Projeto Arquitetônico
Projeto Arquitetônico
Projeto Arquitetônico
Arquitetônico
Carina Mariane Stolz
Laís Zucchetti
Projeto
Arquitetônico
Carina Mariane Stolz
Laís Zucchetti
Reitor: Marcelo Palmério
Capa e Editoração: Andresa G. Zam; Diego R. Pinaffo; Fernando T. Evangelista; Renata Sguissardi
185 p. : il
ISBN:
CDD: 729
Até que a ideia se transformasse em realidade, Mário Palmério pôs em prática ou-
tras duas ações. Transferiu a sede do Lyceu, mais tarde chamado de Colégio Triângulo
Mineiro, para um conjunto de edifícios onde, hoje, funciona o Campus Centro e criou a
Escola Técnica de Comércio do Triângulo Mineiro.
Projeto
Arquitetônico
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti;
Prezado aluno,
Para iniciar, vamos refletir sobre a visão de Gildo Montenegro (1997,p.22) acerca do
Projeto Arquitetônico:
Lembre-se, caro aluno: não é porque estamos falando de educação a distância, que
você estará só em seus estudos, conte conosco sempre que precisar, principalmente com a
ajuda do professor tutor (mediador).
Ótimos estudos!
sumário
capítulo 1: Conceitos gerais 11
Escalas................................................................................................. 59
Cotas.................................................................................................... 64
capítulo 4: Layout 75
Os tipos de papel.................................................................................. 77
Dobramento de cópias de desenho....................................................... 83
Linhas técnicas..................................................................................... 95
Caligrafia técnica.................................................................................. 99
capítulo 6: PROJEÇÕES 109
CONCLUSÃO 181
capítulo
1 conceitos gerais
obJetivos de APrendizAgem
• Entender os conceitos que regem o projeto arquitetônico e a sua
representação.
esquemA
• O que é o projeto arquitetônico?
legais, físicos, econômicos, culturais, entre outros. Ele é uma das etapas de um
atividades envolvidas nesse processo que vão desde a escolha do terreno para a
tes propostas e análise técnicas dessas soluções, até a aprovação de projetos nos
Nenhum objeto ou obra pode ser concebida sem que por algum momen-
to alguém especifique graficamente o que se planeja executar. Para esta
finalidade existem no mercado de trabalho profissionais específicos para
desempenhar esta função, são os Arquitetos, Engenheiros, Designers,
Desenhistas e Projetistas em geral.
Projeto Arquitetônico 13
Vem ao encontro desse pensamento do projeto uma ideia que precisa ser concre-
tizada através da representação para que possa ser entendida e para que consiga
Aqui podemos destacar a diferença entre esses dois tipos de desenho, uma vez
a solução ou objeto criado, liberto das regras que regem o desenho técnico, este
14 Capítulo 1
a) Desenho arquitetônico
b) Planta técnica
Fonte: Ching e Eckler (2013)
Contudo, caro aluno, o projeto e a sua representação são necessários para que
quais são nossas intenções e objetivos. Você já parou para pensar na concepção de
projeto arquitetônico 15
COMO NASCE UM PROJETO?
O projeto surge da necessidade ou do desejo de construção de uma edifica-
ção, barragem, estrada, entre outros. Importante ressaltar que o projeto não são
O processo de projeto pode ser entendido como a evolução de uma ideia ini-
cial, que vai sendo aperfeiçoada com o passar das fases e que permite ao seu
ETAPAS DO PROJETO
Segundo a NBR 13531 (ABNT, 1995), as atividades técnicas do projeto de edifi-
etapas descritas abaixo, com suas respectivas abreviações, sendo que esse proces-
16 Capítulo 1
a. Levantamento (LV)
Nessa etapa, futuro engenheiro, você realizará a coleta das informações referen-
tificar alguns condicionantes legais, como recuos, limite de altura de construção e ve-
getação imprópria para corte, algumas preexistências como uma edificação e algumas
Projeto Arquitetônico 17
b. Programa de necessidades (PN)
Esta fase caracteriza-se pela coleta de dados relacionadas aos clientes e usu-
função dos clientes e usuários, dessa forma, é importante que essa etapa seja en-
carada com muito comprometimento e atenção, para que a satisfação dos usuários
estudiosos, que preferem ler livros e cuidar de plantas e animais. Certamente o pro-
dois perfis de usuários, mesmo que o terreno seja o mesmo, ou seja, a solução de
18 Capítulo 1
cliente as primeiras soluções desenvolvidas baseadas nas informações técnicas ini-
dessa fase é transformar, de uma forma breve, as ideias em soluções, com um traço
Estudo Preliminar, nele podemos identificar a fachada de uma edificação, com suas
senvolvidas, agora com uma linguagem um pouco mais técnica. Segundo Montenegro
Projeto Arquitetônico 19
(1997) o Anteprojeto é um desenho de apresentação para apreciação pelo cliente, e por
isso, nele podem ser utilizadas perspectivas internas e externas, cores e outros recur-
sos disponíveis, tais como maquetes virtuais e/ou físicas, montagens em vídeos, entre
outros. A seguir, está um exemplo de uma apresentação em formato de vídeo que pode
• Planta de Situação
• Plantas baixas
São desenhos que mostram todos os elementos que compõem a obra, como se
fosse um corte horizontal ao longo de toda a construção. Para Niezel (1974), é como
à uma altura de 1,50m acima do piso, atravessando as portas e janelas e outros ele-
mentos que se encontram aproximadamente nessa altura. O que não estiver sendo
cortado aparece em vista (o que está abaixo desse corte) ou então em projeção (o
ção, suas dimensões, áreas, cotas de nível, onde ficam as portas e janelas e quais
20 Capítulo 1
Importante destacar que, se a edificação tiver mais de um pavimento, deve-se
representar uma planta baixa para cada um deles. Como exemplo de Plantas baixas,
• Planta de subsolo.
• Planta da Cobertura.
• Cortes
• Fachadas
dos na construção.
Projeto Arquitetônico 21
Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=anteprojeto&source=l-
nms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjK4vLfnJ3KAhVJfZAKHTlwAWwQ_
AUIBygB#imgrc=Xwd52jzyfUBmbM%3A>. Acesso em: 06 jan. 2016.
Para que possamos construir uma obra, é necessário que os órgãos competentes
cumpridos. Para isso, precisamos representar as informações técnicas com base nas
22 Capítulo 1
É importante ressaltar que, além do projeto arquitetônico, outros projetos com-
contra incêndios, entre outros. Apenas o profssional habilitado pode solicitar a apro-
ses, uma vez que qualquer inconsistência no projeto deve ser corrigida e adequada
poderá ser suspensa e/ou sofrer embargos, daí a importância do projeto legal para o
guem normas brasileiras específicas e por esse motivo foram suspensos ou não
Projeto Arquitetônico 23
Disponível em: <http://www.cimentoitambe.com.br/projeto-de-acessibilidade-alvara/>. Acesso
em: 05 jan. 2016.
A norma NBR 13531 (ABNT, 1995) cita a existência dessa etapa como opcio-
nal, pois ela aborda a representação das informações técnicas ainda não comple-
serviços de obra correspondentes. Abaixo está uma notícia que aborda a utilização
O último tipo ou fase de projeto que a Norma 13531 (ABNT, 1995) cita é o Projeto
24 Capítulo 1
h. Projeto para execução (PE)
Nessa fase, são executadas as plantas com as informações finais técnicas da cons-
que serão empregadas na construção, dessa forma, devem ser completas, definitivas,
Segundo Costa (1995), nessa fase, os projetos complementares, tais como o pro-
• Instalações elétricas.
• Instalações Hidráulicas.
• Instalações Sanitárias.
Outra fase, que não consta na Norma, mas que Costa (1995) cita, é aquela em
execução dos serviços de construção, para o autor, essa etapa é a mais delicada e
versidades de soluções para todas as questões pertinentes à obra que devem ser
Projeto Arquitetônico 25
FIQUE POR DENTRO!
Caro aluno, nesta seção, gostaríamos (TICs). Leia com atenção e reflita sobre al-
de apresentar algumas tendências que vêm guns trechos do artigo escrito por Eduardo
sendo observadas no campo do projeto ar- Sampaio Nardelli, publicado na Arquitetura
quitetônico, principalmente em relação às Revista de 2007:
tecnologias de informação e comunicação Título: Arquitetura e projeto na era digital
última década, vêm contribuindo para uma verdadeira revolução nessa área, esta-
cheta analógica à prancheta digital –, e face à contínua evolução das TICs, que tem
vão muito além do gesto criador, estaríamos, então, diante de uma nova tendência
inédita, baseada num corpo teórico exclusivo, cultural e prático, apoiado em novas
26 Capítulo 1
(..) as tecnologias digitais libertaram a imagem dos tradicionais conceitos de repre-
nal baseado nos parâmetros de um espaço estático estabelecido pelo papel, já que
te, através das Tecnologias da Informação e Comunicação e que, portanto, devem ser
definidos como “Projetos Digitais”, ou, num conceito mais amplo, como “Arquitetura
exemplos de uma proposta não repetitiva, que se utilizou de técnicas de projeto pa-
Projeto Arquitetônico 27
Terminal Internacional da Estação Waterloo, em Londres – Nicholas Grimsahw (1993).
Foreign Office Architects (Farshid Moussavi and Alejandro Zaera Pólo, 1995) um
28 Capítulo 1
(...) Vimos, então, que as possibilidades de concepção formal oferecidas pela
endereço: <http://revistas.unisinos.br/index.php/arquitetura/article/view/5573>.
Ah! E nunca se esqueça, assim como Gildo Montenegro (1997) bem expressou e
Projeto Arquitetônico 29
INDICAÇÃO DE LEITURA
A importância do projeto de construção na concepção e execução de uma obra
uma missão elaborada que requer análise de cálculos, detalhamento estrutural, to-
mada de decisões, entre outros fatores que fazem toda a diferença no produto final
construção. É neste momento que são feitas as escolhas que vão direcionar a obra:
30 Capítulo 1
É no projeto de construção também que se especificam objetivos, prazos, custos,
conforto”, ressalta a arquiteta e mestre em engenharia Marcia Menezes dos Santos, di-
O projeto prevê e direciona como, quando e por quem as operações serão reali-
zadas. Com o estudo do projeto de construção da obra, as previsões são mais preci-
sas, o processo pode ser otimizado, e o bom resultado tem maior garantia, conforme
explica Santos: “na fase de projeto, ainda podem ser estudadas soluções para uma
Projeto Arquitetônico 31
Arte de Projetar Em Arquitetura
o ser humano como medida e objetivo. (...) continua sendo uma referência bibliográfica de re-
32 Capítulo 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, nesta unidade, iniciamos o entendimento sobre o processo de proje-
to, as etapas que o compõem e como elas são necessárias para o adequado anda-
que você irá desenvolver como solução a uma série de condicionantes. As plantas
ras, encare cada uma das etapas de projeto como uma oportunidade para melhorar
Projeto Arquitetônico 33
Anotações
capítulo
2 instrumentos e
normas
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti
introdução
Prezado aluno, nesta unidade, vamos identificar quais instrumentos e materiais que
você poderá empregar na representação gráfica de seus projetos. Aliado a isso, ire-
de forma geral.
Prepare-se para iniciar seus desenhos e projetos! A partir desta unidade, você con-
próprios para essa função. Você verá o quão facilitador é a utilização adequada dos
suma importância caso você queira realizar uma representação de qualidade dos
“O modo como o seu escritório se apresenta reflete a sua imagem como profissional,
Vamos lá? Você verá que alguns dos materiais e instrumentos que iremos apresentar você
já conhece e já manuseou, entretanto existem alguns novos que iremos apresentar a você
Objetivos de aprendizagem
• Reconhecer os instrumentos e objetos necessários para a adequada
representação do projeto arquitetônico.
esquema
• Identificação dos instrumentos utilizados na representação de projetos
arquitetônicos
to manejo dos instrumentos gera desenhos de qualidade, que expressam de forma mais
aluno, o exercício de desenho faz que a expressão se aprimore, então, não hesite em
tentar, testar e exercitar o seu traço, a sua expressão! Quanto mais você treinar, mais fa-
cilidade terá no manejo dos instrumentos e materiais! Abaixo estão apresentados alguns
materiais e instrumentos que você certamente irá empregar nas suas representações:
INSTRUMENTO/ DESCRIÇÃO/
IMAGEM
MATERIAL APLICAÇÃO
Prancheta
Serve de apoio para a folha de desenho .
Dica: alguns projetistas preferem utilizar a
prancheta com o tampo na posição vertical,
pois acreditam que reduz o cansaço, sendo
uma posição mais cômoda.
MONTENEGRO (1997)
Projeto Arquitetônico 37
Serve prin-
cipalmente
para traçar
linhas paralelas
horizontais. É
também usada
Régua paralela como apoio
dos esquadros
no traçado de
linhas verticais
MONTENEGRO (1997)
e obliquas. Ela
veio para subs-
tituir a régua T
Serve para
desenhar na
escala dese-
jada. Existem
diferentes
escalas nos
escalímetros.
Régua graduada
Você deve
adquirir aquela
que melhor
se adapta às
escalas que irá
empregar em
seus desenhos.
MONTENEGRO (1997)
38 Capítulo 2
Servem para
traçarmos
linhas em
ângulos.
Normalmente
os mais
utilizados são
Esquadros
os de 45º e de
60º. Quando
utilizados em
conjunto eles
podemos MONTENEGRO (1997)
formar outros
ângulos.
Utilizado
para traçar
circunferências.
É composto
por uma ponta
seca que deve
Compasso ser apoiada na
mesa e outra
com grafite,
que desliza
pelo papel para
formar o ângulo
ou círculo. MONTENEGRO (1997)
Projeto Arquitetônico 39
Serve para
medir ângulos,
Transferidor fabricado nor-
malmente em
180° e 360°
MONTENEGRO (1997)
Utilizado com
função de
esquadro,
transferidor,
régua paralela
Tecnígrafo
e escala. Esse
instrumento
pode ser adap-
tado à mesa de
desenho.
(NEIZEL, 1974)
São empre-
gadas para
Gabaritos de curvas ou traçar as
curvas francesas curvas que não
sejam arcos de
circunferência.
(FRENCH, 1978)
40 Capítulo 2
Local onde são
executados
os desenhos.
Eles podem ser
transparentes
ou opacos,
Papel
finos ou de
maior espessu-
ra, dependendo
da representa-
ção que será
executada.
Serve para o
traçado das
linhas e curvas.
Pode ser de di-
ferentes forma-
tos, espessuras
e durezas. A
diferença entre
Lápis / Lapiseira
o lápis e a la-
piseira é que o
lápis necessita
ser apontado
e a lapiseira
necessita ser
recarregada MONTENEGRO (1997)
com grafite.
Projeto Arquitetônico 41
De diversos
tipos, cores
e formatos,
normalmente
Borracha as mais macias
possuem me-
lhor desempe-
nho para lápis
de desenho.
Importante ressaltar que os lápis podem ser de diferentes durezas, assim como o
grafite das lapiseiras, segundo Montenegro (1997), eles podem ser classificados de
grafites 6B a B HB F- H a 2H 3H a 9H
Normalmente os graus de dureza estão informados nos cabos dos lápis e nas mi-
nas das lapiseiras por números e letras, de acordo com a tabela acima. Abaixo estão
que, conforme vamos passando do grafite macio para o médio e duro, a cor vai se
42 Capítulo 2
Disponível em: <http://myworldwitharch.blogspot.com.br/2015/04/materiais-para-desenhocro-
quidesenho.html>. Acesso em: 07 jan. 2016.
senhos de forma geral, pois originam traços médios, mais compatíveis com esses
Atualmente a régua paralela vem sendo utilizada no lugar da antiga régua “T”,
que era um instrumento com a mesma função da régua paralela, que é traçar linhas
Projeto Arquitetônico 43
Outra dica importante diz respeito à utilização do escalímetro, existem escalí-
metros com diferentes escalas, esse instrumento é composto basicamente por três
faces que têm duas escalas em cada uma delas e serve para desenharmos em
sua escala real, né? A escala real é a construção da edificação, os projetos devem
ser executados em escala reduzida para que possam ser manipulados, corrigidos e
para a representação de projetos de arquitetura são: 1:2; 1:5; 1:10; 1:20; 1:25; 1:50;
em escala, você poderá empregá-lo para medir projetos em escala. Dica: não use o es-
calímetro como régua para fazer traços com o seu auxilio, essa prática faz que as mar-
cações das escalas desapareçam e dessa forma o instrumento perde a sua precisão.
O manuseio dos esquadros é outra questão importante que você deve dominar para
que consiga representar linhas e traçados em ângulo com precisão, para auxiliá-lo,
nheiros por um bom tempo. Caso surjam duvidas, busque nos referenciais teóricos
44 Capítulo 2
apresentados mais informações sobre cada um deles e a melhor forma de utilizá-los
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: Desenho de Projetos
áreas começam cobrando a realização de trabalhos gráficos de seus alunos que, na maioria
das vezes, jamais riscaram figuras além daquelas que enchem seus cadernos e seus sonhos.
Este livro foi desenvolvido com o propósito de ser útil a tais pessoas que insistem em riscar. Ele
não aprofunda os assuntos, pois sua pretensão maior é a de orientar os primeiros passos. Ou
traços. E estimular o leitor para que avance, soltando o lápis e a imaginação. O livro é dividido
em sete capítulos, tendo cada um deles a indicação de obras que aprofundam o conteúdo.
de-projetos?DCSext.recom=Neemu_Produto_viu-comprou&nm_origem=rec_produ-
to_viu-comprou&nm_ranking_rec=4>.
Projeto Arquitetônico 45
FIQUE POR DENTRO
Existem outras opções para a representação dos projetos de arquitetura, além da
A seguir, você verá algumas dessas opções, mas não se esqueça, caro aluno, que para
saber desenhar utilizando um software como ferramenta, primeiro você precisa saber
• AutoCAD
ros do mundo.
46 Capítulo 2
• Sketchup
— onde quer que você precise de desenhos, você precisa do SketchUp Pro.
• Revit
projeto arquitetônico 47
de arquitetura, de engenharia MEP, de engenharia estrutural e de construção.
eles pudessem ser trocados e entendidos pelos diferentes profissionais que participam
Dessa forma, podemos citar aqui a NBR 6492 (ABNT, 1994), que trata da representa-
ção dos projetos de arquitetura, relatando grande parte das fases do processo de projeto
Nesse sentido, o objetivo dessa norma (NBR 6492, ABNT, 1994) é fixar as condi-
boa compreensão. Ela define, entre outras, cada uma das representações utilizadas
48 Capítulo 2
Planta que compreende o projeto como um todo, contendo, além do pro-
jeto de arquitetura, as informações necessárias dos projetos complementa-
Planta de locação (ou
res, tais como movimento de terra, arruamento, redes hidráulica, elétrica e
implantação)
de drenagem, entre outros. Nota: A locação das edificações, assim como a
das eventuais construções complementares são indicadas nessa planta.
Além disso, essa mesma norma (NBR 6492, ABNT, 1994) define as fases do
para o Anteprojeto:
Projeto Arquitetônico 49
Fase O que devemos apresentar Documentos
a) situação;
Definição do partido arquitetônico e
b) plantas, cortes e fachadas;
dos elementos construtivos, consi-
c) memorial justificativo, abrangendo aspec-
derando os projetos complementares
tos construtivos;
(estrutura, instalações etc.).
Anteprojeto d) discriminação técnica;
Nessa etapa, o projeto deve receber
e) quadro geral de acabamento (facultativo);
aprovação final do cliente e dos ór-
f) documentos para aprovação em órgãos
gãos oficiais envolvidos e possibilitar
públicos;
a contratação da obra.
g) lista preliminar de materiais.
Devem estar bem caracterizados os elementos construtivos, com indicação de medidas, níveis, áreas,
denominação de compartimentos, topografia e orientação, eixos e coordenadas. A descrição dos materiais
adotados deve atender às necessidades da etapa.
Seguindo, essa norma (NBR 6492, ABNT, 1994) ainda, em seu anexo, aborda
sentação em projetos arquitetonicos. Outra norma que pode ser consultada, caso
haja dúvida na representação do traçado, é a NBR 8403 (ABNT, 1984), que trata da
(ABNT, 1994):
50 Capítulo 2
Tipo de linha Descrição Representação gráfica Espessura
Linhas situa-
das além do Mesmo valor que as linhas
(± 0,2 mm)
plano do desenho de eixo.
- Tracejadas
Projeto Arquitetônico 51
Contínuas para construção
de desenhos, guia de le-
Linhas auxiliares (± 0,1 mm)
tras e números, com traço;
o mais leve possível.
Linhas de indica-
Mesmo valor que as linhas
ção e chamadas (±0,2 mm)
de eixo.
- Contínuas
Além da indicação dos tipos e espessura dos traços, essa norma (NBR 6492, ABNT
1994) aborda os tipos de letras e números, as escalas, que serão abordadas na unida-
Outras normas que podem ser consultadas são a NBR 8196 (ABNT, 1999), sobre
52 Capítulo 2
INDICAÇÃO DE LEITURA
Introdução à Arquitetura
REFLITA
Prezado aluno, após conversarmos so- Frase retirada do artigo intitulado A
bre projeto arquitetônico, apresentarmos Representação Gráfica na Revista Projeto
alguns materiais e instrumentos para a sua & Design, de autoria de: Flávia Massaro
representação e explanarmos sobre algumas Fonseca e Simone Helena Tanoue Vizioli,
normas pertinentes à representação dos pro- publicado nos anais do Graphica’ 13, dis-
jetos arquitetônicos, deixaremos esta frase ponível em: http://www.iau.usp.br/pesquisa/
para que você reflita sobre o papel do projeto grupos/nelac/wp-content/uploads/2015/01/
arquitetônico e da sua representação gráfica: GRAPHICA2013_massaro_vizioli_A-RE-
“Pois a representação da arquitetura não é PRESENTACAO-GRAFICA-NA-REVISTA-
somente o entendimento de um projeto, mas tam- -PROJETO-DESIGN.pdf
bém um meio de comunicação com a sociedade”. Acesso em: 12 jan. 2016.
Projeto Arquitetônico 53
SAIBA MAIS
O mesmo texto de Flávia Massaro dos projetos arquitetônicos, relacionando os
Fonseca e Simone Helena Tanoue Vizioli, resultados com o momento histórico em que
que analisaram a representação gráfica uti- foram projetadas ou publicadas. Leia o texto
lizada nas publicações de obras arquitetô- na íntegra, disponível no endereço indicado,
nicas em mídias impressas especializadas, e veja quão poderosa é a representação grá-
mais especificamente na Revista Projeto & fica dos projetos, em suas diferentes formas,
Design, fornece indicativos de como a re- como forma de comunicação! É desafiador!!
presentação gráfica dos projetos arquitetô- Prepare-se!
nicos contribuiu na compreensão e leitura
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado aluno! Nesta unidade, adentramos, de forma mais prática, no universo
teriais de desenho que serão nossos parceiros ao longo deste livro. Em seguida,
apresentamos algumas normas que serão suas guias sempre que você pensar em
expressar com clareza o que nossa representação objetiva, bem como para alcan-
Capítulo 2
Anotações
Projeto Arquitetônico
Anotações
capítulo
3 escalas e cotas
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti
introdução
Caro aluno, nesta unidade, iremos exercitar um pouco mais a nossa capacidade de
calas e cotas. Você verá e compreenderá o quão importante são esses dois assuntos
jeto arquitetônico. É muito importante que você preste muita atenção nas dicas
aqui escritas, bem como consulte as normas citadas e exercite muito tudo que for
Objetivos de aprendizagem
• Compreender por que usamos as escalas.
esquema
• Importância da escala no projeto arquitetônico
Existem objetos reais, que em sua escala natural, podem ser manuseados, carrega-
dos, jogados, podemos citar como exemplo uma lâmpada, um celular, um livro. Por
outro lado, existem outros artefatos que são tão pequenos que, para sua adequada
tes, peças de equipamentos, estrelas no céu são alguns exemplos de tais artefa-
tos. Inversamente, existem aqueles cuja dimensão é tão grande que necessitam de
técnicas de redução para que possam ser melhores entendidos, tais como o globo
casos, estamos abordando o conceito de escala, seja para menor, seja para maior.
Segundo a NBR 8196 (ABNT, 1999), a escala a ser escolhida para um desenho depen-
sentação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma
Tipos de Escalas
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), escala é a relação dimensional entre a re-
ser de dois tipos: numéricas e gráficas. As numéricas apresentam uma divisão em:
de ampliação ou de redução.
Projeto Arquitetônico 59
As escalas gráficas são a representação das escalas numéricas em forma de
desenho, elas servem como base para entendermos as proporções de cada projeto.
8196 (ABNT, 1999), sendo que a escala 1:1 é a escala natural, ou seja, o objeto está
sendo representado em sua verdadeira grandeza, já a escala X:1, sendo X>1, fica
determinada como escala de ampliação, e a escala 1:X, sendo X>1, fica determina-
2:1 1:2
10:1 1:10
mente pelo porte das obras que são projetadas e construídas. Você já imaginou como
seria executar um projeto arquitetônico, em escala real de uma casa térrea? Como
60 Capítulo 3
seriam realizadas as representações de plantas, cortes e fachadas? Praticamente im-
possível, não é? Para isto que usamos as escalas, representar um projeto, construção,
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), as escalas mais usuais em projetos arqui-
tetônicos são: 1/2; 1/5; 1/10; 1/20; 1/25; 1/50; 1/75; 1/100; 1/200; 1/250 e 1/500.
Sempre lembrando que, na escolha da escala, deve-se sempre ter em mente a futu-
ra redução do desenho.
Outra questão apontada pela NBR 8196 (ABNT, 1999) diz respeito à indicação da
rio o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas
Por fim, um cuidado muito importante que devemos ter diz respeito à escala que iremos
utilizar em cada uma de nossas representações, como bem dissertou Costa (1995): a esco-
lha da escala deve ser feita de acordo com a necessidade de visualização de cada desenho,
de forma que fique clara e objetiva a sua leitura e o seu entendimento. Sendo que cada item
REFLITA
Como as escalas podem ser utilizadas na papel fundamental no processo de elabora-
engenharia, além da representação gráfica: ção de projetos de Arquitetura e Urbanismo.
“A maquete, assim como o desenho, tem A maquete como modelo físico de escala
Projeto Arquitetônico 61
reduzida do que está sendo projetado, seja requisitos tanto para abstração como do de-
um edifício ou complexo urbano, é um instru- talhe que estão envolvidos em um processo
mento de extensão do desenho, com a vanta- de desenvolvimento simultâneo. A maquete,
gem de possibilitar a manipulação da terceira nessa fase, é útil para testar ideias globais
dimensão que é real. Durante o processo e, assim, enriquecer o processo, interagindo
criativo, são importantes os estudos por meio com as demais linguagens gráficas.”
dos modelos de massa para analisar o con- Texto extraído da dissertação de Renata
junto da volumetria e o impacto da sua im- França Marangoni (2011), intitulado: A ma-
plantação em relação ao entorno. Esse tipo quete manual como estímulo à criativida-
de maquete alimenta a reflexão do arquiteto de na formação de arquitetos e urbanistas.
e revela-se de grande importância no proces- Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.
so de projeto. Os recentes avanços no pro- unicamp.br/document/?code=000788976>.
cesso de projeto têm ocorrido em uma abor- Acesso em: 10 jan. 2016.
dagem “de cima para baixo”, desprezando os
Você parou para pensar o quão importante pode ser, ao longo do processo de pro-
jeto, contar com um modelo físico reduzido da solução que você projetou. Para cons-
truir o seu modelo físico, será necessário trabalhar com os conceitos de escalas que
Reflita sobre esses questionamentos e, se você desejar, pode ainda fazer uma bela
maquete básica de um projeto ou solução que você desenvolveu! Vamos lá! Tente!!
62 Capítulo 3
Fique por Dentro
Engenharia do vento do vento, há situações não consideradas no
Além das reações da estrutura, dos re- texto, especialmente quando se trata de es-
vestimentos e esquadrias, ensaios aerodinâ- truturas com formas esféricas ou cilíndricas,
micos em túnel permitem prever também os edificações altas e esbeltas e pontes estaia-
efeitos do vento nos arredores das, por exemplo. Nesses casos, para deter-
Embora a NBR 6123 - Forças Devidas ao minar os esforços na estrutura e analisar os
Vento em Edificações permita prever o com- efeitos do escoamento ao seu redor, é neces-
portamento da estrutura perante os efeitos sário realizar ensaios em túnel de vento.
Projeto Arquitetônico 63
ser escolhida de modo a representar as características dinâmicas da estrutura.
COTAS
Prezado aluno, na segunda seção desta unidade, falaremos sobre as cotas, ele-
que realizamos. Para a NBR 10126 (ABNT, 1987), a cotagem significa a representa-
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), as cotas devem ser indicadas em metro (m),
64 Capítulo 3
1994) para representação gráfica de projetos arquitetônicos.
Outras prescrições presentes nessa norma (NBR 6492 - ABNT, 1994) são:
impossibilidade;
cota deve ser indicada no vão acabado pronto para receber as esquadrias, conforme
apresentado abaixo:
Projeto Arquitetônico 65
A NBR 10126 (ABNT, 1987) informa que a indicação dos limites da linha de cota
pode ser feita por meio de setas ou traços oblíquos, sendo que a seta é desenha-
da com linhas curtas formando ângulos de 15°, podendo ser aberta ou fechada e
preenchida, já o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°,
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado
num mesmo desenho, ou seja, quando iniciamos a inserção das cotas seguindo um
• Método 1
66 Capítulo 3
• Método 2
• as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem
10126, 1987), seguindo a mesma indicação dos métodos, com a inscrição da dimen-
são na parte externa da linha de cota, ou então seccionando a linha de cota para
inscrição da dimensão.
tão alinhada com a angulação da cota estando a escrita na parte externa da linha de cota.
Projeto Arquitetônico 67
Há ainda a utilização de símbolos, na cotagem de representações gráficas, para
bolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente
indicada (NBR 10126, 1987). Os símbolos devem preceder à cota e são representa-
• φ - Diâmetro
• R- Raio
• □ – Quadrado
Formas de cotagem
Há ainda duas formas principais de cotagem considerando a disposição e a apre-
que deve ser utilizado, segundo a NBR 10126 (ABNT, 1987), somente quando o pos-
68 Capítulo 3
Já a segunda, denomina-se cotagem por elemento de referência e, segundo a
NBR 10126 (ABNT, 1987), esse método é utilizado quando um número de cotas da
de nível que devemos informar nas plantas, tais como as apresentadas a seguir.
Projeto Arquitetônico 69
Cotas de nível
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), as cotas de nível são apresentadas sempre em
metro, e devem indicar o nível acabado (N.A.) e o nível em osso (N.O.). Normalmente
Por fim, veja essa ilustração de Montenegro (1997) com algumas dicas valiosas
para realizar uma cotagem adequada dos seus projetos, futuro engenheiro!
70 Capítulo 3
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro - Representação Gráfica Em Arquitetura
Projeto Arquitetônico 71
bras; símbolos gráficos e letras; desenho à mão livre; apresentação de layouts.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, nesta unidade, aprendemos sobre dois assuntos muito importantes
das cotas! Sem elas, dificilmente conseguiremos comunicar nossas ideias aos nossos
As cotas, assim como a escala, são de suma importância para que possamos
72 Capítulo 3
economize na cotagem de seus desenhos. Apresentar uma cota repetida não é o
mais problemático. Tenha muita atenção quando for cotar seus desenhos! Pense
como alguém que não conhece seu projeto poderá lê-lo de forma completa e , quan-
do receber um projeto que não tenha a cota de dimensão que você necessita, entre
Projeto Arquitetônico 73
Anotações
capítulo
4 layout
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti
introdução
Prezado aluno, nesta unidade, vamos aprender sobre vários itens relevantes que
foco principal. Vamos identificar os diferentes tipos de papel que podemos utilizar
para desenhar e também para plotar nossos projetos, analisando qual a melhor op-
projeto arquitetônico.
Por fim, vamos aprender como se dobra a folha de desenho dependendo de sua di-
das marcações de dobra e de corte. Enfim, prepare suas folhas de desenhos, seus
esquema
• Tipos de papel
• Layout e dimensões
• Margens e Selo
• Dobramento de folhas
OS TIPOS DE PAPEL
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), os desenhos devem ser executados em pa-
a escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto
Transparente Opaco
Formatos de papel
Devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR 10068,
arquivamento (NBR 6492, ABNT, 1994). As folhas de desenhos podem ser utilizadas
tanto na posição horizontal como na vertical (NBR 10068, ABNT, 1987). A seguir
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 295 x 420
A4 210 x 297
Projeto Arquitetônico 77
A seguir, está apresentada uma figura que mostra a relação dos tamanhos de cada
Note a relação de dimensão que existe entre os tamanhos da série A, veja que
a 8 (oito) A3. A norma indica a utilização desse padrão de tamanho de folha, entre-
tanto, se for necessário, empregar uma outra dimensão de folha de desenho, ela
recomenda que a escolha dos formatos seja realizada de forma que a largura ou o
78 Capítulo 4
LAYOUT
A área para a representação do projeto é formatada pelas margens e selo (carim-
bo), são esses os elementos que delimitam o espaço do desenho. Dessa forma, a
A0 25 10 1,4
A1 25 10 1,0
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5
Note que a margem esquerda é maior do que a margem direita, isso acontece
pois essa margem é perfurada para ser utilizada no arquivamento das folhas de
Além das margens, a NBR10068 (ABNT,1987) determina que, nas folhas de forma-
tos de série “A”, devem ser executadas quatro marcas de centros. Essas marcas de-
vem ser localizadas no final das duas linhas de simetria – horizontal e vertical à folha.
Além disso, o espaço inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado
Projeto Arquitetônico 79
Além dessas indicações, devem constar nas folhas da série A, 4 (quatro) marcas de
centro, que devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical)
à folha, bem como uma escala métrica de referência, sem os números, com comprimento
de 100 mm no mínimo e em intervalos de 10 mm. Essa escala métrica deve estar embai-
com largura de 5 mm no máximo. Deve ser executada com traço de 0,5 mm de largura no
mínimo e deve ser repetida em cada seção do desenho (NBR 10068, ABNT, 1987).
Nesse sentido, a NBR 6492 (ABNT, 1994) indica que devem constar no carimbo
80 Capítulo 4
a. identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
d. escalas;
e. data;
g. indicação de revisão.
Projeto Arquitetônico 81
Além disso, a folha de desenho é separada em duas partes principais, segundo a NBR
10582 (ABNT, 1988): espaço para desenho e espaço para texto. No espaço para o dese-
nho, as representações podem ser dispostas na vertical ou horizontal, sendo que o dese-
nho principal da folha, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho.
desenho (NBR 10582, ABNT, 1988), sendo que a largura de espaço para texto é
igual à da legenda ou no mínimo 100 mm. Quando o espaço para texto é colocado
82 Capítulo 4
O espaço para texto deve conter as seguintes informações:
a. explanação;
b. instrução
c. referência;
e. tábua de revisão.
da NBR 10582 (ABNT, 1988), analise com cuidado essa Norma, pois ela contém
Para a entrega final do projeto, a folha sempre deverá ser dobrada de forma que seu
formato seja igual ao de uma folha A4. Para isso, a NBR 13142 de 1999, mostra todas
ção através da aba em pastas e de modo a deixar visível o carimbo destinado à legenda.
Nesse sentido, são demonstrados abaixo exemplos de dobradura, com suas res-
Projeto Arquitetônico 83
Outros aspectos importantes quanto ao dobramento são apresentados na NBR
84 Capítulo 4
• quando as cópias de desenho formato A0, A1 e A2 tiverem que ser perfuradas
para arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior esquerdo;
Se restar alguma dúvida, você pode assistir ao vídeo sobre dobragem de có-
watch?v=iJUs1yhky9Y>.
Projeto Arquitetônico 85
FIQUE POR DENTRO
Como organizar os arquivos do escritório fases de backup - HD externo e depois ar-
Hoje a questão é mais fácil tanto no as- quivamento em DVD. Já os documentos em
pecto da necessidade de espaço quanto na papel permanecem nas pastas por períodos
preservação dos materiais. “O que aconte- que variam de cinco a dez anos. Como so-
ceu nos meus 30 anos de carreira foi pas- mos um escritório pequeno, não precisamos
sar do papel manteiga e vegetal com suas criar um sistema complexo, como o exigido
gigantescas mapotecas para o atual HD ex- quando se pretende uma certificação do tipo
terno como forma de conservar o arquivo ele- ISO, mas guardamos tudo que proteja o es-
trônico. Nos anos de 1990, trabalhei em um critório de qualquer tipo de reclamação de
escritório muito moderno, no qual usávamos terceiros”. (...)
zipdrive - um disquete que armazenava 300 Além dos arquivos digitais e o próprio pro-
MB e funcionava como um HD externo - e a jeto em papel, também vale guardar os con-
rede era conectada por cabos de telefone”, tratos e/ou termos assinados entre o cliente
lembra George Gavalas, do escritório paulis- e o escritório, documentos de assinatura de
tano Pedro Taddei e Associados. responsabilidade técnica e mesmo outros
Embora existam hoje softwares e aplicati- com anotações de clientes e equipes multi-
vos para absolutamente tudo, muitos dos pri- disciplinares comentando os projetos, dese-
meiros esboços saem no papel e lápis, e há nhos com comentários, e claro o as built.
quem não se adapte a fazer anotações dire- No BCMF, cada projeto recebe um núme-
tamente em meio digital. Se esse for o caso, ro e esse número vai em tudo que se refere
vale fazer o arquivamento das duas maneiras: ao trabalho. Os e-mails, por exemplo, têm
guardando os riscos em pastas e os cadernos este número no campo no assunto e são
e blocos de notas em caixas e digitalizando catalogados em um arquivo de Excel. “Antes
tudo para salvar em outras mídias. (...) de enviar, cada pessoa precisa ir nesta pla-
O processo de arquivamento é feito em nilha e colocar para quem enviou o e-mail, o
duas etapas: “Os projetos passam por duas conteúdo e a data”, explica Bruno. O projeto
86 Capítulo 4
executivo do Mineirão, assinado pelo escritó- au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/239/
rio, conta com 1.968 mensagens. (...) como-organizar-os-arquivos-do-escrito-
Fragmento de texto retirado de: <http:// rio-305311-1.aspx>. Acesso em: 10 jan. 2016.
REFLITA
Você, caro aluno, futuro engenheiro, já seja de papéis ou mídias digitais. Ele deve
pensou como será organizado seu escritório? ser longe do sol, livre de umidade e, se pos-
Como será o arquivamento dos diferentes re- sível, com temperatura controlada. Uma boa
gistros que compõem um projeto? Abaixo estão saída é um armário fechado que combine
algumas dicas importantes sobre este assunto: pastas suspensas e prateleiras, dica dos pro-
(...) De tempos em tempos, vale revisar fissionais do Mapa. Também é preciso plane-
tudo o que está no HD dos computadores e jar uma limpeza periódica, para retirar o acú-
checar o que já pode ser passado para ar- mulo de poeira, e vale manter duas cópias de
quivo morto. Com disciplina para fazer isso tudo, sempre em locais diferentes. Se forem
a cada seis meses, a vida ficará mais fácil e documentos de algum projeto confidencial,
mais organizada o tempo todo. há vários programas que ensinam a cripto-
Por mais que pareça um conselho óbvio, é grafar arquivos e protegê-los com senhas -
válido escolher bem o local de arquivamento, uma precaução a mais. (...)
Projeto Arquitetônico 87
Além disso, se forem: acabar com o arquivo.
CDs e DVDs Cadernos e anotações
Guardar nas caixinhas adequadas, para Para organizá-los, vale colar etiquetas
proteger da poeira, e deixar sempre na ver- na frente dos cadernos com a data de início
tical, para não ocorrer pressão do peso dos e fim de seu uso ou com o assunto, caso o
que estão em cima nos debaixo. Evitar luga- caderno seja só de um projeto, por exemplo.
res com incidência de sol e, se o disco estiver E-mails
sujo ou manchado, limpar com uma flanela Organizar os e-mails por pastas de cada
macia e seca antes de rodar. Nunca é demais projeto. Há diversos programas de backup de
fazer duas cópias de cada disco. e-mails que podem ser úteis. Outra maneira
Pen drives e HDs externos é criar um endereço em uma conta de e-mail
Guardar longe da luz e do sol e ter os virtual (como Gmail ou Hotmail) para enviar
documentos mais importantes salvos em as mensagens mais importantes de cada
dois endereços diferentes (um HD em casa projeto. Isso funcionará como uma espécie
e outro no escritório). Quedas podem ser de nuvem na internet que se pode acessar
fatais para esses gadgets, por isso vale de qualquer lugar
guardá-los em estojos macios. Fragmento de texto retirado de: <http://
Papel au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/239/
Projetos em papel vegetal podem ser es- como-organizar-os-arquivos-do-escrito-
caneados e armazenados em rolos, mas é rio-305311-1.aspx>. Acesso em: 10 jan. 2016.
preciso cuidar para que o lugar esteja dede- Futuro engenheiro! Planeje-se!
tizado, já que traças são famintas e podem
88 Capítulo 4
INDICAÇÃO DE LEITURA
Título: Manual de Desenho Técnico para Engenharia -
especial em que o projeto assistido por computador é abordado com ênfase em mo-
anterior foi apresentado como apêndice, mais de 30 folhas de trabalho para o desenho
põem uma mostra indispensável da aplicação prática dos conceitos tratados ao longo
site da LTC Editora – GEN | Grupo Editorial Nacional, acessíveis mediante cadastro.
Projeto Arquitetônico 89
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, chegamos ao final de mais uma unidade, na qual aprendemos vários
que você pode utilizar nas suas representações gráficas, bem como os diferentes
que você reconheça os papéis da série A e saiba como organizá-los, seus espaços,
elementos e dimensões, não se esqueça das margens, do selo e das áreas de texto
Ainda, treine a dobradura das folhas, isso fará com que você se familiarize com
os materiais e as técnicas, bem como com as dimensões de cada uma das folhas
da série A, você verá que elas te acompanharão ao longo de toda a sua formação
engenheiro. Teste os diferentes tipos de papéis, você verá que cada um deles tem
Capítulo 4
Anotações
Projeto Arquitetônico
Anotações
capítulo
5 métodos de composição
e reprodução de
desenhos
Carina Mariane Stolz ; Laís Zucchetti
introdução
Caro aluno,
Iniciamos agora mais uma unidade, que tem como objetivo maior consolidar o seu
caligrafia técnica.
A correta utilização das linhas nas representações de projetos permite que os desenhos
sejam trocados e discutidos entre os profissionais que fazem parte do processo de projeto
e de construção de uma edificação. O desenho técnico não pode ser realizado de acordo
com os gostos e preferências de cada desenhista, pois será utilizado por arquitetos, enge-
as canetas técnicas, suas cores e dimensões buscam padronizar essa linguagem de de-
Dessa mesma forma ocorre com a caligrafia técnica, os números e letras que utiliza-
mos como informação nas folhas de desenho. Eles devem seguir uma padronização,
letras e números.
Prepare seus instrumentos e materiais de desenho, vamos explorar novas formas
de desenhar e escrever.
Prepare-se!!!
Objetivos de aprendizagem
• Aprender como empregar as linhas técnicas na representação de
projetos arquitetônicos.
esquema
• Linhas técnicas
• Caligrafia técnica
À primeira vista, pode parecer algo inútil, mas, em desenho técnico, diferenciar os
elementos com linhas de larguras distintas facilita muito a visualização e não deixa
Fica definido na referida norma que cada cor das canetas técnicas identificam
As larguras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo, dimensão, es-
Projeto Arquitetônico 95
Além das espessuras, são utilizadas distintas formas de tracejados e represen-
tações das linhas, que possuem significados diferentes, conforme mostra a tabela a
-Contornos visíveis.
__________ Contínua larga
-Arestas Visíveis.
-Linhas de centro.
Traço e ponto estreita -Linhas de simetrias.
-Trajetórias.
96 Capítulo 5
Traço e ponto estreita, larga
nas extremidades e na mu- -Planos de cortes.
dança de direção
churas) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entre-
tanto recomenda-se que essa distância não seja menor do que 0,70 mm.
Projeto Arquitetônico 97
Abaixo está um exemplo de representação gráfica apresentada pela NBR 8403
(ABNT, 1984), com uma aplicação prática da hierarquia e de diferentes tipos de linhas:
das linhas, com espessuras diferentes e também diferentes tipos de traços, marca-
98 capítulo 5
CALIGRAFIA TÉCNICA
A engenharia é uma ciência bastante antiga, de forma que não existiam com-
projetos. Dessa forma, tudo devia ser padronizado para que os projetos tivessem
Os caracteres devem ser escritos sempre com uma mesma espessura de linha
a. legibilidade;
b. uniformidade;
seguir:
Características Relação Dimensões (mm)
Projeto Arquitetônico 99
Distância mínima entre
e (6/10)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
palavras
A aplicação das proporções da tabela pode ser mais bem compreendida quando
a. A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o
dimensionamento.
100 Capítulo 5
A seguir, serão apresentados alguns exemplos de letras maiúsculas e minúscu-
N o r ma l
Inclinado
relação à vertical, contudo a norma NBR 6492 (ABNT, 1994) indica que não se deve
utilizar escrita inclinada em projetos arquitetônicos, sendo que, se for executada ma-
caro aluno, se você for projetar peças e outras soluções que não sejam arquitetôni-
102 Capítulo 5
Outra diferenciação entre a NBR 8402 (ABNT,1994) e a NBR 6492 (ABNT, 1994)
é que, na caligrafia desenhada com auxílio de instrumento, a NBR 6492/ 1994 indica
o emprego de diferentes espessuras de penas, tanto para letras quanto para núme-
Di m e n são da s Di m e n são d e
M o delo de le t r a
e n t r e l in h a s ( m m ) penas (mm)
2,0 0,2
2,5 0,3
3,5 0,4
4,5 0,8
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: Desenho Técnico para Construção: Série Tekne
rie-tekne-7609016.html>.
104 Capítulo 5
• Imprima letras, números e símbo- manteiga. Dessa forma, você po-
los nas dimensões especificadas derá copiar sobre o papel mantei-
na norma e coloque sobre o pa- ga as formas das letras e demais
pel impresso uma folha de papel caracteres que achar necessário!!
REFLITA
A forma como representamos um projeto, identidade. E isso é revelador!!
os traços que empregamos, os desenhos que Anime-se, treine, exercite sua forma
produzimos, as soluções que desenvolvemos de representação, seu traço!! Sabe-se
fazem parte de uma bagagem que se inicia que um traço de desenho bem represen-
na formação acadêmica do futuro engenhei- tado e com características próprias tor-
ro. É na academia onde ele aprende como e na-se uma espécie de assinatura!! A sua
de que forma deve realizar suas representa- forma de representação é a sua marca
ções, baseando-se nas normas de desenho pessoal, ela indica o seu estilo de traba-
e na experiência adquirida com os docentes. lho, através de detalhes de desenho, tipo
Ocorre que, ao desenharmos à mão livre, e intensidade de traço, entre outros.
sem o auxílio de instrumentos, nosso traço Treine, exercite, inove!! Pense na marca
e nossa forma de representar demonstram que você deseja transmitir como um profis-
nossas características, tornam-se nossa sional de engenharia!!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado acadêmico, chegamos ao final de mais uma unidade, na qual pudemos
pos de traços específicos que devem ser executados com espessuras diferenciadas,
para que exista a hierarquia de linhas e também para a padronização dos desenhos
dois assuntos são importantes para que você consiga comunicar adequadamente
Capítulo 5
Anotações
Projeto Arquitetônico
Anotações
capítulo
6 ProJeçÕes
Carina Mariane Stolz ; Laís Zucchetti
introdução
Prezado aluno, nesta unidade, vamos começar a exercitar mais nossa capacidade
tação gráfica presente nas normas e diretrizes, bem como da simbologia adequada
uma vez que são apresentados não somente exemplos relacionados à engenharia
É muito importante que você preste muita atenção nas dicas aqui escritas, bem
como consulte as normas citadas e exercite muito tudo que for aprendido. Não exis-
te forma melhor de aprender do que exercitando, você vai ver a evolução dos seus
desenhos do início para o final deste livro, certamente você vai se surpreender.
Vamos iniciar esta unidade apresentando o sistema de projeções ortográficas, suas
Objetivos de aprendizagem
• Compreender o sistema de projeções.
esquema
• Sistema de projeções
(π”), ele dividiu o espaço em quatro partes denominadas diedros. A linha determina-
da pelo encontro dos dois planos é chamada de Linha de Terra (LT) (COSTA, 2014).
no 1º e no 3º diedro.
(COSTA, 2014). A épura do cubo projetado no primeiro diedro, por exemplo, seria a
112 Capítulo 6
Método europeu ou método do 1º diedro
Nesta seção, veremos como representamos graficamente elementos, tendo
como base o método europeu. Com base na figura a seguir, você pode notar que as
• posterior (F).
114 Capítulo 6
E
D A C F
ções quando utilizamos o 3º diedro como base, adotando o mesmo volume utilizado
no exemplo anterior.
F C A D
sólido nas suas vistas. Esses devem ser representados em todas as vistas, mesmo
116 Capítulo 6
Quando há simetria em determinado sólido, ou seja, quando o dividirmos ao meio
e ele tiver dois de seus lados exatamente iguais, algumas vistas podem se repetir, de
forma que pode não ser necessário apresentar o desenho de todas as vistas.
sentado no primeiro diedro, e suas vistas frontal, lateral esquerda e superior. É claro
que essa afirmação deve ser vista com bom senso, de forma que os detalhes neces-
sários estejam representados no projeto, com o número de vistas que for necessário
118 capítulo 6
projeto arquitetônico 119
CORTES E SEÇÕES
Os cortes e seções são elementos importantes no detalhamento de projetos.
Muitas vezes, alguns detalhes não aparecem de forma adequada nas vistas ortográ-
são do que uma espécie de “estampa”, normalmente linhas inclinadas a 45º que
A NBR 12298 (ABNT, 1995), sobre representação de área de corte por meio
A referida norma traz outras especificações que devem ser seguidas no uso das
hachuras, como:
a. Em uma mesma peça, as hachuras devem ser feitas sempre em uma mesma
direção.
120 Capítulo 6
b. Os detalhes desenhados separados de sua vista devem ser hachurados em
mesma direção.
havendo algumas específicas e outras que podem ser utilizadas desde que identifi-
Concreto
Madeira
Terra
sólido poderia ser uma viga metálica de um pavilhão industrial. Ao lado, estão re-
122 Capítulo 6
Quando o objeto é bastante simples em sua conformação interna, não é difícil
ler e compreender as linhas ocultas representadas por meio dos cortes e vistas,
contudo, muitas vezes, quando a parte interna apresenta um desenho composto por
e tornariam a leitura do desenho difícil ou, até mesmo, impossível (FRENCH, 1978).
peça de máquina, em que uma de suas partes foi cortada e removida, a fim de deixar visível
a parte interior e que, quando necessário, devemos executar mais de um corte e considerar
as partes separadamente, ou seja, sem considerar as partes removidas dos outros cortes.
seguir, onde, à esquerda, podemos identificar o plano secante “cortando” esta peça
está demonstrado um corte total que, segundo a NBR 10067 (ABNT, 1995), ocorre
quando uma peça é cortada em toda a sua extensão por um plano de corte.
corte e o corte parcial. O corte total acontece quando o plano secante corta inteira-
mente o objeto, mostrando a projeção completa em corte, sendo que o plano se-
cante será definido normalmente pelo eixo principal ou pela linha média da peça,
em forma de uma vista comum. Nesse caso, é como se o plano secante fosse até o
meio da peça, onde fica limitado pelo eixo de simetria ou pela linha média. A vanta-
gem desse tipo de corte é que ele permite que sejam representadas, em um mesmo
desenho, uma seção e uma vista, e a desvantagem é não poder cotar com clareza
124 capítulo 6
O corte parcial é o corte que se representa sobre parte de uma vista, segundo
French (1978), para indicar algum detalhe interno da peça, caso se torne desnecessá-
rio o corte completo ou meio corte. Para representação desse tipo de corte, é neces-
sário imaginar que o objeto está sendo seccionado somente na parte que se deseja
Segundo a NBR 10067 (ABNT, 1995), a delimitação desse tipo de corte pode
ser definida por uma linha contínua estreita à mão livre ou por uma linha estreita em
apresenta que esse tipo de representação permite elucidar melhor a sua forma,
cavidades. O mesmo autor alerta que, eventualmente, não deve ser apenas identifi-
cada a localização do plano de corte na vertical, mas também os planos secantes ho-
A disposição das vistas serve de regra também para a disposição das seções,
126 Capítulo 6
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: Desenho Técnico - Medidas e Representação
Gráfica
nhos das áreas mecânica e elétrica. Para facilitar o aprendizado, o livro conta com
MLB-609528935-livro-desenho-tecnico-medidas-e-representaco-grafica-_JM>.
REFLITA
Desenho Técnico e a Engenharia essencial para um engenheiro, pois é a par-
Na engenharia, boas ideias são repre- tir dele que serão desenvolvidas habilida-
sentadas por meio de desenhos técnicos, des transmitidas por meio de muito treino e
que simplificam cálculos, fórmulas, estudos do professor. Você desenvolve o raciocínio,
econômicos, riscos do empreendimento etc. proatividade, organização e capacidade de
Aquilo que deve ser construído, representado entender formas geométricas. Pense nisso!!!
ou executado é mostrado por meio de gráficos Texto disponível em: <http://desenho-tec-
ou diagramas que resumem todo o estudo. nico.info/historia-do-desenho-tecnico.html>.
Mesmo com o desenvolvimento da tec- Acesso em: 12 jan. 2016.
nologia, o estudo do desenho técnico é
128 Capítulo 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado acadêmico, chegamos ao fim de mais uma unidade e, dessa forma,
estamos cada vez mais próximos de uma representação gráfica condizente com as
edificação nada mais são do que as planificações das faces de um volume tridimen-
sional. Além disso, identificamos que quanto melhor representado estiver o projeto,
com mais detalhes e bem resolvido, mais confiável será a sua execução.
Foi um prazer poder dividir com você mais assuntos relacionados à representa-
senho, vamos exercitar as técnicas através das atividades de autoestudo! Até logo!
7 para desenho à
mão livre
Carina Mariane Stolz ; Laís Zucchetti
introdução
Prezado acadêmico, nesta unidade, abordaremos uma área mais artística do desenho,
que é a representação à mão livre. Mas não se engane pensando que para isso você
que você desenvolva suas representações gráficas manuais de forma mais adequada
possível. Você verá que com o emprego da técnica e uma boa dose de treinamento e
ideias. Esse tipo de representação é uma ferramenta importante para a rápida visualiza-
ção e desenvolvimento dos seus projetos, empregando uma linguagem mais artística.
croquis e até na apresentação do anteprojeto, contudo ele pode ser utilizado até
nos estágios finais de projeto e construção como fins de visualização de uma ideia,
Prepare alguns papéis, de preferência opacos, alguns lápis grafite de diferentes du-
rezas, estilete, prancheta, borracha e fita adesiva. Vamos tornar nossos projetos um
esquema
• Tipos de desenho
• Vistas ortográficas
• Perspectivas
TIPOS DE DESENHO: ESBOÇO, CROQUI, DESENHO PRELIMINAR
Segundo a NBR10647 (ABNT, 1989), cuja função é definir os termos emprega-
• Croqui
ABNT 1989). Podemos notar que o croqui demonstra a intenção do projeto, com
• Desenho preliminar
134 Capítulo 7
Abaixo está apresentado um exemplo de um AP, produzido à mão livre, com-
Caro aluno, podemos analisar que o desenho à mão livre engloba, além das vis-
tas ortográficas (plantas baixas, cortes, fachas, localização etc.), desenhos de pers-
pectivas, sendo assim veremos a partir de agora esses dois tipos de representação.
exige que você tenha como base um sólido, de forma simples, para que através da
visualização desse objeto, projete as vistas que achar mais importantes. Você pode
empregar para isso um tipo de papel chamado quadriculado, ele permitirá que você
desenhe sobre suas linhas e colunas, realizando um traçado mais reto e proporcional.
Na hora de calcular as proporções, elas são uma grande ajuda, tanto para quem
quer treinar seu olhar como para quem gosta de reproduzir os mínimos detalhes
(<http://www.moleco.com.br/blog/2013/10/21/moleco-quadriculado-tecnicas-de-u-
Você pode realizar o download de diversos tipos de papéis quadriculados no site: <http://
www.prof-edigleyalexandre.com/2011/09/gerador-de-papel-milimetrado-para.html>.
Dando continuidade, selecione um objeto com formas simples, algo como um cubo
136 Capítulo 7
Pegue o papel quadriculado e delimite o espaço para cada uma das vistas que
irá representar, em seguida, verifique qual a menor dimensão do objeto e utilize essa
dimensão como o módulo básico da sua representação, que pode ser um quadrado
objeto são múltiplos desse módulo, se as dimensões não coincidirem reduza a di-
mensão do seu módulo básico e a utilize como base. Ao lado, está um exemplo de
como fazer essa escolha: na representação localizada acima podemos verificar que
o volume tem formas com dimensões múltiplas, nesse caso, poderíamos adotar o
módulo como sendo 2 quadrados do papel milimetrado, dessa forma, cada módulo
seria composto por uma área de 2x2 quadrados no papel, resultando assim numa
senta subdivisões nas dimensões, dessa forma, o módulo seria reduzido pela meta-
2 2
2 1 2
2 2
3
2
1
2
2 3
alinhado com a borda do papel e para, caso aconteça algum equívoco, existir um
do volume (a) e depois partindo para os detalhes da vista (b). Em seguida, reforce
138 Capítulo 7
(a)
(b) (c)
Caro aluno, represente a vista frontal seguindo estes mesmos passos: inicialmente
determine o número de módulos que compõem cada linha do perímetro que configura o
volume, em seguida, trace os detalhes internos do objeto, utilizando nessas duas etapas
sempre linhas suaves. Verifique se a sua representação está de acordo com a vista
escolhida e marque com linhas mais fortes as linhas que representam a face do volume.
Essa técnica pode ser usada para a representação de diferentes elementos quan-
chadas, detalhes. Outra dica que pode auxiliar na representação de desenhos à mão
base para que você realize seus traços com proporção e alinhamento. O resultado
final ficará interessante, pois as linhas de base não aparecerão no seu desenho.
Podemos observar que muitos dos desenhos representados nos croquis, esbo-
paralelas. Naveiro e Oliveira et al. (2001) salientam que, apesar de esse tipo de
perspectiva não proporcionar uma representação tão natural quanto à obtida com a
Isométrica
A perspectiva isométrica, segundo a NBR ISO 10209-2 (ABNT, 2005), é a repre-
sentação na qual qualquer linha de projeção faz três ângulos iguais em relação aos
forma, as medidas dos objetos podem ser marcadas diretamente em cada eixo, na
das linhas, pois aquelas que são paralelas no volume continuam sendo paralelas na
140 Capítulo 7
Se restou alguma dúvida ou se você deseja aprender um pouco mais sobre a
edital18/croquis/iso.html>.
Cavaleira
A perspectiva cavaleira é definida, segundo a NBR ISO 10209-2 (ABNT, 2005),
cala. Por convenção, a projeção segundo o terceiro eixo estará também na mesma
escala, sendo que essa projeção pode feita empregando o ângulo de 30º e 45º. Na
vistas do cubo, para a partir daí representar as linhas em ângulo que vão definir a
croquis/cava.html#videos>.
Perspectiva cônica
As perspectivas classificadas como cônicas possuem um processo de constru-
ção diferente das axonométricas e permitem uma visualização mais realista do obje-
142 Capítulo 7
Basicamente, a perspectiva cônica pode ser executada de diferentes maneiras:
com um ponto de fuga, com dois pontos de fuga ou com mais, contudo, quanto maior
vador em relação a ela, que influencia diretamente no ângulo de visão que teremos
apresentam a mesma posição para os pontos de fuga, contudo o que se alterou foi
face de baixo ficará à mostra. Por fim, se quisermos mostrar esse mesmo objeto de
forma que ele esteja a uma linha mediana do observador, devemos posicioná-lo à
meia altura da linha de horizonte, sendo assim não ficarão expostas nem sua porção
superior nem a superior, mas as laterais, como se o livro empregado neste exemplo
144 Capítulo 7
da representação fique visível. Contrariamente, se desejarmos mostrar a parte infe-
sua face de baixo ficará à mostra. Por fim, se quisermos mostrar esse mesmo objeto
de forma que ele esteja a uma linha mediana do observador, devemos posicioná-lo
à meia altura da linha de horizonte, sendo assim, não ficarão expostas nem sua
porção superior nem a superior, mas as laterais, como se o livro empregado nesse
cônicas permitem o seu uso nas fases iniciais do processo de projeto, através de sua
elaboração à mão livre, em forma de esboços rápidos e que não necessitam do rigor
REFLITA
Mesmo não tendo um refinamento ou a similitudes existentes entre o referido projeto
um detalhamento gráfico apurado, o esboço preliminar – do recorrido – e o posterior pro-
(croqui) do Estudo Preliminar pode ser prote- jeto arquitetônico – do arquiteto recorrente –
gido pela Lei de Direitos Autorais? indicam a ocorrência da prática de plágio apta
O Superior Tribunal de Justiça, em recente de- ensejar o acolhimento do pedido indenizatório
cisão, entendeu que o Estudo Preliminar é, sim, articulado na demanda.
passível de proteção pela Lei de Direitos Autorais. Todavia, o reconhecimento da pro-
O Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, ao julgar teção do Estudo Preliminar do Projeto
caso envolvendo plágio de estudo preliminar de Arquitetônico pela Lei de Direitos Autorais
projeto arquitetônico de frigorífico, assim destacou: não afasta, por evidente, a necessidade de
Firmada a premissa de que o “Estudo prova da originalidade da forma estética ex-
Preliminar de Projeto Arquitetônico” de autoria pressada no esboço (croqui).
do recorrido integra seu patrimônio intelectual Disponível em: <http://cpbraga.jusbrasil.
e se faz, por isso, merecedor de proteção legal com.br/artigos/133491885/o-estudo-prelimi-
(Lei nº 9.610/1998), cumpre a esta Corte defi- nar-e-protegido-pelo-direito-autoral>. Acesso
nir, a partir da correta valoração probatória, se em: 15 jan. 2016.
146 Capítulo 7
INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: Representação gráfica em Arquitetura
ças entre o desenho na prancheta e o desenho em CAD e a fazer croquis à mão livre.
d=5vs4AgAAQBAJ&printsec=frontcover&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=o-
nepage&q&f=false>.
DizBQAAQBAJ&printsec=frontcover&source=gbs_ge_
summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false>
Sem desânimo! Vamos lá! Pegue papel apresentam formas mais regulares e conhe-
e lápis e comece a desenhar os objetos que cidas. Insista! Pratique começando com figu-
estão ao seu redor, inicie por aqueles que ras mais simples.
148 Capítulo 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Futuro engenheiro, nesta unidade, aprendemos algumas regras básicas para o
Bons desenhos!!!
8 ProJetos
Carina Mariane Stolz; Laís Zucchetti
obJetivos de APrendizAgem
• Oferecer condições ao acadêmico para interpretação e execução de
diferentes representações que compõem um projeto.
esquemA
• Elementos principais de um projeto
você compreenda como é formado um projeto arquitetônico, pois ele representa a base
para que possamos construir de forma adequada uma edificação. Utilizaremos como
que veremos aqui, bem como os conceitos, podem e devem ser estendidos para as de-
mais disciplinas que exigem a representação gráfica de projetos. Tão importante quanto
sado aos demais agentes envolvidos tanto no projeto quanto na construção da edificação.
que precisam funcionar de forma satisfatória e interligada, podemos citar aqui como
que devem ser compatíveis entre si para permitir o adequado funcionamento da edi-
Ótimos estudos!
O PROJETO ARQUITETÔNICO
O projeto arquitetônico, normalmente, é formado por diferentes plantas e/ou
154 Capítulo 8
reunidos em um conjunto organizado de desenhos técnicos, de modo a transmitir a
“local”, plantas de “alicerces”, plantas baixas e plantas de armação (US NAVY, 2005).
me demonstrada abaixo.
banos, indicação das áreas a serem edificadas, denominação dos diversos edifícios
Cotas relacionando a
edificação e o terreno
Cotas do terreno
Vias de acesso
onde será edificada a construção e da procura nos órgãos públicos das dimensões
156 Capítulo 8
e condições desse imóvel. Ademais, essa planta também serve para aprovação na
PLANTAS BAIXAS
Uma planta baixa arquitetônica ou estrutural mostra as características estruturais
ráter das paredes externas e divisões internas no nível desse piso, o número, di-
andares, uma nova representação de planta baixa deve ser executada a fim de de-
Segundo a NBR 6492 (ABNT, 1994), as plantas baixas, em geral, devem con-
Norma: indicação do norte, sistema estrutural, indicação das cotas entre os eixos, co-
mentos significativos acima ou abaixo do plano de corte; indicação dos níveis de piso
gabaritos de círculos, aparelhos sanitários, entre outros, bem como transferidores e la-
piseiras com várias espessuras de gravite. As Plantas Baixas servem como base para a
montagem dos cortes e das fachadas. Abaixo está demonstrado um exemplo de repre-
sentação de uma planta baixa, em detalhe e a indicação dos seus principais elementos.
158 Capítulo 8
A seguir, serão demonstrados detalhes em uma planta baixa, indicando os princi-
cortes
A intenção do corte é demonstrar os detalhes internos dos diferentes sistemas que
formam a edificação e a sua ligação, nesse sentido, devemos imaginar que a edifica-
ção encontra-se partida justamente onde está indicada a linha de corte. Imagina-se
o corte como um plano que passa pelas estruturas que formam a edificação e seus
traço e ponto, entretanto apresenta nas extremidades um traço mais largo (NBR
8403/ ABNT, 1984), que não encosta no desenho da edificação, onde também está
160 Capítulo 8
No desenho à mão, utilizamos os esquadros e as linhas de referência para trans-
ferir os elementos que estão sendo “cortados” em planta baixa para a representação
em elevação do corte. Além disso, por vezes, precisamos girar as plantas baixas para
baixa que ficam embaixo do papel onde desenharemos o corte, ademais, muitas
vezes, a planta precisa ser girada para que possamos representar o corte de forma
das. As elevações revelam os materiais que revestem as superfícies das paredes das
edificações, qual tipo de material vai ser empregado como cobertura, entre outras
informações necessárias sobre as partes externas dessa edificação (US NAVY, 2005).
A partir da determinação das plantas baixas e dos cortes, podemos gerar as ele-
vações, também conhecidas por fachadas na arquitetura e construção civil, uma vez
tidas tanto nas plantas baixas quanto nos cortes. Montenegro (1997) apresenta as
162 capítulo 8
fachadas de um modelo seguindo a disposição das fachadas conforme a geometria
no desenho geral em que essa unidade aparece, ou pode mostrar uma unidade em tama-
nho demasiadamente pequeno para, sequer, surgir em um desenho geral (US NAVY, 2005).
Os detalhes não precisam ter folhas específicas para sua apresentação, eles podem
identificados com letras e linhas de chamada, dessa forma, quanto mais perto ele estiver
de sua localização original, melhor para o leitor que está analisando o projeto arquitetô-
Selo/ Carimbo
164 Capítulo 8
• Plantas Baixas
reservatório superior.
Note, caro acadêmico, que as linhas de corte estão representadas em todas elas
• Corte
166 capítulo 8
• Fachada
Fonte: http://www.action-engineering.com/MBEDictionary/DictionaryIllustrations/Computer_
Aided_Design.jpg
Douglas Taylor Ross, considerado cientista da computação, foi uma das primei-
ras pessoas da época a perceber que a computação seria tão importante para o
desenvolvimento dessa ferramenta que hoje conhecemos por CAD e, não demorou
muito para as máquinas, que mais tarde foram nomeadas softwares, serem cha-
168 Capítulo 8
ser utilizado no planejamento para a construção de carros, aeronaves, entre outros
componentes eletrônicos.
a criar seus próprios CADs , o que se tornou comum na época, pois era importante
pelo programador Ivan Sutherland, onde este software foi um divisor no que se re-
fere ao avanço dos CADs, pois, este software permitia que as essoas pudessem
muito simplificadas, pois os desenhos obtidos pareciam simples desenhos à mão livre, pois
foi somente na década de 80 que os desenhos mais sólidos surgiram em termos de CADs.
IBM, foi que as empresas desenvolveram vários softwares de CADs para computadores .
1984, o primeiro Macintosh 128 (da Apple) foi distribuído e, no ano seguinte, a em-
presa Diehl Graphsoft foi fundada e já começou a vender o MiniCAD, que se tornou
Fonte: http://www.sanedraw.com/LEARN/OVRV00_1/OV150/DRWINAFT.GIF
170 Capítulo 8
Devido à grande necessidade de automatização, principalmente na área de
CAD, além de gerar uma grande disputa entre as empresas que os desenvolviam.
foi que começou a surgir os primeiros softwares de CAD online que funcionavam
para a internet.
172 Capítulo 8
12 Passos para um projeto de Qualidade Passo 3
Um projeto de qualidade, realizado por O que fazer: O primeiro projeto, que
Engenheiros e Arquitetos habilitados, não serve de base para os demais, é o Projeto
é apenas um ótimo investimento, mas uma Arquitetônico. Normalmente elaborado por
necessidade. O preço do projeto representa um arquiteto, ele é a materialização de uma
aproximadamente 5% do custo total da obra, idéia, aliada a aspectos técnicos, como fun-
por exemplo, se você faz uma residência que cionalidade, conforto, estética, salubridade e
custará 100 Mil Reais o custo de projeto será segurança, além de outros aspectos legais.
em torno de 5 Mil Reais. Construir sem um Passo 4
projeto pode trazer aborrecimentos, novos O que fazer: Nele estão representados
custos, entre outros prejuízos inestimáveis. os cômodos com suas divisões, dimensões e
Disponível em: http://www.barbosaestrutu- áreas, além das peças sanitárias dos banhei-
ral.com.br/12_passos_projeto_qualidade.php ros e áreas de serviço e a disposição do mo-
Passo 1 biliário. Tudo isto em planta (horizontal) e em
O que fazer: Quando falamos no pro- cortes (vertical). Incluem-se também nesse
jeto da residência, na verdade estamos projeto a locação do terreno, o detalhamento
incluindo um conjunto de projetos que do telhado e as fachadas.
incluem o Projeto Arquitetônico, o Projeto Passo 5
Estrutural, o Projeto Elétrico, o Projeto O que fazer: O Projeto Arquitetônico deve
Hidrosanitário, o Projeto de Telefonia, ser aprovado pelo órgão competente da
de Ar Condicionado, e outros que devem Prefeitura Municipal, podendo o custo dessa
complementar esse conjunto em função aprovação estar ou não incluído nos serviços
do que se deseja construir. do arquiteto.
Passo 2 Passo 6
O que fazer: Nos casos comuns de re- O que fazer: Com o Projeto de Arquitetura
sidências e pequenas construções residen- aprovado, começa a elaboração dos projetos
ciais e comerciais, os cinco primeiros proje- complementares, por engenheiros civis e ele-
tos acima relacionados são suficientes. tricistas, que deverão atender rigorosamente
174 Capítulo 8
INDICAÇÃO DE LEITURA
Título: Casa, apartamento, jardim. Projetar com conhe-
ordenadas e de fácil consulta, uma informação precisa a respeito das tipologias, as soluções
que o profissional pode consultar em qualquer momento do processo de projeto. Este livro
pretende ser uma ferramenta de ajuda para o arquiteto, o designer, o construtor ou o promotor
na difícil tarefa de projetar adequadamente uma casa, uma vivenda ou um jardim. O glossário
final, que define 495 termos profissionais lhe proporciona uma segurança em dita linguagem.
Os diferentes capítulos, diferenciados com distintas cores a fim de facilitar a busca. As fichas
são agrupadas por temas: tipologias e modelos de vivendas; detalhes construtivos e espaços
da casa; elementos, insolação, instalações e garagens; jardins; espaços para o ócio e o es-
casa-apartamento-jardim-1?section=about>.
REFLITA
Preciso Patentear Meu Projeto? Muitas vezes, a ideia de patentear um pro-
A necessidade ou não de se patentear jeto surge antes mesmo da existência de
um projeto é uma pergunta recorrente de um protótipo ou da busca de um parceiro
empreendedores que possuem ideia ino- ou investidor. Tudo isso por receio de “rou-
vadora e pretendem iniciar o seu negócio. barem” sua ideia. (...)
176 Capítulo 8
O empreendedor que possui apenas uma outras pessoas, caso sua intenção seja re-
ideia, sem protótipo, e precisa de um inves- almente validá-la. Lembre-se que construir
tidor que compre sua ideia, normalmente um produto e entrar para o mercado é muito
encontra-se em um dilema sobre a patente. mais importante que proteger uma ideia ou
“E se eu contar a minha ideia e o investidor um esboço de produto. (...)
resolver copiá-la e me deixar de fora?”; “Devo Se você é um empreendedor e possui
contar só uma parte da minha ideia e só re- uma ideia inovadora, tente primeiro vali-
velar o segredo após o investidor fechar o dar sua ideia, construir um protótipo, para
contrato?”. Dessa forma, retornando a ques- depois entrar para o mercado. Uma vez
tão da necessidade ou não de se patentear consolidado no mercado, é muito mais fácil
uma ideia, ainda sem protótipo, por receio de manter seu nome, marca e produto. A
de perdê-la, é importante ter em mente que busca para se tornar referência no mercado
ideias não são produtos. Uma ideia não tem é muito mais efetiva, além de menos des-
tanto valor quanto algumas pessoas acham. gastante, que uma patente.
Uma ideia que não se concretiza é somen- Trechos retirados do texto disponível
te uma ideia. Portanto, não tenha medo de em: <http://pme.pt/patentear-um-projeto/>.
contar sua ideia para um investidor ou para Acesso em: 16 jan. 2016.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, findamos mais uma unidade, e com esta completamos os assuntos
das representações, iniciando por uma escala um pouco maior quando abordamos
desenvolvimento dos cortes, que têm como função nos apresentar as informações
do projeto arquitetônico.
Agora que encerramos a unidade, você pode partir para a resolução das ativida-
des de autoestudo e, na sequência, quem sabe, inicie um projeto básico, pode ser
Capítulo 8
Anotações
Projeto Arquitetônico
Anotações
CONCLUSÃO
Prezado acadêmico, estamos finalizando o livro sobre projeto arquitetônico, aden-
e também utilizando uma linguagem mais artística, através do desenho à mão livre.
de perspectivas com diferentes técnicas, lembre-se que é através delas que você
irá comunicar suas intenções, ideias, aspirações, enfim, seus projetos e soluções.
A correta utilização das linhas, com suas formas de traçados e hierarquia, bem
como as regras básicas de layout de folha, com suas margens e selo, devem sempre
Não se esqueça!!! Para que tenhamos resultados gráficos positivos, são neces-
Caro aluno, procure representar objetos com formas mais simples e vá evoluindo
na complexidade dos volumes, seja crítico e não permita que as dificuldades lhe im-
com atenção os tópicos especiais que constam neste livro: “FIQUE POR DENTRO”,
Muito obrigada por nos acompanhar até aqui!! Foi um grande prazer poder dividir
com você estas oito unidades, o tema nelas abordado é muito empolgante e desafiador!!
Esperamos que, quando você se tornar um Engenheiro Civil, lembre-se das regras,
conselhos e dicas que apresentamos neste livro!!! Siga lendo, estudando e aprendendo,
projeto arquitetônico
Refêrencias
11. ______. NBR ISO 10209-2: Documentação técnica de produto – Vocabulário-
parte 2: Termos relativos aos métodos de projeção. Rio de Janeiro, 2005.
12. ______. NBR 12298: Representação de área de corte por meio de hachuras
em desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro, 1995.
13. ______. NBR 13142: Desenho técnico – Dobramento de cópia. Rio de Janeiro,
1999.
19. FRENCH, T. E. Desenho Técnico. Vol. 1. Editora Globo: Porto Alegre, 1978.
26. NEIZEL, Ernst. Desenho Técnico para Construção Civil. São Paulo: EPU, 1974.
Projeto Arquitetônico
av. Nenê sabino, 1801
tel: (34) 3319-88020
cep. 38.055-500 - uberaba-mG
www.uniube.br