Contabilidade Construção
Contabilidade Construção
Contabilidade Construção
A contabilidade das empresas que tem como objeto social a atividade imobiliária,
ou seja, a construção de unidades imobiliárias destinadas a venda, realização de
obras por empreitada, ou até mesmo o loteamento de imóveis, tem uma
contabilidade semelhante as demais empresas entretanto existe diferença quando
trata-se dos custos e apropriação das receitas.
Plano de conta
1 Ativo
1.1 Circulante
1.1.1 Caixa
1.1.2 Bancos
1.1.3 Aplicações financeiras
1.1.4 Clientes
1.1.5 Impostos a recuperar
1.1.6 Estoques
1.1.7 Construções em andamento
1.1.8 Despesas de exercício seguinte
1.3 Permanente
1.3.1 Investimentos
1.3.1.1 Ações na empresa A
1.3.2 Imobilizado
1.3.2.1 Terrenos
1.3.2.2 Edificações
1.3.2.3 Veículos
1.3.3 Diferido
2 Passivo
2.1 Circulante
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2.1.1 Fornecedores
2.1.2 Obrigações sociais e tributárias
2.1.3 Adiantamentos de clientes
2.1.4 Outras contas a pagar
2.1.5 Custo orçado
2. 3.2 Custos
2. 3.2.1 Obra 1
3 Receitas
4. Custos e Despesas
4.1 Custos
4.1.1 Custo das unidades vendidas
4.1.1.1 Custo das unidades vendidas obra A
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Ativo circulante
Construção em andamento
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Outro fato contábil que é motivo para o registro a crédito neste grupo é a
conclusão da obra, pois os saldo deve ser transferido para estoque de imóveis.
Impostos a recuperar
Este grupo de conta registra os valores referentes os imposto retidos na fonte, que
podem ser o seguinte:
IRRF
PIS
COFINS
CSLL
INSS
Este grupo de conta é comum a toda atividade no caso da construção deve ser
chamado atenção para o caso dos créditos de PIS e COFINS nas compra de bens
ou serviços a pessoas jurídicas destinado as obras, pois para um melhor
acompanhamento deve ser registrado por obra.
Estoques
a) Almoxarifado
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b) Estoques de imóveis
Passivo circulante
Adiantamentos de clientes
Aparentemente este procedimento seria válido uma vez que existe a previsão
legal de nos casos em que houver a cláusula suspensiva os valores recebidos
podem ser considerados como adiantamento. Ocorre que, a referida cláusula só
tem validade se houver um terceiro envolvido na operação, exemplo: O cliente
assina o contrato de promessa de compra e venda, mas na condição de que Caixa
Econômica Federal financia parte da operação, caso não seja aprovado o
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empréstimo junto a CEF o negócio não será feito, então neste caso os valores
pagos pelo cliente enquanto a operação do empréstimo estiver sendo analisada
pela instituição podem ser registrados como adiantamentos.
Custo orçado
Este grupo de conta registra os valores referentes a custos ainda não realizados
de unidades vendidas na planta, sendo que é opcional para o contribuinte este
procedimento não é obrigado a fazer, caso seja interesse do mesmo em pagar
imposto a maior a SRF agradece.
Quanto aos procedimentos na apuração dos valores dos créditos e débitos será
comentado no momento oportuno.
1 Receitas
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2. Custos
São duas situações que movimenta este subgrupo de contas, em que a unidade
vendida pode está concluída ou não, vamos fazer um comentário rápido.
a) Obra concluída
b) Obra em andamento
ii) Quando o contribuinte faz opção pelo regime de caixa os custos tem ser
apropriado na mesma proporção das receitas, tais como recebeu 20% do valor da
venda em um mês, então naquele mês só pode contabilizar como custo do
período somente 20% do valor dos custo daquela venda. Quanto ao
funcionamento do grupo Resultado de Exercícios Futuros será comentado no
momento oportuno.
Nos casos em que a obra está em andamento tem custo já realizado, ou seja, é o
que foi gasto até a data da venda e custo que ainda falta ser realizado para fazer é
preciso ser divido em vários lançamentos conforme a seguir:
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CRÉDITO: Este grupo de conta será creditado no registro de todos os valores dos
custos do mês reconhecidos na mesma proporção dos valores reconhecidos como
receita, assim no caso da receita ser reconhecida somente 10% do valor da
venda, então o custo reconhecido tem que ser somente de 10% do custo da
unidade vendida.
DÉBITO: Serão debitados neste grupo de contas todos os custo ainda não
realizados da obra até a data da venda correspondente a unidade vendida, ou
seja, é transferido de obra em andamento.
CRÉDITO: Este grupo de conta será creditado no registro de todos os valores dos
custos do mês reconhecidos na mesma proporção dos valores reconhecidos como
receita, assim no caso da receita ser reconhecida somente 10% do valor da
venda, então o custo reconhecido tem que ser somente de 10% do custo da
unidade vendida.
Este grupo de conta registra os valores dos custos realizados nas obras em
andamento, ou seja, a compra de cimento, tijolos, salários, encargos trabalhistas e
sociais e etc.
Vamos constituir a nossa construtora que tem como razão social Construtora
Jesus Ltda e tem como objeto social exclusivo à construção e compra e venda de
imóveis. Esta construtora tem as seguintes obras:
Obra A:
Situação da obra: Totalmente concluídas com 22 unidades, sendo que não tem
ainda qualquer venda;
Obra B:
Situação da obra: Obra em andamento com 20 unidades a serem construídas.
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Contabilização:
Exemplo 1:
Exemplo 2:
a) Compra dos vales para obra
DEBITO: Construção em andamento
Obra B
Vale transporte
CRÉDITO: Caixa
Hist. R$ 2.000,00
Desta forma fica claro que a empresa que tem como objeto social à atividade
imobiliária deve ter controle que identifique qual os custos são referentes a cada
obra ou administração, pois custo da administração deve ser contabilizado
diretamente como redutora do resultado.
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Nos caso de venda a vista mesmo a unidade não estando concluída o contribuinte
tem que reconhecer a receita com o seguinte lançamento:
a) Lançamento da receita
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DÉBITO: Clientes
b) Reconhecimento da receita
CRÉDITO: Clientes
Hist. Vr recebido ref. NP 01/40
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4. Custo orçado
O valor do custo orçado é definido pela pratica não se faz necessário laudo
técnico, pois a construtora tem experiência com outras obras conhece o custo
para construir o metro quadrado naquela região, então com base nessa
informação define o custo orçado.
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Exemplo de lançamento:
Venda à vista
Venda a prazo
CASO PRÁTICO
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Cálculos
Vr da venda R$ 200.000,00
Vr dos Custos R$ 92.857,14
Percentual custo/venda = 92.857,14/ 200.000,00 = 0,4643
Vr recebido = R$ 200.000,00
Receita do mês = R$ 200.000,00
Custo do mês = R$ 200.000,00 X 0,4643 = R$ 92.857,14
Vr da venda R$ 220.000,00
Vr dos Custos R$ 107.142,85
Percentual custo/venda = 107.142,85/ 220.000,00 = 0,4870
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Vr recebido = R$ 20.000,00
Receita do mês = R$ 20.000,00
Custo do mês = R$ 20.000,00 X 0,4870 = R$ 9.740,00
Contabilização
CRÉDITO: Custo
Obra em andamento
Custos da Obra A
HIST. R$ 19.999,99
Hist. R$ 102.597,14
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Histórico R$ 83.571,43
Histórico R$ 96.428,56
FICHA RAZÃO
C. Custos do mês
Obra A
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D. CUSTO ORÇADO
A partir deste registro o contador tem que ficar atento para a contabilização dos
custos, pois os custos realizados referentes aquelas unidade que foi calculado
custo orçado não deve mais ser ativado e sim baixado do passivo na conto de
custo orçado. Para que você possa ter um entendimento melhor vamos
continuar com o exemplo anterior.
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Vr da venda R$ 230.000,00
Vr dos Custos R$ 92.857,14
Percentual custo/venda = 92.857,14/ 230.000,00 = 0,4037
Vr recebido = R$ 50.000,00
Receita do mês = R$ 50.000,00
Custo do mês = R$ 50.000,00 X 0,4037 = R$ 20.185,00
Vr da venda R$ 220.000,00
Vr dos Custos R$ 107.142,85
Percentual custo/venda = 107.142,85/ 220.000,00 = 0,4870
Vr recebido = R$ 30.000,00
Receita do mês = R$ 30.000,00
Custo do mês = R$ 30.000,00 X 0,4870 = R$ 14.610,00
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Contabilização
CRÉDITO: CUSTO
Obras em andamento
Obra A
(-) Custo realizado
Hist. R$ 4.000,00
CRÉDITO: Custo
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Obra em andamento
Custos da Obra A
HIST. R$ 11.142,86
Hist. R$ 34.795,00
FICHA RAZÃO
C. Custos do mês
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Obra A
D. CUSTO ORÇADO
Do direito ao crédito
A partir deste item começa realmente a surgir novidade inclusive com algumas
alternativas de redução do impacto da carga tributária, conforme comentário em
alguns casos.
Aqui chamamos atenção do leitor para a particularidade com relação a
algumas despesas operacionais não fazerem parte da base de cálculo do
crédito presumido.
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Com relação a atividade imobiliária inclusive construção civil terá direito ao crédito
da COFINS sobre os valores pago a pessoa jurídica somente na efetivação da
venda e no caso do contribuinte adotar o regime de caixa para apurar o imposto a
efetivação será no recebimento.
III – Se o custo realizado for superior ao custo orçado, a pessoa jurídica terá
direito ao crédito correspondente à diferença, no período de apuração em que
ocorrer a conclusão, sem acréscimos.
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No caso das construtoras, esta não terá direito ao crédito sobre os valores pagos
a pessoas jurídicas relativos aos custos correspondentes as vendas anteriores a
setembro de 2001.
As empresas que como objeto social atividade imobiliária e faz opção pelo lucro
real, tem o mesmo tratamento da demais empresas na apuração da base do
Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro, apenas com algumas
considerações sobre o regime para apuração das receitas e custos tais como:
A tributação pelo lucro presumido, nos últimos anos, tem sido muito incentivada pelas
autoridades tributantes, sempre apresentado como sendo a forma mais simples de ser
apurado o imposto, o que é verdade. Entretanto, deve ser analisada com muito critério às
vantagens e desvantagens. Ocorre que, virou moda as empresas apurarem os seus
impostos com base nesta sistemática sem fazer qualquer avaliação.
Este nosso trabalho não tem a finalidade de fazer este tipo de comentário mais
chamamos atenção para essa necessidade, mas vamos dar inicio o conteúdo do nosso
curso.
Ainda sobre o lucro presumido neste trabalho está de forma detalhada, mais do que sobre
o lucro real é porque, muitos técnicos acreditam que sabem apurar o lucro presumido,
quando na verdade desconhecem alguns procedimentos. Quanto ao lucro real já os
profissionais são mais cautelosos e como o tempo é limitada foi dado a preferências para
chamar atenção de alguns detalhes importantes sobre o lucro presumido.
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Nem todas as pessoas jurídicas podem fazer a opção pelo lucro presumido, somente
podem optar aquelas que:
a) Cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$
48.000.000,00, ou R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade no
ano calendário anterior. Esta última situação é para as empresas que tenham iniciadas
suas atividades no ano anterior (Art. 516 RIR).
b) Que não estejam obrigadas a declarar com base no lucro real em função da atividade
que exerce;
c) As sociedades civis de profissão regulamentada, as sociedades que explorem atividade
rural, as sociedades por ação, de capital aberto, as empresas que se dediquem à compra
e à venda, ao loteamento, à incorporação ou à construção de imóveis e à execução de
obra da construção civil que não estejam enquadradas no item b);
d) as empresas que tenham sócios ou acionistas residentes ou domiciliados no exterior;
e) as empresas constituídas sob qualquer forma societária, de cujo capital participem
entidades da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
f) que sejam filiais, sucursais, agências ou representação, no país, de pessoas jurídicas
com sede no exterior;
g) as empresas que vendam bens importados, qualquer que seja o valor da receita
auferida com a venda desses produtos.
Como já comentado, existem as pessoas jurídicas que não podem optar pela sistemática
de lucro presumido, que são as seguintes:
Algumas empresas que optaram pelo Programa de Recuperação Fiscal (REFIS), podem
fazer opção pelo lucro presumido mesmo estando impedida pela condições anteriormente
citadas.
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As pessoas jurídica que fizerem a opção pelo lucro presumido e durante o anos
extrapolarem os limites da receita não podem mudar para o lucro naquele exercício sendo
obrigado declarar com base no lucro real no ano seguinte.
A opção pelo lucro presumido anteriormente podia ser feita até a data da entrega da
declaração do imposto de renda, desta forma o contribuinte poderia fazer a escolha com
segurança qual seria a forma de calcular seus impostos de forma menos onerosa.
Atualmente a opção será feita de forma irrevogável na data do pagamento da primeira
quota ou única nos casos em que se aplique, sendo a manifestação de forma irrevogável.
É comum a pratica dos contribuintes tentar alterar a opção feita através de retificação de
DARF. Este procedimento não prospera, pois a Secretária da Receita Federal já se
manifestou através da consulta nº 216 da 8º RF (DOU DE 01/10/01), que não aceita
redarf para alteração de opção pela sistemática de apuração do imposto.
No exercício em que a pessoa jurídica iniciar suas atividade não existe o limite em função
de valores, mas deve ser observado para o período posterior, para avaliar se pode
continuar ou ingressar no sistema de lucro presumido, neste caso deve ser adotado o
seguinte procedimento:
Conclusão neste caso a empresas não pode optar pelo lucro presumido no ano
posterior.
Conclusão neste caso a empresas pode optar pelo lucro presumido no ano posterior.
1ª Fase
Lucro
presumido
2ª Fase
BASE DE CALCULO
Lucro Presumido
Outras Receitas
Resultados positivos
das demais receitas
Ganhos de capital
Rendimentos e
ganhos financeiros
Base de cálculo
4ª Fase
Imposto de
Renda
Imp. Dev. -
Antecipado
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RECEITA BRUTA
Não faz parte das receitas brutas, portando deve excluídos o seguinte:
PERCENTUAL
Sobre a recita bruta ajustada será aplicado um percentual que varia de acordo com
atividade exercida pelo contribuinte, conforme a seguir descrita:
a) Percentual de 8%
Revenda de mercadoria, fabricação própria, industrialização por encomenda,
transporte de cargas, serviços hospitalares, atividade rural e venda de imóveis das
empresas com esse objeto social.
b) Percentual de 1,6%
Receita de combustíveis.
c) Percentual de 32%
Nas receitas de prestação de serviço, exceto a de serviços hospitalares.
d) Percentual de 16%
Nas receitas de prestação de serviço em geral das pessoas jurídicas com receita bruta
anual de até R$ 120.000,00, exceto serviços hospitalares, de transportes e de
profissão regulamentares.
GANHO DE CAPITAL
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O custo dos bens adquiridos com a empresa já no regime de tributação pelo lucro
presumido, será o valor de aquisição, sendo que os bens adquiridos até 31 de
dezembro de 1995 podem ser corrigidos conforme normas estabelecidas para
correção até aquela data, ou seja, com base na UFIR de 1º de janeiro de 1996.
As empresas que apuravam seus impostos pelo lucro real até uma determinada data,
o custo dos bens adquiridos no período de apurado pelo lucro real será considerado o
valor contábil até a data da opção. Se a opção aconteceu anterior 31 de dezembro de
1.995 o valor contábil poderá ser corrigido até 31 de dezembro de 1995, também com
a UFIR de 1º de janeiro de 1996.
Neste caso o valor contábil será sempre o valor corrigido deduzido da depreciação
acumulada daquele bem até a data da opção.
Bens adquiridos após a opção pelo lucro presumido será o valor da compra.
Com efeito, nos casos em que o contribuinte vende um bem que comprou após a opção
pelo lucro presumido não deve ser feito o cálculo da depreciação, ficando o ganho de
capital conforme exemplo a seguir:
VARIAÇÃO MONETÁRIA
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Para empresas que estão recolhendo o imposto de renda e contribuição sobre o lucro
presumido não é recomendável pagar juros sobre capital próprio, pois se assim fizer deve
recolher o imposto de renda e contribuição para o INSS como fosse salário, desta forma
fica muito oneroso.
Entretanto pode existir a possibilidade de receber juros sobre capital de investimento que
tenha sobre outras empresas, sendo que este rendimento deve fazer parte da base de
cálculo do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro e podendo o imposto de
renda retido na fonte sobre o mesmo ser deduzido do imposto total.
DO IMPOSTO DE RENDA
Após apurar a base de cálculo do imposto é somente aplicar a alíquota do imposto (15%)
e adicional de (10%) nos casos em que existe, ou sempre que no trimestre o lucro for
superior a R$ 60.000,00, será aplicado o percentual sobre o valor que exceder ao
montante mencionado.
IMPOSTO A PAGAR
Com o imposto apurado a pessoa jurídica deve identificar o valor a recolher que é o
seguinte:
a) Imposto de renda
Deduções:
O imposto de renda calculado pode ser deduzido do imposto de renda pago antecipado e
retido na fonte sobre as receitas que integram a base de cálculo correspondente, no caso
do imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras e sobre juro sobre
capital próprio desde 1997 passou a ser uma antecipação do imposto devido. Desta forma
muitas vezes o pagamento de juros sobre capital próprio para uma empresa do mesmo
grupo que declare com base no lucro presumido não é vantagem.
O contribuinte que recolhe o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro pode
fazer a opção para reconhecer as recitas pelo regime de caixa, ou seja, somente quando
receber independente da data do faturamento.
IMPOSTO DE RENDA
Imposto de renda devido é calculado aplicando à alíquota do imposto (15%) sobre a base
de cálculo acrescido do adicional de 10% sobre o valor que exceder a R$ 20.000,00 mês,
ou seja, o excesso de uma base de cálculo de R$ 60.000,00 no trimestre, desta forma o
nosso exemplo será calculado conforme a seguir:
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IMPOSTO A RECOLHER
Do lucro inflacionário
O saldo do lucro inflacionário existente na data da opção pelo lucro presumido deve ser
adicionado ao lucro presumido. Atenção estes valores devem ser somados ao lucro
presumido e não à base de cálculo do lucro presumido.
Créditos temporários
Os créditos temporários são valores que foram contabilizados como despesas, mas a
dedução na base de cálculo do imposto está condicionado a algum fato, exemplo:
Mas, existem os registro na parte B do LALUR referentes despesas que por incentivos
fiscais foram antecipadas a dedução na base do imposto de renda. Exemplo
depreciação de 100% no ano da aquisição dos bens das empresas que exploram a
atividade rural. Neste caso, deve ser mantido só para fins de apuração de ganho de
capital, ou retorno ao lucro real.
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ser adotado para apuração do imposto o mesmo regime que a empresa aplicou para
apuração do imposto e da contribuição. Desta forma será aplicado o mesmo percentual
para calcular o lucro presumido no período sobre a receita omitida. (Art. 24 da Lei nº
9.249/95).
A legislação veio a incentivar a sonegação, pois no caso de omissão de receita
identificada pela fiscalização o contribuinte não será quase penalizado e quando pago no
prazo de trinta dias alem da redução da multa o contribuinte não fica sujeito a processo
penal, conforme será demonstrado:
A qualquer tempo o contribuinte pode mudar para o regime de lucro real, sendo que a
opção para cada exercício é no momento do pagamento da primeira parcela do imposto
de renda e contribuição social sobre o lucro, ou seja, através do código de recolhimento.
Ocorre que esta opção é definitiva.
As empresas que declaram com base no lucro presumido não estão obrigadas a fazer a
contabilidade para fins fiscais, mas chamamos atenção que esta dispensa é somente com
relação fiscal, mas todas as empresas são obrigadas a ter contabilidade independente do
regime de tributação, até mesmo as do regime SIMPLES.
Ocorre que existem empresas que fazem somente o livro caixa, esta empresas para
voltarem para o lucro presumido devem fazer um levantamento patrimonial no dia 1º de
janeiro do ano seguinte ao último período base declarado com base no lucro presumido,
com a finalidade de proceder balanço de abertura.
A valorização dos bens tem de ser nos critério estabelecido no caso de contribuinte que
declara com base no lucro real, ou seja, estoque de produto acabado 70% do maior preço
de venda e produtos em elaboração 56% e deve ser incluídos todos os valores tais como:
dinheiro em caixa em bancos, as mercadorias, os produtos, as matérias primas, as
duplicatas a receber, os bem do imobilizado, investimento em outras empresas, despesas
diferidas, fornecedores, empréstimos bancário, financiamentos, obrigações sociais e
tributárias e qualquer outra conta.
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A soma das contas do ativo poderá ser maior ou menor de que a soma das contas do
passivo quando no ocorrer a primeira situação esta diferença deve ser registrada como
um crédito dos sócios.
Nos caso em que o contribuinte seja uma firma individual a diferença positiva pode ser
utilizada para aumento de capital sem a incidência de IRRF. (PN nº 15/77).
Quando o passivo for maior esta diferença deve ser registrada como prejuízos
acumulados, sendo que não pode ser usado para compensar com o lucro real.
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