da Administração Pública mento», por restringir o princípio geral para
competências que a lei não preveja porque estes apreciação da justa causa consagrado no n.o 2
só podem agir com fundamento na lei e dentro do artigo 396.o e contrariar o disposto no n.o 2
dos limites por ela impostos; do artigo 383.o do Código do Trabalho;
A cláusula 39.a, n.o 2, «Garantias dos trabalhado- A cláusula 81.a, n.o 6, «A ilicitude do despedi-
res», prevê fundamentos de resolução com justa mento», contraria o artigo 456.o, n.o 4, em con-
causa do contrato de trabalho por parte do tra- jugação com o artigo 383.o, n.o 2, ambos do
balhador que não estão previstos no artigo 441.o Código do Trabalho, por restringir o âmbito de
do Código do Trabalho, tendo em consideração protecção em caso de despedimento de repre-
o disposto no n.o 2 do artigo 383.o do mesmo sentante dos trabalhadores;
Código; A cláusula 111.a, n.o 1, alínea a), «Direitos especiais
A cláusula 41.a, n.os 1 e 2, «Transmissão do esta- das mulheres», contraria o artigo 49.o do Código
belecimento», contraria o artigo 318.o do Código do Trabalho, de 29 de Julho, por limitar a dura-
do Trabalho, porquanto consagra um regime ção da protecção da segurança e saúde de tra-
diferente do legalmente previsto. Atendendo a balhadora grávida, puérpera ou lactante;
que o regime legal corresponde à transposição A cláusula 111.a, n.o 1, alínea c), «Direitos especiais
da Directiva n.o 2001/23/CE, do Conselho, de das mulheres», contraria o artigo 39.o, n.o 3, do
12 de Março, relativa à aproximação das legis- Código do Trabalho, por estabelecer regras con-
lações dos Estados membros respeitantes à trárias ao princípio da igualdade;
manutenção dos direitos dos trabalhadores em A cláusula 112.a, n.o 1, «Proibição de discrimina-
caso de transferência de empresas ou de esta- ção», remete para legislação entretanto revogada
belecimentos, ou de partes de empresas ou de pelo artigo 21.o, n.o 2, da Lei n.o 99/2003, de
estabelecimentos, o referido regime não pode 27 de Agosto.
ser afastado pela convenção;
A cláusula 54.a, n.o 1, alínea a), e n.o 3, «Isenção
de horário de trabalho», contraria o artigo 177.o Não sendo viável proceder à verificação objectiva da
do Código do Trabalho, por limitar as situações representatividade das associações outorgantes, proce-
de admissibilidade de isenção de horário de tra- de-se conjuntamente à respectiva extensão.
balho e prever a sua autorização por parte do A extensão das convenções terá, no plano social,
ministério responsável pela área laboral. Tem-se o efeito de melhorar as condições de trabalho de um
em consideração que a convenção colectiva não conjunto significativo de trabalhadores e, no plano eco-
pode atribuir aos órgãos da Administração nómico, promove a aproximação das condições de con-
Pública competências que a lei não preveja por- corrência entre empresas do mesmo sector, pelo que
que estes só podem agir com fundamento na se verificam as circunstâncias sociais e económicas jus-
lei e dentro dos limites por ela impostos; tificativas da extensão.
A cláusula 61.a , «Trabalhadores-estudantes», Embora as convenções tenham área nacional, nos ter-
remete para legislação revogada pela Lei mos do Decreto-Lei n.o 103/85, de 10 de Abril, alterado
n.o 35/2004, de 29 de Julho; pelo Decreto-Lei n.o 365/89, de 19 de Outubro, a exten-
A cláusula 65.a, n.o 2, «Duração de férias», con- são de convenções colectivas nas Regiões Autónomas
traria o artigo 212.o, n.os 2 e 3, do Código do compete aos respectivos Governos Regionais, pelo que
Trabalho, por não prever direito a férias no ano a portaria apenas será aplicável no continente.
da contratação em relação a trabalhadores admi- Foi publicado o aviso relativo à presente extensão
tidos no 2.o semestre; no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 1, de
A cláusula 71.a, n.o 1, alínea e), «Faltas justifica- 8 de Janeiro de 2005, na sequência do qual várias asso-
das», contraria o n.o 1, alínea a), do artigo 225.o, ciações sindicais vieram deduzir oposição:
em conjugação com o artigo 226.o, ambos do
Código do Trabalho, por estipular duração dife- A FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindica-
rente das faltas justificadas dadas por altura do tos do Comércio, Escritórios e Serviços opõe-se
casamento; à extensão aos trabalhadores por si represen-
A cláusula 73.a, «Efeitos das faltas no direito a tados, em virtude de ser subscritora de conven-
férias», não se mostra conforme com o ção colectiva própria e por estar em causa o
artigo 232.o, n.o 2, do Código do Trabalho, por direito constitucional de contratação colectiva.
não salvaguardar o gozo efectivo de 20 dias úteis A convenção colectiva de trabalho a que se refere
de férias; acha-se publicada no Boletim do Trabalho e
A cláusula 80.a, n.o 11, «Processo disciplinar para Emprego, 1.a série, n.os 2, de 15 de Janeiro de
despedimento», contraria o n.o 4 do artigo 411.o 1998, e 46, de 15 de Dezembro de 2000;
N.o 96 — 18 de Maio de 2005 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 3431
A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Tra- 5 — A presente portaria do CCT entre a ACAP —
balhadores de Serviços pretende que as altera- Associação do Comércio Automóvel de Portugal e
ções do CCT entre a ACAP — Associação do outras e o SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de
Comércio Automóvel de Portugal e outras e o Escritório, Serviços e Comércio não é aplicável aos tra-
SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de balhadores filiados nos sindicatos representados pela
Escritório, Serviços e Comércio não sejam exten- FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhado-
sivas aos trabalhadores por si representados por res de Serviços, no Sindicato dos Técnicos de Vendas
entender que contêm disposições que reduzem do Sul e Ilhas e no SINDEL — Sindicato Nacional da
direitos dos trabalhadores, designadamente em Indústria e Energia.
matéria de duração de trabalho; 2.o A presente portaria entra em vigor no 5.o dia
A FEQUIMETAL — Federação Intersindical da após a sua publicação no Diário da República.
Metalurgia, Metalomecânica, Minas, Química
O Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social,
Farmacêutica, Petróleo e Gás opõe-se à extensão
José António Fonseca Vieira da Silva, em 20 de Abril
aos trabalhadores por si representados.
de 2005.
As pretensões formuladas, face à sua relevância,
mereceram, pois, acolhimento. Portaria n.o 485/2005
Assim: de 18 de Maio
Ao abrigo dos n.os 1 e 3 do artigo 575.o do Código
do Trabalho, manda o Governo, pelo Ministro do Tra- O contrato colectivo de trabalho celebrado entre a
balho e da Solidariedade Social, o seguinte: Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de
1.o — 1 — As condições de trabalho constantes dos Portugal e outras e o SETACCOP — Sindicato da Cons-
contratos colectivos de trabalho celebrados entre a trução, Obras Públicas e Serviços Afins e outros, publi-
ACAP — Associação do Comércio Automóvel de Por- cado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 29,
tugal e outras e o SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de 8 de Agosto de 2004, objecto de rectificação publicada
de Escritório, Serviços e Comércio e entre as mesmas no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 2, de
associações de empregadores e a FETESE — Federação 15 de Janeiro de 2005, abrange as relações de trabalho
dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços e outros, entre empregadores e trabalhadores representados pelas
insertos no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, associações que o outorgaram.
n.o 27, de 22 de Julho de 2003, e o primeiro objecto As partes outorgantes da convenção requereram a
de rectificação publicada no Boletim do Trabalho e extensão da convenção referida às relações de trabalho
Emprego, 1.a série, n.o 6, de 15 de Fevereiro de 2004, entre empregadores e trabalhadores não representados
são estendidas, no continente: pelas associações outorgantes e que no território nacio-
nal se dediquem à mesma actividade.
a) Às relações de trabalho entre empregadores não A referida convenção actualiza a tabela salarial. O
filiados nas associações de empregadores outor- estudo de avaliação do impacte da respectiva extensão
gantes que exerçam a actividade económica teve por base as retribuições efectivas praticadas no sec-
abrangida pelas convenções e trabalhadores ao tor abrangido pela convenção, apuradas pelos quadros
seu serviço, das profissões e categorias profis- de pessoal de 2000 e actualizadas com base no aumento
sionais nelas previstas; percentual médio das tabelas salariais das convenções
b) Às relações de trabalho entre empregadores filia- publicadas nos anos subsequentes.
dos nas associações de empregadores outorgan- Os trabalhadores a tempo completo deste sector, com
tes que exerçam a referida actividade económica exclusão dos aprendizes e praticantes e do residual, são
e trabalhadores ao seu serviço, das aludidas pro- 44 494, dos quais 14 324 (32,19 %) auferem retribuições
fissões e categorias profissionais, não represen- inferiores às da tabela salarial da convenção, sendo que
tados pelas associações sindicais outorgantes. 5,6 % auferem retribuições inferiores às convencionais
em mais de 6,9 %.
2 — A retribuição do nível 13 da tabela I das tabelas É no escalão com diferenciações até 2,9 % que se
salariais do anexo I, bem como dos grupos I, II, III e IV situa a maioria dos casos de não cumprimento.
das convenções, apenas é objecto de extensão em situa- Considerando a dimensão das empresas do sector,
ções em que seja superior à retribuição mínima mensal é nas empresas pertencentes ao escalão de dimensão
garantida resultante da redução relacionada com o tra- até 10 trabalhadores que se encontra o maior número
balhador, de acordo com o artigo 209.o da Lei de profissionais com remunerações praticadas inferiores
n.o 35/2004, de 29 de Julho. às convencionais (12,71 %).
3 — Não são objecto de extensão as cláusulas 12.a, A convenção actualiza também o abono para falhas
n.o 2, 16.a, 37.a, alínea h), 39.a, n.os 1, alínea b), e 2, em 2,9 %, o subsídio de almoço em 5,9 % e o pagamento
41.a, n.os 1 e 2, 54.a, n.os 1, alínea a), e 3, 61.a, 65.a, de refeições a motoristas e ajudantes entre 3,6 % (peque-
n.o 2, 71.a, n.o 1, alínea e), 73.a, 80.a, n.o 11, 81.a, n.os 1, no-almoço) e 4,6 % (almoço, jantar ou ceia). Não se
alínea b), 3, alíneas b) e c), 5 e 6, 111.a, n.o 1, alíneas a) dispõe de dados estatísticos que permitam avaliar o
e c), e 112.a, n.o1. impacte destas prestações. Atendendo ao valor das
4 — A presente portaria não é aplicável aos traba- actualizações e porque estas prestações foram objecto
lhadores filiados nos sindicatos inscritos na FEP- de extensão anterior, justifica-se incluí-las na extensão.
CES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do As retribuições previstas no anexo I, relativas aos gru-
Comércio, Escritórios e Serviços e na FEQUIME- pos 9 e 12 das funções de produção e 11 a 16 das funções
TAL — Federação Intersindical da Metalurgia, Meta- de apoio, e no anexo I-A, relativas aos grupos 8 e 12
lomecânica, Minas, Química Farmacêutica, Petróleo e das funções de produção e 13B a 19 das funções de
Gás. apoio, dos aglomerados de partículas, contraplacados