Conferências Internacionais de Promoção de Saúde
Conferências Internacionais de Promoção de Saúde
Conferências Internacionais de Promoção de Saúde
Universidade Licungo
Beira
2021
Cristina Tome Jóia Vitorino
Fernando José João
Docente:
Dra. Marta Simbine
Universidade Licungo
Beira
2021
Índice
1.0. Introdução..................................................................................................................................1
2.2. Objectivos..................................................................................................................................2
Conclusão.........................................................................................................................................7
Referências Bibliográficas................................................................................................................8
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1.0. Introdução
O presente trabalho faz uma abordagem sobre Evolução Das Conferências Internacionais de
Promoção de Saúde de Alma-ata a Nairobi. Define-se como a Conferência Internacional sobre
Promoção da Saúde é um movimento que ocorre periodicamente, dele participando sectores
representativos de vários países, tais como OMS, OPAS e UNICEF, em defesa da ampliação dos
campos de acção em saúde e abordagens mais efectivas para o real alcance dos objectivos
traçados.
Promoção da Saúde é definida como a capacitação das pessoas e comunidades para modificarem
os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida, segundo a Carta de Ottawa
(1986), documento que se tornou referência para as demais Conferências Internacionais de
Promoção da Saúde, promovidas pela OMS (Adelaide, 1988; Sundswall, 1991; Bogotá, 1992;
Jacarta, 1997; México, 2000, Bangkok, 2005) assim como para as Conferências Mundiais
realizadas pela UIPES (1991, 1995, 1998, 2001, 2004), sua III Conferência Regional Latino-
Americana de Promoção da Saúde.
O objectivo principal dessas Conferências é promover o suporte das ideias e medidas necessárias
para as acções em saúde. O resultado da discussão aberta e organizada em cada conferência é
expresso através da elaboração final de um documento em defesa da promoção da saúde,
salientando o bem-estar de todos os povos como requisito essencial para o desenvolvimento dos
países e, consequentemente, para a manutenção da paz mundial.
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A definição acima chama atenção para o almejado protagonismo das pessoas e a necessidade de
que sejam “empoderadas”, isto é, desenvolvam a habilidade e o poder de actuar em benefício da
própria qualidade de vida, enquanto sujeitos e/ou comunidades activas.
2.2. Objectivos
Para ROCHA et. al. (2014), o objectivo principal dessas Conferências é promover o suporte das
ideias e medidas necessárias para as acções em saúde. O resultado da discussão aberta e
organizada em cada conferência é expresso através da elaboração final de um documento em
defesa da promoção da saúde, salientando o bem-estar de todos os povos como requisito essencial
para o desenvolvimento dos países e, consequentemente, para a manutenção da paz mundial.
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Ao iniciar esse item cabe ressaltar que as Cartas resultantes das Conferências Internacionais sobre
PS1 são consideradas a principal influência na formulação da Política Nacional de Promoção da
Saúde brasileira (ROCHA et. al., 2014) e marcos no debate sobre a temática, sendo sua análise
imprescindível à apreensão do desenvolvimento do próprio conceito de PS (BUSS, 2009;
CORREIA; MEDEIROS, 2014; PORTO; PIVETTA, 2009; BRASIL, 2002) bem como das
diferentes tendências políticas e ideológicas em torno desta.
documento enfatiza ainda a responsabilidade dos indivíduos e dos grupos sobre as condições de
saúde ao definir a NPS como o “processo de capacitação da comunidade para actuar na melhoria
de sua qualidade de vida e saúde” (OMS, 1986). As Cartas/Declarações das Conferências
Internacionais seguintes mantêm-se na perspectiva da Carta de Ottawa (BRASIL, 2002), com
alguns aspectos a serem destacadas.
para assegurar os direitos humanos e para a formação do capital social. A pobreza é apresentada
como a maior ameaça para a saúde. A Declaração enfatiza a necessidade de novas respostas no
âmbito do PS, entre as quais “existe uma flagrante necessidade de derrubar as fronteiras
tradicionais dentro dos sectores públicos, das organizações governamentais e não-governamentais
e entre os sectores público e o privado”.
Conclusão
Findo o trabalho de Educação Ambiental e Saúde Publica, foi o fruto de grande aquisição de
conhecimento científico, onde concluímos que, promoção da Saúde é a capacitação das pessoas e
comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de
vida. O objectivo principal das conferências é promover o suporte das ideias e medidas
necessárias para as acções em saúde. O resultado da discussão aberta e organizada em cada
conferência é expresso através da elaboração final de um documento em defesa da promoção da
saúde, salientando o bem-estar de todos os povos como requisito essencial para o
desenvolvimento dos países e, consequentemente, para a manutenção da paz mundial.
Promover a saúde das populações pressupõe a capacitação das comunidades e indivíduos para
atingirem o seu potencial máximo de saúde num contexto de igualdade de oportunidades e de
recursos, a advocacia no sentido de criar condições favoráveis à saúde e a mediação entre os
diversos sectores da sociedade para a prossecução da saúde através de uma acção coordenada,
estratégias que continuam a ser importantes para responder aos desafios da promoção da saúde
global. Por outro lado, o conhecimento baseado em evidências permite aplicar as lições
aprendidas com os sucessos e insucessos do passado no controlo de doenças e na promoção de
medidas preventivas para combater as ameaças à saúde e os riscos existentes e reemergentes. A
pertinência de adoptar boas práticas em termos de planeamento, implementação e gestão das
acções de saúde tem assim tornado a avaliação do conteúdo e eficácia dos programas de saúde
num elemento fundamental na promoção da saúde.
Referências Bibliográficas
1) __ . Adelaide Recommendations on Healthy Public Policy (Adelaide Recomendações
sobre políticas públicas saudáveis). OMS, 1988.
2) __. (Nova) promoção da saúde: configurações no debate do serviço social. Emancipação,
Ponta Grossa, n. 14, p. 129-146, 2014b.
3) __. A Declaração de Jacarta sobre Promoção da Saúde no Século XXI. Jacarta. OMS,
1997. Disponível em: . Acesso em 15. Nov. 2016.
4) __. Nairobi Call to Action (Nairobi chamada à acção). OMS, 2009.
5) __. Quinta Conferencia Mundial de Promoción de la Salud Promoción de la salud: hacia
una mayor equidad Ciudad de México. OMS, 2000.
6) __. Sundsvall Statement on Supportive Environments for Health (Declaração de
Sundsvall sobre ambientes de apoio para a saúde). OMS, 1991.
7) __. The 6th Global Conference on Health Promotion (A 6ª Conferência Global sobre
Promoção da Saúde). Bangkok. OMS, 2005.
8) __. The Ottawa Charter for Health Promotion (A Carta de Ottawa para Promoção da
Saúde). OMS, 1986. Disponível em: . Acesso em 24 Mar. 2017.
9) __.; SCHMALLER, V. P. V. Promoção da Saúde: Polissemias conceituais e
ideopolíticas. In.:__.; COSTA, M. D. H. da (Orgs.). Por uma crítica da Promoção da
Saúde: contradições e potencialidade no contexto do SUS. Campinas: Hucitec, 2014.
10) BERLINGUER, G. Medicina e política. São Paulo: Cebes-Hucitec, 1978.
11) BRASIL, Ministério da Saúde: Secretarias de Políticas de Saúde. Projecto Promoção da
Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde. Ministério da Saúde, Brasília: 2002.
12) BUSS, P. M. Uma introdução ao conceito de Promoção da Saúde. In: CZERSNIA, D.;
13) CASTELO, R. A. O social-liberalismo: auge e crise da supremacia burguesa na era
neoliberal. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
14) Comissão Nacional Sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS)/ ENSP – FIOCRUZ.
15) CORREIA, M. V. C.; MEDEIROS, S. M. de. As bases da Promoção da Saúde nas
Conferências Internacionais e a Reforma Sanitária brasileira: concepção do processo
saúde e doença em questão. In: VASCONCELOS, K. E. L.; COSTA, M.D.C. (ORGS).
Por uma crítica da Promoção da Saúde: contradições e potencialidades no contexto do
SUS. Campinas: Hucitec, 2014.
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