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Licenciatura em Geografia: Prática Como Componente Curricular

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LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

GABRIEL DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE - RA 1924565

UNIP - POLO FLAMBOYANT


2021
Introdução
A PCC - Prática como Componente Curricular norteia a função do futuro professor
(a)/docente, e propõe a reflexão entre a relação teórica e prática dos conteúdos do curso realizado.
São formações que propiciam várias experiências de como realizar a execução dos conhecimentos
obtidos em sala de aula nas mais diversas disciplinas.
Essa prática ocorre de acordo com as propostas repassadas em sala de aula e que
corresponde aos semestres estudados.
Para o curso de Geografia foram elencadas as seguintes disciplinas deste semestre:
Metodologia do Trabalho Acadêmico, Geografia Integrada, Prática de Ensino: Trajetória Práxis,
Biogeografia/Sociobiogeografia e Ambiente, Cartografia II (Téc. de Projeções) Cartografia
Temática, Estudos Demográficos e Geografia do Turismo, das quais se realizou breves relatos em
concordância com artigos científicos, a fim de proporcionar conhecimento entre a teoria e a prática.
Metodologia do Trabalho Acadêmico
Conforme o conteúdo da disciplina de Metodologia do Trabalho Acadêmico, que contempla
o estudo a respeito da pesquisa científica, e que propicia estudos e noções acerca do conceito de
ciência, seus objetivos e inter-relações com as demais áreas do conhecimento, sãos possíveis as
reflexões das questões teórico-científicas, em vista das pesquisas e atividades acadêmicas com
linguagem e métodos científicos diversos para a formação da pesquisa.
Esta disciplina proporciona ao futuro docente o aprendizado sobre como elaborar um projeto
de pesquisa, como pesquisar, organizar e levantar fontes confiáveis, como redigir, apresentar
trabalhos acadêmicos, relacionar pesquisa científica e sociedade (conhecimento científico e
empírico), pesquisar bibliografias e projeção de trabalhos, correlações entre os tipos de
conhecimento: popular, filosófico, religioso e científico. Daí sua grande importância na formação
acadêmica do futuro professor.
De acordo com o artigo, verifica-se a aplicação da Metodologia do Trabalho Acadêmico em
busca de resultados de pesquisa sobre os conceitos como promoção da saúde, trabalho docente,
comunicação interpessoal, uso de tecnologias e gestão do conhecimento, a partir do levantamento
bibliográfico.
E a atenção dada à pesquisa bibliográfica formou a base deste artigo científico, por meio da
seleção e organização de informações a respeito das temáticas definidas no projeto. A metodologia
usada se deu através da escolha e seleção das informaçõese fontes sobre a importância do
levantamento bibliográfico dentro da pesquisa científica.
Antigamente a pesquisa bibliográfica para trabalhos acadêmicos realizava-se com seleção de
livros físicos, catálogos de bibliotecas ou materiais impressos, já na atualidade, o acesso às fontes
de dados e informações se dá através dos recursos tecnológicos com bibliotecas virtuais e base de
dados pesquisados pela internet.
Para Marconi & Lakatos (2001, p. 44), a finalidade da pesquisa bibliográfica é “colocar o
pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto, com o
objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de
suas informações.” Contudo, é extremamente importante que haja a busca adequada e confiável de
fontes válidas para esta seleção de material como através de teses, monografias, artigos, estudos de
caso.
Outros conhecimentos surgiram com esta pesquisa, tais como: hábito de leitura de diversas
fontes literárias e busca de materiais seletivos sobre o tema, organização do pensamento e decisão
por estratégias de como realizar a pesquisa e a formação contínua da consciência crítica sobre a
prática constante da pesquisa cientifica para a boa formação do futuro docente.
Referências Bibliográficas
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. São Paulo: Atlas, 1985.

SANTOS, Ana Paula Francisca dos.; Macuch, Regiane da Silva. O levantamento bibliográfico
possibilitando a compreensão conceitual e a aprendizagem sobre a pesquisa científica. In:
Encontro Internacional de Produção Científica UniCesumar, p. 4-8, 2015,Maringá - PR.

Geografia Integrada
A participação humana no mundo propicia reflexões sobre sua condição, planejamento das
ações, de manifestar e idealizar sua cultura, reproduzindo sua vida social, interferindo e afetando os
espaços onde está inserida, daí surge a Geografia Integrada.
Esta disciplina proporciona ao futuro docente em Geografia: a análise textual e interpretação
de temas integrados e o conhecimento entre os distintos conceitos geográficos; pensamento crítico
na inter-relação entre a Geografia e as demais áreas do conhecimento; e a Geografia Integrada na
vida cotidiana observando e analisando as relações humanas com o meio, da sociedade com a
natureza, bem como as próprias relações que os seres humanos estabelecem entre si. Estabelece a
relação entre os estudos geográficos e os distintos campos do conhecimento científico.
O artigo analisado traz a importância da educação geográfica, como a de qualquer dimensão
curricular, decorre fundamentalmente da concepção de cidadão que uma sociedade se propõe como
referencial de orientação ao processo educativo escolar.
Segundo Saviani (1980, p. 40), o homem não é um ser passivo, mas um ser que reage
perante o seu meio natural e cultural, mostrando-se capaz de aceitar, rejeitar ou transformar esse
meio.
A Geografia também, enquanto conteúdo diferenciado do processo educativo escolar
contribui como ciência que trata dos elementos naturais e humanos da construção do mundo pelo
homem.
A proposta pedagógica deste artigo serve para orientar o (a) professor (a) de Geografia
quanto à efetividade da educação geográfica, no espaço escolar que exige uma metodologia de
ensino que supere as práticas de um ensino somente por livros e nomenclaturas, fala expositiva e
passividade do aluno em sala de aula. Na construção da Geografia como conhecimento para o
aluno, o (a) professor (a) deve partilhar e compartilhar com os alunos uma idéia atualizada,
dinâmica e inovadora da Geografia.
Assim, a educação geográfica leva a compreensão de mundo que o aluno vai elaborando a
partir de sua experiência de espaço e lugar e da sua interpretação dos problemas de organização e
uso do espaço pelo homem, e isto implica na construção do pensamento crítico, analítico e reflexivo
acerca dos problemas relativos à Geografia e sua inter-relação com as demais áreas do
conhecimento.

Referências bibliográficas
CARNEIRO, Sonia Maria Marchiorato. Importância Educacional da Geografia. In: Artigos de
Demanda Contínua - Educ. rev. (9), 1993, Curitiba - PR. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/er/a/QWvNXZNL6snC9VmmmrXWrPq/?lang=pt 

SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez
Editora/Autores Associados, 1980.

Prática de Ensino: Trajetória Práxis


Apresentar a trajetória práxis é compreender o percurso trilhado e entender a ação prática
docente. Serve para a aprendizagem e visão da aplicação das ferramentas na práxis docente, como
a elaboração e aplicação do plano de aula e do planejamento de ensino, e com a prática vivenciada
através do estágio proporciona o contato direto com as sequências didáticas, e daí permite
verificar o aprendizado através dessa observação recebida em sala de aula por meio do estágio.
A prática educativa recebida pelo estagiário deverá proporcionar a identificação das
características sociais e culturais de cada aluno, suas necessidades, e formas adequadas de ensino
a fim de produzir boa aprendizagem de cada criança.
Para que o futuro docente tenha êxito na sua profissão é fundamental saber analisar e
diferenciar a articulação entre teoria e prática, a partir dos conflitos encontrados no ambiente
escolar.
A Prática de Ensino: Trajetória da Práxis tem como intuito principal propiciar ao futuro
professor reflexões sobre seu processo, seu itinerário vivido no ambiente escolar por meio dos
conceitos aprendidos em sala de aula durante a graduação.
O artigo avaliado sobre estágio supervisionado em Geografia compõe a grade curricular
dos cursos de licenciatura. O estagiário, o professor que orienta e o professor da sala têm papéis
importantes para essa prática na aquisição de conhecimentos da vivencia escolar e de sala de aula.
Segundo Barbosa et al. (2015), este trabalho é resultado da reflexão sobre o estágio
curricular ministrado no curso de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Campus
Fortaleza-CE e da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam-Uece), Campus
Limoeiro do Norte-CE. Por meio dos relatos dos estagiários percebeu-se a preocupação com o
ambiente escolar caracterizado por salas quentes, apertadas, com infiltração, deterioradas,
barulhentas e abafadas; excesso de alunos por sala (em média de 35 a 40 alunos); quadra
descoberta; salas inadequadas para o planejamento do trabalho docente; presença de espaço
multifuncional (biblioteca/sala de informática/sala de multimeios, sala dos professores/sala de
coordenadores, sala de aula/refeitório); arquitetura inadequada; ausência de espaço para desporto,
recreação e sociabilidade dos discentes; ausência de refeitório ou refeitório pequeno; corredores
estreitos; iluminação e ventilação inadequadas; dificuldade na acessibilidade dos recursos
didáticos.
O estágio articula além da teoria e da prática a vivencia entre formados (professores) e
formandos (estagiários), e isto implica na troca de experiências escolares, didáticas, e
especialmente pedagógicas. É no estágio o momento de observação e reflexão para concretizar a
aprendizagem da profissão docente.
Outro item importante na prática de ensino é a observação do espaço escolar na sua
totalidade, verificando suas necessidades estruturais, humanas e materiais.
A práxis do ensino traz oportunidade ao futuro docente de conhecer sua futura experiência
prática e ampliar conhecimentos. Proporciona ao acadêmico conhecer mais de sua área, aumento
do interesse por sua formação, descobrindo novas aptidões, e assim valorizar ainda mais sua
profissão.

Referências
BARBOSA, Edivani Silva. Et al. Estagio Supervisionado em Geografia: Oportunidade de
reflexão sobre o espaço escolar. EdUECE- Livro 2 02946. Fortaleza – CE, 2014.
Biogeografia/Sociobiogeografia e Ambiente
Biogeografia ou Sociobiogeografia é uma ciência que trata sobre a presença da vida dos
seres vivos e sua distribuição geográfica nos espaços terrestre. Nesta disciplina há a junção entre a
Biologia, Sociologia e a Geografia.
Brown & Lomolino (2006): “conceituam a Biogeografia como um campo de
conhecimento interdisciplinar da Geografia e das Ciências Biológicas que pesquisa o modo como
os seres vivos se distribuem no tempo e no espaço”. “É o estudo da biodiversidade espacializada”.
Na Biogeografia é possível identificar e compreender quanta diversidade e complexidade
há devido aos inúmeros biomas existentes e sua relação com a ocupação dos seres vivos. Também
é possível inter-relacionar os conceitos sociológicos e biológicos com os conceitos geográficos e a
qualidade de vida dos seres vivos.
A partir da bioegeografia identificam-se informações sobre o histórico de doenças que
afetam o homem e propicia conceitos relacionados à Geografia, como o papel e atuação humana e
os impactos ambientais.
Nesta disciplina distinguem-se os diversos ambientes, sua biodiversidade e tipos humanos,
e ainda apresenta questões da vida econômica dos espaços ocupados pelos seres vivos.
O artigo analisado apresenta uma suscinta avaliação das produções científicas
apresentadas no XI Encontro Nacional da Anpege de 2015, com o título de Biogeografia e
Geoecologia da Paisagem.
Neste artigo destacam-se os principais eixos conceituais e metodológicos desta pesquisa e
as tecnologias de geoprocessamento nas análises biogeográficas utilizadas.
Há a apresentação das amostras dos trabalhos temáticos e que enfocam a importância da
biogeografia para o desenvolvimento das ciências, especialmente sobre o papel dos aspectos
espaciais e cartográficos.
As análises deste artigo desvendam a necessidade de interdisciplinaridade com as demais
áreas científicas como a Botânica, a Zoologia e a Ecologia da Paisagem.
Para Furlan et al. (2016) outra questão fundamental tem sido considerar a Biogeografia um
dos suportes fundamentais para o estudo de questões socioambientais, principalmente quando se
analisa as complexas interações entre Sociedade e Natureza no mundo urbano ou rural, nas
políticas públicas de proteção da paisagem, enfim, nos dilemas de conservação.
Não se pode negar a relevância da conservação e preservação da natureza, principalmente,
frente à degradação ambiental contínua, e isto, se dá pela necessidade que essa relação complexa
apresenta, entre homem e espaço terrestre.

Referências

BROWN, James; LOMOLINO, Mark V. Biogeografia. Tradução Julio Feliciano Afonso; revisão
técnica Adler Guilherme Viadana. Ribeirão Preto – SP. Funpec Editora, 2006.

FURLAN, Sueli Angelo. Et al. Biogeografia: reflexões sobre temas e conceitos. Revista da
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege). p. 97-115, v.12, n.18,
especial GT Anpege. Rio de Janeiro, 2016.

Cartografia Temática (Técnica de Projeções)


Conforme Sampaio (2019, p. 23), um mapa temático é uma forma de comunicação que
emprega elementos gráficos para transmitir a mensagem, por isso deve respeitar o sistema de
comunicação visual para atingir seus objetivos. Contudo, o mapa objeto de estudo da cartografia
temática é aquele que aborda um determinado assunto e o projeta sobre a base cartográfica (fundo
de mapa).
A cartografia temática é um sistema que confecciona mapas e cartogramas, onde são
usados convenções, símbolos e cores para representar o que se deseja com cada tema. Nela é
possível expressar as informações geográficas em relação aos diversos fenômenos físicos ou
sociais de qualquer espaço terrestre, por exemplo, as cartas ou mapas geológicos, de vegetação,
climáticos, entre outros.
O artigo avaliado apresenta informações sobre a cartografia temática e seu
desenvolvimento, e aponta seu uso prático na elaboração de mapas temáticos e sua relevância para
a Geografia no cotidiano dos alunos e o desenvolvimento didático do professor.
Com o avanço da informática, a cartografia também evoluiu através do geoprocessamento
e do sensoriamento remoto, e se tornaram essenciais para o desenvolvimento da Geografia por
meio da cartografia.
Para Ferreira (2014), este artigo buscou compreender como as novas tecnologias no ramo
da Geografia constituem elementos didáticos que podem contribuir para a melhoria de algumas
atividades na sala de aula.
A cartografia temática, por meio da informática aplicada à cartografia serve como
instrumento entre professor e aluno, pois o docente facilita a percepção dos mapas e cartas
cartográficas para o ensino da Geografia.
Ao longo da pesquisa discutiram-se questões referentes à prática e à formação do professor
de Geografia e seu manejo com as novas tecnologias e o uso da cartografia temática nas aulas de
Geografia, e percebe-se que as aulas ainda são ministradas de modo tradicional, com uso de livros
e mapas impressos, sem levar em consideração a atualidade do mundo moderno e o contexto
ambiental do aluno.
Desta forma, o conhecimento da cartografia temática traz recursos para a aplicação, leitura
e interpretação do mapa ou carta, e têm sido considerados na prática docente, a fim de
proporcionar ao aluno conhecimento e questionamentos sobre o espaço geográfico.

Referências

FERREIRA, Gracilene de Castro. O uso da cartografia temática no ensino de Geografia. VII


Congresso Brasileiro de Geógrafos. Vitória – ES, 2014.

SAMPAIO, Tony Vinicius Moreira. Cartografia Temática. Programa de Pós-graduação em


Geografia – UFPR, Curitiba – PR, 2019.

Estudos Demográficos
O estudo demográfico, principalmente, trata das características de uma população e os
vários aspectos, e dentre eles há a análise dos dados censitários, ou seja, o censo demográfico. A
demografia se volta para o estudo da população.
Segundo Preston (1993), a demografia é uma ciência primordialmente empírica e dedica
cuidadosa atenção a questões sobre medição, disponibilidade e qualidade dos dados, a fim de
estudar processos no nível populacional agregado. A estreita conexão entre produtores,
avaliadores e usuários de dados demográficos é um dos recursos mais atraentes da demografia,
possibilitando a produção de informações de melhor qualidade e uma melhor interpretação de
seus significados.
Como censo demográfico épossível investigar por meio da Estatística os diferentes
indicadores como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), para quantificar a qualidade de
vida, o Índice de GINI sobre a desigualdade social, a análise da população economicamente ativa,
estudo de fluxos migratórios, crescimento populacional, taxas de natalidade e de mortalidade,
expectativa de vida, distribuição por áreas, entre outros indicadores. 
Assim como todas as ciências, a demografia é muito importante, porque os dados obtidos
com cada estudo servem de base para a delimitação de políticas publicas que promovam a melhor
qualidade de vida das populações.
No Brasil, o estudo demográfico é realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), e os dados são coletados pelos técnicos do IBGE através do censo demográfico.
O artigo abordado reflete sobre a importância da demografia quanto à mortalidade,
particularmente, em tempos de pandemia, como atualmente, por conta da pandemia de Covid 19.
De acordo com Borges e Nepomuceno (2020), no que se refere à pandemia de Covid-19, a
demografia pode contribuir com sua expertise na avaliação da cobertura e qualidade dos registros de
óbitos. Além de existirem mortes ocorridas por Covid-19 que nunca serão registradas com essa
causa, há também uma parcela importante que será notificada tardiamente: meses ou anos depois do
evento.
O artigo mostrou que a medição dos aspectos estudados, os métodos e as técnicas, a
avaliação dos dados são fundamentais para o estudo de mortalidade pela pandemia de Covid-19.
Além dessas análises, o artigo salienta o contexto histórico, social, econômico e
epidemiológico, que aqui, no Brasil evidencia os fatores de risco relacionados à Covid-19 como a
presença de doenças crônicas em idosos, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e doenças
do aparelho respiratório, que são os principais fatores de risco. Então, idade e saúde são as duas
variáveis mais relacionadas.
É notório que a pandemia de Covid-19 impacta diretamente nas taxas de mortalidade, e
atinge outros indicadores da demografia, tais como a fecundidade e a saúde reprodutiva de homens
e mulheres, a migração, o mercado de trabalho, violência doméstica, dentre outras.
A atuação do demógrafo é fundamental na aquisição de informações, altamente relevantes,
para a reflexão objetiva a respeito da mortalidade produzida pela pandemia de Covid-19, e assim
proporcionar material concreto para que os governos tomem as decisões mais acertadas, com
políticas públicas e ações para frear a situação atual, e para outras necessidades em caso de outras
pandemias.
Referências

BORGES, Gabriel Mendes; NEPOMUCENO, Marília R.A contribuição da demografia para os


estudos de mortalidade em tempos de pandemia. R. bras. Est. Pop., v.37, 1-9, e0124, 2020.
PRESTON, S. H. The contours of demography estimates and projections. Demography, v. 30, n.
4, p. 593-606, 1993. Disponível em: https://doi.org/10.2307/2061808.
Geografia do Turismo
A Geografia do turismo é parte doestudo da geografia realizado sobre o panorama das
viagens e do turismo, por meio do mercado consumidor e tratada como atividade cultural,
econômica e social.
O principal objeto de estudo da Geografia do turismo é a superfície terrestre e tudo o que há
nela, como suas paisagens e construções. Neste estudo são avaliados os fatores geográficos dos
espaços relacionados ao turismo, se são favoráveis e atrativos para realizar o turismo.
Neste estudo é abordado a Geografia turística sob diversos aspectos, vislumbrando as
questões de impacto ambiental que o turismo pode causar, o impacto na economia trazida pelo lazer
e pela cultura, o mercado turístico, aspectos sociológicos do turismo e a preservação de patrimônios
históricos e naturais dos espaços terrestres. Obviamente, o turismo traz mudanças no espaço
geográfico, já que é preciso reorganizar as estruturas físicas e humanas para atendimento ao
público, ou seja, aos turistas.
O turismo como atividade econômica, social e cultural cresceu muito nas últimas décadas, e
o principal propulsor disso foi o desenvolvimento na área de transportes ferroviário, rodoviário,
hidroviário, marítimo e aéreo, e das comunicações como telefone, celulares, e especialmente a
internet, assim provocando um alto fluxo de turistas, indo e vindo para diversos lugares do planeta.
Por conta das políticas de turismo criadas pelos países há um grande crescimento no volume
e das facilidades para as viagens turísticas, portanto, são propostas bem inovadoras para o geógrafo
atuar nesta área da geografia turística.
Conforme o artigo estudado há o enfoque nas observações dos espaços e principais
paisagens de caráter turístico, e estudo da paisagem na perspectiva interdisciplinar da Geografia e
do Turismo, utilizando a observação da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Brasil.
Segundo Becker (2014), o Turismo tem uma dinâmica peculiar. Ao mesmo tempo em que é
objeto de estudo acadêmico, é um fenômeno social e, também, é uma área de atuação profissional,
um setor crescente da economia e uma atividade de lazer.
A Geografia do turismo observada neste artigo aponta que a cidade de Santa Maria – RS tem
características históricas, naturais e culturais bem marcantes, o que atrai bastante os visitantes e
turistas, pois a origem da cidade é marcada sob dois fatores: um lendário e outro militar.
A lenda de Imembuí e Morotin memoriza a formação territorial e social da cidade e
simboliza a constituição multirracial de sua gente. De acordo com essa lenda, Santa Maria
teve sua origem no amor que uniu uma índia, Imembuí, da tribo dos Minuanos, com um
branco, bandeirante, Morotin, nas margens do Arroio Itaimbé, que hoje corre canalizado
sob o calçamento do Parque Itaimbé, na área central da cidade. O índio é o elemento
etnográfico que, segundo a lenda, serve de ligação para a miscigenação e a formação
multirracial da população santa-mariense. (BECKER, 2014, p. 56)

O outro aspecto ligado à fundação de Santa Maria é militar e está associado às disputas
hispânico-portuguesas pelo território ao Sul do Brasil, ou seja, a cidade possui um marcado
caráter militar, fortemente influenciado pela sua posição geopolítica no território do
Estadão do Rio Grande do Sul. Assim, a origem da cidade está assentada no fato histórico
da Demarcação de Limites da América Latina, estabelecido pelo Tratado de Santo
Ildefonso, entre Espanha e Portugal, na segunda metade do século XVIII, entre 1757 e
1797. (BECKER, 2014, p. 57)

O clima subtropical úmido, e com ventos, tem uma população formada de muitas raças:
indígenas; os demarcadores, portugueses; os imigrantes, italianos, alemães, espanhóis,
afrodescendentes, belgas e outros. É de fato, uma cidade hospitaleira e de grandes belezas naturais
e históricas que são atrativos para muitas pessoas.
Diante da análise deste artigo, percebe-se que a cidade de Santa Maria atrai inúmeros
turistas, por conta de suas variadas características nas paisagens deslumbrantes, sítios históricos,
parques temáticos, unidades de conservação, morros, rios, córregos e riachos.
Para o geógrafo da área do turismo é muito relevante a compreensão de que os espaços são
recursos pedagógicos, culturais e financeiros para a sua atuação profissional e como contribuinte
das cidades, já que isto revela a capacidade turística de uma cidade, e seu enorme potencial
atrativo para o desenvolvimento das cidades.

Referências

BECKER, Elsbeth Léia Spode. Geografia e Turismo: Uma Introdução ao Estudo de suas Relações
Revista Rosa dos Ventos 6(I) 52-65, jan-mar, 2014 Disponível em:
http://ucs.br/revistarosadosventos. Acesso em: 01 de Jun de 2021.

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