Apostila Curso de Ginástica Localizada 2019
Apostila Curso de Ginástica Localizada 2019
Apostila Curso de Ginástica Localizada 2019
De
Ginástica Localizada
2019
Professor Rubens Dias
História da Ginástica
Os atletas gregos eram admirados como heróis, tidos como superiores e serviam de
exemplo para a juventude. Os gregos davam tamanha importância à cultura física que o local
onde se realizavam as competições, ou seja, o ginásio, era o edifício mais imponente da
comunidade. ”Sem sentir, a nação grega elevou o esporte ao nível da religião, formando
ambas a arte helênica”. Já os romanos, herdeiros da cultura helênica, não cultivaram as
atividades desportivas tão intensamente quanto os gregos, pois estavam mais voltados para
a guerra, desenvolveram, apenas a arte da luta. (ESCOBAR, Otacílio Moura, História Antiga da
Educação Física). A competição é uma característica natural do ser humano. Entre os homens,
no decorrer da história, desenvolveram-se diferentes tipos de desportos, mas, em nenhuma
época, ela surge com a mesma força como na antiga Hélade que organizava os jogos atléticos.
As mulheres não participavam dos jogos nem como espectadoras, com exceção de uma
sacerdotisa chamada Elea, que ocupava um lugar de honra entre os juízes.
Um fato curioso ocorreu, no entanto, quando uma mulher resolveu assistir aos jogos e
vestiu-se de homem para ver seu filho na competição. “Ao ver o filho vencedor, não pode
resistir à emoção de mãe, e correu para abraçá-lo. Na corrida suas vestes caíram e ela foi
descoberta... sua falta foi perdoada, mas para evitar que o fato se repetisse, o Conselho
Olímpico determinou que os professores e atletas, daí por diante, comparecessem aos jogos
completamente nus”. Supomos que venha daí a origem da palavra “ginástica”, do grego
GYMNOS, que significa nu. (ESCOBAR, Otacílio, História Antiga da Educação Física). Os jogos
pan-helênicos eram realizados em número de quatro para homenagear os deuses dos
santuários. Eram, pois, jogos Istimos, Neméios, Píticos e Olimpicos. Os jogos Olímpicos eram
os mais famosos. Realizavam-se em Olímpia, de quatro em quatro anos, em homenagem a
Zeus e neles os atletas disputavam seis provas.
A Revolução Industrial foi de grande importância para a ginástica passou a servir como
preparo do corpo para o trabalho (SOARES, 1994). Inúmeros métodos ginásticos foram sendo
desenvolvidos principalmente nos países europeus, os quais influenciaram e até os dias de
hoje influenciam a Ginástica mundial e em particular a brasileira. Dentre aqueles que tiveram
maior penetração no Brasil destacam-se as escolas alemã, sueca e francesa. Essas questões
são amplamente analisadas por autores como Ramos (1982), Marinho (1953, 1956, 1958,
1980) Langlade e Langlade (1970), Castellani Filho (1988), Soares (1994) entre outros, os quais
têm estudado os aspectos históricos relacionados à Educação Física e à Ginástica, e
contribuído de forma significativa para a compreensão de sua evolução em nível nacional e
internacional.
Portanto, desde sua origem, a ginástica tem evoluído influenciada pelas diferentes
culturas e tendo sofrido transformações ao longo do tempo. Há várias manifestações da
mesma, atendendo a interesses diversos. Não é raro considerar-se que esses objetivos possam
ser alcançados apenas pela prática contínua da ginástica ou outra atividade física, sem se levar
em conta outros fatores contribuintes para a concretização dos mesmos. Atualmente, a
ginástica de academia tem atraído vários adeptos, impulsionados pela mídia que, além de
divulgar os métodos que estão na “moda”, através de propagandas, programas e noticiários,
veicula, de acordo com os interesses do mercado, padrões de corpo a serem buscados
(GOYAZ, 2006).
Evolução da Ginástica
Em 1930 no Rio de Janeiro surgi a primeira academia de ginástica do Brasil, comandada
pela professora estrangeira Gretch Hillefeld.
Kenneth H. Cooper foi o autor do livro Aerobics, que deu origem a ginástica
aeróbica praticada tanto nas academias quanto competitivamente, pela Federação
Internacional de Ginástica. Profissional médico, escreveu o livro em 1968, publicado
inicialmente nos Estados Unidos e voltado para as melhorias físicas das forças armadas
nacionais
Nos anos 60, o Dr. Kenneth Cooper desenvolve um teste para avaliação cardiovascular,
inserindo assim a ginástica aeróbica e mostrando ao mundo os benefícios do treinamento
aeróbico na melhoria da capacidade cardiovascular.
Nos anos 70, mulheres invadem as academias em busca de uma nova modalidade, a
dança aeróbica. Jane Fonda é a estrela do momento, com a ginástica aeróbica, através de
vídeo, que promete a perda de 500 calorias por hora e Lígia Azevedo, no Rio de Janeiro,
implanta a modalidade acrescentando a ela saltitos “high Impact”. A aeróbica vira febre e
induz às competições de duplas e trios.
Em Brasília podemos citar o grande Professor e Mestre Hélio Tabosa de Moraes.
Precursor da Ginástica Localizada Brasileira em Brasília; ministra a modalidade desde a
segunda metade da década de 70; estruturou uma das primeiras academias do Distrito
Federal; criou uma visão holística de treinamento ao adicionar elementos da Capoeira e de
danças culturais, desenvolvendo não somente a resistência muscular localizada, como
também a coordenação motora, o ritmo, o equilíbrio e a lateralidade e a consciência corporal.
Nos anos 80 o culto ao corpo ganha vulto jamais alcançado: as práticas físicas passam a
ser mais regulares e cotidianas, é notória a proliferação das academias de ginástica em todos
os centros urbanos. Chega a hora dos espaços de uma Academia, anteriormente pequenos,
serem ampliados pela cobrança da mídia e a gama de atividades a eles incorporados. São
necessárias reformas ou replanejamentos com salas maiores em número e tamanho e
banheiros mais amplos e melhores. Importamos daí em diante uma série de outras
aparelhagens, como bicicleta ergométrica, bem como outras modalidades (step, spinning,
street dance e etc...). Ratificando a necessidade do aumento dos espaços. 23 anos da
Academia Tabosa (Boca / Tabosa / Dalmo) CULTO AO CORPO Delimitamos, pois, dois conceitos
diferentes de academia: antes dos anos 70 e a partir deles. Hoje o espaço físico, as
modalidades, o atendimento, o entretenimento, o profissionalismo, o ambiente
demonstrando saúde e a integração social são partes inerentes a um projeto de Academia de
Ginástica.
Sobrecarga: é necessário que haja um estímulo de treinamento acima do usual para que
o aluno tenha alterações corporais que determinada atividade física pode fornecer (McARDLE
et al., 2007). Considerando as atividades, as quais fornecem a possibilidade do ganho de massa
muscular, que resulta no aumento de força, só será adquirida caso o programa de treinamento
configure numa sobrecarga ao qual o aluno não esteja adaptado, sendo assim, será possível o
ganho dos benefícios que esta atividade física nos fornece. Por outro lado, isso não ocorre de
forma contínua, existe um limite entre presença de sobrecarga e ganhos fisiológicos
resultantes da aplicação da sobrecarga, ou seja, tomando como base o exemplo anterior, não
é contínuo o aumento de massa muscular proveniente da presença da sobrecarga. Caso isso
fosse verdadeiro, as pessoas que praticam treinamento de força com o intuito de ganho de
massa muscular verificariam um constante aumento no peso corporal ao longo dos anos
(FLECK e KRAEMER, 1999).
Reversibilidade: qualquer ganho obtido com o treinamento será perdido caso esse
treinamento seja cessado (McARDLE et al., 2007). Algumas pessoas podem pensar que uma
vez ocorrido o ganho de força com atividades de musculação, caso ela interrompa este
treinamento, ela sempre manterá os níveis de força atingidos. Através do princípio da
reversibilidade sabemos que isto não é verdade, ou seja, caso a sobrecarga contida no
treinamento físico não seja suficiente para manter as adaptações conseguidas com o
treinamento, a pessoa perderá gradativamente as adaptações adquiridas. No caso do exemplo
citado, o nível de força atual regressará gradativamente para os níveis iniciais.