Artigo Conceitos de Biodiversidade
Artigo Conceitos de Biodiversidade
Artigo Conceitos de Biodiversidade
Este artigo apresenta os resultados da discussão na qual buscamos construir o conceito da biodiversidade
em processos de educação ambiental. Foram criados 16 conjuntos de conceitos, organizados em esferas
que contemplam aspectos de conteúdos científicos, valores e atuação. Por fim, apresentamos um conjunto
de possibilidades para abordar o tema da biodiversidade em educação ambiental, entendida como um
processo que deve respeitar os diversos olhares sobre o tema, e ser conduzida de forma participativa e
dialógica.
This article presents the results of the discussion in which we seek to build the concept of biodiversity in
environmental education processes. 16 sets of concepts were created, organized in spheres that
contemplate aspects of scientific content, values and performance. Finally, we present a set of
possibilities to address the theme of biodiversity in environmental education, understood as a process that
must respect the different views on the theme, and be conducted in a participatory and dialogical way.
Introdução
O conceito de biodiversidade
Embora a percepção da variedade de formas de vida seja tão antiga como a própria auto
consciência da espécie humana (MAYR, 1998), o conceito de biodiversidade é bastante
recente. Foi idealizado por Walter G. Rosen, do National Research Council / National
Academy of Sciences (NRC/NAS), em 1985, enquanto planejava a realização de um
fórum sobre diversidade biológica. O evento foi realizado na capital norte-americana,
Washington, de 21 a 24 de setembro de 1986, com o nome de National Forum on
BioDiversity (Fórum Nacional sobre BioDiversidade), sob os auspícios da NAS e do
Smithsonian Institute. (WILSON, 1997; SARKAR, 2002; MEINE; SOULÉ; NOSS,
2006).
Norman Myers, ecólogo e ambientalista inglês, publicou, em 1979, o livro The Sinking
Ark: A New Look at the Problem of Disappearing Species. Ele discutia um tema
familiar aos ecólogos: a extinção. Mas, ao chamar a atenção para a sua relação com a
destruição de habitats pelo planeta, sobretudo a devastação das florestas tropicais,
alertava para o fato de que a taxa de extinção de espécies estava muito acima do que
seria esperado no desenrolar do processo evolutivo. Tratava-se, portanto, de uma crise
global de extinção de espécies, como a que dizimou os dinossauros há 65 milhões de
anos. A diferença era que, agora, os humanos, e não uma catástrofe natural, se
configuravam como a grande causa da crise. Myers argumentava que, até o ano 2000,
seria extinto um milhão de espécies. Era um alerta e uma chamada para que os cientistas
partissem para a ação. (MYERS, 1979; LEWIS, 2007; QUAMMEN, 2008).
Referências Bibliográficas
COSTANZA, R. et aI. The value of the world's ecosystem services and natural capital.
Nature, n. 387, p. 253-269, 1997.