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7 Teses Sobre Pis Cofins

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7 TESES SOBRE PIS E COFINS

7 teses sobre PIS e COFINS


objetivando redução da carga
tributária das empresas e
recuperação de créditos dos últimos
5 anos

Professor
Fabiana Del Padre Tomé

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www.iajuf.com.br
7 TESES SOBRE PIS E COFINS
7 teses sobre PIS e COFINS objetivando redução da carga tributária das
empresas e recuperação de créditos dos últimos 5 anos
Prof. Fabiana Del Padre Tomé

1. Exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS

O STF, nos autos do RE nº 574.706/PR (em Repercussão Geral), decidiu que o ICMS não
compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da COFINS, visto que tais
valores não refletem riquezas/faturamento de titularidade do contribuinte, mas tão somente
o mero repasse de valores que têm como destinatários os Estados.

Disso decorre a possibilidade de ajuizamento de medida judicial para:


• reconhecer o direito o direito do contribuinte de recolher a Contribuição ao PIS e a
COFINS sobre o valor do faturamento ou receita, excluindo de suas bases de cálculo
o valor do ICMS destacado; e

• reconhecer o direito do contribuinte de compensar os valores indevidamente


recolhidos nos últimos 5 anos, com quaisquer tributos administrados pela Receita
Federal do Brasil, atualizando-se o crédito com aplicação da taxa SELIC.

2. Exclusão do ISS da base de cálculo do PIS/COFINS

Trata-se de tese que tem como fundamento a decisão do STF nos autos do RE 574.706.
Considerando que os valores destacados na nota fiscal, a título de ICMS, não configuram
receita do contribuinte, depreende-se que os valores destacados a título de ISS também
não se qualificam como faturamento ou receita do contribuinte, visto que tais valores são
repassados aos Municípios.
Vejamos decisões nesse sentido:
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. ISS. EXCLUSÃO BASE
CÁLCULO. PIS E COFINS. POSSIBILIDADE. EMBARGOS INFRINGENTES
NÃO PROVIDOS.
- O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 240.785, já havia
manifestado entendimento no sentido da inconstitucionalidade da inclusão do
ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS.
- Ao finalizar o julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706-PR, com
repercussão geral reconhecida, os ministros entenderam que o valor arrecadado
a título de ICMS não se incorpora ao patrimônio do contribuinte, dessa forma,
não pode integrar a base de cálculo dessas contribuições, que são destinadas
ao financiamento da seguridade social.

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- Cabe ressaltar que o v. acórdão eletrônico foi publicado em 02/10/2017 (DJe-


223). Ainda que assim não fosse, desnecessária seria a espera pela a publicação
do respectivo acórdão para a aplicação do entendimento acima exposto, já que
verificada a publicação da respectiva ata de julgamento, ocorrida em 20.03.2017
(DJe n.º 53) nos termos do artigo 1.035, § 11, do CPC. Dessa forma, deve
prevalecer o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal no sentido
de reconhecer a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo
do PIS e da COFINS.
- A recente posição do STF sobre o descabimento da inclusão do ICMS na
formação da base de cálculo do PIS/COFINS aplica-se também ao caso da
inclusão do ISS, já que a situação é idêntica. Precedentes.
- Recurso não provido.
(TRF3, EI 00044778420084036105, SEGUNDA SEÇÃO, DESEMBARGADORA
FEDERAL MÔNICA NOBRE, e-DJF3 Judicial 1 DATA: 16/03/2018).

JUÍZO DE RETRATAÇÃO. ARTIGO 543-B, § 3º, DO CPC/73.


CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. ISS NA
BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS: INCONSTITUCIONALIDADE,
CONFORME TESE FIRMADA PELO STF EM SEDE DE REPERCUSSÃO
GERAL (RE Nº 574.706), PLENAMENTE APLICÁVEL IN CASU, CONFORME
PRECEDENTE DESTA C. SEÇÃO. INVIABILIDADE DE SUSPENSÃO DO
JULGAMENTO DO FEITO, À CONTA DE EVENTO FUTURO E INCERTO:
SUFICIÊNCIA DA PUBLICAÇÃO DA ATA DE JULGAMENTO NA QUAL
CONSTOU CLARAMENTE A TESE ASSENTADA PELA SUPREMA CORTE.
JUÍZO DE RETRATAÇÃO EXERCIDO PARA DAR PROVIMENTO AO AGRAVO
LEGAL E, CONSEQUENTEMENTE, NEGAR PROVIMENTO AOS EMBARGOS
INFRINGENTES.
1. Não há viabilidade para a suspensão do julgamento deste feito, à conta do
resultado de evento futuro e incerto. Na singularidade do caso a ata de
julgamento do RE 574.706/PR foi publicada (20 de março de 2017) e nela
constou claramente a própria tese assentada pela Suprema Corte ("o ICMS não
compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da Cofins"), de modo que
tornou-se de conhecimento público o pensamento do STF na parte, a permitir a
aplicação do tema aos demais casos em tramitação que versem sobre a mesma
causa de pedir. Noutras palavras, o Poder Judiciário tem segurança para aplicar
o quanto decidido pela Suprema Corte em sede vinculativa. Além disso, o
CPC/15 dispõe no artigo 944 que "não publicado o acórdão no prazo de 30
(trinta) dias, contado da data da sessão de julgamento, as notas taquigráficas o
substituirão, para todos os fins legais, independentemente de revisão". Na
espécie, já se ultrapassou de muito o prazo de 30 dias da sessão de julgamento
(20 de março de 2017), de modo que esse art. 944 - que se insere nas regras

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gerais sobre recursos - deve ter eficácia. Nem mesmo a omissão do Presidente
do Tribunal em lavrar as conclusões e a ementa e mandá-las publicar (§ único)
impede a eficácia desse artigo, na espécie, porquanto todos os votos e a
conclusão final (singela) tornaram-se de conhecimento geral do meio jurídico.
2. A recente posição do STF sobre o descabimento da inclusão do ICMS na
formação da base de cálculo do PIS/COFINS aplica-se também ao caso da
inclusão do ISS, já que a situação é idêntica. Precedente desta 2ª Seção.
3. A jurisprudência firmada na Suprema Corte a respeito da matéria (RE nº
574.706/PR e RE nº 240.785/MG) deve ser aplicada, eis que caracterizada a
violação ao art. 195, I, da Constituição Federal, sendo mister reconhecer à
autora o direito de não se submeter ao recolhimento do PIS e da COFINS
com a inclusão do ISS em sua base de cálculo, tal como posto no voto
vencedor.
4. Juízo de retratação exercido para dar provimento ao agravo legal interposto
pela autora e, consequentemente, negar provimento aos embargos infringentes.
(TRF3, EI 00128825620104036100, SEGUNDA SEÇÃO, DESEMBARGADOR
FEDERAL JOHONSOM DI SALVO, e-DJF3 Judicial 1 DATA: 21/02/2018).

EMBARGOS INFRINGENTES. AÇÃO ORDINÁRIA. EXCLUSÃO DO ISS DA


BASE DE CÁLCULO DE PIS/COFINS. POSSIBILIDADE. DECISÃO STF.
PRECEDENTES DESTA CORTE. EMBARGOS INFRINGENTES PROVIDOS.
I - A questão posta nos autos diz respeito à possibilidade de inclusão do ICMS
na base de cálculo do PIS da COFINS. É certo que as discussões sobre o tema
são complexas e vêm de longa data, suscitando várias divergências
jurisprudenciais até que finalmente restasse pacificada no recente julgamento do
RE 574.706.
II - As alegações do contribuinte e coadunam com o posicionamento atual da
Suprema Corte, conforme o RE 574.706/PR, julgado na forma de recurso
repetitivo.
III - E não se olvide que o mesmo raciocínio no tocante a não inclusão do
ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS se aplica ao ISS.
IV - Embargos infringentes providos.
(TRF3, EI 00018874220144036100, SEGUNDA SEÇÃO, DESEMBARGADOR
FEDERAL ANTONIO CEDENHO, e-DJF3 Judicial 1 DATA: 12/05/2017).

O tema aguarda julgamento no STF: RE 592.616, Tema 118 em Repercussão Geral.

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3. PIS e da Cofins de suas próprias bases de cálculo

Também esse tema decorre da decisão proferida O tema em destaque discute sobre a
possibilidade das Contribuições ao PIS e à COFINS serem excluídas de suas próprias
bases de cálculo, uma vez que não constituem faturamento ou receita do contribuinte.
O tema aguarda julgamento no STF: RE 1.233.096, Tema 1067 em Repercussão Geral.

4. Exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo da CPRB e do FUNRURAL

A CPRB consiste em contribuição previdenciária sobre a receita bruta, substitutiva da


contribuição previdenciária sobre a folha de salários.
A 1ª Seção do STJ, considerando o conceito de receita bruta firmado pelo STF, decidiu pela
exclusão do ICMS da base de cálculo da CPRB.
Precedentes: STJ, Resp 1.624.297, Resp 1.629.001, Resp 1.638.772.
Tema em Repercussão Geral no STF: RE 1.187.264 – Tema 1048.
* * *
A contribuição ao Funrural também é uma contribuição previdenciária substitutiva: em vez
de incidir sobre a folha de salários, sua base de cálculo é a receita bruta da comercialização
da produção rural. Logo, o ICMS incidente na venda da produção não pode sujeitar-se a
essa contribuição.

5. Exclusão do ICMS e do ISS na determinação do lucro presumido (para fins de


IRPJ e CSLL)

O lucro presumido, para fins de incidência de IRPJ e CSLL, é calculado mediante aplicação
de percentual sobre o valor da receita.

Desse modo, sendo a receita a base para a aplicação do percentual e, assim, determinar o
lucro presumido a ser tributado pelo IRPJ e CSLL, essa receita não pode abranger ICMS
ou ISS na sua determinação.

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“TRIBUTÁRIO. IRPJ E CSLL. INCLUSÃO DO ICMS NA BASE


DE CÁLCULO. COMPENSAÇÃO. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
O Plenário do STF, no julgamento do Recurso Extraordinário 574706, com
repercussão geral reconhecida, entendeu que o valor arrecadado a título de
ICMS não se incorpora ao patrimônio do contribuinte, representando apenas
ingresso de caixa ou trânsito contábil a ser totalmente repassado ao fisco
estadual.
Não se tratando de receita bruta, os valores recolhidos a título de ICMS
não compõem a base de cálculo do IRPJ e da CSLL (...).
(TRF4, AC 5018422-58.2016.404.7200, Primeira Turma, Relator Jorge Antonio
Maurique, juntado aos autos em 12/05/2017).

Tema submetido à sistemática dos recursos repetitivos no STJ: REsp 1767631/SC, REsp
1.772.634/RS, REsp 1.772.470/RS.

6. Manutenção de créditos de PIS e COFINS nas operações com produtos


sujeitos à tributação monofásica dessas contribuições

O STJ, no REsp 1140723, de 02/09/2010, decidiu pelo direito de o contribuinte manter


créditos de PIS e COFINS, quando a vendas forem realizadas no âmbito do regime
monofásico.

Exemplos de produtos sujeitos ao regime monofásico:


• combustíveis, como gasolina, óleo diesel, biodiesel, álcool hidratado para fins
carburantes, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação;
• produtos farmacêuticos;
• produtos de perfumaria, toucador e higiene pessoal;
• máquinas e veículos, bem como autopeças, câmaras de ar e pneus de borracha;
• bebidas, como água, cervejas e refrigerantes.

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Fundamento - Lei nº 11.033/04 (art. 17): prescreveu não haver impedimento à


manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados às operações com alíquota zero
(monofásico).

7. Ampliação do conceito de insumo pelo STJ e implicações no direito a créditos


de PIS e COFINS

Por ocasião do julgamento do RESP 1.221.170-PR (em Recurso Repetitivo), o STJ firmou
as seguintes teses:
“(a) é ilegal a disciplina de creditamento prevista nas Instruções Normativas da SRF ns.
247/2002 e 404/2004, porquanto compromete a eficácia do sistema de não-cumulatividade
da contribuição ao PIS e da COFINS, tal como definido nas Leis 10.637/2002 e
10.833/2003; e
(b) o conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios de essencialidade ou
relevância, ou seja, considerando-se a imprescindibilidade ou a importância de determinado
item – bem ou serviço – para o desenvolvimento da atividade econômica desempenhada
pelo Contribuinte.”
Desse modo, considerou ilegal a restrição imposta pela Receita Federal e ampliou a
possibilidade de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS no regime não-cumulativo.

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