Trab Lepstopirose
Trab Lepstopirose
Trab Lepstopirose
ÉRIKA GOMES
GLEICIMAIA M. DE LIMA
JEANE DE JESUS
JOANA A. NOGUEIRA
LORENA LIMA
Feira de Santana - BA
2021
ANA PAULA PEREIRA
CAMILA SOUZA BASTOS
ÉRIKA GOMES
GLEICIMAIA M. DE LIMA
JEANE DE JESUS
JOANA A. NOGUEIRA
LAIANE F. DOS SANTOS
LIZ MARIA DE JESUS LIMA
LORENA LIMA
LUCILENE DOS S. OLIVEIRA
TATIANE L. DA SILVA SANTOS
Feira de Santana - BA
2021
INTRODUÇÃO
Doença infecciosa febril de início abrupto, que pode variar desde formas
assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações
fulminantes. Didaticamente, as apresentações clínicas da Leptospirose foram divididas
considerando as fases evolutivas da doença: fase precoce (fase leptospirêmica) e fase
tardia (fase imune).
Doença de Weil, síndrome de Weil, febre dos pântanos, febre dos arrozais, febre
outonal, doença dos porqueiros, tifo canino e outras. Atualmente, evita-se a utilização
desses termos, por serem passiveis de confusão.
Fase Precoce
Caracterizada pela instalação abrupta de febre, comumente acompanhada de
cefaleia e mialgia, anorexia, náuseas e vômitos. Podem ocorrer diarreia, artralgia,
hiperemia ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse. Pode ser
acompanhada de exantema e frequentemente, não pode ser diferenciada de outras causas
de doenças febris agudas. Esta fase tende a ser autolimitada e regride em 3 a 7 dias, sem
deixar sequelas.
Fase Tardia
Aproximadamente 15% dos pacientes evoluem para manifestações clínicas graves
iniciando-se, em geral, após a primeira semana de doença. A manifestação clássica da
Leptospirose grave é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia,
insuficiência renal e hemorragias, mais comumente pulmonar. A síndrome de
hemorragia pulmonar é caracterizada por lesão pulmonar aguda e sangramento
pulmonar maciço e vem sendo cada vez mais reconhecida no Brasil como uma
manifestação distinta e importante da Leptospirose na fase tardia. Esta apresentação
clínica cursa com letalidade superior a 50%.
Agente Etiológico
Reservatório
Os animais sinantrópicos domésticos e selvagens são os reservatórios essenciais
para a persistência dos focos da infecção. Os seres humanos são apenas hospedeiros
acidentais e terminais dentro da cadeia de transmissão. O principal reservatório é
constituído pelos roedores sinantrópicos das espécies Rattus norvegicus (ratazana ou
rato-de-esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus
musculus (camundongo ou catita). O R. norvegicus é o principal portador do sorovar
Icterohaemorraghiae, um dos mais patogênicos para o homem. Outros reservatórios de
importância são: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos.
TRANSMISSÃO
A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais
infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de
lesões, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de
mucosas. O elo hídrico é importante na transmissão da doença ao homem. Raramente a
transmissão ocorre pelo contato direto com sangue, tecidos e órgãos de animais
infectados, transmissão acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos
contaminados. A transmissão entre humanos é muito rara e de pouca relevância
epidemiológica, podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de
pessoas infectadas. Período de Incubação. De 1 a 30 dias (em média, de 5 e 14 dias).
Período de Transmissibilidade; Os animais infectados podem eliminar a leptospira
através da urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o
sorovar envolvido.
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
A suspeita clínica deve ser confirmada por métodos laboratoriais específicos. Na
fase precoce, as leptospiras podem ser visualizadas no sangue por meio de exame direto,
de cultura em meios apropriados, inoculação em animais de laboratório ou detecção do
DNA do microrganismo, pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). A
cultura garante apenas um diagnóstico retrospectivo. Na fase tardia, as leptospiras
podem ser encontradas na urina, podendo ser cultivadas ou inoculadas. Na rotina, os
métodos sorológicos são consagradamente eleitos para o diagnóstico da Leptospirose.
Os mais utilizados no país são o teste ELISA-IgM e a microaglutinação (MAT). Esses
exames deverão ser realizados pelos Lacens, pertencentes à Rede Nacional de
Laboratórios de Saúde Pública. Exames complementares de maior complexidade ou não
disponibilizados nos Lacen podem ser solicitados através dos mesmos ao Laboratório de
Referência Nacional para Leptospirose (ex.: imuno-histoquímica, técnicas baseadas em
PCR e tipagem de isolados clínicos).
Na maioria dos casos, o tratamento pode ser feito em casa com o uso de
medicamentos para aliviar os sintomas, como Paracetamol, além de hidratação e
repouso. Antibióticos como Doxiciclina ou Penicilina podem ser recomendados pelo
médico para combater a bactéria, no entanto o efeito dos antibióticos são maiores nos
primeiros 5 dias de doença, por isso é importante que a doença seja identificada assim
que surgirem os primeiros sintomas de infecção.
O tratamento para leptospirose, na maioria dos casos, pode ser feito em casa com o
uso de antibióticos, como Amoxicilina, Doxiciclina ou Ampicilina, por exemplo,
durante 5 a 7 dias, de acordo com a orientação do clínico geral ou do infectologista, no
caso do adulto, ou do pediatra, no caso das crianças. Além disso, também é
recomendado fazer repouso e hidratar-se ao longo do dia. O médico também pode
receitar outros remédios para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos, já
que esta doença pode provocar sintomas como febre, calafrios, dor de cabeça ou dor no
corpo. A antibioticoterapia deve ser iniciada o quanto antes, preferencialmente nos
primeiros 5 dias do início dos sintomas, porém pode ser iniciada a qualquer momento
do curso da doença. O objetivo do tratamento é abrandar os sintomas e diminuir a
mortalidade e possíveis sequelas da forma íctero-hemorrágica. Para pacientes com
forma anictérica, o esquema mais recomendado é amoxicilina 500 mg VO 8/8h por 5-7
dias. Já os pacientes que desenvolvem a forma grave devem ser tratados com penicilina
cristalina 1,5 milhões de UI IV de 6/6h por 7 dias, no mínimo. Drogas alternativas são a
ceftriaxona e a azitromicina.
→ Reposição da volemia
Logo, ela se torna um alvo fácil do racismo de Estado, sendo a visibilidade dessas
questões a primeira forma de enfrentamento a essa mecânica que não apenas
negligencia duplamente a doença, mas as pessoas por ela afetadas. atenção para o fato
de que a leptospirose humana acomete uma população que o Estado não tem interesse
em manter viva enquanto a dengue acomete um grupo mais amplo de pessoas, inclusive
aquelas que o Estado tem o interesse de preservar. Logo, o que se passa com a
leptospirose é que ela é uma doença da pobreza, com uma população camuflada pela
invisibilidade de dados populacionais e cujo mimetismo e sazonalidade geram
invisibilidades clínico-diagnósticas que impedem um reconhecimento maior da
população acometida pela doença. Logo, ela se torna um alvo fácil do racismo de
Estado, sendo a visibilidade dessas questões a primeira forma de enfrentamento a essa
mecânica que não apenas negligencia duplamente a doença, mas as pessoas por ela
afetadas.
REFERÊNCIAS: