CFM Autoriza Cloroquina
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DO PARECER
A infecção pelo vírus SARS-CoV-2 causa a doença que foi denominada COVID-
19 (do inglês coronavirus disease 2019), cujos principais sintomas são febre, fadiga e
tosse seca, podendo evoluir para dispneia ou, em casos mais graves, síndrome
respiratória aguda grave (SRAG). A doença se espalhou rapidamente pelo território
chinês e, posteriormente, pelo mundo, tendo atualmente como epicentros a Europa e os
Estados Unidos. Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou a doença como uma
emergência de saúde pública global, e, em 11 de março de 2020, ela passou a ser
considerada uma pandemia.
Essa pandemia atingiu todo o mundo, e o número de casos aumenta a cada dia
no mundo e também no Brasil. Desde janeiro, quase 2 milhões de casos já foram
confirmados no planeta, e foi registrado significativo aumento nos últimos dias: cerca de
80 mil casos novos diariamente. Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, no dia
16 de abril já havia 30.425 casos confirmados, com 1.924 mortes no Brasil. Esses
números são muito inferiores aos reais, devido à pouca disponibilidade de testes
diagnósticos e à demora na confirmação dos casos graves e óbitos no país.
Esses dados colocam o Brasil como o terceiro país das Américas com maior
número de casos e de óbitos pela doença, atrás dos Estados Unidos e do Canadá.
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de hospitalização e de UTIs, assim como o devido treinamento das equipes, sabe-se
que elas não podem durar indefinidamente em razão de sua repercussão em outros
aspectos da vida econômica e das relações sociais da comunidade, fator de estabilidade
financeira e da saúde mental dos cidadãos.
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Leitos hospitalares em número suficiente;
Leitos de unidades de terapia intensiva em número adequado, com instalações de
boa qualidade e com equipamentos, medicamentos e materiais de consumo
suficientes;
Encaminhamento precoce para cuidados intensivos, quando indicado;
Equipamentos de ventilação mecânica de boa qualidade e em número suficiente;
Preparo adequado dos profissionais de saúde para estratégias de ventilação
mecânica adequadas a pacientes com COVID-19.
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de que ensaios clínicos, com desenho adequado do ponto de vista científico, são
urgentes para orientar os médicos quanto ao melhor tratamento.
Dois medicamentos que têm sido muito utilizados para o tratamento da COVID-19
são a cloroquina e a hidroxicloroquina, isoladamente ou associados a antibióticos.
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b) As reações colaterais mais comuns são relacionadas ao trato gastrointestinal,
como desconforto abdominal, náuseas, vômitos e diarreia, porém também podem
ocorrer toxicidade ocular, cardíaca, neurológica e cutâneas;
c) Paciente portadores de psoríase, porfiria e etilismo podem ser mais suscetíveis a
eventos adversos cutâneos, geralmente sem gravidade;
d) Em casos raros, pode ocorrer hemólise em pacientes com deficiência de glicose-
6-fosfato-desidrogenase;
Especial atenção deve ser dada à interação com drogas que podem levar ao
alargamento do intervalo QT, como macrolídeos, quinolonas, alguns antivirais e
antipsicóticos.
DA CONCLUSÃO
b) Considerar o uso em pacientes com sintomas importantes, mas ainda não com
necessidade de cuidados intensivos, com ou sem necessidade de internação, a
critério do médico assistente, em decisão compartilhada com o paciente, sendo o
médico obrigado a relatar ao doente que não existe até o momento nenhum
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trabalho que comprove o benefício do uso da droga para o tratamento da COVID
19, explicando os efeitos colaterais possíveis, obtendo o consentimento livre e
esclarecido do paciente ou dos familiares, quando for o caso;