ATB Plano Terapeutico 2021 Rede Casa
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GUIA OFICIAL
USO DE
ANTIMICROBIANOS
2021
SUMÁRIO Toque para ir pra página
INTERATIVO
Ceftazidina-avibactam Piperacilina-
Preambulo Antibiobacterapia
- Torgena tazobactam - Tazocin
Guias
Terapia Antimicrobiana
Antimicrobianos na Suspeita ou
Terapia Antimicrobiana
nas Infecções Confirmação de Micro- Infecções Urinárias
Anti-MRSA
Comunitárias Organismo BGN
produtor de ESBL+
Infecção Pulmonar
Infecção Pulmonar Infecção Pulmonar
Comunitária com
Comunitária sem Comunitária com
uso prévio de Infecção Pulmonar
uso prévio de uso prévio de
antimicrobianos beta- com uso prévio de
antimicrobianos fluoroquinolonas
lactâmicos microbiano nos últimos
3 meses, internação
hospitalar nos últimos
6 meses, em homecare
Infecção Pulmonar ou asilo
Doses de Antimicrobianos para adultos sem
Associada à ventilação
suficiência renal
mecanica - PAV
Acompanhamento
Início de Antibióticos do tratamento
em pneumonia guiado antibióticoem
por procalcitonina pneumonia guiado por
Orientação de Terapia
procalcitonina
Controle do foco Microbiana segundo
primário as dosagens da
procalcitonina Acompanhamento do
Início de antibióticos
tratamento antibiótico
em SEPSE guiado por
em sepse guiado por
procalcitonina
procalcitonina
PREAMBULO
Hoje, é crescente, no mundo inteiro, a incidência de infecções por patógenos MDR (do
inglês multidrugresistant, - multirresistentes), como Staphylococcus aureus resistente
à oxacilina (MRSA), Klebsiellapneumoniaeresistente a carbapenêmicos (KPC), outros
Gram-negativos também resistentes a carbapenêmicos (Acinetobacter spp., Proteus
spp. e Pseudomonas aeruginosa) e, finalmente, Enterococcusfaecium resistente à
vancomicina -VRE).
A reunião das iniciais dos nomes dos gêneros de alguns desses patógenos MDR levou
à criação do acrônimoESKAPE (Enterococcus, Staphylococcus, Klebsiella, Acine-
tobacter, Pseudomonas e Enterobacter). Mas, independentemente do patógeno es-
pecificamente envolvido num caso de infecção relacionada à assistência de saúde, a
relevância clínica das infecções por patógenos MDR reside nos seus elevados índices
de mortalidade e altos custos do tratamento.
Nesta guia de uso de antimicrobianos, recomendamos que o uso empírico dos antimi-
crobianos nos processos infecciosos deve ser guiado de acordo como padrão de re-
sistência dos micro-organismos isolados nas unidades de saúde da Rede Casa.
Para evitar esse transtorno disseminação de germes MDR em nossas unidades, após
os resultados das culturas, a terapia antimicrobiana empírica de amplo espectro deve
ser adequada – o chamado descalonamento do esquema –conforme o resultado do
antibiograma, especialmente com a orientação dos infectologistas da Rede Casa.
Acreditamos que com esta guia possamos ajudar os médicos a oferecer uma medicina
personalizada nestes momentos da era de patógenos MDR.
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ANTIBIOTICOTERAPIA
Para consulta rápida de doses habituais dos antimicrobianos por via intravenosa
(IV), na ausência de insuficiência renal, podem ser consultadas na Tabela 10deste
plano terapêutico.
Ceftazidina-avibactam - Torgena®
O Torgena® não tem indicação nas infecções por Acinetobacter spp, Ste-
notrophomonas maltophilia ou Burkholderia cepacia.
Piperacilina-tazobactam (Tazocin®)
Até recentemente, a piperacilina-tazobactam (Tazocin®) era uma alternativa
empírica na uro-sepse por BGN ESBL+. Entretanto, segundo duas publicaç-
ções recentes, os centros que trabalham com sepse têm que rever este cenário
das infecções urinárias nas respectivas instituições de saúde.
Segundos nossas pesquisas com infecção urinária no Rio de Janeiro, ainda in-
dicamos o descalonamento de meropenem para o tazocin após resultados de
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sensibilidade a esta droga, principalmente nas infecções urinárias por E.coli
ESBL +.
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Tabela 1
Amoxicilina-Clavulanato Cefuroxima
Otite ou sinusite
(VO ou IV) (VO ou IV)
Claritromicina
Angina estreptocócica Amoxicilina (VO)
(VO)
Cefalexina (VO) ou
Erisipela Amoxicilina-Clavulanato
Cefazolina
S. pyogenes(90%) e muito raramente S. aureus ou BGN (VO ou IV)
(IV)
Amoxicilina-Clavulanato Cefalexina (VO) ou
Celulite (VO) Cefazolina
S. pyogenes (75%), segundo agente S.aureus, raramen- Oxacilina (IV)
te BGN)
(IV) (na possibilidade risco BGN)
Meningite
Ceftriaxona + Vancomicina Ceftaxima + Vancomicina
Discutir com seu infectologista
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Tabela 2
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Tabela 3
TERAPIA ANTIMICROBIANA NA SUSPEITA
OU CONFIRMAÇÃO DE MICRO-ORGANIMO
BGN PRODUTOR DE ESBL +
(BGN ESBL + = Enterobactérias resistente à ceftriaxona ou ceftazidima ou aztreonam)
Indicadoem pacientes> 50 ou
#1 dose cefuroxima 750 mg IV
anos, diabéticos, renais
8-8 horas crônicos, com ICC, com HI-
Amoxicilina-Clavulanato + Gentamicina
V,hepatopatas, com litíase
renal, transplantados renais
Amicacina + Ampicilina
Relacionada à Assistência de Saú-
de ou Hospitalar ou Meropenem + Gentamicina
(solicitar antes do início da terapia Piperacilina-Tazobactam
antimicrobiana a bacterioscopia pelo (Tazocin ®) (Indicados:Infecções complicadas com ins-
Gram da urina e urinocultura)
+ tabilidade hemodinâmica)
Discutir com seu infectologista*
Gentamicina
Amoxicilina-Clavulanato
Comunitária (Clavulin®)
+ Claritromicina Claritromicina
Tabela 6
INFECÇÃO PULMONAR COMUNITÁRIA
(Uso prévio de antimicrobianos beta-lactâmicos)
Epidemiologia
(uso prévio de penicilinas Primeira Escolha Segunda Escolha
ou cefalosporinas)
Cefepime
Comunitária
Levofloxacina +
(sem bronquiectasias)
Claritromicina
Cefepime
Comunitária (Maxcef ®)
(octogenários, pacientes com +
Piperacilina-Tazobactam
doença estrutural pulmonar e/ Claritromicina
ou comorbidades, como diabetes +
mellitus, insuficiência renal agu- (são muito raras as infecções
Claritromicina
da ou crônica, hepatopatias, HIV e pulmonares por KPC ou ente-
transplantados) robactérias resistentes aoscar-
bapenêmicos fora do ambiente
hospitalar ou de homecare)
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Tabela 7
INFECÇÃO PULMONAR COMUNITÁRIA
(Uso prévio de fluoroquinolonas)
Epidemiologia
(uso prévio de Primeira Escolha Segunda Escolha
fluoroquinolonas)
Cefepime Piperacilina-Tazobactam
Comunitária + +
Claritromicina Claritromicina
Tabela 8
INFECÇÃO PULMONAR
(Uso prévio de antimicrobianos de qualquer classe nos últimos 3
meses, internação hospitalar últimos 6 meses, em homecare ou
asilo) **
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Tabela 9
INFECÇÃO PULMONAR ASSOCIADA À VEN-
TILAÇÃO MECÂNICA - PAV
Epidemiologia
Primeira Escolha Segunda Escolha
(PAV)
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Tabela 10
DOSES DE ANTIMICROBIANOS PARA
ADULTOS SEM INSUFICIÊNCIA RENAL
Antimicrobiano Intervalo Doses
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OUTRAS INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
· Controle do foco primário: é fundamental para que as defesas do
organismo e a antibioticoterapia tenham sucesso na eliminação do agente
infeccioso. Usualmente, essa abordagem envolve alguma intervenção
cirúrgica, como a drenagem de abscesso ou de secreções contaminadas,
desbridamento de tecidos desvitalizados e necrosados, retirada de
dispositivos infectados e remoção de tecidos ou órgãos comprometidos.
Caso possível, a realização da intervenção necessária para o controle da
fonte de infecção deve ser procedida em até 12 horas após o diagnóstico.
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