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Wallon

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA / IFAC


CURSO DE FILOSOFIA
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
THALITA RODRIGUES

Nome dos Alunos: Carolina Reis, Cristina de Oliveira, Noah Milanez e Viviane Barcellos

WALLON E A EDUCAÇÃO: uma visão integradora de professor e aluno

1 A PSICOGENÉTICA WALLONIANA
1.1 Histórico

Wallon nasceu na França (1879 – 1962), estudou filosofia e medicina, mas se


aproximou da área da educação. Ele vivenciou tempos conturbados como a I e a II Guerra
Mundial, talvez se não tivesse vivenciado tamanha instabilidade social, a sua obra não teria
essa gama complexa de relação que o meio social exerce no indivíduo

1.2 Uma psicogênese da pessoa completa


A psicogenética walloniana estuda o indivíduo de forma completa. Leva em consideração
os fatores afetivos, cognitivos e motor e a sua relação com o meio.
É contra a natureza tratar a criança fragmentada. Em cada idade, ela constitui um
conjunto indissociável e original. Na sucessão de suas idades, ela é um único e
mesmo ser em curso de metamorfose. Feita de contrastes e conflitos, a sua unidade
será por isso ainda mais susceptível de desenvolvimento e novidade. (WALLON,
1995, p.215 citador por CALIL, 2007, p. 301)

O homem é determinado pela sua estrutura fisiológica e social, sujeito, portanto, a uma
dupla história, das suas disposições internas e das situações externas que encontra ao decorrer
da sua existência

1.3 O indivíduo
A psicogenética walloniana entende o ritmo do desenvolvimento como etapas
descontinuas, marcadas por rupturas, retrocessos e reviravoltas. Contrapõe-se a uma noção de
desenvolvimento linear. Wallon vê o desenvolvimento da pessoa como uma constituição
progressiva em que sucedem fases com predominância da alternadamente afetiva e cognitiva,
as fases são:
 Impulso-educacional: abrange o primeiro ano de vida, a emoção é um instrumento
de interação da criança com o meio – predominância da atividade orienta as
primeiras reações do bebê às pessoas, as quais intermediam suas relações com o
mundo físico;
 Sensório-motor e projetivo: vai até o terceiro ano de vida, exploração sensório-
motora do mundo físico por parte da criança. Desenvolvimento da função
simbólica e da linguagem. O projetivo aqui significa funcionamento mental, o
pensamento depende dos gestos;
 Personalismo: três a seis anos de vida, formação de personalidade. Construção da
consciência de si, que se dá por meio de interações sociais, a criança saí do seu
“eu” e passa a se interessar pelas pessoas;
 Categorial: seis anos de vida, progressos do intelecto dirigem o interesse da
criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior;
 Adolescência: rompimento da tranquilidade afetiva e impões a necessidade de uma
nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados devido às
modificações do corpo devido as ações hormonais. Questões pessoais, morais e
existenciais povoam esta fase.

2 RELAÇÃO EU-OUTRO

Na teoria psicogenética a construção do eu depende exclusivamente do outro: “O


indivíduo [...] é essencialmente social. Ele o é, não em virtude de contingências externas, mas
devido a uma necessidade íntima. Ele o é geneticamente”. (WALLON, 1986, p.164, citado
por CALIL, 2007, p. 303).
No processo de constituição da pessoa há também a constituição do seu papel de
professor, sempre m relação de alteridade com o outro. Um processo continuo que dura a vida
inteira. A aprendizagem ocorre quando nos relacionamos com o outro, logo, a presença do
professor é importante na vida do aluno, na transmissão de valores e desenvolvimento da
humanização.
3 LANGEVIN-WALLON

Walllon demonstrou muito interesse pela psicologia:


Considerava que entre a psicologia e a pedagogia deveria haver: uma
relação de contribuição recíproca. Via a escola, meio peculiar à
infância e "obra fundamental da sociedade contemporânea", como um
contexto privilegiado para o estudo da criança. Assim, a pedagogia
ofereceria campo de observação à psicologia, mas também questões
para investigação. A psicologia, por sua vez, ao construir
conhecimentos sobre o processo de desenvolvimento infantil
ofereceria um importante instrumento para o aprimoramento da
prática pedagógica. (GALVÃO, 1995, p.17).

O plano Langevin-Wallon previa uma educação que contemplasse a todos,


independente de credo, raça, etnia e posição social e cada pessoa desenvolvesse suas aptidões,
oferecendo aos alunos condições para desenvolvimento intelectual e mental (MAHONEY,
2002, citado por CALIL, 2007, p.306).

4 CONCLUSÃO

A escola tem um poderio muito grande em suas mãos que é o de oferecer vários
lugares para a pessoa ocupar, a consequência dessa pluralização é o enriquecimento do
indivíduo que irá ajudar a formar a inteligência e desenvolver habilidades. Mas como a escola
pode oferecer uma educação para todos? E mesmo assim atendendo a subjetividade de cada
um?
REFERÊNCIAS

CALIL, Ana Maria Gimenes Corrêa. Wallon e a Educação: uma visão integradora de
professor e aluno. Contrapontos - volume 7 - n. 2 - p. 299-311 - Itajaí, mai/ago 2007.

CERISARIA, Ana Beatriz. A Psicogenética de Wallon e a Educação Infantil.

GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento


infantil/Izabel Galvão. - Petrópolis, RJ; Vozes, 1995. - (Educação e conhecimento).

GUEDES, Adrianne Ogêda. A psicogênese da pessoa completa de Henri Wallon:


Desenvolvimento da comunicação humana nos seus primórdios.

MAHONEY, A. A. In MAHONEY, A.A. e ALMEIDA, L.R. (org), Henri Wallon, psicologia


e educação. SP: Edições Loyola, 2002 apud CALIL, Ana Maria Gimenes Corrêa. Wallon e a
Educação: uma visão integradora de professor e aluno. Contrapontos - volume 7 - n. 2 - p.
299-311 - Itajaí, mai/ago 2007.

WALLON, H. As origens do pensamento na criança. Trad. Dores Sanches Pinheiros e


Fernanda Alves Braga. São Paulo: Manole,1986 apud CALIL, Ana Maria Gimenes Corrêa.
Wallon e a Educação: uma visão integradora de professor e aluno. Contrapontos - volume 7 -
n. 2 - p. 299-311 - Itajaí, mai/ago 2007.

WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa, Portugal: Edições 70, 1995
apud CALIL, Ana Maria Gimenes Corrêa. Wallon e a Educação: uma visão integradora de
professor e aluno. Contrapontos - volume 7 - n. 2 - p. 299-311 - Itajaí, mai/ago 2007

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