Tict - II - Final
Tict - II - Final
Tict - II - Final
Itajaí
2018
PABLO STAVIS BRUGNAGO
Itajaí
2018
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por proporcionar saúde para persistir atrás de meus
objetivos.
A meus pais pelo amor, sabedoria e incentivo incondicional ao longo de toda a vida.
A meu orientador Daniel Fabrício Bruns pelo suporte e auxilio em vários pontos do
trabalho.
Devido ao incontável desperdício orgânico produzido todos os dias pelo extenso número de alunos e
funcionários da Universidade do Vale do Itajaí, no campus Itajaí, criou-se a necessidade de processar
esses dejetos e reutiliza-los de alguma forma. Para resolver este problema surgiu o processo de Bokashi
que reutiliza os compostos orgânicos, por meio de fermentação, para criar um composto que quando
adicionado ao solo, o nutri e fortalece. Porém, para manter este processo, é preciso revirar e misturar
todo o composto diariamente. Atualmente o processo conta com dois homens com pás para realizar esta
mistura, mas pela necessidade de aumentar a quantidade de composto produzida e não solicitar uma
tarefa braçal para manutenção diária, que passou a ser exaustiva, foi evidenciado a criação de um
misturador de rejeitos orgânicos para processo de Bokashi. Para realização do projeto do misturador,
em sua primeira parte, foram comparados inúmeros processos industriais já existentes, evidenciando de
forma simples os componentes de máquinas que serão utilizados futuramente para projeto, e sua forma
de cálculo, quando necessário. Ao fim da primeira parte, foi feita uma comparação a fim de selecionar
qual o melhor mecanismo para execução da tarefa planejada, atribuindo um peso para cada quesito e
posteriormente atribuindo uma nota para cada mecanismo abordado em cada quesito citado. Após
obtido o resultado de qual o melhor mecanismo, procedeu-se para o projeto mecânico de todas as partes
envolvidas no sistema, que irá mostrar os desafios e cargas envolvidas no processo em questão e por
fim definir o dimensionamento do equipamento que será utilizado no local.
Due to the countless organic waste produced every day by the large number of students and employees
of the University of the Itajaí Valley, in the Itajaí campus, there was created a need to process these
wastes and reuse somehow. To solve this problem came the process of Bokashi, which reuses organic
compounds, through fermentation, to create a compound which when added to the soil, nourishes and
strengthens. However, to maintain this process, it is necessary to turn and mix the entire compound
every day. Actually, the process counts on two men with shovels to realize the mixture, but by the need
to increase the amount of compound produced and not request a manual task to daily maintenance, that
became exhaustive, it was evidenced the creation of an organic waste mixer for Bokashi process. For
realization of the mixer design, in its first part, numerous existing industrial processes were compared,
evidencing in a simple way the machine components which will be used in the future for project, and its
calculation method, when necessary. At the end of the first part, a comparison was made in order to
select which is the best mechanism to execution the planned task, assigning a weight to each item and
later assigning a note for each mechanism approached in each quoted item. After obtaining the result
of which the best mechanism, we proceeded to the mechanical design of all parties involved in the
system, which will show the challenges and loads involved in the process and finally define the sizing of
the equipment that will be used in the place.
Keywords: Bokashi. Mixer. Project.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
Com o acelerado crescimento da produção de adubo orgânico em forma de Bokashi
constituída pela UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí) que necessita de revolução diária
de todo o volume do composto produzido e atualmente tem essa revolução executada por meio
de pás, caracterizando um trabalho lento e cansativo, evidenciou-se a necessidade da criação de
um sistema mecânico para efetuar a mistura, aeração diária e trituração, caso possível, do
composto produzido.
A solução proposta beneficia não apenas os trabalhadores que ficam livres para utilizar
todo seu tempo apenas para manter o material dentro do espaço restrito para funcionamento do
componente que será projetado, aumentando a produtividade, como também beneficia o meio
ambiente, de forma a reciclar maiores quantidades de resíduos orgânicos produzidos,
contribuindo na preservação ambiental do planeta.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
Projetar um misturador de rejeitos orgânicos para o processo de Bokashi, sendo focado
para o volume utilizado no processo que é composto pela UNIVALI no terreno ao lado da
reitoria do campus Itajaí, onde será utilizado como substituto do trabalho braçal, que poderá
trazer lesões físicas aos trabalhadores, por se tratar de um processo continuo e repetitivo.
O Bokashi necessita de uma mistura diária em todo o volume, e o uso de trabalho braçal
para a manutenção do processo não garante que todo o material será distribuído de forma
uniforme, prejudicando o composto final e, portanto, prejudicando a qualidade do adubo
orgânico ali produzido. A necessidade da melhoria se viu presente por parte dos responsáveis
pelo processo, que solicitaram a criação de um projeto, e também no fato do intenso crescimento
no uso de adubos orgânicos em diversas localidades nos últimos anos.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Estimativas indicam que sejam produzidas cerca de 180 mil toneladas de lixo urbano
por dia no Brasil. A partir desse total produzido, é estimado que a fração de resíduos sólidos
seja superior a 50%, fator que demonstra excelente potencial de destinação ambiental correta,
ou compostagem. (PEIXE; HACK, 2015).
A palavra “compost” da língua inglesa, deu origem a palavra compostagem que indicava
todo tipo de fertilizante obtido através da decomposição de restos vegetais e animais. (KIEHL,
1998). A adição de matéria orgânica e o uso de adubos orgânicos traz vários benefícios para o
solo, como:
Dentre os tipos existentes de compostagem três métodos são essenciais para serem
compreendidos antes de selecionado o processo adequado: são eles, aeração natural, aeração
forçada e reator biológico.
2.2 BOKASHI
Bokashi, palavra do idioma japonês, que significa “matéria orgânica fermentada”, trata-
se de um composto altamente nutritivo e benéfico ao solo, que melhora suas condições
biológicas e a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Para o extensionista Ivan Canci, o
Bokashi contém vários micro e macro nutrientes que estimulam o processo de fermentação
biológica para gerar uma nutrição equilibrada e sanidade para as plantas. (EPAGRI, 2015).
Consiste de uma técnica muito antiga utilizada no Japão, trazida para o Brasil na década
de 80 por imigrantes japoneses, com fermentação predominantemente láctica, que tem
importante papel na produção e conservação de alimentos. Entretanto, sua ação mais importante
é introduzir microrganismos no solo, que geram um processo de fermentação de biomassa
disponível, compondo um processo de nutrição vegetal equilibrada do solo, de forma a
promover a ciclagem de nutrientes e sua liberação para sustento das plantas. (SIQUEIRA;
SIQUEIRA, 2013).
Cada autor que realiza o processo de Bokashi tem sua concepção dos melhores
componentes para realização do processo, embora vários ingredientes sejam iguais de um
processo para outro, sempre há alguma diferença nos compostos, e consequentemente no tempo
final de processo.
•Em primeiro momento misturar 5kg de folhas decompostas de mata virgem nativa, 5kg
de farelo de trigo ou arroz, 3L melado ou 3kg açúcar mascavo com 3 a 4L de água não clorada,
3L de leite fresco ou soro de queijo sem sal, 5kg de pó de rocha peneirado, 1kg de fosfato
natural. Deixar a mistura com cerca de 40% de umidade, colocar em uma bombona e compactar
com a mão para sair oxigênio. Sobre o material compactado colocar plástico e uma camada de
10cm de terra ou areia acima dele, para evitar entrada de ar. Deixar fermentar 30 dias sem abrir;
•Na terceira e última etapa do processo, devem ser adicionados 50kg de farelo de trigo
ou arroz, 35kg de torta de soja (ou farelo), 15kg de resíduos de varrição de pátio (folhas, flores
secas, cascas, etc.) triturados, 3kg de farinha de osso ou de peixe, 1,5 kg de fosfato natural, 1,5
kg de pó de rocha e 3kg de açúcar mascavo dissolvido em 5L de água. Misturar tudo e
acrescentar 30L do Bokashi feito na segunda etapa, para deixar a mistura úmida como na
primeira etapa, deixar o composto de 20 a 30 cm de altura, cobrir com sacos de ráfia. Controlar
temperatura para não passar de 50°C, revirar a mistura do segundo ao sétimo dia uma vez ao
dia sempre no mesmo horário. A partir do terceiro dia não é mais preciso cobrir com os sacos,
no quarto baixar a altura para 10 cm e seguir baixando até o material ficar seco. A mistura rende
cerca de 110 kg de composto e tem um tempo médio de 55 a 65 dias.
mascavo e 300L de água. São misturados e dispostos em formato de canteiro em local coberto
com no máximo 30 cm de altura, cobre-se a mistura com os próprios sacos dos farelos, para
que o material comece a fermentar e não resseque. A temperatura não deve ultrapassar 50°C,
devendo ser revirado com pá ou enxada após, revirando do segundo ao sétimo dia. A partir do
terceiro não é necessário cobrir com os sacos de farelos, e no quarto dia deve-se baixar a altura
para 10 cm e revirar a cada dia para que o material fique bem seco, chegando a em média 5 cm
no sétimo dia.
Durante todo o processo deve-se medir as temperaturas internas da leira para que não
passem de 60°C, e caso passem da temperatura, revolver todo material novamente para manter
as condições adequadas, de forma a não afetar as características finais do Bokashi. O processo
deve acontecer na sombra sem o acréscimo de água, pois o revolvimento retira umidade e baixa
a temperatura. Um dos parâmetros fundamentais para o funcionamento é a altura máxima da
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leira de 1,4m, que entrará na lista dos parâmetros principais para o projeto do misturador de
rejeitos orgânicos. (RESTREPO; SCHUCH, 2014).
O processo citado por Restrepo e Schuch (2014), devido aos materiais serem mais fáceis
de encontrar na região e os métodos utilizados não terem muita complexidade, apenas
necessitando de revolvimento diário para manutenção do processo, foi o escolhido para a
composição do Bokashi na Universidade do Vale do Itajaí.
Embora pareça um processo simples, revolver os compostos orgânicos pode ser difícil,
pelo fato do equipamento trabalhar em uma pilha densa de materiais heterogêneos com
diferentes tamanhos de partículas, necessitando deixar a leira do mesmo tamanho do início do
processo. Os usuários requisitam do equipamento que desperdice o menor espaço possível, seja
rápido, confiável, com pouca manutenção, pouco uso de combustível e pouco tempo de parada
para reinicio do processo. (RYNK; GOLDSTEIN,2001).
•ZEMANÉK (2002) cita com base em seu estudo, que testou vários tipos de compostos
orgânicos, a influência de cada tipo de composto no desempenho da máquina de revolver
compostagem é impactante na performance do processo;
As pás estão orientadas em torno do eixo para mover o composto na direção desejada,
seja ela para os lados, para baixo ou para cima como fazem a maioria das máquinas desta
categoria. Os formatos existentes das pás no mercado são inúmeros, cada fabricante desenvolve
seu modelo de acordo com suas concepções. Algumas pás agitam e jogam o material com o
menor escoamento possível, já outras são mais agressivas e além de jogar o material o trituram
para melhor homogeneizar todo o composto. A maioria das revolvedoras de composto se move
em direção ao comprimento da leira fazendo que toda a fileira seja revolvida em apenas uma
passagem. Devido a este fato as leiras e o tambor devem ter a mesma largura, para executar de
maneira rápida e fácil o processo.
Para movimentação do eixo do tambor alguns métodos são mais utilizados, como a
movimentação por meio de um trator, onde o trator gera energia tanto para o mecanismo como
para a movimentação em sentido da leira, mostrada na máquina da Figura-3.
24
O mecanismo de parafuso sem fim pode ter também um adicional de pás para levantar
e mover a leira de composto. Alguns desses equipamentos tem o giro do eixo continuo como o
parafuso sem fim utilizado, porém outras máquinas conseguem um efeito de rotação semelhante
ao usado em grandes pás inclinadas dispostas de forma helicoidal, como exemplo a Figura-6.
A utilização do mecanismo sem fim possui diversas formas de exploração, pois ele
funciona em qualquer direção. E para a necessidade elencada, além de possuir rotação
utilizando a energia hidráulica dos tratores, também é utilizado sobre guias com motores
auxiliares, movimentação hidráulica ou pneumática, semelhantes com o mecanismo de tambor.
Porém são dispostos verticalmente ou em angulação, funcionando de forma a jogar o composto
de baixo para cima, se movimentando também na direção do comprimento da leira. A Figura-
7 mostra o equipamento vertical com vários parafusos de transporte distribuídos ao longo de
um eixo que é movimentado pelo motor que transmite o movimento para todos os parafusos.
Este mecanismo do tipo trapezoide será desconsiderado para este projeto, pelo fato que
além do espaço grande entre as leiras para manter o componente e a necessidade de espaço de
uma leira ao lado da máquina, são utilizados inúmeras partes móveis e geometrias diferenciadas
que para casos de grandes leiras facilitam o processo, porém como neste projeto a necessidade
é de pouco volume e simplicidade para realização do processo, ele é descartado como uma das
soluções viáveis para o processamento final do composto.
É importante ressaltar que todos os modelos citados acima possuem seus equivalentes
sem o uso de tratores, apenas com motores elétricos ou a gasolina e sistemas hidráulicos ou
pneumáticos mais silenciosos, que são utilizados internamente como o mostrado na Figura-7.
Possuem outros sistemas para movimentação com o uso de rodas, onde é necessário a
movimentação humana, porém a movimentação será decidida apenas na segunda parte deste
projeto, após a decisão de qual tipo de máquina das citadas acima será utilizada, decisão que
será feita a frente neste trabalho, após a definição dos componentes de máquinas que poderão
ser utilizados.
29
Todo projeto é caracterizado por ser um processo repetitivo, onde ocorrem várias etapas
e se avaliam os resultados, retornando a fase anterior. Portanto, é importante sintetizar vários
componentes de sistemas, analisá-los e otimizá-los a fim de servir as características do projeto
em questão. Para a realização de qualquer projeto é necessária a construção de um modelo
matemático abstrato, que possibilitarão analises matemáticas iniciais até se chegar aos
componentes necessários de acordo com a aplicação exigida. (BUDYNAS, NISBETT, 2011).
A seleção de materiais para projeto mecânico é uma das decisões mais importantes e
difíceis de serem tomadas se consideradas as grandes variações existentes no segmento.
Normalmente, a decisão é tomada antes de a dimensão da peça ser estabelecida. Após escolher
o processo de criação da geometria desejada, bem como o material a ser empregado, o projetista
deve dar proporções ao componente de modo a impedir a parcial ou total perda de função do
componente. É necessário estimar as tensões e deformações existentes em cada componente da
máquina de acordo com os materiais escolhidos anteriormente, para avaliações de estabilidade
e ajustes de geometria adequada para garantir a resistência das partes individuais e evitar falhas
na máquina construída. (BUDYNAS, NISBETT, 2011).
componentes tais como engrenagens, polias, volantes, manivelas, rodas dentadas e outros
similares. Também controla a geometria de seus movimentos.
Melconian (2009), cita os aços mais utilizados para construção de eixo pelo processo de
trefilação a frio e torneamento como elencado na Tabela-1.
O tratamento térmico e enriquecimento com ligas são utilizados nos materiais desses
eixos de forma a aumentar a sua rigidez e sua resistência a fadiga, porém não pode deixar o
eixo muito frágil para não criar fraturas quando ele for utilizado. Outro fator importante é
determinar a quantidade de produção, para determinar o processo a fim de baixar os custos com
perdas de material. (BUDYNAS, NISBETT, 2011).
É necessária elevada precisão para eixos rotativos, de forma a gerar apenas o atrito
necessário com o motor para o funcionamento dos componentes acoplados nele. Norton (p.555,
2013) faz referência ao uso de processo de retifica para extrema precisão em eixos.
fletores e deflexões e também precisam ter algum espaço entre os componentes para permitir
passada de fluidos lubrificantes utilizados para melhorar o atrito entre as paredes da
extremidade do eixo e de componentes de fixação como mancais.
Norton (p.556, 2013) também cita que os trechos em balanço devem ser minimizados,
e se deve apoiar o maior número de pontos possíveis de um eixo em mancais, que são inúmeros
para grandes eixos utilizados na indústria. Deve se colocar regiões concentradoras de tensão
longe de grandes momentos fletores, se possível, ou então minimizar com grandes raios e
aliviadores de tensão.
Não é necessário avaliar as tensões de um eixo ao longo de todo ele, alguns locais ou
pontos críticos serão suficientes. Geralmente esses locais se situam na superfície externa, que
tem momento fletor elevado, e também é o local onde o torque está gerando maior tensão
torcional. (BUDYNAS, NISBETT, 2011).
Flexão, torção e tensões axiais podem estar presentes em eixos. Cargas axiais são muito
pequenas na grande maioria dos casos comparadas a flexão e torção, assim são desprezadas
para cálculos. Um diagrama de corpo livre determinará o torque em qualquer seção do eixo, os
momentos fletores são determinados por diagramas de cisalhamento e momento fletor. O
método utilizado para cálculo do fator de segurança necessário no eixo, e também para o cálculo
do diâmetro utilizado para o eixo utilizado por Budynas e Nisbett (p.382, 2011) é o de DE-
Goodman onde foi determinado que:
1 16 1 1 1 1 (1)
= { [4(Kf Ma )2 +3(Kfs Ta )2 ]2 + [4(Kf Mm)2 +3(Kfs Tm )2 ]2 }
n πd³ Se Sut
1 (2)
16n 1 1 1 1 3
d= ( { [4(Kf Ma )2 +3(Kfs Ta )2 ]2 + [4(Kf Mm )2 +3(Kfs Tm )2 ]2 })
π Se Sut
33
Onde:
•n - Fator de segurança;
Para determinar o fator Kf de concentração de tensão de fadiga para flexão, e Kfs fator
de concentração de fadiga para torção se mostra necessário utilizar as seguintes equações:
Kfs=1+qcisalhamento(Kts-1) (4)
Onde:
Para determinar o fator de entalhe q para flexão, e qcisalhamento para torção são
utilizadas as tabelas seguintes:
35
Onde:
ka=aSutb (6)
Onde:
O fator de modificação de tamanho, kb, pode ser expresso da seguinte forma para
diâmetros de eixo entre 2,79 e 51 mm:
É necessário para projeto, a utilização de chavetas na criação destes eixos, para que as
polias utilizadas nos eixos não deslizem lateralmente e fiquem fixas nesses eixos, não possuindo
escorregamentos, mas apenas criando uma carga de torção nos próprios eixos, que deveram
suportar esta carga. Poderão ser utilizadas neste projeto chavetas do tipo planas, pois a forma
de utilização das polias indica torque em sentido único, restringindo os cálculos necessários a
apenas chavetas planas.
38
Para cálculo do comprimento l (mm) da chaveta devem ser utilizadas algumas formulas
e características do material presente nesta chaveta.
A força tangencial (Ft) em newtons, pode ser calculada pela divisão do torque definido
em relação ao raio da polia presente no eixo. Após o calculo da força tangencial existente, deve
ser calculada a dimensão do comprimento com características de cisalhamento, definida por:
𝐹𝑡 (9)
𝑙𝑐 =
𝑏∗ 𝜏
Onde:
Também deve ser utilizado a seguinte formula, para pressão de contato, onde há o
esmagamento da chaveta e o rasgo no cubo, para cálculo do comprimento da chaveta:
𝐹𝑡 (10)
𝑙𝑒 =
𝜎𝑑(ℎ − 𝑡1)
Onde:
Para chaveta, será determinado o uso do material ABNT 1050, que é o mais utilizado
pelos fabricantes para chavetas, com tensão de cisalhamento de 60 Mpa e pressão média de
contato de 100 Mpa. E também o uso da tabela DIN 6885, para chavetas planas, para encontrar
os valores de b, h e t1 de acordo com o diâmetro do eixo a ser utilizado, presente na página 357
do livro de Melconian (2009).
Em um mancal de rolamento, a fricção para partida é geralmente duas vezes maior que
a de funcionamento. Carga, velocidade e a viscosidade de operação do lubrificante afetam as
características friccionais de um mancal de rolamento. A vida de um mancal é determinada de
forma estatística, e há algumas equações que relacionam a carga e a vida sob uma confiabilidade
constante que promovem ao projetista a possibilidade de partir da carga e da vida do mancal e
encontrar a classificação de catálogo necessária para projeto em apenas uma equação. São
fabricados para receber cargas radiais puras, cargas de empuxo ou uma combinação dos dois
tipos de cargas. (BUDYNAS, NISBETT, 2011).
Alguns tipos de mancais são mais presentes na indústria, como o mancal de esferas, que
possui pequenas esferas de aço endurecido presas entre duas superfícies, e separadas por
retentores para não entrarem em contato uma com as outras. Suportam cargas axiais ou radiais,
ou combinação das mesmas, dependendo do projeto e da construção dos mancais. (NORTON,
2013).
Nos mancais de rolos, rolos cilíndricos retos, cônicos ou abaulados correm entre pistas
e em geral suportam cargas estáticas e dinâmicas (choque) maiores que mancais de esferas pela
linha de contato entre eles e são mais baratos em tamanhos maiores e cargas maiores. A menos
que sejam afunilados ou abaulados eles apenas suportam carga em uma única direção, seja axial
ou radial. Porém neste trabalho serão apenas considerados mancais de esferas por não
necessitarem de grandes diâmetros. (NORTON, 2013).
40
A vida nominal é geralmente utilizada pela maioria dos fabricantes definida como o
número de revoluções que 90% de um grupo de mancais irá atingir ou exceder antes que o
critério de falha se desenvolva. Os termos vida mínima e vida 𝐋𝟏𝟎 também são utilizados como
sinônimos. Geralmente os fabricantes definem o valor dos ciclos classificatórios como 𝟏𝟎𝟔
revoluções para corresponder a uma classificação básica de catálogo para mancais fabricados,
como sendo sua vida nominal “padrão”. (BUDYNAS, NISBETT, 2011).
1 (11)
(LD ND 60)3
C10 = FD
(106 )
Onde:
2.4.3 PARAFUSOS
A maioria das vezes que o uso de parafusos é feito nas empresas, por se tratar de um
aparato de fácil montagem e desmontagem e também possuir um baixo custo quando
comparado com outros elementos de fixação mais robustos, não se utiliza de nenhum cálculo
para seu dimensionamento, nem de nenhuma técnica de prevenção contra falhas, por exemplo
41
pelo problema de corrosão, mesmo que em alguns casos específicos sejam utilizados parafusos
especiais são poucos que o fazem.
Para não acrescentar muito os custos do projeto, nem ter a necessidade de utilizar roscas
muito maiores pela falta de resistência do parafuso, será determinado para projeto parafusos de
grau 5.8 com resistência de prova de 380 Mpa, que tem a melhor relação custo pelo benefício.
P*n (12)
σ=
At * NP
Onde:
•P – Peso; (N)
•σ – Resistência de prova; (Mpa)
•n – Fator de segurança;
•NP – Numero de parafusos;
•𝐴𝑡 – Área sob tensão. (mm²)
P é a carga devido ao peso dos componentes suportados, que no caso é o peso do eixo
que é inserido nos mancais em newtons, função da massa versus a gravidade, σ é a resistência
de prova de 380 Mpa determinada anteriormente, n é o fator de segurança adotado, que será
determinado como 3. Já NP consiste do numero de parafusos totais utilizados que é determinado
conforme explicado anteriormente, At será a área resultante sob tensão que será utilizada na
Tabela-3, que foi modificada para a faixa mais comum de parafusos, para determinação do
diâmetro dos parafusos escolhidos.
Também foi determinado a utilização de roscas grossas para cálculos, por se tratar de
um material mole, e pelo fato de roscas grossas não cortarem o material mais mole com um
objeto de inserção por possuírem ângulos de rosca maiores. (NORTON, 2013).
43
Fi =0,9 * At ∗ SP (13)
Onde:
T=0,2 * Fi * d (14)
Onde:
•d – Diâmetro (m)
44
Será determinado o uso de chapas SAE 1020 e SAE 1045 laminadas a quente, ou
estiradas a frio para os componentes estruturais existentes no projeto, pois elas são de extrema
qualidade e são facilmente encontradas no mercado Brasileiro de aços.
Segundo Budynas e Nisbett (2011). O esmagamento nos parafusos, adaptado para o caso
do equipamento a ser projetado nesse estudo, pode ser calculado por:
45
σ P (15)
=
n t * d *Np
Onde:
•n – Fator de segurança
τ P (16)
=
n 2 * πd² * N
4 p
Onde:
•n – Fator de Segurança;
σ P (17)
=
n t * d * Np
Onde:
2.4.4 CORREIAS
Correias são elementos que promovem transmissão de potência entre eixos afastados,
proporcionando aos engenheiros que a utilizam maior flexibilidade no posicionamento dos
elementos motrizes das máquinas projetadas por eles. As correias em geral são silenciosas no
desempenho de sua função, e podem ser de borracha ou de metal, entre outros materiais
inovadores existentes. A quantidade de correias está diretamente ligada com o torque necessário
47
As correias mais utilizadas industrialmente são as correias planas, que utilizam polias
abauladas e correias em forma de V que utilizam polias ranhuradas, ou roldanas. Correias
sincronizadoras também são de larga escala comercial, e requerem rodas dentadas para seu
funcionamento. Em todos os casos os eixos devem ser separados por uma distância mínima,
dependendo do tipo de correia e do seu tamanho para funcionarem adequadamente.
(BUDYNAS, NISBETT, 2011).
Correias planas podem operar fora de plano, não necessitando de ângulos retos entre
eixos, apenas requerendo que a correia deixe cada polia no plano médio da face da outra polia.
São fabricadas com uretano e também de tecido impregnado de borracha reforçado com fio de
aço ou cordas de náilon para absorver a carga de tração, podendo conter revestimento nas
superfícies para melhorar fricção. São silenciosas, operam em altas velocidades e podem
transmitir grandes quantidades de potência entre centros a grandes distâncias. (BUDYNAS,
NISBETT, 2011).
As correias V operam bem quando em pequenas distâncias entre centros. Devido ao seu
alongamento não requerem ajustes para tração inicial. É importante que sejam sempre
arranjadas simetricamente em forma de conjuntos acoplados, para distribuir igualmente a carga
entre todas as correias. Geralmente são utilizadas em motores elétricos, com fabricação
padronizada e de fácil seleção em tabelas próprias de acordo com a potência do motor e sua
velocidade em rotações por minuto. Sua vida útil é fortemente afetada pela temperatura, pelo
fato da borracha se desgastar mais facilmente quando se movimenta em altas temperaturas.
(JUVINALL; MARSHEK, 2013).
inicial e elimina qualquer restrição de velocidade de operação graças aos dentes. Porém
possuem algumas desvantagens como o custo, a necessidade de ranhurar as rodas dentadas e
algumas flutuações devido a frequência de engrenamento dos dentes.
Também é necessário para cálculos saber a distância entre centros das polias, que deve
ser determinada futuramente de acordo com a máquina projetada, assim como a rotação do
motor, a potência deste motor e a rotação do equipamento necessária que também serão
determinadas na segunda fase do projeto.
. Após estabelecimento dessa potência a correia será selecionada de acordo com sua
potência e a rotação do eixo mais rápido (rpm) com base no seguinte gráfico:
49
Deve ser calculado a capacidade de transmissão por correia (PPc) para ser determinada
a quantidade de correias a ser utilizada. Para se calcular esta capacidade é necessário uma série
de fatores e determinar a classificação por correia, tabelas contidas no livro Melconian (p.63 a
73, 2009). Onde se utilizam os seguintes fatores:
Onde:
Onde:
de comprimento e 100 metros de largura, que chegam a gerar uma potência de mais de 100 mil
cavalos.
Um motor simples consiste de uma bobina que gira entre imãs permanentes, e tem seus
polos magnéticos atraídos por polos opostos dos imãs fixos. A bobina gira para levar os polos
mais para perto um do outro, porém ao chegarem muito perto a posição é invertida, e os polos
começam a se repelir, continuando a impulsionar o rotor de giro. Se distinguem basicamente
por dois grupos iniciais de escolha, que geram subgrupos posteriores como mostrados na
Figura-12, Motores de Corrente Continua, e Motores de Corrente Alternada. (NETTO, 2017).
Motores de corrente alternada são utilizados na maioria das aplicações industriais. São
mais facilmente construídos e possuem menos custos de manutenção que motores de corrente
contínua e são divididos em síncronos ou assíncronos. Motores síncronos são de pouca
utilização na indústria, funcionam aplicando tensão alternada no estator e tensão continua no
rotor, por anéis coletores. (BROWN apud RAMOS 2009).
A força eletromotriz será reduzida caso a corrente de excitação possuir valor reduzido.
Funciona de forma que o estator absorve da rede elétrica determinado valor de potência reativa
para formação do campo magnético, ficando assim atrasado em relação a tensão da rede. Assim
a corrente do estator é função da corrente de excitação, gerando fator de potência unitário.
Quando aumentar muito a corrente de excitação, a corrente do estator ficará adiantada em
relação a tensão de alimentação, por fim define-se que o motor fornece a potência reativa da
rede. (GRAY apud RAMOS 2009).
Já motores assíncronos de indução podem ser produzidos com rotores bobinados (anéis)
ou rotores em gaiola. O motor assíncrono de anéis constitui-se de um rotor envolvido por um
conjunto de bobinas, ligadas na configuração estrela, com terminais conectados a anéis presos
no eixo do motor, porém isolados eletricamente deste e ligados por escovas condutoras a uma
resistência trifásica com cursor rotativo. (CATHEY apud RAMOS 2009).
Para rotores girando no vazio sem perdas, a velocidade seria próxima a motores
síncronos, porém quando considerados os conjugados externos, o rotor diminui a velocidade
proporcionalmente para que a corrente induzida produza um conjugado eletromagnético igual
e oposto ao conjugado externamente aplicado, proporcional ao fluxo produzido pelo campo
girante, no qual a corrente é fator de potência do motor. (LOBOSCO; DIAS ,1988).
53
O local cujo projeto será construído possui rede de energia trifásica, pelo grande uso de
potência em vários equipamentos ao longo de todo o campus. A tensão trifásica possuí maior
potência e rendimento quando em comparação com a tensão monofásica, que oferece
rendimentos e torques menores, aumentando o custo operacional. (WEG, 2017).
Fator que é explicado pelo fato de que em sistemas de motores elétricos monofásicos, o
cálculo da potência é feito multiplicando a tensão da rede pela corrente. Já em sistemas
trifásicos a potência é a soma das potências das três fases e mais uma consideração quanto a
ligação dos cabos, em estrela ou triângulo, resultando sempre em √3 vezes a tensão da rede
multiplicada pela corrente, sendo assim sempre ampliada em relação a potência monofásica.
(WEG, 2017).
O motor é dimensionado pela carga que acionará. É necessário prever a carga, e aplicar
um fator de segurança para que em casos de pico de carga não parar de funcionar. Mesmo que
possa ser superdimensionado e o custo possa ser um pouco mais elevado, as vantagens de vida
útil, menor incidência de defeitos e a melhor funcionalidade nesses casos de pico onde haveria
parada de produção por falta de potência no motor se sobrepõe em fatores de projeto.
(GARCIA, 2003).
Para determinar a potência requerida no motor a ser utilizado pelo sistema, primeiro
será necessário definir as forças atuantes no sistema em questão. Para cálculo da massa que
cada pá terá de suportar será utilizada a relação física básica:
m = d*V (20)
Onde:
•m – Massa (kg).
Após calculado a massa necessária por pá, será multiplicado pela gravidade descobrindo
assim a força opositora a cada pá do sistema, e finalmente multiplicando a força pela quantidade
de pás efetivas atuantes máximas, com intuito de descobrir a carga máxima gerada pelo
mecanismo, para calcular o torque necessário para o motor em questão.
54
Segundo Melconian (2009), “o torque é definido por meio do produto entre a força
tangencial (Ft), em newtons e o raio (r) em metros, da peça. A força tangencial Ft, baseada no
cálculo anterior, deve ser a força gerada pelos equipamentos inicialmente, e o raio r, o braço de
alavanca máximo, que seria a somatória da distância dada pelo comprimento da pá, com o raio
do eixo central do equipamento que será calculado. Após descoberto o torque atuante no
sistema, pode ser calculado a potência com base na seguinte fórmula:
P = Mt*ω (21)
Onde:
•P – Potência (W).
ω = (π*n)/30 (22)
Onde:
Após determinados torque e velocidade angular a potência pode ser calculada, em watts,
para uso cotidiano em diversas aplicações utilizamos a potência em cavalos, que segundo
Melconian (2009), pode ser obtido pela simples conversão, onde 1 W = 735,5 cv.
Um fator de segurança final de 1,5 deve ser utilizado para o motor, levando em conta a
imprecisão geral de estudos matemáticos, sejam eles os mais avançados, apenas o teste de
55
equipamentos garante o efetivo funcionamento, como citado também por Norton (2013), e
explicado no capítulo 2.4.7 deste trabalho.
2.4.6 SOLDAGEM
Classicamente a soldagem é considerada como um método de união permanente entre
duas peças, porém, muitos processos de soldagem são utilizados para deposição de material
sobre superfícies para recuperação ou formação de revestimento superior para agregar
características especiais. Outros processos ainda, como o corte de chapas, são feitos de forma
semelhante e podem ser tratados juntamente com o termo soldagem. (MODENESI;
MARQUES, 2000).
Uma boa solda requer a fusão do metal em ambos os lados da junta com o material de
adição, necessitando de limpeza atômica. Os componentes existentes no ar podem contaminar
a solda, de forma a oxidá-la, comprometer sua qualidade criando bolhas e porosidades no metal
fundido, causar fragilidade e enfraquecer a solda. Para prevenir que ocorram esses problemas
são utilizadas correntes de gases inertes (argônio ou hélio), que são injetados
complementarmente ao processo de soldagem. Existirá após o processo uma zona termicamente
afetada (ZTA), que se não bem controlada com as correntes e tempos certos no processo de
soldagem, pode facilitar o aparecimento de trincas reduzindo a resistência da região soldada.
(NORTON, 2013).
Para este trabalho foi definido o uso de soldagem por meio de arco elétrico, com a
técnica conhecida como MIG-MAG ou GMAW (gás metal arc welding) onde o material é
depositado por meio de gotas fundidas através da coluna do arco, onde o tamanho, a forma e a
frequência da deposição destas gotas determina o tipo de transferência metálica existente, pelo
fato do processo além de ser o mais utilizado industrialmente pela sua facilidade de uso, também
ser de fácil acesso aos acadêmicos da UNIVALI, no Laboratório de Tecnologia disposto na
cidade de Itajaí.
A soldagem de metais a arco elétrico requer calor suficiente para fundir o metal-base no
mesmo instante que o material de adição é introduzido para unir as duas partes. Uma solda
corretamente aplicada geralmente possuí a mesma resistência do metal-base, porém se esta for
feita de forma inadequada, pode causar sérios riscos a estrutura dos metais soldados. O arco é
iniciado sempre aproximando o equipamento de soldagem ao metal e mantendo-o numa
distância adequada. (NORTON, 2013).
56
Caso o gás utilizado para proteção do processo for inerte (argônio ou hélio), o processo
é chamado de MIG (Metal Inert Gás), mas se o gás for ativo (CO2 ou misturas Ar/O2 /CO2 ), o
processo é chamado de MAG (Metal Active Gás). Gases inertes puros são utilizados para
soldagem de metais e ligas não ferrosas, misturas de gases inertes e ativos são mais utilizadas
para aços ligas e misturas ricas em gases ativos fazem a soldagem de aços carbono.
(MODENESI; MARQUES, 2000).
Quanto mais testes forem possíveis serem feitos no equipamento já produzido, melhor
poderá ser mensurado o fator de segurança real de cada peça, melhorando assim os custos com
cada componente, de forma a não apenas adequar o componente a geometria necessária, mas
sim melhorar o âmbito comercial existente naquele produto. Prever carregamentos em
conjuntos pode ser tarefa difícil, especialmente se estes carregamentos são por conta do usuário
final do equipamento ou da Mãe Natureza, onde são totalmente imprevistos os esforços que
serão exercidos.
Para melhor proceder em qualquer projeto, Norton (2013) cita algumas orientações para
escolha do coeficiente de segurança necessário, deixando claro que deve ser definido um
coeficiente de segurança global para cada aplicação, neste trabalho por exemplo, foi definido
um coeficiente de segurança de 1,5 para motores elétricos, e será definido com base na tabela
a seguir, um coeficiente para os esforços nos demais componentes, que terão seus cálculos
efetuados por meio de análises de elementos finitos, explicada no próximo capítulo deste
trabalho e formulas encontradas na bibliografia, que também estão presentes em diversas partes
do trabalho.
58
Com base na tabela, conseguimos o valor dos três fatores, e por fim o valor do
coeficiente de segurança global, para as peças analisadas. Para o primeiro fator, F1, o estudo
apresenta dados representativos de testes do material disponível, F1=2. As condições
ambientais nos quais o estudo será utilizado, revelam um ambiente moderadamente desafiador,
pelo material que afeta muito componentes mecânicos lubrificados quando em contato, F2=3.
Budynas e Nisbett (2011) citam que “Um componente mecânico real é uma estrutura
elástica contínua”. O estudo pelo método FEA divide a estrutura em pequenas partes,
caracterizada por elementos geométricos bem definidos, que por meio de funções polinomiais
59
Cada nó possui até seis graus de liberdade, três translacionais e três rotacionais. A
definição do grau de liberdade de cada nó, assim como suas características geométricas bem
definidas no problema, gera um deslocamento nesse nó, que é utilizado para determinar
resistências e tensões baseadas nas equações de elasticidade constitutivas.
Os autores descrevem ainda dois tipos de erros gerados pelo método que se constitui de
uma técnica numérica que descreve uma estrutura continua, erros computacionais, causados
pelo arredondamento do ponto flutuante dos computadores e também das formulações dos
esquemas de integração numérica que são empregados e erros de discretização, devido a
variação de deslocamentos em uma estrutura real, introduzida pelo correspondência da
geometria com o modelo criado, de forma aproximada, devido a limitação matemática dos
elementos definidos.
Algumas geometrias são utilizadas como base padrão para a execução de estudos, tendo
um número de nós definidos, sendo elas triangulares, quadrilaterais, hexagonais, entre outras,
até as geometrias rígidas, onde é criado restrições entre nós, que definem o modelo como
elemento não deformável, como devem ser aplicados em elementos do sistema que são
totalmente rígidos, como mancais ou rodízios por exemplo.
Cargas em um sistema são aplicadas aos nós com o uso de cargas nodais equivalentes,
caso não existir uma preocupação em relação a tensões próximas de pontos de aplicações de
cargas, não se torna necessário distribuir carregamentos de forma precisa. A força ou momento
resultantes de um sistema pode ser aplicada em um único nó, caso o elemento permita o grau
de liberdade associado a força ou momento no nó. Diversas são as cargas aplicadas em um
sistema, as mais comuns são forças e torques, gravidade, carregamentos térmicos que
necessitam do coeficiente de expansão do material definido e velocidade ou aceleração em um
sistema, entre outras.
Ao fim de todos os tópicos necessários para efetuar a avaliação, será utilizada uma
tabela, que dará uma nota para cada equipamento em cada quesito, de acordo com a importância
do quesito e como ele se apresenta no tipo de máquina, de forma a melhor definir quais
processos levam vantagem e selecionando assim o mais adequado para prosseguimento deste
trabalho em sua segunda parte.
61
Será realizada, portanto, uma triagem por similaridade, pelo fato dos componentes já
serem amplamente utilizados e terem seus status respeitados e funcionamento provado ao longo
dos anos. Possuindo assim a combinação de atributos necessários, que atendem os requisitos
necessários para projeto do misturador de rejeitos orgânicos para processo de Bokashi.
Sendo assim, o nível de ruído não é um fator de escala para seleção, e sim um fator de
exclusão imediata para o processo que conter este nível inadequado podendo vir a prejudicar a
execução do projeto com futuras reclamações por parte até mesmo dos executores do projeto.
Números ao lado do quesito significam sua importância para fatores de projeto, seu
peso, definidos pelo autor. Os requisitos serão tratados por tipo de máquina, um tipo por vez,
ressaltando todos os requisitos em nível crescente de peso, na ordem que segue a lista anterior.
Após a explicação sobre como o requisito se comporta no tipo de mecanismo julgado, será dada
uma nota para o requisito que será multiplicada pelo peso do requisito e por fim dividida por 5,
pelo fato das notas e pesos seguirem entre 0 e 5, seguindo a seguinte equação:
(Nr*Pr) (23)
Nc=
5
Onde:
Após todas as notas dos requisitos serem definidas para todos os componentes, será
mostrada uma tabela de comparação de notas, onde a maior nota gerará o modelo industrial a
ser utilizado para este projeto.
desprezado para efeitos de comparação, pois todos os mecanismos podem contar com os
sistemas de movimentação que serão melhor evidenciados futuramente na segunda etapa deste
trabalho por meio de desenhos 3D para melhor explica-los.
A manutenção do equipamento pode gerar algum trabalho pelo fato da disposição das
pás serem diferentes para cada tipo de equipamento, porém vale ressaltar que existem modelos
industriais onde as pás são individuais, e caso flexionem excessivamente ou quebrem podem
ser trocadas individualmente, facilitando muito a manutenção, pelo meio termo nota 3 é gerada
para este quesito.
Os custos para execução do projeto são maiores na usinagem do eixo principal, que é
extenso e precisa de diâmetros grandes para suportar as cargas, nas partes fixas de mancais e
colunas para suportar o eixo e movimentar toda a estrutura, com o uso de motores elétricos ou
a gasolina. Em relação aos custos de manutenção, maiores custos para manutenção / trocas das
pás como citado anteriormente, e a extrema carga gerada pela alta rotação aos mancais, que
podem ter vida útil mais curta que o esperado se não forem bem cuidados, portanto, uma nota
3 é gerada, pelos custos serem intermediários na montagem e futuramente na manutenção do
processo.
definida, porém não possuem estruturas que criaram grandes problemas de construção ou
manutenção, atribuindo uma nota 4 para este quesito.
O uso desse tipo de tambor rotativo, se bem desenvolvida a geometria das pás, pode
além de separar todo o composto executando perfeitamente o processo desejado, ainda triturar
de forma a excluir o processo futuro que é utilizado atualmente para homogeneizar o composto
antes de utilizá-lo, atingindo assim todos os pontos necessários, nota 5.
Por fim, o quesito definido como mais importante para este projeto, a quantidade de
partes móveis, que influenciam em todos os outros quesitos definidos anteriormente,
principalmente nos quesitos de custos e manutenção, para o mecanismo de tambores rotativos
são necessários basicamente, lembrando que o sistema de movimentação foi desconsiderado
para efeitos de comparação, dois mancais de rolamento que suportem alta velocidade e média
carga para suporte do eixo central, e dependendo da disposição do motor, ou duas polias para
transmissão através de correias, ou apenas um eixo com acoplamento elástico, sendo assim
notadas poucas partes móveis para este mecanismo, gerando nota 5 neste quesito.
Para a ocupação do espaço em termos de projeto, a opção vertical leva vantagem por
apenas levantar o composto para cima, na direção de giro do parafuso, não precisando de
espaços ao redor, já a opção horizontal precisa obrigatoriamente de um espaço ao lado que seja
do mesmo tamanho da leira que está sendo movida para o componente, necessitando assim do
espaço de duas leiras para cada leira sempre que for remexido, portanto as notas são 5 e 3
respectivamente.
As partes envolvidas no processo vertical, são mais leves por se tratarem de vários
parafusos menores, já o parafuso do processo horizontal pode dar algum trabalho para
transporte e montagem devido a seu extenso tamanho, já as outras características como vigas e
65
A manutenção é facilitada para os parafusos verticais pelo pequeno peso que possuem,
a troca de parafuso ou de componentes móveis pode ser feita facilmente, já no caso do parafuso
horizontal, pelo grande peso que possui e sua geometria helicoidal, gera uma grande dificuldade
de manutenção, atribuindo nota 5 e 2 respectivamente.
Os custos envolvidos no projeto vertical com vários parafusos são inúmeros, devido aos
inúmeros componentes rotativos necessários e também a manutenção futura que pode ser
dificultosa pelo vasto número de fatores relacionados a projeto. Já em projetos horizontais com
tambor de parafuso de transporte, o custo envolvido com a usinagem do parafuso é elevado,
porém caso bem selecionado o material, a manutenção no mecanismo central é quase nula.,
sendo assim as notas são 2 e 4 respectivamente.
O composto do Bokashi no final dos dois processos, tanto com vários parafusos como
com apenas um, não será triturado, portanto apenas aerado de forma a executar a função básica
somente e necessitará, como é utilizado atualmente, de um triturador para homogeneizar todo
o composto antes de ser utilizado, atribuindo nota 2 para este quesito.
apenas o espaço da leira, e um espaço extra no começo e no fim do processo para situar o
componente, porém este é pequeno e não atrapalhará outros fatores de projeto, portanto, nota 4
para este quesito.
A manutenção para este tipo de esteira pode gerar problemas caso alguma trinca venha
a se propagar no meio da esteira, que pode se não reparada logo vir a aumentar e chegar a
quebrar em algum instante prejudicando suas partes móveis, que devem ser bem sincronizadas
gerando necessidades mais frequentes de manutenção, nota 3 para este quesito.
A esteira elevatória além de mover o composto também quebra seus grandes bolsões
devido a umidade, embora não chegando a triturar o composto totalmente como necessário, esta
quebra promove uma melhoria significativa na qualidade, levando o produtor à necessidade de
decidir se é preciso a trituração posterior, atribuindo nota 4 para este conceito.
É notado a utilização de inúmeras partes móveis, embora não tão numerosas como no
caso do Mecanismo de Parafuso de Transporte Vertical, ainda geram algumas necessidades
excessivas futuras de manutenção e de sincronização, atribuindo nota 3 para este quesito.
67
3 METODOLOGIA
Para fazer a comparação, foram elencados sete quesitos que melhor se enquadravam no
estudo, escolhidos pelo autor, para cada um destes quesitos foi estabelecido um peso, pela sua
relevância em relação a características do projeto final, podendo estes gerar notas para cada
uma das máquinas, de forma a escolher por fim, na média dos sete, qual dos quatro mecanismos
seria melhor utilizado com a aplicação no local necessário.
Após esta triagem, deu se início a modelação do mecanismo por meio de desenhos
tridimensionais com o programa Solidworks, em sua versão 2017, amplamente usado na área
69
Para melhor adequar o projeto, foram utilizadas algumas normas que tratavam de
segurança em máquinas e assim foram projetados equipamentos para segurança do operador da
máquina. O uso da NBR 13759, norma estipulada pela ABNT, trata dos botões de emergência,
colocados em todos os lados do equipamento, que cita que este deve possuir botões para parada
imediata seja qual for o modo de operação da máquina, então foram colocados botões de
emergência ao lado de todos os puxadores laterais, de forma que independe como será
movimentado o equipamento, sempre terá alguém que poderá acionar em caso de emergência.
Outra norma utilizada, criada pelo ministério do trabalho e emprego, foi a NR-22
(22.11.10), cita que é obrigatória a proteção de todas as partes móveis de máquinas e
equipamentos ao alcance dos trabalhadores e que lhes ofereçam riscos. Para isto foi feita uma
proteção de correia, que está descrita nos desenhos em apêndices.
70
4 DESENVOLVIMENTO
Inicialmente para projetar o equipamento foi necessário calcular a força sobre a qual
este mesmo era submetido, então, como se trata de um equipamento que tem seu funcionamento
baseado em cortes submetidos por meio de rotação ao material a sua frente, no caso deste
projeto o Bokashi, foi calculada a massa de material que deveria ser movimentada por pá.
Como a massa é uma relação entre o volume e a densidade do material, tem se que:
Foi definido pelo estudo do funcionamento do equipamento que apenas 50% da pá, a
parte frontal dela, sofrerá sobre as forças, então o cálculo do volume gerado:
Para cálculo de potência de motores elétricos, é preciso utilizar o torque, onde esta força
que foi encontrada, sendo esta a força que o sistema será submetido deve ser multiplicada pelo
braço de alavanca, que se trata da distância entre a aplicação desta força, até a linha central do
eixo de aplicação.
71
Para cálculo da potência é necessário além do torque, a velocidade angular no eixo, que
deve ser encontrada de acordo com a velocidade de rotação em um eixo de motor de 4 polos,
que comumente é de 1800 rpm e a relação entre as polias de 70 e 230mm, utilizando a equação:
•n1*d1 = n2 * d2
•1800 * 70 = n2 * 230
•1 rpm = 2 * π / 60
•548 rpm = x
•x = 57,36 rad/s
Assim a potência que deve ser utilizada no motor pode ser encontrada pela formula:
Considerando percas por mancais no sistema, erro pelo fato da densidade não ser precisa
para todo o material, o uso e preferência de alguns por um motor monofásico, que não gera o
mesmo trabalho com a mesma potência, justificando assim o uso de um fator de segurança de
1,5 como indicado anteriormente, deve ser então utilizado um motor de 3 cv para este sistema.
Para este trabalho foi utilizado o aço AISI 1020 para todas as peças feitas de chapa
metálica, com característica de 351 Mpa de tensão de escoamento, este é um dos aços que
possuem um melhor custo x benefício para a produção de qualquer equipamento mecânico, sem
perder a resistência necessária e também a elasticidade que é vital para inúmeras aplicações
como esta, em que o eixo central pelo fato de ter um tamanho elevado, um material muito rígido
72
colocado poderia facilmente fragilizar, e utilizando um aço mais dúctil, isto certamente não irá
ocorrer.
Logo após prontas a carcaça externa e seus respectivos reforços foram colocados outros
componentes para teste inicial de cargas, eixos, pás e polias, componentes estes que foram
modificados várias vezes ao longo do estudo, para que o projeto chegasse no equipamento que
melhor iria satisfazer as necessidades finais.
Para dimensionar a pá, foi utilizado uma análise estática no Solidworks Simulation, onde
mostra as respectivas tensões e deslocamentos do material, mostrada na imagem a seguir.
A geometria foi fixada, como se já estivesse soldada, e foi aplicada a força de 21,2N
que foi encontrada na parte anterior no ponto de carga máximo que seria na extremidade frontal,
gerando o máximo braço de alavanca possível, além do uso da gravidade com o valor de 9,81
m/s². Os testes mostrados indicam tensões pequenas na pá, porém como se trata de um aço
dúctil é utilizada uma espessura de 2,65mm, para facilitar o processo de fabricação do
componente de forma a evitar o empenamento na solda, que é facilmente encontrado em soldas
com chapas de pequenas espessuras e provoca grandes tensões e falhas, foi decidido limitar o
modelo a esta espessura mínima final. O modelo de análise de deslocamento apresenta uma
distorção de 105 vezes o deslocamento real e é apenas hipotético para ilustrar a forma do
deslocamento gerado. Caso o reforço da pá fosse diminuído, também poderia causar problemas
com a fabricação do componente e aumentar exponencialmente as tensões envolvidas no
modelo.
Para definir a disposição final das pás no eixo, foram analisados vídeos funcionais de
outras máquinas já produzidas, onde o melhor resultado apresentado, sempre foi naqueles em
que a pá funcionava de três maneiras, as pás laterais, feitas de forma helicoidal, puxavam o
material em 45°, para o meio e para cima, e as pás centrais apenas jogavam o material para
cima, de forma que o material sempre convergia no centro do dispositivo, não espalhando o
composto final. O uso evidenciado no projeto de uma borracha traseira com forma de filetes
pequenos e a geometria da carcaça externa, feita no formato de uma base de pirâmide, também
foram desenvolvidas de forma a contribuir para que a máquina deixe a leira final a mais retilínea
possível, contribuindo para a facilidade no processo bem como para não gerar problemas como
o excesso de poeira no ambiente.
Para melhor entendimento, a figura a seguir mostra o eixo principal com as pás já
soldadas nele onde também aparece a borracha citada.
75
A escolha dos mancais e dos diâmetros dos eixos secundários laterais que fixam o eixo
principal nesses mancais foi feita arbitrariamente, depois com base nos estudos de tensão
indicados abaixo, foram sendo aprimorados até chegar em sua forma final. Proteções com
chapas foram colocadas para os mancais, de forma a evitar ao máximo o contato de sua área
rotativa com o material e também com outros fatores externos, aumentando sua durabilidade
vida útil.
Para o cálculo dos eixos principais e secundários, foi feito um estudo completo no
Solidworks que indicou a tensão presente em cada ponto, para este estudo foram fixados os
mancais como se estivessem fixos na máquina, foram aplicados dois torques, um de 25 N.m,
que é a força opositora a rotação do motor calculada anteriormente e um torque de 38,37 N.m
que é o torque gerado no eixo secundário para um motor de 3 cv através do cálculo abaixo,
além também do peso dás pás aplicadas na vertical, com o valor de 103,3 N e da gravidade de
9,81 m/s².
•P= T * w
•2206,5 = T * 57,5
•T = 38,37 N.m
76
Para análise da tensão gerada, é importante ressaltar que para estudos de torção em
eixos, Melconian (2009, p.244), indica a utilização de coeficientes de segurança entre 6 e 9 para
eixos rotativos, sendo assim, tem-se:
Portanto o eixo secundário está dentro das normas indicadas. O eixo principal não
apresentou grandes tensões nem deslocamentos, porém é importante a análise da forma de
deformação distorcida, para entender melhor o que acontece com o eixo devido as forças
exercidas.
77
As cargas do sistema como era esperado torcionam a parte do eixo que recebe a carga
do motor e flexionam o eixo principal, que se trata de um tubo vazado de diâmetro 152,4 mm
com espessura de 2,65mm, resistente a altas cargas. O estudo apresenta um resultado de
distorção de 3945.36 vezes o deslocamento real, deformando apenas o valor elencado na tabela,
cujo gráfico é apenas representativo. O fator de escolha deste tubo para projeto não foi as cargas
suportadas por este e sim sua área de contato para facilitar a soldagem das pás, e melhorar o
desempenho do equipamento, possibilitando colocar-se mais pás, para executar melhor o
processo.
A redução através de polias, que são amplamente usadas no contexto mecânico, foi feita
de forma a diminuir a rotação do motor, que inicialmente com o uso de um motor de 4 polos,
possuía 1800 rpm de acordo bibliografias na área de motores elétricos, estes equipamentos
usualmente como indicam vários fabricantes, giram em uma rotação geralmente de 400 a 650
rpm. Foi feita uma redução de uma polia motora de 70mm para uma de movida de 230mm,
representando 548 rpm de velocidade final do equipamento.
Os estudos sobre correias indicaram o efetivo uso de correias do tipo Super HC, que
reduzem, em relação ao uso de correias Hi Power II, em uma correia no sistema, totalizando
duas correias para a transmissão. Foi desenhado também uma proteção para estas correias, de
forma a seguir a norma NR-22 (22.11.10) explicada anteriormente.
facilmente encontrada, soldada a carcaça lateral da proteção, para que seja visível de forma
clara o funcionamento do componente.
Para o cálculo do número de correias necessárias, com base em Melconian (2009), para
o equipamento tem se:
•Nco = Pp/PPc
•Pp = Pmotor * fs
A tabela Seleção de perfil de correias Super HC para 548 rpm e 3 cv indica o uso de
correias Super HC 3V. Com a distância da correia dada pelo software de desenho 3D
Solidworks, 1270 mm, encontra-se na tabela comprimento das correias Super HC uma correia
modelo 3V 500. Para cálculo do PPc, potência por correia, é necessário o uso do rpm do eixo
79
mais rápido de 1800 rpm, a relação de transmissão de 3,29 e o diâmetro da polia menor de
70mm, que gera, com a tabela de classificação de CV por correia para correias Super HC:
•Pa = 0,37 cv
•Pb = 1,84cv
Para o cálculo do comprimento de uma chaveta plana de aço ABNT 1050, com 60 Mpa
de resistência ao cisalhamento e 100 Mpa de resistência ao esmagamento, tem-se de acordo
com a tabela DIN 6885 para eixo de diâmetro 23mm:
•b = 8mm.
•h = 7mm.
•t1=4mm.
•lc=335 / 8 * 60 =0,6979mm
• b=6
• h=6
• t1 = 3,5
•lc=335 / 6 * 60 =0,93mm
O cálculo da estrutura geral foi realizado em uma análise completa com o software, para
uma carga de 500N adversa ao ambiente, onde foram adicionados mais 100 N pelo peso do
motor, 115N pelo peso das pás e 80N pelos pesos dos pega mãos laterais, itens que não
aparecem no estudo, pois demandariam extrema necessidade computacional para execução.
Esta carga foi usada para testar se mesmo em situações adversas o componente iria suportar,
foi colocada centralizada ao equipamento na sua parte superior, além do uso da gravidade de
9,81 m/s².
A análise de tensão como esperado provou tensões maiores apenas nos suportes do
rodizio, que aguentam a carga de todo o peso do equipamento mais as cargas aplicadas e
também na parte superior, onde foi aplicada esta carga adversa, que não existe em termos
normais no equipamento, sendo utilizada apenas para o teste da estrutura. O fator de segurança
antes denotado com 2,33 foi cumprido, de forma a gerar um fator mínimo de segurança de 2,89
para o modelo e as condições citadas.
A análise de deslocamentos mostrou pequenos deslocamentos, onde seu maior valor foi
onde a força maior foi exercida, comprovando assim a resistência da estrutura a falhas.
O formato dos rodízios passou por amplas modificações e analises ao longo do projeto,
foi definido o uso de rodízios giratórios no equipamento, facilitando a manobra, porém para
uso destes é necessário a criação de uma padronização feita em concreto para a leira, que será
melhor mostrada na figura abaixo, caso o utilizador da máquina decida não utilizar esta
padronização em concreto, uma solução é o uso de duas pessoas para movimentação do
equipamento.
82
A figura mostra a calha criada, em azul, que deve ser feita no piso de concreto, que
consiste numa abertura justa para que o rodizio giratório se mantenha em linha. Foram
utilizados rodízios comerciais de 8 polegadas, que possuem diâmetros de 203,2mm de roda,
para não atrapalhar na movimentação a calha deve ser feita abaixo do eixo principal do rodizio,
não se pode especificar a medida exata deste buraco de calha pois rodízios de diferentes marcas
podem ter algumas diferenças, para este modelo de rodizio, foi feita uma calha de 50mm com
3mm de folgas nas laterais do rodizio, que devem ser respeitados.
Como diferentes marcas apresentam diferentes larguras de rodízios, deve ser medido o
rodizio a ser utilizado primeiramente, antes de fazer a calha no chão. Foi também feito um
ressalto lateral, de concreto, que terá sua medida especificada nos anexos finais, para servir
como proteção a calha dos rodízios, de forma que evite a deposição de material no local e por
consequência o travamento, impossibilitando o prosseguimento do equipamento. Quando
necessário deverá ser limpa estas calhas laterais pelos operadores do equipamento, de forma a
não prejudicar a funcionalidade. Outra possibilidade foi o uso de rodas de trem, mas essas
gerariam custos muito elevados e também precisariam de trilhos, além ainda de ter o problema
de manobra, pois o equipamento só funciona em um sentido, para evitar o uso de inversores de
frequência, aumentando seu custo.
83
5 CONCLUSÕES
No Brasil, poucas empresas produzem este tipo de equipamento e a indústria ainda tem
muito a crescer para se equiparar a produção em outros países. Nos próximos anos devido ao
tema de reciclagem e reutilização de compostos orgânicos estar muito em evidencia na mídia
internacional e nacional, este tipo de máquina pode ter exponencial crescimento em sua
produção, porém devido a economia do país, que não vem andando de maneira adequada, a
lentidão deste crescimento ainda é notória.
REFERÊNCIAS
GARCIA, Agenor Gomes Pinto. Impacto da Lei da Conservação Energética para Motores
Elétricos no Potencial de Conservação de Energia na Indústria. 2003. 127 f. Dissertação
(Mestrado) - Curso de Planejamento Energético, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, RJ, 2003.
HIBBELER, Russel Charles. Resistência dos Materiais. 7. ed. São Paulo: Pearson, 2009. Cap.
1. p. 1-1.
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Farmer-Needs-to-Know-About-Compost-Turners>. Acesso em: 02 set. 2017.
PEÇAS
N° COD. DESENHO MAT. (mm) DIM. (mm) QTD.
1 Aba Menor Sup. Motor Aço Chato 31,75 x 6,35 45 4
2 Borracha Traseira Lençol de Borracha 5 650x2200 1
3 Chapa Externa Máquina Chapa Aço 2,65 1200x2350 2
4 Chapa Superior Lateral Chapa Aço 2,65 472x2200 2
5 Chapa Suporte Pega Mão Aço Chato 31,75x6,35 105 4
6 Chapa Suporte Rodas Chapa Aço 2,65 157x90 4
7 Eixo Mancais Aço Red. Lam. Ø31,75 82 1
8 Eixo Motor Aço Red. Lam. Ø31,75 138 1
9 Eixo Pega Mão Aço Red. Lam. Ø19,05 40 4
10 Eixo Principal Tubo Red. Lam. Ø152,4x2,65 2035 1
11 Eixo Sup. Motor Aço Red. Lam. Ø12 156 1
12 Estrutura Maq. Central-1 Cant. Aço 38,1x4,75 1220 2
13 Estrutura Maq. Central-2 Cant. Aço 38,1x4,75 532 4
14 Estrutura Maq. Central-3 Cant. Aço 38,1x4,75 1326 2
15 Estrutura Maq. Central-4 Cant. Aço 38,1x4,75 1220 1
16 Estrutura Maq. Central-5 Cant. Aço 38,1x4,75 1220 1
17 Estrutura Principal-1 Cant. Aço 38,1x4,75 1228 2
18 Estrutura Principal-2 Cant. Aço 38,1x4,75 1228 2
19 Fixação Eixos Aço Red. Lam. Ø152,4 25 2
20 Fixação Sup. Motor Chapa Aço 4,75mm 282x265 1
21 Pá-1 Chapa Aço 2,65 120x50 72
22 Pá-2 Chapa Aço 2,65 110x9 72
23 Padrão Calha Concreto 2500 1
24 Pega Mão Lateral Tubo Red. Lam. Ø31,75x2,65 550 4
25 Pino Trava Pega Mão Aço Red. Lam. Ø19,05 63 4
26 Polia Motor Polia FF. 2CA PERFIL 3V Ø70 1
27 Polia Movida Polia FF. 2CA PERFIL 3V Ø230 1
28 Presilha Correia - 1 Aço Chato 25,4x3,35 168 1
29 Presilha Correia - 2 Aço Chato 38,1x3,35 40 2
30 Prot. Correia Tela Expandida Aço 400x570 1
31 Prot. Interna Mancais Chapa Aço 2,65 115x193 2
32 Prot. Mancal Direito Chapa Aço 2,65mm 150x565 1
33 Reforço Roda Traseira Aço Chato 25,4x4,75 100 2
89
MONTAGENS
N° COD. DESENHO DESCRIÇÃO ITENS QTD.
40 Mont. Estrut. Central Estrutura Chapa Externa-1 4 1
41 Mont. Estrut. Central-2 Estrutura Chapa Externa-2 4 1
42 Mont. Acionamentos Acionamentos Sistema 3 2
43 Mont. Borracha Traseira Borracha Manutenção Leira 4 1
44 Mont. Eixos Eixos móveis do Sistema 9 1
45 Mont. Estrut. Principal Estrutura Frontal/Traseira 8 1
46 Mont. Geral Montagem Completa 15 1
47 Mont. Helicoide Montagem Pás Hélice 4 1
48 Mont. Motor Mont. Motor / Rodizio 16 1
49 Mont. Pás Montagem das Pás 2 72
50 Mont. Prot. Correia Proteção Correia 10 1
51 Mont. Prot. Mancal Proteção Mancal Direito 8 1
52 Mont. Rodízios Rodízios Equipamento 8 3
R5
15
12
45
32
Esp: 6,35mm
2045
28
30
628
580
570
10
58
90
ESPELHADO
2171
Esp: 5mm
165
1200
476
R19
35
70
1197 502
1698 648
2347
402
,46°
49
2100
1296
49,
46°
402
Esp: 2,65mm
16
21
105
32
Esp: 6,35mm
14
100
Esp: 2,65mm
AISI 1020 Chapa Aço 2,65mm 4
35
R1
81
43
32
8
A A
CHAVETA 8x7
3,3
47
55
R4
SEÇÃO A-A
ESCALA 1 : 1
-0,007
138
25 g6 -0,020
40
R1
43
31,75
5
40
35
16
2035
Esp: 2,65mm
5
12
170
1219
1200
8X2
250
150
20
Esp: 4,75mm
500
63
°
19
38
Esp: 4,75mm
72
°
1300
1325
°
72
Esp: 4,75mm
1200
1219
10
X2
401
157
19
Esp: 4,75mm
AISI 1020 Cant. Aço 38,1x4,75 1
1219
1200
10
297
19
Esp: 4,75mm
1227
13
Esp: 4,75mm
41
1227 16
Esp: 4,75mm
5
31,7
152,40
147
235
285
165 100
Esp: 4,75mm
Esp: 2,65mm
110
Esp: 2,65mm
70
54
50
61
2306
N° DESCRIÇÃO QTD.
1 Calha de Concreto 1
2 Cantoneira 70x50x4,75mm 2
Obs: TABELA TABELA 1 3090.36
* Desenho de Calha de Concreto feita no chão para facilitar o Material Desc. Material Quantidade Peso (kg)
deslocamento da estrutura.
Descrição do projeto Projeção A4
Misturador de rejeitos orgânicos Unidade
* Cantoneira 70x50x4,75, com o comprimento para processo de Bokashi mm
desejado de acordo com o local. Descrição peça Data Escala
Calha de Concreto 12/05/2018 1:2
Projetista Código da peça
Pablo S. Brugnago Padrão Calha
N°23
31,75
550
2
16 X
45
12
5
63
60
19
3
40°
36,50
48,50
9,50
12
CHAVETA 6X6
6
+0,10
2,80 0
H7 +0,021
0
19,05
7
36,5
49,5
9,50
65 8
+0,20
3,3 0
H7 +0,021
0
23
CHAVETA 8X7
168
PARA CIMA 90° R 3.35
137
10
35
19
13
25
Esp: 3,35mm
10
15
40
Esp: 3,35mm
0
11
°
75
145
172
214
°
102
30
R1
70 28
90 248
437
Esp: 3mm
7
2
10 X
28
R19
23
193
115
Esp: 2.65mm
25 100
20
PARA CIMA 90° R 2.65
36
159
209
PARA CIMA 90° R 2.65
355
405
PARA BAIXO 90° R 2.65
528
564
124 150
55
38
PARA CIMA 90° R 2.65
399
A4
X
100
Esp: 4,75mm
150
180
Esp: 4,75mm
25
2100
Esp: 4,75mm
200
0
25
Esp: 4,75mm
25
15
PARA CIMA 91.9° R 50
105
40
30
33 20
171
40
213
254
664
890
1329
1379
R5
3 410 Esp: 2,65mm
R125
AISI 1020 Chapa Aço 2,65mm 1 2.98
171
R3
47
200
140
260
X 4
10
R6
60
35
13
30 90
150
Esp: 4,75mm
150
55
Esp: 2,65mm
143°
°
127
B
38,10
4,75
38,10
DETALHE B
ESCALA 1 : 5
143
°
7°
12
A
38,10
4,75
38,10
DETALHE A
ESCALA 1 : 5
80 80
B
1197
1197
3 1
6X
25
32
19 3 4
B
A
1 2 3 4
2,3
DETALHE A
ESCALA 1 : 5
2,65
4 6 2
4 6 C
5 DETALHE B
ESCALA 1 : 5
SEÇÃO C-C C
ESCALA 1 : 5 7 8 9
10
1 2 3 4 5 6 5 4 3 2 1
6
10
5
2
11
3
B 2
I
4
30
30
A J
100 767
5
37
37
15°
Helicoidais Iniciais
125°
Pás centrais 2
°
60
5°
12
°
60
4
SEÇÃO J-J N° COD. DESENHO DESCRIÇÃO QTD.
SEÇÃO A-A ESCALA 1 : 10
ESCALA 1 : 10 1 Eixo Principal Eixo Central 1
2 Montagem Pás Pá Inicial Tangente 1
3 Montagem Pás Pá Inicial Afastada-1 1
4 Montagem Pás Pá Inicial Afastada-2 1
TABELA TABELA 1 30,58
Obs: Material Desc. Material Quantidade Peso (kg)
* Componente com lados espelhados.
* 4 fileiras com 6 pás centrais perpendiculares, totalizando 24
Descrição do projeto Projeção A4
Misturador de rejeitos orgânicos Unidade
* Helicoidais espelhadas com 3 inicios, mantendo sempre para processo de Bokashi mm
mesmas distâncias e angulos entre as pás, com 8 pás por fileira. Descrição peça Data Escala
Montagem Helicoide Principal 21/04/2018 1:10
* Total de 72 pás no equipamento
Projetista Código da peça
Pablo S. Brugnago Montagem Helicoide N°47
13
14
4 5 1 2
3
12 15
A
6
89 3
16
7
9
7 8
6
3 N° COD. DESENHO DESCRIÇÃO QTD.
1 Chapa Externa Máquina Chapa Principal 1
2 Estrutura Máquina Central Estrutura Reforço Cant. 1
3 Reforço Suporte Motor Chapa Reforço Triang. 1
4 Paraf. Sext. M12x80 Paraf. Sext. M12x80 8.8 1
213
10
5 20-45
2 1
236
200
75
67
76 236 3 9
635
3 8
363 363
4 5 6 7
185
7
40
8
80
DESCRIÇÃO QUANTIDADE
Aço Chato 25,4x3,35mm 168 mm
Aço Chato 25,4x4,75mm 200 mm
Aço Chato 31,75x6,35mm 600 mm
Aço Chato 38,1x3,35mm 80 mm
Aço Red. Laminado Ø12mm 170 mm
Aço Red. Laminado Ø152,4mm 50 mm
Aço Red. Laminado Ø19,05mm 412 mm
Aço Red. Laminado Ø31,75mm 220 mm
Arruela Lisa M10 47 unid.
Arruela Lisa M8 4 unid.
Botão Emergência 4 unid.
Cant. Aço 25,4x4,75mm 4200mm
Cant. Aço 38,1x4,75mm 12116 mm
Cant. Aço 70x50x4,75mm Comprimento leira x 2
Chapa Aço 2,65mm (1200x3000mm) 3 unid.
Chapa Aço 4,75mm (1200x3000mm) 1 unid.
Chave Margirius On/Off 1 unid.
Contra pino 4,75x50mm 6 unid.
Correia Super HC 3V 500 2 unid.
Lençol Borracha 5mm 650x2200 mm
Mancal Flangeado Quadrado UCF 205 2 unid.
Motor 3 CV Trifásico 4P. 1 unid.
Parafuso Sextavado M10x20 19 unid.
Parafuso Sextavado M10x30 12 unid.
Parafuso Sextavado M12x80 Grau 8.8 1 unid.
Parafuso Sextavado M8x20 4 unid.
Polia FF Ø230 2CA PERFIL 3V 1 unid.
Polia FF Ø70 2CA PERFIL 3V 1 unid.
Porca Sextavada M10 31 unid.
Porca Sextavada M12 2 unid.
Porca Sextavada M8 4 unid.
Rodizio Giratório Médio 8 polegadas 4 unid.
Tela Expandida Aço 400x600 mm
Tubo Red. Laminado Ø152,4x2,65mm 2035 mm
Tubo Red. Laminado Ø31,75x2,65mm 2200 mm