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Material de Apoio 3 - Primeiros Socorros

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Programa de Aprendizagem –CIEE/PR

MÓDULO GERAL
MATERIAL DE APOIO 3

Tempo de leitura: Aproximadamente 15 minutos.


Referência: https://cmosdrake.com.br/blog/manual-de-primeiros-socorros/
Autor: Douglas R. B. Furtado e Stephanie Cristhyne A. da Silva, com a colaboração da
empresa Qualyteam.

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS

Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRtQLC_9V0tAqNzNnyfRK4tScWdCInXLerUoX54lgG4
MB4KvdRxeRTrIJCzzdUvk45AcPs&usqp=CAU

“Primeiros socorros” é o nome dado ao atendimento inicial à vítima, feito antes que o
atendimento profissional possa acontecer. Se pensarmos em casos simples como cortes leves,
queimaduras superficiais e arranhões, o objetivo dos primeiros socorros é o atendimento rápido
para restaurar o bem-estar do paciente de maneira mais ágil.

Já nos casos mais graves, como paradas cardiorrespiratórias, queimaduras mais sérias, cortes
mais profundos, infartos, acidentes envolvendo a fratura de ossos, dentre outros cenários, o
principal propósito é prestar um atendimento rápido para que a vida seja preservada e mantida
até que o atendimento adequado possa ser realizado, seja enquanto se espera uma
ambulância chegar ou durante o deslocamento até o hospital.
A importância de conhecer Primeiros Socorros

A pessoa que é treinada profissionalmente para prestar primeiros socorros é chamada de


Socorrista. Este profissional é o principal responsável pela aplicação dos cuidados mas, na
ausência de uma pessoa qualificada, qualquer indivíduo com noções de primeiros socorros
pode ser essencial para salvar uma vida. Por isso, é extremamente importante que todos
tenham interesse em buscar conhecimento sobre este assunto.

Pensando em todas essas situações, foram criados diversos procedimentos visando o melhor
desenvolvimento possível dos atendimentos nos mais variados casos de emergência.
Apresentaremos, aqui, o que pode ser feito para ajudar vítimas de diversos tipos de doenças.

Primeiros socorros básicos: saiba o que fazer em diferentes casos

Cada situação emergencial necessita de um cuidado diferente, ainda que alguns cuidados
sejam importantes em todas as situações e façam parte do processo de triagem para saber
exatamente como agir de maneira rápida e eficiente.

Antes, porém, dos casos específicos, é importante prestar atenção em algo que deve ser feito
sempre. Chamamos isso de Regra dos 3 “C”:

Cheque o ambiente

É de extrema importância que você avalie o ambiente antes de prestar o socorro. Existe fogo?
Fios elétricos soltos? A vítima está em um rio de correnteza forte? Fumaça tóxica? Gases
inflamatórios? Em qualquer ambiente em que você precise se pôr em risco para prestar o
socorro, não é aconselhável fazê-lo. De nada adianta tentar ajudar a vítima se você vai acabar
se tornando uma. Em casos assim, não perca tempo tentando vencer as barreiras, chame
imediatamente pelo serviço de emergência. Os profissionais são treinados para esses tipos de
situação e têm um olhar muito mais preciso de como ajudar sem se pôr em risco.

O ambiente também vai fornecer um indicativo do que pode ter causado o acidente, caso você
encontre a vítima e não saiba o que aconteceu com ela.

Chame ajuda

Mesmo que vocês não corram risco no ambiente onde estão, chame ajuda. Grite por alguém,
ligue para os serviços oficiais de emergência e resgate, mas garanta que a ajuda esteja vindo o
quanto antes. Afinal, os primeiros socorros são apenas primeiros, e a vítima precisará de um
cuidado sequencial.
Cuide da vítima

Após ter certeza de que a situação não irá piorar por causa de fatores externos e de que a
ajuda profissional está a caminho, é hora de garantir que a vítima consiga esperar com vida.
Este cuidado não é apenas físico, mas também emocional. Manter a vítima calma e focada é
de extrema importância. Por isso, se perceber que a pessoa está consciente e acordada,
converse com ela, faça com que ela perceba que você está ali por ela e que a ajuda está a
caminho. Por isso, é muito importante que você também mantenha a calma. Não grite, permita
espaço para circulação do ar e fique de olho nos sinais vitais da vítima.

Listaremos abaixo alguns casos e o que pode ser feito enquanto a ajuda não chega. Confira:

Acidentes com raios

O Brasil é o campeão mundial no ranking de relâmpagos. Dos 3,15 bilhões de raios que
atingem a Terra durante um ano, 100 milhões caem aqui. Esses dados foram divulgados pelo
INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Caso você encontre alguém que foi atingido por um raio, existem algumas coisas que podem
ser feitas para ajudar essa pessoa. Antes de tudo, é importante saber que a vítima de um raio
não carrega carga elétrica. Portanto, é seguro tocá-la. Você não vai levar um choque!

A primeira coisa a ser feita é pedir ajuda. Atendimento médico rápido é fator decisivo na
recuperação, em alguns casos. Depois, é importante verificar se a vítima está acordada e
consciente. Caso estejam em um ambiente que traga perigo para algum de vocês, mova a
vítima para um lugar seguro antes de dar continuidade ao tratamento.

Verifique se a vítima está respirando e se os batimentos cardíacos estão presentes. Caso um


dos dois processos esteja em falta, inicie os procedimentos de parada cardíaca.

Primeiros socorros em um derrame

Antes de sabermos como ajudar alguém sofrendo um derrame, precisamos saber como
identificar o mesmo, também conhecido como Acidente Vascular Cerebral (AVC). O indivíduo
pode apresentar dormência em um dos lados do corpo ou até mesmo cair devido à falta de
força muscular. Caso desconfie de que alguém esteja sofrendo um AVC, pode-se pedir que a
pessoa tente levantar os braços, dar um sorriso ou até mesmo dizer uma frase pequena.
Qualquer dificuldade em uma destas atividades pode indicar um derrame. É bom que se
observe também a presença de confusão mental ou dor de cabeça muito forte.

Ligue imediatamente para a emergência (192) e, enquanto aguarda a chegada do socorro,


verifique se a vítima está acordada e respirando. Caso esteja acordada, é importante conversar
com ela para informar que a ajuda já está a caminho e que em breve a vítima chegará ao
hospital. Depois disso, verifique se a vítima está respirando ou não e se os batimentos
cardíacos estão presentes.
Caso a vítima esteja inconsciente e respirando, coloque-a de lado e aguarde pelo socorro. Se
estiver inconsciente e sem respirar, inicie a massagem cardíaca o mais rápido possível para
restaurar a respiração.

Primeiros Socorros para Hipoglicemia

Hipoglicemia é o nome dado à condição de falta de açúcar no sangue. Geralmente ocorre com
pacientes adultos e diabéticos, porém pode ocorrer com qualquer um que fique por um período
longo de tempo sem se alimentar ou que esteja com um caso de infecção grave. Os sintomas
incluem: palpitações, fadiga, fome extrema, suor excessivo, tremores, formigamento nos lábios
e etc.

Caso a vítima esteja inconsciente, o melhor a se fazer é deitá-la na posição lateral de


segurança e aguardar pelo socorro (192). Em caso de vítimas conscientes, é preciso tentar
levantar os níveis de açúcar no sangue. Isso pode ser feito de algumas formas: colocar uma
colher de sopa ou dois pacotinhos de açúcar em baixo da língua do indivíduo; dar um copo de
suco de fruta para que a pessoa beba; dar um pão doce para a pessoa comer ou três balas
para chupar, dentre outras ações.

Primeiros socorros para envenenamento

O envenenamento ocorre através da ingestão ou exposição à substâncias tóxicas. A primeira


coisa a se fazer é ligar para o Centro de Informações Antiveneno (0800 284 4343) e chamar a
ambulância (192). Caso o envenenamento tenha ocorrido através da ingestão, o único jeito de
diminuir a exposição ao agente é com a lavagem estomacal, no hospital. Por isso, não se deve
estimular o vômito e nem dar outros líquidos para a pessoa ingerir.

Em casos de envenenamento por inalação, remova a pessoa do ambiente contaminado,


levando-a de preferência para um local com boa circulação de ar. Caso a intoxicação ocorra
através do contato com a pele, é importante lavar a região afetada com água corrente por no
mínimo 20 minutos. Se houver alguma ferida na região, é importante que a vítima vá para o
hospital. Se houver contato com os olhos, lave-os em água corrente por 20 minutos. Caso as
dores persistam, leve a vítima ao médico para acompanhamento.

Primeiros Socorros em picadas de animais peçonhentos

Aranhas, cobras, escorpiões, formigas, vespas e abelhas são alguns dos animais considerados
peçonhentos, ou seja, aqueles que possuem em seu organismo um sistema que lhes permite,
através de mordida ou picada, injetar em suas presas uma substância tóxica produzida em seu
próprio organismo. Cada tipo de animal causa uma reação diferente, e é importante estar
atento aos tipos de acidentes que podem ocorrer.

É importante, em todos os casos, identificar o tipo do animal e, se possível, recolhê-lo (sempre


de forma segura) para que, caso seja necessária a aplicação de um antídoto, esta seja feita de
maneira adequada.
Ao contrário do que dizem algumas crenças populares, não se deve cortar, abrir ou espremer a
ferida da picada. Também não se deve fazer sucção do veneno, nem torniquete, pois isto pode
gerar a gangrena do local infectado.

Primeiros socorros em acidentes domésticos

Acidentes domésticos são bastante comuns e, em sua maioria, não apresentam grande risco à
vida da vítima. Porém, não dar atenção à determinados detalhes é a causa de muitos
problemas que podem ser evitados. Vamos listar alguns dos acidentes domésticos mais
comuns e o que pode ser feito para cuidar das vítimas:

Queimaduras

As queimaduras podem ocorrer por exposição prolongada a fontes de calor, como fogo e água
fervendo, ou aos raios solares. Em casos de queimaduras leves, de primeiro grau, cujas
características são apenas a vermelhidão e dor local, você pode tomar as seguintes medidas:

1. Coloque a região afetada em água fria por aproximadamente 15 minutos, caso seja uma
queimadura por contato. Se for uma queimadura por exposição ao sol, aplique creme de
babosa na região afetada.
2. Não esfregar nenhuma substância, como óleo ou manteiga.
3. Caso surjam bolhas, não as estoure.

As queimaduras de segundo grau são caracterizadas pela presença de bolhas e inchaço local.
Neste caso, as camadas intermediárias da pele também foram queimadas, e por isso é
importante que, além de deixar o ferimento em água fria por 15 minutos, também se faça uma
compressa com gaze molhada durante as primeiras 48 horas, trocando a gaze sempre que a
água esquentar. Em casos de queimadura de terceiro grau, a única coisa a se fazer é cobrir a
área afetada com uma gaze esterilizada e ir imediatamente para o pronto socorro ou ligar para
a emergência. As consequências de queimaduras de terceiro grau são muito sérias, podendo
levar à morte.

Quedas

Atire a primeira pedra quem nunca levou um tropeção ou um tombo sem querer. As quedas
geralmente ocorrem quando se tropeça em algo ou ao escorregar em um piso molhado, por
exemplo, ou mesmo quando se está no topo de algum objeto alto, como uma escada ou uma
cadeira. A primeira coisa a se fazer é verificar se houve desmaio ou se a vítima está
inconsciente. Nesses casos, ligue para o 192 ou leve a vítima para o hospital imediatamente.
Caso a vítima esteja acordada e consciente, procure por cortes ou alguma fratura nos ossos.
Dependendo da gravidade, será necessário levar a vítima para o hospital ou pronto socorro
para sutura, exames ou imobilização dos ossos.
Se a vítima estiver consciente mas apresentar vômito, sonolência ou perda de velocidade no
raciocínio, também deve ser levada para o hospital ou pronto socorro o mais rápido possível.
No caminho, é importante mantê-la acordada e tranquilizada.

Choque elétrico

As ocorrências de choques elétricos são mais comuns em crianças devido à desproteção das
tomadas, mas também se dão com adultos pela utilização de equipamentos eletrônicos com
falta de manutenção. Em caso de choque elétrico, a primeira coisa a ser feita é desligar o
quadro geral de energia para cortar a alimentação de carga elétrica à vítima, caso ela ainda
esteja conectada à fonte. Depois, é preciso afastar a vítima do objeto que provocou o choque.
Isso deve ser feito com um item de madeira, plástico ou borracha, que não são condutores de
energia. Caso a vítima esteja em pé, é importante deitá-la para que ela não sofra uma queda
após o choque.

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