Biossegurança em Necropsia
Biossegurança em Necropsia
Biossegurança em Necropsia
Taguatinga – DF
2020
Introdução
Manejo de cadáveres é um tema que está envolto em mitos que rodeiam seu
tratamento, onde está arraigada fortemente a cultura das populações. As mortes
associadas aos desastres naturais são normalmente causadas por traumas,
afogamentos, queimaduras, entre outros. A presença súbita de um aumento no
número de cadáveres, nas áreas afetadas por desastres, pode ocasionar temor na
população de ocorrência de surtos de doenças, porém não há evidências que a
presença de cadáveres represente risco de aumento no surgimento de epidemias
na área do desastre (WHO, 2006).
Para que ocorra a transmissão de uma infecção, é necessária a presença de
um agente infeccioso, exposição a este agente e um hospedeiro susceptível. O
corpo humano é hospedeiro de vários agentes biológicos, alguns dos quais
patogênicos, no entanto, a maioria não sobrevive mais que 48 horas no corpo
humano após a morte e é neste período que há maior risco de ocorrência de
infecções pelo manejo inadequado. Porém, na avaliação do risco, que deve ser
efetuada para o manejo correto dos cadáveres, é necessário considerar os
elementos que determinam a transmissão. É possível que algumas vítimas possam
ser portadoras de infecções e exigirão, portanto, cuidados especiais.
Os desastres com um grande número de mortes requerem uma força-tarefa
para a coleta, transporte, armazenamento, conservação, quando necessário, e
disposição final dos corpos. Este trabalho é normalmente executado por militares,
profissionais de atendimento emergencial e de sobrevivência, voluntários e outros
que não possuem pouca ou nenhuma experiência.
Esses são os principais agentes biológicos responsáveis por doenças
infecciosas ligadas ao manejo de cadáveres:
Vírus da Hepatite B;
Vírus da Hepatite C;
Vírus da Hepatite A
Vírus do HIV;
Vírus HTLV;
Rotavírus;
Campylobacter Enteritis;
Salmonela;
Yersinia;
Vibrio Cholerae;
Vibrio Vulnificus;
Escherichia Coli;
Shigella;
Leptospirose;
Norovirus;
Adenovirus entérico;
Giargia;
Cryptosporidium;
Tuberculose;