Rondonópolis - MT 2016
Rondonópolis - MT 2016
Rondonópolis - MT 2016
Rondonópolis - MT
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Rondonópolis - MT
2016
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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Agradeço à minha família por todo incentivo e apoio prestado ao longo destes anos de
graduação.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Aguinaldo Soares de Oliveira por suas orientações e
auxílios, sempre com boa vontade e disposição em ensinar.
Aos meus amigos que sempre me incentivaram e torceram pelo meu sucesso.
Aos colegas de trabalhos Arthur Scarparo Mattoso e Gisele F. S. Gunha por terem me
auxiliado com informações importantes referentes ao projeto e produção da fábrica.
“A sabedoria não nos é dada. É preciso descobri-la por nós
mesmos, depois de uma viagem que ninguém nos pode poupar ou
fazer por nós”
This work consists of the design and manufacture of a continuous screw conveyor
with frequency inverter for use in a Biodiesel industry. Inside the biodiesel manufacturing
process, the screw conveyor will serve for dosing soybeans that were lost in the process,
causing losses to the company. The project application is justified to gain savings and time as
such equipment has eliminated the manual service workers and to increase production with
uniformity and safety. This work provides all the theoretical foundation for the design and
selection of mechanical components so that meets the needs of the plant, as well as a cost
analysis to characterize the economic viability of equipment. Drawings for manufacture and
assembly are also presented.
h Horas
m Metros
mm Milímetros
min Minutos
s Segundos
Kg Quilograma
lb Libras
ft Pés
ton Toneladas
pol Polegadas
Kw Kilowatt
Cv Cavalo-potência
W Watt
V Volts
A Ampéres
Lista de símbolos
f Folga [mm]
Fp Fator de pá [Adimensional]
P Potência [W]
TQ Torque [in-lbs]
W Peso [lb]
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 16
1 METODOLOGIA ............................................................................................................... 17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................18
2.1 Máquinas de elevação e transporte.............................................................................18
2.1.1 Classificação das máquinas de elevação e transporte.......................................18
2.1.2 Parafuso de Arquimedes....................................................................................20
2.2 Transportadores Helicoidais.......................................................................................21
2.2.1 Tipo tubular e tipo calha....................................................................................22
2.2.2 Componentes....................................................................................................24
2.2.3 Tipos de hélices ...............................................................................................25
3 PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO BIODIESEL.........................................................30
3.1 Descrição do processo de produção..........................................................................30
3.1.1 Recebimento....................................................................................................30
3.1.2 Preparação.......................................................................................................31
3.2 Fluxograma geral de produção...................................................................................32
3.3 Implantação do transportador helicoidal....................................................................33
4 CONCEPÇÃO DO SISTEMA ......................................................................................... 36
4.1 Definir o escopo do produto ...................................................................................... 36
4.1.1 Local de instalação................................................................................................37
4.1.2 Definição do comprimento do transportador helicoidal......................................37
5 DIMENSIONAMENTO DO TRANSPORTADOR HELICOIDAL ............................... 40
5.1 Roteiro de cálculo.......................................................................................................40
5.1.1 Estabelecendo os requisitos de transporte...........................................................41
5.1.1.1 Tipo do material a ser transportado.........................................................41
5.1.1.2 Fluxo obrigatório....................................................................................41
5.1.1.3 Distância de transporte do material..................................................42
5.2 Identificar o material e seu código correspondente....................................................42
5.3 Determinar a capacidade, o tamanho, e a velocidade.................................................44
5.3.1 Velocidade .......................................................................................................... 44
5.3.2 Capacidade equivalente ...................................................................................... 45
5.3.3 Tamanho da carcaça ........................................................................................... 47
5.4 Cálculo das potências..................................................................................................49
5.4.1 Potência para superar o atrito..............................................................................51
5.4.2 Potência para transportar o material....................................................................52
5.4.3 Potência extra para levantar o material...............................................................53
5.4.4 Potência total para transportadores inclinados...................................................53
5.4.5 Fator de correção de potência.............................................................................55
5.4.6 Seleção do motoredutor......................................................................................56
5.4.7 Seleção do inversor de frequência......................................................................57
5.5 Tamanho recomendado para os componentes............................................................58
5.6 Verificação de torção dos componentes.....................................................................60
5.7 Deflexão, ângulo de inclinação da ponteira, expansão térmica e abrasão................61
5.7.1 Deflexão..............................................................................................................61
5.7.2 Ângulo da ponteira..............................................................................................63
5.7.3 Expansão térmica................................................................................................64
5.7.4 Abrasão...............................................................................................................65
5.7.4.1 Velocidades de abrasão..........................................................................65
5.7.4.2 Pontuação de abrasividade....................................................................66
5.8 Seleção do mancal, rolamento e acoplamento...........................................................67
6 DESENHOS E ARQUITETURA FINAL......................................................................68
7 ANÁLISE DE CUSTOS................................................................................................71
7.1 Orçamento de um transportador helicoidal pronto..................................................71
7.2 Orçamento dos componentes para montagem..........................................................71
8 RESULTADOS..............................................................................................................73
Conclusão..................................................................................................................................75
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 76
Anexos......................................................................................................................................78
Anexo A – Catálogo motoredutor SEW...............................................................................78
Anexo B – Catálogo inversor de frequência SEW ............................................................... 79
Anexo C – Catálogo Rolamento BRM ................................................................................. 80
Anexo D – Catálogo Mancal FRM ....................................................................................... 81
Anexo E – Catálogo Acoplamento D-Flex ........................................................................... 82
Apêndice ................................................................................................................................... 83
Apêndice A – Dimensões do transportador helicoidal ......................................................... 83
Apêndice B – Desenho técnico explodido............................................................................ 84
16
INTRODUÇÃO
1 METODOLOGIA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para Brasil (1985), estes equipamentos são classificados conforme a finalidade de sua
fabricação, onde pode-se observar que alguns se enquadram no tipo de fabricação seriada e os
demais implicam em projeto especial e específico para finalidade industrial bem
característica, conforme Figura 01.
19
Pórticos rolantes – Diferem das pontes por possuírem estrutura própria e autonomia para sua
translação;
Guindastes – Classifica-se como guindaste qualquer máquina de levantamento dotada de
lança. Também nessas máquinas a peça básica é o guincho.
Ainda da mesma fonte, o autor complementa: “Embora sua invenção tenha sido
sempre atribuída ao filósofo e matemático grego Arquimedes, que viveu entre 287 e 212 a.C.,
é bem possível que este dispositivo já fosse conhecido pelos egípcios antes desta época.”
21
De acordo com Screw Conveyor Catalog & Engineering Manual nº 787E (2010) a
movimentação de materiais pode ser horizontal, vertical ou inclinados. Este tipo de
transportador é simples de apoiar e de fácil instalação, e possuem um custo menor comparado
a outros tipos de transportadores. Com vedação e tampas adequadas, é possível eliminar o
acesso de roedores, além de não permitir vazamentos de produtos.
“A vantagem de um transportador helicoidal inclinado é, uma vez que pode resolver
um problema de transporte com o mínimo de equipamento e em pouco espaço, o que leva a
um custo reduzido. Porém a capacidade máxima disponível de um transportador helicoidal
diminui com o aumento da inclinação. Aumentando por conseguinte a potência necessária
para realizar o trabalho.” (SCREW CONVEYOR CATALOG & ENGINEERING
MANUAL, 2010).
2.2.2 Componentes
1. Helicóide: Responsável por arrastar o material a ser deslocado, pode ser fabricado em
diversos tipos e com diferentes passes.
2. Eixo de transmissão: Ponteira, geralmente de aço, que transfere movimento de um
motor elétrico com acoplamentos.
3. Acoplamento do eixo: Eixo de união entre 2 helicóides.
4. Ponta de eixo: Ponteira de apoio em mancal.
5. Tampas: Responsável pela vedação e proteção do helicóide.
25
Hélice simples: Se trata do helicóide padrão para transporte horizontal, onde o passe
do helicóide é igual ao seu diâmetro externo.
26
Hélice simples com passe menor: São utilizados para transporte inclinado ou vertical
(alimentação contínua), possui passes com valores menores que seu diâmetro, variando de
acordo o grau de inclinação e com o tipo de material a ser transportado, recomendado também
quando alimentado por hoppers.
Hélice com dentes: Possui cortes no helicóide, muito utilizado para transporte onde é
necessário principalmente desagregar os componentes do material transportado, como a
remoção de detritos e partículas que são movidos junto a grãos de cereais.
Hélice com pás: São utilizadas para transporte onde é necessário misturar os
materiais transportados, podendo-se regular o trabalho das pás, para obter diferentes graus de
mistura. As pás podem ser soldadas ou de passo ajustável, através de parafusos.
Hélice sem eixo: Semelhante a hélice de fita, são utilizados para o transporte de
produtos pegajosos ou viscosos, ou quando o material tende a se agregar na superfície do
tubo.
Hélice cônica: Usado para fornecer um melhor fluxo de massa (descarga uniforme) de
um hopper acima de transportadores helicoidais de passo variável.
A cadeia de produção do Biodiesel passa por cinco principais setores da fábrica, que
são o recebimento, a preparação, a extração, a destilaria de óleo e a expedição.
3.1.1 Recebimento
Os grãos são colhidos nos campos de produção e são transportados por via rodoviária
até a indústria. Amostras da matéria prima são coletadas para avaliações de umidade,
quantidade de material estranho e a incidência de grãos quebrados ou avariados.
É feito uma pré limpeza para retirada de impurezas que se misturam aos grãos,
eliminando a sujidade mais grossa antes do armazenamento. Nesta etapa são utilizadas
peneiras vibratórias que separam os grãos dos contaminantes maiores, sendo estes transferidos
para a linha de resíduo para posterior descarte.
31
Com a umidade desejada à soja destina-se para o armazém. O armazém possui uma
capacidade de 200.000 toneladas, sendo que 40.000 toneladas são destinadas para a
armazenagem de soja e milho para exportação, e 160.000 toneladas de sojas são destinadas a
produção.
3.1.2 Preparação
A soja segue para uma peneira primária, onde é realizado a retirada de resíduos
maiores, sendo estes descartados. A soja peneirada passa por uma balança de fluxo, onde há
uma pesagem da produção de hora em hora. Após pesagem, o grão passa por duas peneiras
secundárias onde resíduo e casca são separados e direcionados para o sistema de casca. Feita a
segunda limpeza, a soja é aquecida a uma temperatura de aproximadamente 65°C,
dependendo de sua umidade, para depois ser condicionada aos quebradores.
Fonte: O Autor
No setor de extração a matéria prima pode tomar dois rumos diferentes após passar
pelo equipamento chamado de extrator. O primeiro, é quando cria-se um líquido chamado
micela que é armazenada em tanques, para posteriormente passar pelos processos de destilaria
e gerar óleo bruto, o segundo é quando o farelo gerado segue para o setor de expedição.
Esses grãos perdidos geram um prejuízo mensal enorme para a indústria, sendo assim,
surgiu a necessidade de reaproveita-los inserindo-os ao processo de produção novamente.
Legenda:
Com isto a soja segue para os processos de quebra, separação de casca, laminação, e
posteriormente para o setor de extração para dar continuidade no processo de produção do
farelo e da micela. O fluxograma da Figura 19 permite compreender a sequência lógica de
equipamentos por onde os grãos passam no setor de preparação.
35
4 CONCEPÇÃO DO SISTEMA
Visto que a média de grãos de soja recolhidos para reaproveitamento é de 6 ton/dia, com o
equipamento funcionando 24 h por dia seria necessário uma vazão mássica de 250 kg/h para o
transporte total dos grãos, porém tendo em vista que a quantidade de grãos pode aumentar ao
longo do tempo, e que o equipamento não deve ficar ligado o dia todo, foi considerado para
fins de cálculo que a vazão mínima para projeto será de 4 ton/h. Com esta capacidade o
transportador gastaria apenas 1,5 h por dia para realizar o serviço idealizado.
Segundo “Screw Conveyor components & design” (2012), o tipo de material a ser
transportado pode ter um efeito significativo sobre o tamanho e o tipo de transportador
necessário. Para a seleção dos componentes é necessário classificar o código do material a ser
transportado. Esta classificação dependerá da densidade do grão, tamanho, fluidez,
abrasividade, além de outras possíveis características.
O grão de soja pode ser classificado como 48C26NW, pois possui em média massa
específica de 48 lb/ft³ (768, 89 kg/m³), tamanho granular, possui fluidez de fluxo livre,
abrasividade moderada, explosiva, óleos presentes, conforme mostra a tabela a seguir:
.
44
5.3.1 Velocidade
𝐶𝑟𝑒𝑞
𝑁= (5.1)
𝐶1
Onde,
Para o cálculo das velocidades de transporte para tipos especiais de helicóides, onde são
utilizados, passos curtos ou longos, hélices cortadas, cortada e dobrada ou tipos de hélices
específicas para misturas de materiais, deve-se encontrar uma capacidade equivalente que
envolve os fatores que podem alterar a capacidade do transportador.
O fator Cf1 corresponde a coeficientes obtidos de acordo com o passe do helicóide. Este
valor tende a ser maior para passes menores que o diâmetro, e menor para passes maiores que
seu diâmetro. O fator Cf2 depende do tipo de helicóide utilizado e seu nível de enchimento. E
o fator Cf3 é utilizado para hélices específicas para mistura de materiais.
Utilizando Cf1 = 1,5 e com uma capacidade requerida de 201,7981 ft³/h, a capacidade
equivalente encontrada é 302,69715 ft³/h.
𝐶𝑒𝑞
𝑁 = 𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 1 𝑟𝑝𝑚 (5.3)
Onde,
O helicóide selecionado foi o de 9 pol = 228,6 mm, por ser o tamanho mais compatível
com a capacidade necessária e com o espaço disponível para instalação.
47
Dividindo a vazão equivalente em ft³/h pela capacidade de 1 rpm (5,7 ft³/h) com 30%
de enchimento (B) e utilizando um helicóide de 9 polegadas (228,6 mm), obtemos o valor de
53 rpm, que satisfaz o valor de máximo recomendado de 55 rpm.
Para a definição do tamanho da carcaça foi feito uma medição do diâmetro médio dos
grãos de soja, pois no caso de transportadores inclinados o produto tende a retornar. A folga
entre helicóide e carcaça deve ser menor que o diâmetro dos grãos para evitar o retorno.
Se a folga for muito grande haverá muito retorno de produto, e se a folga for muito
justa, o risco do helicóide se chocar na carcaça quando em funcionamento é grande e pode
danificar tanto a carcaça quanto ao helicóide comprometendo a vida útil do equipamento.
Fonte: O autor.
Onde,
Dc = Diâmetro da carcaça;
Dh = Diâmetro do helicóide;
Dt = Diâmetro do tubo;
f = folga;
𝐷𝑐 = 𝐷ℎ + 2𝑓 (5.4)
49
Onde:
L = Comprimento total da rosca (ft);
N = Rotação de operação (rpm);
Fd = Fator de diâmetro (Ver tabela 05);
Fb = Fator de rolamento (Ver tabela 06);
𝐶𝑟𝑒𝑞.𝐿.𝜌.𝐹𝑚.𝐹𝑓.𝐹𝑝
𝐻𝑃𝑚 = (5.6)
106
Onde:
Creq = Capacidade requerida (ft³/h);
L = Comprimento total da rosca (ft);
50
(𝐻𝑃𝑓+𝐻𝑝𝑚)𝐹𝑜
𝐻𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (5.7)
𝑒
Onde:
Hpf = Potência para superar o atrito (cv);
Hpm = Potência para transportador o material (cv);
Fo = Fator de sobrecarga;
e = Eficiência da unidade de acionamento;
(𝐻𝑃𝑓+𝐻𝑝𝑚+𝐻𝑝ℎ )𝐹𝑜
𝐻𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (5.8)
𝑒
Onde:
Hpf = Potência para superar o atrito (cv);
Hpm = Potência para transportador o material (cv);
Hph = Potência extra para levantar o material inclinado(cv);
Fo = Fator de sobrecarga;
e = Eficiência da unidade de acionamento;
Onde Hph é a potência extra para levantar o material inclinado, e pode ser calculada
através da seguinte fórmula.
𝐶𝑒𝑞.𝜌.ℎ
𝐻𝑝ℎ = 33000.(60) (5.9)
51
Onde:
Ceq = Capacidade equivalente (ft³/h);
𝜌 = Densidade do material a ser transportado (lb/ft³);
h = Altura de elevação (ft);
Para diâmetro de 9 polegadas, o fator que deve ser utilizado é 31. O fator de potência
para rolamentos está relacionado com o tipo de rolamento utilizado.
Com isto, temos que a potência para superar o atrito (Hpf) é de 0,037 cv.
Utilizando hélice comum, sem cortes, sem dobras, e sem pás, e com 30% de
enchimento o Fator Ff será 1.
Visto que a hélice em questão não possui pás de mistura, o fator Fp é igual a 1. O
fator do material pode ser consultado na tabela 02 para grãos de soja o fator Fm = 1.
Portanto a potência para transportar o material (Hpm) calculada foi de 0,1967 cv.
53
Com base na fórmula 5.8, deve-se multiplicar a somatória das potências com um fator
de sobrecarga e dividir pela eficiência do conjunto de acionamento.
O fator de sobrecarga é uma função da somatória entre a potência para superar o atrito
e a potência para transportar o material, o valor encontrado neste caso é de 0,235 cv.
A relação de somatória das potências podem gerar duas situações:
De acordo com Juarez, Adílio, Gilmar (2012), para garantir que os elementos de
transmissão de potência do transportador helicoidal sejam dimensionados e selecionados para
56
Para este caso, com potência total menor que 1 cv, temos que o motoredutor
selecionado deverá possuir 2 cv.
𝑃 = 𝑉. 𝐼 (5.11)
Onde,
P = Potência em (W);
V = Tensão (V);
Visto que a potência será de 1500W e a tensão utilizada na Cofco Agri é de 380 V, a
corrente encontrada é de aproximadamente 4 ampéres.
58
Fonte: www.sew-eurodrive.com.br
A tabela a seguir é um guia para a seleção de componentes para cada tipo de serviço de
transporte de material.
59
63,025 .𝐻𝑃
𝑇𝑄 = (5.12)
𝑟𝑝𝑚
5.7.1 Deflexão
𝑊𝐿3
𝐷𝑒𝑓 = 76.8𝐸𝐼 (5.13)
Onde,
De acordo com a tabela 13, o peso do helicóide de 9 polegadas de diâmetro externo com
2.3/8” de diâmetro interno, é de 78 libras.
Segundo Frederico Schiel (1966), o momento de inércia de tubos redondos pode ser
calculado através da fórmula:
𝜋(𝐷 4 −𝑑4 )
𝐼= (5.14)
64
Com estes valores a deflexão calculada é de 0,87688” (22,27 mm), não sendo aceitável
para a folga estipulada de 5 mm. Para este caso se torna necessário a utilização de um mancal
intermediário no meio da rosca, dessa forma o novo cálculo deve contemplar a metade do
comprimento utilizado anteriormente, e consequentemente a metade do peso.
conjunto do helicóide pode possuir uma deflexão mínima e um ângulo de ponteira expressiva,
necessitando de uma verificação conforme os limites estabelecidos na tabela a seguir.
183𝐷𝑒𝑓
𝐴= (5.15)
𝐿
5.7.4 Abrasão
Onde,
(1−%𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎)
𝑉𝑠𝑐 = 𝑃ℎ. 𝑟𝑝𝑚. (5.17)
12
Onde,
𝑉𝑒ℎ.(𝑐𝑎𝑝−4)
𝐴ℎ = (5.18)
𝐸ℎ
𝑉𝑠𝑐 .(𝑐𝑎𝑝−4).2,5
𝐴𝑐 = (5.19)
𝐸𝑐
67
Onde,
Eh = Espessura do helicóide;
Ec = Espessura da calha;
De acordo com o fabricante, como regra pontuações maiores que 2000 levam a um
desgaste muito acelerado e medidas devem ser tomadas, entre elas: diminuir a rotação
aumentando o tamanho do transportador com mesma capacidade, aumentar espessura do
helicóide e/ou da carcaça, ou revestir os componentes com materiais resistentes a abrasão.
Como os valores obtidos foram inferiores a 2000, nenhuma destas medidas necessitam
ser tomadas.
Com todas as peças definidas uma montagem virtual do equipamento foi feita
utilizando o software Solidworks, permitindo análise de interferências, encaixe das peças e
melhor forma de fabricação e montagem.
7 ANÁLISE DE CUSTOS
Visando um projeto com custo reduzido e visto que a fábrica estudada possui oficina
mecânica própria e mão de obra qualificada para fabricação e montagem do equipamento,
surgiu a necessidade de fazer uma comparação de custos entre adquirir o equipamento pronto
e comprar os componentes separadamente para montagem na indústria.
8. RESULTADOS
Como proposta de melhoria futura para este projeto, pode-se implantar um sensor de
nível no hopper para detectar o momento que há ou não há mais produto para transportar.
Desta forma, o sinal gerado pelo sensor alimenta ou interrompe a corrente do motoredutor,
eliminando a preocupação dos operadores em ligar ou desligar o equipamento, se dando o
trabalho apenas de operar a pá carregadeira e descarregar o produto, além da vantagem de
economia de energia para a indústria.
75
Conclusão
Referências bibliográficas
SCHIEL, Frederico. Introdução à resistência dos materiais. 2.ed. São Carlos: USP, 1966.
77
SILVA, Juarez de Souza; FILHO, Adílio Flauzino de Lacerda; VIEIRA, Gilmar. Secagem e
Armazenagem de produtos agrícolas. Viçosa: Aprenda fácil, 2000.
TIMOSHENKO, Stephen; GERE, James M. Mecânica dos Sólidos. Rio de Janeiro: LTC,
1994.
78
Anexos
Apêndice