Tecnodata ReciclagemCNH 27ed
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CONDUTORES INFRATORES
27ª Edição - Abril 2021
As lamentáveis estatísticas do trânsito brasileiro permitem deduzir que nós, condutores, ainda
não compreendemos muito bem esse complexo sistema social.
Gostamos de pensar que somos bons motoristas, e que dirigimos muito bem. Mesmo que fosse
verdade, esquecemos de que isso não é suficiente. É preciso conhecer, compreender e adaptar-se
a um complexo conjunto de regras, criadas para estimular comportamentos coerentes com as
atuais exigências da sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito à segurança.
Quando temos nosso direito de dirigir suspenso, é sinal que algo não deu certo. Independente de
quais tenham sido os motivos, uma decisão inteligente, é aproveitar o momento para fazer uma
revisão real de conceitos.
A metodologia Tecnodata oferece todos os recursos para que isso aconteça de forma completa,
eficiente e agradável.
FICHA CATALOGRÁFICA
Vendas e Distribuição:
w w w . t e c n o d a t a e d u c a c i o n a l . c o m . b r
ÍNDICE
Legislação de Trânsito De Advertência 42
Especial de Advertência 44
INTRODUÇÃO 5
De Indicação 45
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO 5
Horizontal 47
DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO NO TRÂNSITO 6
Dispositivos Auxiliares 49
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO 7
Dispositivos de Uso Temporário 50
AS VIAS 8
Semafórica 50
VELOCIDADE MÁXIMA NAS VIAS 8
De Obras 51
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS VEÍCULOS 9
Gestos dos Agentes de Trânsito 51
IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS 10
Gestos de Condutores 51
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE 11
Sinais Sonoros 51
IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR 11
QUESTÕES 52
PROCESSO DE HABILITAÇÃO 12
CATEGORIAS DE CNH 13
Direção Defensiva
RENOVAÇÃO DA CNH 15
INTRODUÇÃO, DEFINIÇÃO 53
NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA 16
NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA 54
TRAFEGANDO 17
ELEMENTOS DA DIREÇÃO OU PILOTAGEM DEFENSIVA 55
RESTRIÇÕES DE USO DAS VIAS 17
CONHECIMENTO 55
PRIORIDADE DE PASSAGEM 17
CONDIÇÕES ADVERSAS: 56
CRUZAMENTOS 18
De Iluminação 56
MUDANÇAS DE DIREÇÃO E MANOBRAS 19
De Tempo 58
ULTRAPASSAGENS 19
Das Vias 61
REDUZIR, FREAR, PARAR E ESTACIONAR 20
De Trânsito 63
USO DE LUZES E BUZINA 21
Do Veículo 63
NORMAS DE CIRCULAÇÃO PARA CICLOS 22
De Cargas 64
NORMAS DE CIRCULAÇÃO PARA PEDESTRES 22
De Passageiros 65
ACIDENTES 22
CONDIÇÕES ADVERSAS DO CONDUTOR: 66
CRIMES DE TRÂNSITO 23
Uso do celular ao dirigir 67
QUESTÕES 26
Álcool 68
Drogas e Medicamentos 69
Infrações de Trânsito
Sono E Fadiga 70
PENALIDADES, MEDIDAS ADMINISTRATIVAS 27 CONDIÇÕES ADVERSAS – Considerações Finais: 72
CONDUTOR 31 ATENÇÃO 72
VELOCIDADE 31 PREVISÃO 72
HABILITAÇÃO 31 HABILIDADE 73
NÃO REDUZIR 32 AÇÃO 73
ACIDENTES DE TRÂNSITO 32 ACIDENTES 73
BUZINA E SOM 32 COMO EVITAR ACIDENTES: 74
EFETUAR ULTRAPASSAGENS 32 Cinto de Segurança 75
CIRCULAÇÃO 33 Equipamentos de Segurança do Piloto 76
EFETUAR RETORNO E CONVERSÕES 33 Velocidade Compatível 78
NÃO DAR PASSAGEM OU PREFERÊNCIA 33 EVITANDO COLISÕES: 78
MOTOCICLETA, MOTONETA E CICLOMOTOR 34 Com o Veículo da Frente 78
VEÍCULOS 34 Com o Veículo de Trás 80
ESTACIONAR 35 Com os Demais Veículos 80
LUZES E SINAIS 35 Com Veículos em Sentido Contrário 81
TRANSPORTES DE CARGAS 35 Em Ultrapassagens 82
PARAR OU IMOBILIZAR O VEÍCULO 36 Em Curvas 83
NÃO PARAR 36 Em Cruzamentos 83
TRANSITAR COM VEÍCULO AUTOMOTOR 37 Em Marcha à Ré 84
PEDESTRES E VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS 37 Entre Veículos de Pequeno Porte e Grande Porte 84
IDENTIFICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO 37 Entre Automóveis e Motocicletas 86
QUESTÕES 38 Com Ciclistas 87
Com Pedestres 87
Sinalização Com Animais 88
RESOLUÇÃO 160/04 39 Com Elementos Fixos 89
SINALIZAÇÃO: 39 DIREÇÃO OU PILOTAGEM DEFENSIVA NAS RODOVIAS 89
De Regulamentação 39 QUESTÕES 91
ÍNDICE
Legislação de Trânsito 5
09. Dos Veículos.
10. Dos Veículos em Circulação Internacional.
11. Do Registro de Veículos.
12. Do Licenciamento.
13. Da Condução de Escolares.
13-A. Da Condução de Motofrete.
14. Da Habilitação.
15. Das Infrações.
16. Das Penalidades.
17. Das Medidas Administrativas.
18. Do Processo Administrativo.
19. Dos Crimes de Trânsito.
20. Das Disposições Finais e Transitórias.
O Capítulo I, das Disposições Preliminares, traz algumas definições e
atribuições interessantes em seu Artigo 1°:
Respeito à vida Respeito à vida e preservação do meio ambiente
e preservação do • Trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, para
meio ambiente circulação, parada, estacionamento e operação de carga e descarga
(§ 1°).
• Trânsito em condições seguras é um direito de todos (§ 2°).
• Os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos
causados ao cidadão em virtude de ação, omissão ou erro (§ 3°).
• Será dada prioridade à segurança, defesa e preservação da vida e
do meio ambiente (§ 5°).
6 Legislação de Trânsito
SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
Código de Sistema Nacional De Trânsito é o conjunto de entidades da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem por finalidade o
Trânsito exercício das atividades de planejamento, administração, normatização,
Brasileiro pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e
reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema
viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos
e aplicação de penalidades (Capítulo II, Seção I, Art. 5° do CTB).
Órgãos São órgãos com funções coordenadora, consultiva e normativa (Art. 7° do CTB).
• CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do sistema.
normativos • CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito.
do SNT: • CONTRANDIFE - Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
Órgãos São órgãos responsáveis pelo cumprimento das leis de trânsito (Art. 8°
ao 25° do CTB).
executivos Federais:
do SNT: • DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito.
• DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.
• PRF - Polícia Rodoviária Federal.
Estaduais:
• DETRANs - Departamentos Estaduais de Trânsito.
• CIRETRANs - Circunscrições Regionais de Trânsito.
• Órgãos Executivos Rodoviários Estaduais. Ex.: DER – Departamento
de Estradas de Rodagem.
• PMs - Polícias Militares e Polícias Rodoviárias Estaduais.
Municipais:
• Departamentos Municipais de Trânsito.
Legislação de Trânsito 7
AS VIAS
Via Terrestre (Anexo I do CTB): é a superfície por onde transitam veículos,
pessoas e animais, compreendendo pistas de rolamento, acostamentos,
calçadas ou passeios públicos, ilhas e canteiros centrais.
As vias podem ser (Art. 2° do CTB): vias internas de condomínios, ruas,
avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas, rodovias e praias
abertas à circulação pública e áreas de estacionamentos privados de uso
coletivo.
Vias rurais Classificação de Vias Rurais (Art. 60 e Anexo I do CTB):
• Rodovias: definidas pelo CTB como vias rurais pavimentadas.
• Estradas: vias rurais não pavimentadas (existem exceções).
8 Legislação de Trânsito
Velocidade mínima (Art. 62 do CTB):
• Não poderá ser inferior à metade da máxima permitida no local, exceto
na faixa da direita.
Velocidade Segura (Art. 43 do CTB):
• Em vias de grande movimento e rápido escoamento, é preciso
acompanhar o fluxo sem obstruir os demais veículos.
• Em vias locais, precisamos dirigir em baixa velocidade, prevendo que
as pessoas possam estar mais descontraídas e desatentas.
Importante!
O condutor deve dirigir em velocidade compatível com a segurança,
levando em conta os fatores locais como: tráfego de veículos e
pedestres, condições climáticas, da via etc.
Camioneta ou caminhonete?
• Camioneta: veículo que transporta os passageiros e a carga no mesmo
compartimento.
• Caminhonete: veículo geralmente equipado com caçamba, que leva
a carga separada dos passageiros.
Motocicleta, motoneta ou ciclomotor?
• Motocicleta: veículo que o condutor pilota na posição montada.
• Motoneta: veículo que o condutor pilota na posição sentada.
• Ciclomotores: veículos com motores de até 50 cilindradas, incluindo
cicloelétricos. O condutor deve ser habilitado. Mais detalhes em
Processo de Habilitação.
Legislação de Trânsito 9
IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS
CRV - Certificado de Registro do Veículo (Art. 131 do CTB) – documento de
porte não obrigatório, que deve ser guardado em local seguro, e servirá para
transferir de propriedade (em caso de venda do veículo), alterar o endereço do
proprietário ou alterar as características do veículo.
No verso da versão impressa do CRV consta a ATPV - Autorização para
Transferência de Propriedade do Veículo. Ambos documentos também
possuem suas versões digitais: CRV-e e ATPV-e.
Neste documento constam todas as características de identificação do
veículo. As principais são: RENAVAM – Registro Nacional de Veículos
Automotores, placa e número do chassi. No CRV também constam:
número do motor, cor, marca/modelo, categoria, capacidade, nome e
endereço do proprietário e outras.
CRLV - Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo ou CLA -
Certificado de Licenciamento Anual – documento de porte obrigatório,
onde constam, além das características do veículo, informações sobre o
pagamento do IPVA, do Seguro Obrigatório – DPVAT e ano em exercício.
O proprietário de um veículo apontado pelo fabricante para um recall, terá
que levar seu carro à concessionária em no máximo um ano, ou essa
informação irá constar no CLA, e o veículo somente será licenciado se
houver comprovação de que a pendência foi cumprida.
O porte obrigatório do CRLV ou CLA poderá ser dispensado quando, no
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado
do órgão responsável para verificar se o veículo está licenciado.
Em 2019 passou a valer também o Certificado de Registro e Licenciamento
de Veículo Eletrônico (CRLV-e), versão digital com o mesmo valor da
impressa.
Qualquer alteração nas características originais do veículo somente
poderão ser feitas mediante autorização especial do DETRAN que emitiu
o documento (Art. 98 do CTB).
DPVAT – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias
Terrestres: é o seguro obrigatório que deve ser pago anualmente por
todos os proprietários de veículos automotores; o DPVAT indeniza vítimas
de acidentes de trânsito envolvendo veículos automotores em caso de
morte (R$ 13.500,00) ou invalidez permanente (até R$ 13.500,00) e
faz o reembolso de despesas médicas e hospitalares (até R$ 2.700,00).
O interessado deve requerer a indenização e apresentar a documentação para
seguradora, que administra o processo, até o pagamento. O prazo para dar
entrada em um pedido de indenização do DPVAT é de 3 anos, a contar da data
em que ocorreu o acidente.
UF MUNICÍPIO
AAA
0000
APRENDIZAGEM
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE
É dever do vendedor:
• Preencher o recibo – ATPV (Autorização para Transferência de
Propriedade de Veículo) que consta no verso do CRV com letra legivel,
datar, assinar e reconhecer firma presencialmente em cartório.
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE VEÍCULO ATPV
AUTORIZO O DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO-DETRAN,
TRANSFERIR O REGISTRO DESTE VEÍCULO, PARA:
• Comunicar a venda ao DETRAN (Art. 134 do CTB) por escrito, em até 60 dias,
VALOR R$
NOME DO COMPRADOR:
RG: CPF/CNPJ: para não ser responsabilizado por infrações e outros atos do novo proprietário.
ENDEREÇO:
IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR
O condutor deverá portar, obrigatoriamente, o documento original de
habilitação, compatível com a categoria do veículo que estiver conduzindo,
dentro do prazo de validade. (Art. 159 do CTB)
O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado
para verificar se o condutor está habilitado.
Em 2018 passou a valer também a Carteira Nacional de Habilitação -
CNH-e, versão digital com o mesmo valor da versão impressa.
Legislação de Trânsito 11
• Permissão para Dirigir – PPD - documento válido por um ano.
• Autorização para Conduzir Ciclomotores – ACC.
• Carteira Nacional de Habilitação – CNH: a CNH atual contém
fotografia e os números dos principais documentos do condutor,
servindo como documento de identificação em todo território nacional.
• Documento de identificação: obrigatório para condutores portadores
de CNH sem foto.
O número RENACH – Registro Nacional dos Condutores Habilitados
é definido no início do processo de habilitação e permite que o condutor
possa ser atendido ou autuado em qualquer estado do País.
PROCESSO DE HABILITAÇÃO
O processo de habilitação tem validade de um ano, com a possibilidade
de transferência e continuidade em outros estados. No caso da Primeira
Habilitação é possível candidatar-se à:
• ACC. • Categoria A. • Categoria B.
• Categorias A e B. • ACC e categoria B.
Obtenção da Para obter a ACC ou habilitar-se na(s) categoria(s) escolhida(s) o
habilitação candidato deve:
• Ser penalmente imputável (ter 18 anos).
• Saber ler e escrever.
• Possuir documento de identificação e CPF.
Avaliação • Ser aprovado na avaliação psicológica, que permite detectar se o
Psicológica candidato é portador de distúrbios que o impeçam de dirigir.
Exame Médico • Ser aprovado no exame de aptidão física e mental, que avalia a
visão, força muscular, coração, pulmão e saúde mental.
Exame Teórico • Ser aprovado com 70% ou mais de acertos em prova teórica aplicada
pelo DETRAN. A prova pode ser convencional ou eletrônica, com no
mínimo 30 questões distribuídas proporcionalmente à carga horária
de cada disciplina do curso teórico.
12 Legislação de Trânsito
• Durante as aulas práticas, o porte da LADV - Licença para Aprendizagem
de Direção Veicular, emitida pelo DETRAN em nome do candidato
é obrigatório, no original, além de documento de identificação do
candidato. Desrespeitar esta norma suspende a LADV por 6 meses.
Exame Prático • O trajeto das aulas práticas deve ser feito em vias urbanas e rurais,
também para motos e ciclomotores - que atualmente é realizado
somente em circuitos fechados.
• Ser aprovado no exame prático de direção para cada categoria pretendida.
• Para categoria “B”, o candidato deverá fazer um percurso determinado
pelos examinadores, e será reprovado se cometer faltas eliminatórias
ou que somem mais de 3 pontos negativos.
Reprovação no • Para motos e ciclomotores, o exame continua sendo feito em circuito
exame fechado.
Legislação de Trânsito 13
Categoria C: permite dirigir todos os veículos da categoria B e tratores,
máquinas agrícolas e veículos de carga com mais de 3.500 kg de PBT com
ou sem reboque, desde que o reboque não exceda a 6.000 kg de PBT.
Exigências para habilitação na categoria C:
• Ter pelo menos 1 ano de habilitação na categoria “B”.
• Não ter sido multado por falta grave ou gravíssima, nem ser
reincidente em multa por infração média nos últimos 12 meses.
• Ser aprovado em exame de aptidão física e mental.
• Realizar curso prático de 20 horas/aula e teste de direção veicular.
14 Legislação de Trânsito
• Ser aprovado em curso específico da especialização pretendida,
de 50 horas/aula cada. No caso das especializações para moto
de 30 horas/aula.
• Usar colete retrorefletivo de segurança, no caso dos motociclistas.
• Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir ou
cassação da CNH.
• Ser aprovado em avaliação psicológica e exame de aptidão física
e mental.*
Condutores das categorias C, D e E precisam passar por exame toxicológico para obter ou
renovar a CNH e, periodicamente, a cada 2 anos e meio, independente dos demais exames.
Condutores com CNH emitida antes de 1998, que não tiveram cursos de
Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverão fazer uma das opções abaixo:
• Fazer prova dessas disciplinas diretamente no DETRAN.
• Realizar curso a distância das duas disciplinas e fazer a prova.
• Realizar curso presencial com 15 horas/aula, sendo dispensado de
realizar prova.
• Ou atender determinação do DETRAN local.
O condutor que estiver com o exame de aptidão física e mental vencido há mais de cinco
anos deverá fazer o curso de atualização para a renovação da CNH, de 15 horas-aula.
Legislação de Trânsito 15
NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA (Capítulo III do CTB)
16 Legislação de Trânsito
• Condutor e passageiros usando cinto de segurança (automóveis).
• Não haver qualquer parte do corpo do condutor ou de passageiro
para fora do veículo (automóveis).
• Não jogar nem abandonar qualquer objeto sobre as vias.
TRAFEGANDO
Dirigir exige grande responsabilidade. O condutor deve estar sempre
atento e utilizar as duas mãos, dominando totalmente o veículo.
• Conduzir o veículo pelo lado direito das vias, salvo em situações
justificadas e devidamente sinalizadas (Art. 29, inciso I).
• Não arrancar bruscamente e manter distância de segurança lateral
e frontal dos demais veículos e do bordo da pista. Lembre-se de que
a distância segura depende da velocidade, do tipo de piso e das
condições locais do trânsito e do veículo (Art. 29, inciso II).
• Não trafegar em pistas sinalizadas como exclusivas para outros tipos
de veículos.
• Em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são destinadas
aos veículos mais lentos e de maior porte; as faixas da esquerda
são utilizadas para ultrapassagem e deslocamento de veículos mais
rápidos, devendo todos respeitar o limite de velocidade máxima
definido para a via (Art. 29, inciso IV).
• Veículos de tração animal deverão trafegar pelo lado direito da
pista, próximo ao meio fio ou pelo acostamento, se não houver
faixa especial. Seus condutores deverão obedecer às normas de
circulação e sinalização (Art. 52 do CTB).
PRIORIDADE DE PASSAGEM
• Ao entrar e sair de estacionamentos e imóveis, o condutor deverá
parar e dar a preferência a pedestres que estejam na calçada e aos
veículos que estiverem transitando pela via.
• Veículos precedidos de batedores têm prioridade de passagem. Os
condutores deverão deixar livre a faixa da esquerda (Art. 29, inciso VI).
Legislação de Trânsito 17
• Veículos de emergência em serviço, com sirene e luzes vermelhas
ligadas, têm prioridade sobre os demais (viaturas de polícia, dos
bombeiros, ambulâncias, etc.) (Art. 29, inciso VII).
• Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando
em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no
local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados.
(Veículos destinados à manutenção e reparo de redes de energia
elétrica, de água e esgotos e etc). (Art.29, inciso VIII).
• Veículos que se deslocam sobre trilhos têm prioridade de passagem
sobre os demais (Art. 29, inciso XII). A lei obriga o condutor a parar
antes do cruzamento com via férrea. (Art. 212 do CTB).
CRUZAMENTOS
Os cruzamentos são os locais no trânsito onde ocorre o maior número de
acidentes e atropelamentos.
Preferências de passagem em cruzamento:
• Em cruzamentos sinalizados, é a sinalização que determina de quem
é a preferência de passagem.
• Em caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, terá
preferência de passagem aquele que estiver circulando por ela. (Art.
29, inciso III, alínea a).
• Em rotatórias, a preferência é dos veículos que já estiverem por ela
trafegando (Art. 29, inciso III, alínea b).
• Nos demais casos em cruzamentos sem sinalização, tem preferência
de passagem o veículo que se aproximar pela direita do condutor
(Art. 29, inciso III, alínea c).
Recomendações
O condutor deve aproximar-se dos cruzamentos com atenção redobrada,
reduzir a velocidade, sinalizar suas intenções com antecedência, obedecer
à sinalização e aos critérios de preferência (Art. 44 do CTB).
ULTRAPASSAGENS
Ultrapassagens mal feitas são responsáveis pelos acidentes mais graves
e violentos.
• É permitido? Ao ultrapassar:
• É possível? • Avaliar a movimentação e proximidade dos demais veículos,
• É seguro? inclusive os de trás, sinalizar e certificar-se de que a manobra
poderá ser realizada com segurança (Art. 29, inciso X e XI).
• Ultrapassar somente pela esquerda, em locais onde seja
permitido e com boa visibilidade (Art. 29, inciso IX).
Legislação de Trânsito 19
• A ultrapassagem pela direita é permitida somente se o veículo
da frente estiver sinalizando uma manobra para a esquerda (Art.
29, inciso IX).
• Em vias de mão dupla e pista única não é permitido ultrapassar
em curvas, aclives (subidas), pontes, viadutos e outros locais de
baixa visibilidade (Art. 32 do CTB).
• O condutor não deverá ultrapassar em cruzamentos (Art. 33
do CTB).
• Antes de ultrapassar coletivos parados que estejam embarcando
ou desembarcando passageiros: redobrar a atenção, reduzir a
velocidade e até parar, se necessário (Art. 31 do CTB).
• Em vias de mão dupla, é proibido ultrapassar quando a linha
divisória mais próxima for contínua ou se houver duas linhas
contínuas. Se a linha mais próxima for seccionada, significa que
é permitido ultrapassar.
Ao ser ultrapassado:
• Facilitar, deslocando-se para a direita, sem acelerar, deixando
espaço para o outro veículo intercalar (Art. 30, inciso I).
• Quando houver mais de uma faixa de mesmo sentido, deslocar-
se para a faixa da direita, facilitando a ultrapassagem.
• Veículos lentos, quando em fila, devem manter entre si distância
suficiente para intercalar os veículos que os ultrapassem (Art. 30,
Parágrafo único).
20 Legislação de Trânsito
Não parar, nem estacionar:
• Em locais e horários não permitidos.
• Em fila dupla.
• Sobre calçadas ou canteiros.
• Sobre faixas de segurança e em esquinas.
• Na contramão.
• A mais de 50 cm da calçada.
Não estacionar:
• Em frente a pontos de ônibus e entradas e saídas de veículos.
• Perto de hidrantes.
• A menos de 5 metros do alinhamento do bordo da via transversal.
• Ao lado de outro veículo, formando fila dupla.
Legislação de Trânsito 21
NORMAS DE CIRCULAÇÃO PARA CICLOS
Normas de circulação para condutores de motocicletas, motonetas
e ciclomotores:
• Conduzir utilizando sempre as duas mãos.
• Usar vestuário de proteção de acordo com especificações do
CONTRAN.
• Condutor e passageiro devem usar obrigatoriamente capacete
com viseira ou óculos de proteção.
• Manter o farol ligado, mesmo durante o dia.
• Ciclomotores devem utilizar faixas próprias ou acostamentos.
Quando não houver, devem ser conduzidos pela direita da pista
de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita
ou no bordo direito da pista. (Art.57 do CTB).
ACIDENTES
Acidentes com vítimas
Sempre que se envolver em acidente (Art. 176 do CTB) ou presenciar acidente
de terceiros (Art. 177 do CTB), com vítimas, é obrigação do condutor:
• Sinalizar a área para evitar novos acidentes.
• Providenciar imediatamente socorro ou atendimento especializado
para as vítimas.
22 Legislação de Trânsito
• Avisar a autoridade de trânsito e permanecer no local.
• Na demora de atendimento especializado, é preciso avaliar a
condição dos acidentados e prestar pessoalmente os primeiros
socorros às vítimas, se estiver capacitado.
• Facilitar e acatar a ação das autoridades.
Neste capítulo não se pretende fazer uma análise jurídica rigorosa, mas
conscientizar, informar e alertar o condutor para as possíveis implicações
criminais dos seus atos.
Os crimes de trânsito estão previstos no Capítulo 19 do CTB, no Código
Penal, no Código de Processo Penal e na Lei 9.099 de 26.09.95.
São crimes de trânsito previstos no CTB:
• Praticar homicídio culposo (não intencional – Art. 302 do CTB).
• Praticar lesões corporais culposas (não intencionais - Art. 303 do
CTB).
O CTB prevê penalidades e até pena de prisão para quem causar ferimentos
para outra pessoa no trânsito, mesmo que não tenha tido qualquer
intenção.
• Deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local para fugir
da responsabilidade civil ou criminal (Art. 304 e 305 do CTB).
Legislação de Trânsito 23
Responsabilidade Crimes dolosos, (Código Penal) são aqueles nos quais o condutor tinha
a intenção, ou ciência de que seus atos poderiam ter consequências
criminal prejudiciais. Por isso, são mais graves e preveem penalidades e penas
mais severas. São eles:
• Dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser habilitado; com a
habilitação suspensa ou cassada; embriagado ou sem condições
físicas e mentais de dirigir com segurança (Art. 309 e 310 do
CTB).
• Prestar informações errôneas a policiais ou agentes de trânsito,
sobre qualquer aspecto de uma ocorrência (Art. 312 do CTB).
24 Legislação de Trânsito
Essas penalidades podem ser requeridas em qualquer fase da investigação
ou da ação penal, podendo ser impostas como penalidade principal,
isolada ou cumulativamente a outras penalidades.
Agravamento
Nos crimes de trânsito, algumas situações e circunstâncias podem
agravar as penalidades e penas (Art. 298 e 302 do CTB):
• Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande
risco de grave dano patrimonial a terceiros.
• Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
• Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
• Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria
diferente da do veículo.
• Quando a profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga.
• Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento
de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações
do fabricante.
• Sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada
a pedestres.
• Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou
de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.
Está cada vez mais difícil inventar desculpas para crimes como dirigir
embriagado, em alta velocidade, participar de rachas, etc.
Legislação de Trânsito 25
Questões - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
01. É proibido buzinar, no perímetro urbano, no c) manter acesa a luz alta dos faróis nas vias com
horário entre: iluminação pública.
a) 22:00 e 6:00 horas. d) usar buzina para chamar alguém.
b) 20:00 e 7:00 horas. e) acelerar sempre que o sinal mudar para a cor
c) 18:00 e 6:00 horas. amarela.
d) 18:00 e 22:00 horas. 08. Dar passagem, pela esquerda, quando
e) 8:00 e 18:00 horas. solicitado é:
02. O condutor tem sua habilitação anulada a) uma opção do condutor.
quando: b) válido só para motocicletas.
a) seu veículo for apreendido. c) uma questão de educação do condutor.
b) seu veículo for retido. d) válido só para veículo de carga.
c) sua CNH for roubada. e) dever de todo condutor.
d) sua CNH for perdida. 09. Todo condutor de veículo deve dar preferência
e) sua CNH for cassada. de passagem ao pedestre:
03. A Carteira Nacional de Habilitação permite a) quando este estiver concluindo a travessia.
a quem a possuir, o direito de dirigir: b) somente nas faixas de segurança.
a) veículos para os quais foi habilitado, em todo c) somente quando a luz vermelha estiver acesa.
território nacional. d) somente quando se tratar de deficiente físico.
b) qualquer tipo de veículo, apenas na localidade e) somente quando se tratar de idosos e crianças.
onde foi emitida. 10. Tem prioridade de passagem:
c) qualquer tipo de veículo automotor.
d) veículos para os quais foi habilitado, apenas na a) veículo de transporte de carga.
localidade onde foi emitida. b) ambulância em serviço.
e) qualquer tipo de veículo, de qualquer país. c) motocicleta.
d) veículo de transporte coletivo.
04. Parar por tempo superior ao necessário e) o automóvel.
para embarque/desembarque caracteriza:
11. Dirigir com apenas uma das mãos é:
a) parada.
b) parada e estacionamento. a) permitido em qualquer situação.
c) estacionamento. b) proibido em qualquer situação.
d) ponto de parada. c) proibido para condutores recém habilitados.
e) parada rápida. d) permitido para o condutor experiente.
e) permitido quando o condutor faz sinais de braço
05. O condutor envolvido em acidente de ou mudança de marchas.
trânsito, sendo considerado culpado, 12. Aponte a alternativa INCORRETA. O pedestre
além da punição deverá prestar exames tem preferência de passagem:
de aptidão física e mental, de primeiros
socorros e ainda: a) somente quando for idoso.
b) se o sinal para os veículos estiver vermelho.
a) exame de direção veicular. c) quando estiver na faixa de segurança.
b) exame escrito de legislação de trânsito, apenas. d) se o sinal para pedestres estiver verde.
c) exame de reflexos. e) quando estiver concluindo a travessia.
d) reciclagem sobre legislação de trânsito, apenas.
e) curso de reciclagem, exame teórico e de direção 13. Ao se aproximar de um cruzamento com
veicular. sinal vermelho você deve:
06. O veículo em movimento deve ocupar a faixa a) aumentar a velocidade do veículo e passar.
mais à direita. Esta afirmativa é: b) diminuir a velocidade e parar o veículo.
c) diminuir a velocidade do veículo e passar.
a) falsa. d) observar o tráfego dos veículos e passar.
b) verdadeira, somente para veículos de passeio. e) frear bruscamente o veículo.
c) verdadeira.
d) verdadeira, somente para veículos de carga. 14. Aproximar-se de um cruzamento de forma
e) verdadeira, somente para motocicletas. segura é:
07. É dever de todo condutor de veículo: a) manter a mesma velocidade.
b) aumentar a velocidade.
a) transitar em velocidade compatível com a c) reduzir a velocidade.
segurança nos cruzamentos sem sinalização. d) parar o veículo.
b) dar passagem, pela direita, quando solicitado. e) acionar as luzes de emergência.
26 Legislação de Trânsito
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Infração de trânsito é qualquer desobediência às leis e normas contidas no
INFRAÇÃO Código de Trânsito Brasileiro. As infrações são classificadas de acordo com
a gravidade.
PENALIDADES São sanções impostas aos infratores, aplicadas pelo DETRAN, Prefeitura,
Polícia Rodoviária, e outros órgãos com jurisdição sobre a via.
• Advertência por escrito: benefício dado ao condutor que cometer
uma infração leve ou média, desde que não tenha cometido nenhuma
outra infração nos últimos 12 meses.
• Multa: penalidade imposta à quase totalidade das infrações, com
anotação de pontos no prontuário do condutor infrator. Os pontos e
valores são proporcionais à gravidade da infração.
• Suspensão do direito de dirigir: quem atingir o limite de pontos na
CNH, no período de 12 meses, terá seu direito de dirigir suspenso por 6
meses a 1 ano e, se reincidir no período de um ano, a suspensão será
de 8 meses a 2 anos. No caso de infrações que levam à suspensão
direta do direito de dirigir, o prazo será de 2 a 8 meses e, em caso de
reincidência, a suspensão será de 8 a 18 meses.
• Cassação da CNH: cancelamento definitivo do documento de
habilitação, obriga o interessado a submeter-se a todos os exames
necessários à habilitação.
• Cassação da Permissão para Dirigir - PPD: tendo o infrator que
reiniciar o processo de habilitação.
• Curso de reciclagem: obrigatório ao infrator com direito de dirigir
suspenso, ou que tenha provocado sinistro grave, que tenha sido condenado
por delito de trânsito ou ainda, que tenha a CNH cassada.
• Curso preventivo de reciclagem: O condutor que exerce atividade
remunerada em veículo, poderá optar por participar de curso preventivo
de reciclagem sempre que, no período de 12 meses, atingir 30 pontos,
conforme regulamentação do Contran. Ao final do curso, os pontos
são cancelados do prontuário. O motorista que optar pelo curso não
poderá fazer nova opção no período de 1 ano.
Infrações de Trânsito 27
• Transbordo do excesso de carga: sempre que o veículo apresentar
excesso de peso ou de carga.
• Teste de alcoolemia ou perícia: em caso de acidente; quando
solicitado por agente de trânsito; sob suspeita de estar alcoolizado ou
sob efeito de entorpecente ou substância psicoativa.
• Realização de exames: a legislação prevê que a autoridade de trânsito
pode requerer ao condutor a realização de novos exames.
• Recolhimento de animais soltos nas vias: o agente pode recolher
estes animais e só devolvê-los aos proprietários após pagamento de
multas e encargos devidos.
MULTAS Todas as infrações de trânsito são passíveis de punição por multa que,
dependendo da gravidade, poderá ser:
INFRAÇÕES Algumas das infrações gravíssimas podem ter o valor da multa multiplicado
por 2, 3, 5, 10, 20 ou por 60. Quando isto ocorre é porque a vida foi
AGRAVADAS colocada em risco extremo, contrariando o Art. 1º do CTB.
O condutor é o responsável pelas infrações cometidas na direção do veículo.
APRESENTAÇÃO (Art. 257 do CTB)
DO CONDUTOR • Se ele não puder ser identificado no momento da infração, o proprietário
do veículo receberá em seu endereço a notificação de autuação.
• O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trânsito o principal
condutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu nome
inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no Renavam.
• Não sendo imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o
proprietário do veículo terá 30 dias de prazo, após a notificação da autuação,
para apresentá-lo. Se isso não for feito, será considerado responsável pela
infração o principal condutor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo.
• Caso o proprietário seja pessoa jurídica, será mantido o valor da multa
original e será lavrada nova multa, cujo valor será multiplicado pelo
número de vezes que a infração foi cometida no prazo de 12 meses.
• É possível desagravar estas multas, mediante a apresentação do condutor
que, neste caso, assumirá os pontos e valores das multas originais.
28 Infrações de Trânsito
Defesa Prévia: recurso que deve ser apresentado ao órgão autuador (que
consta como remetente da notificação) dentro de 30 dias a contar da data
da notificação da penalidade. (Art. 282 do CTB)
Recurso em 1ª Instância: não tendo feito Defesa Prévia, ou se esta for indeferida,
RECURSO o infrator receberá a imposição de penalidade, da qual poderá defender-se junto
DE MULTAS à JARI - Junta Administrativa de Recursos de Infrações - da mesma autoridade
de trânsito, até a data que consta no documento de Imposição.
Recurso em 2ª Instância: se tiver seu recurso negado pela JARI, o infrator
poderá ainda recorrer ao CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito.
O condutor poderá ter o seu direito de dirigir suspenso quando
SUSPENSÃO DO atingir, no período de 12 meses:
DIREITO DE • 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas.
• 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima.
DIRIGIR • 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima.
Condutor cuja CNH conste EAR - Exercício de Atividade Remunerada, terá
seu direito de dirigir suspenso quando atingir 40 pontos no prontuário,
independente da gravidade das infrações.
Ou a qualquer tempo quando:
• Cometer qualquer infração que determine a suspensão do direito
de dirigir, independente do número de pontos acumulados.
Sempre que tiver seu direito de dirigir suspenso, o condutor terá que entregar
a CNH, cumprir o prazo de suspensão e fazer o curso de reciclagem.
As infrações que preveem a suspensão do direito de dirigir do condutor
ou do proprietário do veículo são as seguintes:
• Promover ou participar de competição não autorizada, racha, exibição
ou demonstração de perícia. (Art. 174 do CTB)
• Disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade. (Art. 173
do CTB)
• Praticar manobras perigosas, arrancadas, derrapagens ou frenagens.
(Art. 175 do CTB)
• Ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos. (Art. 170 do CTB)
• Dirigir em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50%
em qualquer via. (Art. 218 do CTB)
• Transpor bloqueio policial. (Art. 210 do CTB)
• Em caso de sinistro, deixar de sinalizar, afastar o perigo, identificar-
se, prestar informações ou acatar determinações da autoridade.
(Art. 176 do CTB)
• Deixar de prestar ou providenciar socorro à vitima ou abandonar o local.
(Art. 176 do CTB)
• Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência (suspensão de 12 meses).
(Art. 165 do CTB)
• Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa. (Art.165-A do CTB)
Infrações de Trânsito 29
• Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir ou
perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre ela. (Art.253-A do CTB)
• Conduzir veículo das categorias C, D ou E com exame toxicológico
vencido há mais de 30 dias.
Para motociclistas e condutores de ciclomotores, além das citadas:
• Não usar capacete e vestuário exigido por lei.
• Transportar passageiro sem capacete ou fora do banco.
• Fazer malabarismos ou equilibrar-se em uma roda.
• Transportar criança menor de 10 anos ou sem condições de se cuidar.
30 Infrações de Trânsito
Pontos
Descrição das Infrações Artigo CTB Gravidade Valor Penalidades – Medidas Administrativas
CONDUTOR
Multa, recolhimento da CNH, retenção do
Dirigir sob efeito de álcool ou outra substância que gere Gravíssima
165 7 2.934,70 veículo e suspensão do direito de dirigir por
dependência ** (10X)
12 meses.
Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, Multa, recolhimento da CNH, retenção do
Gravíssima
perícia ou outro procedimento que permita certificar 165-A 7 2.934,70 veículo e suspensão do direito de dirigir por
(10X)
influência de álcool ou outra substância psicoativa ** 12 meses.
Conduzir veículo das categorias C, D ou E com exame Gravíssima Multa e CNH suspensa por 3 meses e novo
165-B 7 1.467,35
toxicológico vencido há mais de 30 dias. (5X) exame toxicológico com resultado negativo
Permitir que alguém dirija sem estar em condições
166 Gravíssima 7 293,47 Multa
físicas ou psíquicas
Transportar criança sem tomar as medidas de
168 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
segurança necessárias
Dirigir com apenas uma das mãos por estar segurando
252 Gravíssima 7 293,47 Multa
ou manuseando o telefone celular
Não utilizar o cinto de segurança (condutor e
167 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo até sanar
passageiros)
Dirigir o veículo realizando a cobrança de tarifa com o
252 Média 4 130,16 Multa
veículo em movimento
Dirigir com incapacidade física ou mental temporária 252 Média 4 130,16 Multa
VELOCIDADE
Transitar em qualquer via em velocidade superior à Gravíssima
218 7 880,41 Multa e suspensão do direito de dirigir
máxima em mais de 50% (3X)
Transitar em qualquer via em velocidade entre 20% e
218 Grave 5 195,23 Multa
50% superior à máxima
Transitar em qualquer via em velocidade até 20%
218 Média 4 130,16 Multa
superior à máxima
Inferior à metade da velocidade máxima permitida,
219 Média 4 130,16 Multa
exceto na faixa da direita ou em condições adversas
Infrações de Trânsito 31
NÃO REDUZIR
Ao aproximar-se de passeatas, cortejos,
aglomerações, desfiles, hospitais, escolas, 220 Gravíssima 7 293,47 Multa
estações de embarque/desembarque
Ao ultrapassar ciclista 220 Gravíssima 7 293,47 Multa
Ao aproximar-se de interseção não sinalizada,
da guia de calçada, acostamento ou locais 220 Grave 5 195,23 Multa
controlados pelo agente
Em vias rurais, sem cercas ou com animais próximos 220 Grave 5 195,23 Multa
Ao aproximar-se de trabalhadores na pista ou
220 Grave 5 195,23 Multa
obras sinalizadas
Sob chuva, neblina, cerração e condições de
220 Grave 5 195,23 Multa
pouca visibilidade
Em pista escorregadia, defeituosa ou avariada,
220 Grave 5 195,23 Multa
curvas fechadas ou declive
ACIDENTES DE TRÂNSITO
Deixar de: prestar ou providenciar socorro às
vítimas ou evadir-se do local; preservar o local Gravíssima Multa, recolhimento da CNH e suspensão do
176 7 1.467,35
para facilitar a perícia; remover o veículo quando (5X) direito de dirigir
determinado pela autoridade
Deixar de: sinalizar e afastar o perigo; identificar-se;
Gravíssima Multa, recolhimento da CNH e suspensão do
prestar informações ou acatar determinações da 176 7 1.467,35
(5X) direito de dirigir
autoridade
Deixar de prestar ajuda, quando solicitado pela
177 Grave 5 195,23 Multa
autoridade
Deixar de remover o veículo, em acidentes sem
178 Média 4 130,16 Multa
vítimas
BUZINA E SOM
Aparelho de som em desacordo com o CONTRAN 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
Alarme em desacordo com o CONTRAN 229 Média 4 130,16 Multa, apreensão e remoção do veículo
Uso inadequado da buzina (local, horário e
227 Leve 3 88,38 Multa
finalidade)
EFETUAR ULTRAPASSAGENS
Efetuar ou tentar ultrapassagem sem que haja
Gravíssima
espaço suficiente para realizar a manobra com 191 7 2.934,70 Multa e suspensão do direito de dirigir
(10X)
segurança (forçar passagem). **
Pela contramão em curvas, aclives, declives,
Gravíssima
faixas de pedestres, pontes, viadutos, túneis e 203 7 1.467,35 Multa
(5X)
locais proibidos pela sinalização **
Pela contramão em sinais luminosos, porteiras e Gravíssima
203 7 1.467,35 Multa
cruzamentos ** (5X)
Havendo faixa contínua, dupla ou simples, Gravíssima
203 7 1.467,35 Multa
amarela, dividindo o fluxo ** (5X)
Pelo acostamento, em cruzamentos e passagens Gravíssima
202 7 1.467,35 Multa
de nível (5X)
Pela direita de coletivo ou escolar parado para
200 Gravíssima 7 293,47 Multa
embarque/desembarque
De veículos parados em fila por sinal lumino-so,
cancela, em bloqueio parcial ou outro obstáculo, 211 Grave 5 195,23 Multa
com exceção dos não motorizados
Deixando menos de 1,5m ao passar ou
201 Média 4 130,16 Multa
ultrapassar bicicleta
Pela direita, salvo se o veículo da frente sinalizar
199 Média 4 130,16 Multa
que vai entrar à esquerda
De veículo que integre cortejo, desfile e
205 Leve 3 88,38 Multa
formações militares
32 Infrações de Trânsito
CIRCULAÇÃO
Promover ou participar de competição
Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção
não autorizada, exibição demonstração de 174 7 2.934,70
(10X) do veículo e suspensão do direito de dirigir
perícia**
Disputar corrida (competição ou rivalidade) Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção
173 7 2.934,70
em vias públicas** (10X) do veículo e suspensão do direito de dirigir
Efetuar manobras perigosas, arrancadas, Gravíssima Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção
175 7 2.934,70
derrapagens, ou frenagens em vias públicas** (10X) do veículo e suspensão do direito de dirigir
Ameaçar pedestres ou veículos que cruzam Multa, recolhimento da CNH, retenção do veículo
170 Gravíssima 7 293,47
a via e suspensão do direito de dirigir
Trafegar em faixa ou via de trânsito exclusiva
para circulação de veículos do transporte 184 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
público coletivo de passageiros
Trafegar na faixa da esquerda, quando ela for
184 Grave 5 195,23 Multa
destinada a outro tipo de veículo
Arremessar água ou detritos sobre pedestres
171 Média 4 130,16 Multa
ou veículos
Trafegar fora da faixa destinada ao veículo,
185 Média 4 130,16 Multa
exceto em emergência
Veículo lento e de maior porte trafegando fora
185 Média 4 130,16 Multa
da faixa da direita
Não se deslocar para a faixa mais à direita ou
mais à esquerda para realizar conversões para 197 Média 4 130,16 Multa
um desses lados
Infrações de Trânsito 33
NÃO DAR PASSAGEM OU PREFERÊNCIA (cont)
Aos demais veículos e pedestres ao entrar ou
217 Média 4 130,16 Multa
sair de fila de estacionamento
Ao entrar ou sair de áreas laterais, sem posicionar
216 Média 4 130,16 Multa
adequadamente o veículo, e sem precauções
Não dar passagem pela esquerda, quando solicitado 198 Média 4 130,16 Multa
VEÍCULOS
Danificando a via, suas instalações e
231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção para regularização
equipamentos
Portando equipamento antirradar 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção de veículo
Com som em volume ou frequência não autorizados 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Não submeter o veículo à inspeção 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Com cortinas ou persianas fechadas 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Equipamento obrigatório ausente, inoperante
230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
ou em desacordo
Com equipamento proibido, sistemas de
iluminação e sinalização alterados, limpador 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
de para-brisa não acionado sob chuva
Com descarga livre ou silenciador com defeito 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Produzindo fumaça, gases ou partículas em
231 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN
Características originais alteradas, vidros e
lataria cobertos por inscrições, adesivos ou 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
painéis não autorizados
Em mau estado de conservação, ou que não
tenha feito a inspeção veicular obrigatória, ou 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
que tenha sido reprovado na inspeção
Tacógrafo (registrador de velocidade e tempo)
230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
com defeito
Seguradora não comunicar a perda do veículo
243 Grave 5 195,23 Multa e recolhimento das placas e documentos
e devolver placas e documentos
Em desacordo com as especificações ou sem
237 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
identificação exigida por lei
Iluminação e sinalização com defeito ou
230 Média 4 130,16 Multa
lâmpada queimada
34 Infrações de Trânsito
ESTACIONAR
Na pista das estradas, rodovias, vias de trânsito rápido
181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
e vias com acostamento
Nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou
181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
idosos, sem credencial que comprove tal condição
A mais de 1m da calçada, em fila dupla, ou sobre
passeios, áreas de cruzamento, faixas de pedestres,
ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, canteiros centrais, 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
marcas de canalização, divisores de pista de rolamento,
jardins, gramados, viadutos, pontes e túneis
Em locais de estacionamento e de parada proibida 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
Impedindo a movimentação de outro veículo 181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Afastado da calçada de 0,5 a 1m, ou no acostamento 181 Leve 3 88,38 Multa e remoção do veículo
LUZES E SINAIS
Com farol desregulado ou usando a luz alta para
223 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
ofuscar
Sem usar sinal luminoso ou gesto indicador de
196 Grave 5 195,23 Multa
mudança de direção, mudança de faixa ou parada
Sem sinalizar ao precisar remover o veículo da pista ou
225 Grave 5 195,23 Multa
permanecer no acostamento
Veículos especiais de emergência, que, em
atendimento, não estejam com os sinais luminosos 222 Média 4 130,16 Multa
acionados
Sem manter as luzes de posição acesas à noite,
quando parado para embarque e desembarque ou 249 Média 4 130,16 Multa
para carga e descarga
Sem usar luz baixa à noite ou de dia nos túneis, sob
chuva, neblina ou cerração e em rodovias de pista
250 Média 4 130,16 Multa
simples situadas fora dos perímetros urbanos, no caso
de veículos desprovidos de luzes de rodagem diurna
Sem usar luz baixa de dia e à noite, veículos de
250 Média 4 130,16 Multa
transporte coletivo
Sem manter acesa, à noite, a luz de placa traseira 250 Média 4 130,16 Multa
Uso indevido de sinais de luz alta e do pisca-alerta 251 Média 4 130,16 Multa
TRANSPORTES E CARGAS * Caso haja reincidência no período de 12 meses a infração torna-se GRAVE.
Gravíssima
Transporte escolar sem autorização 230 7 1.467,35 Multa e remoção do veículo
(5X)
A multa poderá ser multiplicada em até 5
Criar obstáculo na via e não sinalizar 246 Gravíssima 7 293,47
vezes a critério da autoridade
Passageiro no compartimento de carga 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Derramar ou arrastar carga, objetos, ou combustível
231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
na via
Transporte remunerado não licenciado 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
Veículo ou carga fora das dimensões regulamentadas 231 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
Infrações de Trânsito 35
TRANSPORTES E CARGAS (cont)
Autorização especial por excesso de dimensões
231 Grave 5 195,23 Multa, apreensão e remoção do veículo
vencida ou em desacordo
De passageiro, com excesso de carga 248 Grave 5 195,23 Multa, retenção do veículo e transbordo
Trafegar carregando pessoas, animais ou carga,
235 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
externamente
Não sinalizar carga derramada na via 225 Grave 5 195,23 Multa
Estacionar em aclive ou declive, sem freio e/ou sem
181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
calço (PBT superior a 3.500 kg)
Usar a via para depósito de materiais, sem autorização 245 Grave 5 195,23 Multa e remoção da mercadoria
Motofretista (motoboy) ou mototaxista efetuando Multa e apreensão do veículo para
244 Grave 5 195,23
transporte em desacordo com a legislação regularização
Em desacordo com as condições estabelecidas em
Multa e retenção do veículo para
relação ao tempo de permanência do condutor ao
230 Média 4 130,16 cumprimento do tempo de descanso
volante e aos intervalos para descanso, quando se
aplicável
trata de veículo de carga ou passageiro*
Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda 236 Média 4 130,16 Multa
Falta de inscrições e informações previstas para
230 Média 4 130,16 Multa
transporte de carga
Com excesso de peso ou lotação 231 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo
Usar objeto de sinalização temporária e não retirá-lo
226 Média 4 130,16 Multa
após o uso
De Média a 4a 130,16 a Multa, retenção do veículo e transbordo de
Excedendo a Capacidade Máxima de Tração (CMT) 231
Gravíssima 7 293,47 carga excedente
Para reparos na via, em rodovia e via de trânsito rápido 179 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
NÃO PARAR
Antes de cruzamento com via férrea 212 Gravíssima 7 293,47 Multa
Em sinal vermelho do semáforo ou o de parada obriga-
tória, exceto onde houver sinalização que permita a livre 208 Gravíssima 7 293,47 Multa
conversão à direita prevista no art. 44-A
Para agrupamento de pessoas, passeatas, desfiles 213 Gravíssima 7 293,47 Multa
Retirar do local o veículo retido por agente de trânsito 239 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção
Ao se aproximar de bloqueio policial (transpor) 210 Gravíssima 7 293,47
do veículo e suspensão do direito de dirigir
Para agrupamento de veículos, cortejos, formações
213 Grave 5 195,23 Multa
militares
36 Infrações de Trânsito
NÃO PARAR (cont)
Transpor bloqueio viário, área de pesagem ou evadir-se
209 Grave 5 195,23 Multa
de pedágio
Desobedecer ordens de autoridades ou agentes de
195 Grave 5 195,23 Multa
trânsito
No acostamento da direita, antes de fazer conversão
à esquerda em vias com acostamento e sem local 204 Grave 5 195,23 Multa
apropriado para retorno
IDENTIFICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO
Ausência, violação, falsificação ou falta de legibilidade, das
230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
placas, do lacre e do número do chassi
Prestar falsa declaração de domicílio 242 Gravíssima 7 293,47 Multa
Não possuir licenciamento ou registro 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Não entregar documento para averiguação mediante recibo 238 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Falsificar ou adulterar documento de habilitação ou
234 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
identificação de veículo
Multa, recolhimento do CRV e
Não promover a baixa de veículo irrecuperável 240 Grave 5 195,23
licenciamento anual
Não registrar transferência de propriedade em 30 dias 233 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Placas em desacordo com especificações e modelos Multa, retenção do veículo e apreensão
221 Média 4 130,16
estabelecidos pelo CONTRAN das placas
Não portar os documentos obrigatórios 232 Leve 3 88,38 Multa e retenção do veículo
Não atualizar cadastro de registro de veículo ou de
241 Leve 3 88,38 Multa
habilitação
Infrações de Trânsito 37
Questões - INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
01. É responsável pelas infrações na direção do 07. A punição por dirigir com CNH cassada é:
veículo: a) remoção do veículo, apenas.
a) o proprietário do veículo. b) retenção do veículo, apenas.
b) o proprietário do veículo e condutor. c) apreensão da CNH, apenas.
c) os pais ou responsáveis pelo condutor. d) multa, recolhimento da CNH e retenção do veículo
d) a pessoa que assumir a responsabilidade. até a apresentação de condutor habilitado.
e) o condutor. e) duas multas.
02. A penalidade por transitar em velocidade 08. A punição para estacionar sobre calçada ou
incompatível com a segurança, diante de a faixa de pedestres é:
escolas ou onde haja movimentação de
a) multa, apenas.
pedestres, é:
b) apreensão do veículo e multa.
a) apreensão do veículo e multa.
c) remoção do veículo e multa.
b) multa.
d) apreensão da CNH e multa.
c) retenção do veículo e multa.
d) apreensão do veículo, da CNH e multa. e) advertência e multa.
e) advertência. 09. A punição por estacionar próximo a hidrantes
de incêndio é:
03. É infração de trânsito a desobediência a
a) multa, apenas.
qualquer sinal de:
b) apreensão do veículo e multa.
a) regulamentação. c) remoção do veículo e multa.
b) indicação. d) apreensão da CNH.
c) educação. e) cassação da CNH.
d) advertência. 10. A punição por estacionar sobre a pista de
e) orientação. rolamento das estradas é:
a) multa, apenas.
04. A punição por estacionar junto aos pontos b) apreensão da CNH e multa.
de parada de coletivos é: c) apreensão do veículo e multa.
a) apreensão do veículo e multa. d) remoção do veículo e multa.
b) apreensão do veículo. e) cassação da CNH.
c) apreensão da CNH e multa. 11. A punição por estacionar nos viadutos,
d) remoção do veículo e multa. pontes e túneis é:
a) retenção do veículo.
e) multa, apenas.
b) remoção do veículo e multa.
05. A punição por ultrapassar em curvas e aclives c) multa, apenas.
sem visibilidade é: d) apreensão do veículo e multa.
a) retenção do veículo e multa. e) cassação da CNH.
b) apreensão do veículo e multa. 12. A punição por avançar o sinal vermelho:
c) recolhimento do veículo ao DETRAN. a) apreensão da CNH. b) multa.
c) cassação da CNH. d) apreensão do veículo.
d) multa. e) remoção do veículo.
e) uma advertência.
13. O condutor habilitado apenas na categoria “B”
06. A penalidade por ultrapassar na contramão que dirigir uma motocicleta será punido com:
e nos cruzamentos é: a) multa, apenas.
a) multa. b) multa e cassação da CNH.
c) multa e prisão.
b) remoção do veículo.
d) multa e advertência pelo diretor do DETRAN.
c) retenção do veículo. e) multa e retenção do veículo até a apresentação
d) recolhimento do veículo ao DETRAN. de condutor habilitado.
e) um acidente.
38 Infrações de Trânsito
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO - Atualizado com a Res. 160/04
ANEXO II DO CTB - RESOLUÇÃO 160/04 Aplicação das Penalidades: as penalidades das infrações
Os sinais de trânsito são usados para orientar, de sinalização não serão aplicadas aos condutores se a
advertir e disciplinar a circulação dos elementos sinalização for inexistente ou deficiente (Art. 90).
do trânsito ao longo das vias. Responsabilidade: o órgão com jurisdição sobre a via
Padronização: sempre que houver necessidade, as vias é que deverá sinalizá-la, podendo ser responsabilizado
deverão ser sinalizadas, com a utilização da sinalização em caso de insuficiência, falta ou erros de sinalização.
padronizada prevista no Art. 80 do CTB. Classificação:
Direitos e Deveres quanto à sinalização: 1. Sinalização Vertical
2. Sinalização Horizontal
Todo cidadão tem o dever de conhecer, proteger, respeitar
3. Dispositivos Auxiliares
e obedecer a sinalização de trânsito. (Art. 72 e 73)
4. Sinalização Semafórica
Temos direito a vias sinalizadas e seguras, Art 1°, §2° 5. Sinalização de Obras
e §3° do CTB. 6. Gestos
Colocação: a sinalização deverá ser colocada onde seja 7. Sinais Sonoros
facilmente visível e legível, tanto de dia como à noite,
em distância compatível com a segurança (Art. 80), e 1. SINALIZAÇÃO VERTICAL: os sinais viários, normalmente
de acordo com as normas previstas pela Resolução 160. placas, estão fixados na posição vertical, ao lado da via
ou suspensos sobre ela. Transmitem mensagens através
Visibilidade: é proibido colocar luzes, obstruções, de legendas ou símbolos pré-estabelecidos e servem para
construções, vegetação, publicidade e inscrições, que aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e
possam confundir, interferir ou prejudicar a interpretação orientar os usuários das vias.
ou a visibilidade dos diversos elementos do trânsito,
comprometendo a segurança (Art. 81) A sinalização vertical, de acordo com sua função, pode ser:
1. SINALIZAÇÃO VERTICAL
1.1 SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
São sinais que informam aos usuários as proibições, obrigações e restrições impostas no ponto ou trecho sinalizado.
Desobedecer aos sinais de regulamentação significa infringir as normas de trânsito e, portanto, estar sujeito a
penalidades e medidas administrativas. Os símbolos são em PRETO, o fundo é BRANCO e a cor VERMELHA indica
OBRIGAÇÃO, PROIBIÇÃO ou RESTRIÇÃO. Algumas placas apresentam tarja vermelha na diagonal, que significa
proibição. Os sinais R-1 e R-2 são os únicos sinais de regulamentação que diferem do formato circular dos demais,
e podem ser reconhecidos à distância.
Parada obrigatória Dê a preferência Sentido proibido
Obriga o condutor a parar Determina que o condutor reduza Assinala a proibição de se
completamente o seu veículo a velocidade ou pare o veículo, seguir em frente ou entrar na
antes de entrar na via. para dar a preferência aos veículos rua ou área em restrição.
que transitam pela via em que
R-1 R-2 pretende entrar ou cruzar. R-3
Proibido virar à esquerda Proibido virar à direita Proibido retornar à esquerda
Proíbe o condutor de realizar Proíbe o condutor de realizar Proíbe o condutor de realizar
conversão à esquerda. conversão à direita. retorno à esquerda.
Sinalização de Trânsito 39
SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO (Continuação)
Peso bruto total máximo Altura máxima permitida Largura máxima permitida
permitido Determina a altura máxima Determina a largura máxima
Determina o peso total máximo permitida aos veículo em permitida aos veículos que
permitido aos veículos em circulação no local sinalizado. circulam no local sinalizado.
circulação na área ou via
R-14 sinalizada. R-15 R-16
Peso máximo permitido por Comprimento máximo Velocidade máxima
eixo permitido permitida
Determina o peso máximo Determina o comprimento Determina o limite máximo
permitido, por eixo, aos máximo permitido aos veículos de velocidade permitida. Esta
veículos que transitam no ou combinação de veículos no deve ser considerada até onde
R-17 trecho sinalizado. R-18 trecho sinalizado. R-19 houver outra que a modifique.
40 Sinalização de Trânsito
SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO (Continuação)
R-40
São informações adicionais à sinalização de regulamentação, podendo ser utilizada uma placa adicional ou incorporada
à placa principal, formando um só conjunto.
ESTACIONAMENTO 2ª a 6ª 7 - 20h
ROTATIVO
h Obrigatório o uso de cartão CARGA E
2ª a 6ª
h 01 hora 1 cartão DESCARGA
02 hora 2 cartões
INÍCIO TÁXI PERMITIDA
h 2ª a 6ª 07 19h
2ª a 6ª 7 9h
Sábados 07 13h 18 20h
ÁREA
DE
PEDESTRES
OBRIGATÓRIO CAMINHÕES
NA LINHA AMARELA OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO
O USO DE CARTÃO E ÔNIBUS USO DO CARTÃO
USO DO CARTÃO
2ª a 6ª h 2ª a 6ª h SÓ OBRIGATÓRIO EXCLUSIVO EXCLUSIVO
Sábados h DEFICIENTE
h ÔNIBUS FÍSICO IDOSO
PROIBIDO FAIXA DA
Sábados h 04 VAGAS A 60°
MOTOCICLETAS 04 VAGAS A 60°
DIREITA
Sinalização de Trânsito 41
1.2 SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA
São sinais que servem para alertar os usuários, com antecedência, sobre situações de perigo na via, para que
possam reagir de forma adequada. Os símbolos são em PRETO, e a cor de fundo é AMARELA que indica ATENÇÃO,
PERIGO. O formato das placas geralmente é quadrado. As recomendações básicas em qualquer situação de risco
são: reduzir a velocidade e redobrar a atenção. Além disso, o condutor deve interpretar corretamente o sinal de
advertência e tomar os cuidados necessários para cada situação. Desrespeitar a sinalização de advertência significa
imprudência e negligência.
Curva acentuada à esquerda Curva acentuada à direita Curva à esquerda
Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente Alerta o condutor que à frente
existe uma curva acentuada à existe uma curva acentuada à existe uma curva à esquerda.
esquerda. direita.
42 Sinalização de Trânsito
SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA (Continuação)
Sinalização de Trânsito 43
SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA (Continuação)
Animais selvagens Altura limitada Largura limitada
Alerta o condutor para a Adverte o condutor para a Adverte o condutor para a
existência de trecho, adiante, existência de local onde há existência, adiante, de local
onde pode deparar-se com restrição à altura dos veículos onde há restrições à largura
animais selvagens cruzando a em circulação, adiante. permitida para os veículos em
A-36 pista. A-37 A-38 circulação.
Peso bruto total limitado Peso limitado por eixo Comprimento limitado
Adverte para a existência, Adverte para a existência, Adverte para a existência,
adiante, de restrição para peso adiante, de restrição para adiante, de restrição, e informa
e informa o peso bruto total peso e informa o peso máximo o comprimento máximo
máximo admissível. admissível por eixo. admissível do veículo.
A-46 A-47 A-48
100 6,0 m
km/h
A 500 m A 1 km
ATENÇÃO LOMBADA
ÚLTIMA
CURVA
SAÍDA
PERIGOSA FAIXA ADICIONAL
A 50 m
A 50 m
A 500m
44 Sinalização de Trânsito
1.3 SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO
Tem caráter informativo ou educativo. Servem para indicar vias, locais de interesse, distâncias e orientar condutores
sobre percursos, destinos e serviços auxiliares.
Placas de Identificação
De Rodovias e Estradas De Municípios Regiões de interesse de
tráfego
BRASIL PR
PR Lapa
BR-116
410 GOIÂNIA Zona Oeste
Pan-Americana Federal Estadual
km
Ponte LIMITE DE MUNICÍPIOS DIVISA DE ESTADOS
Cidade Jardim 123 Recife Minas Gerais
Jaboatão Espírito Santo
Zona Azul
PEDÁGIO 1 km PEDÁGIO 1 km
AUTOMÓVEL ÔNIBUS
Zona Leste
PR
UTILITÁRIO CAMINHÃO BR-116
Dutra
A 500m
Placas Educativas
MOTOCICLISTA
ÚLTIMA ÚLTIMA
NÃO FECHE ÚLTIMA USE O CINTO ÚLTIMA
USE SEMPRESAÍDA SAÍDA SAÍDA
FAIXA ADICIONAL
SAÍDA
FAI
FAIXA ADICIONAL
AO50 m FAIXA ADICIONAL
A 50 m DE SEGURANÇA
A 50 m A 50 m CRUZAMENTO
A 50 mO CAPACETE A 50 m A 50 m A 50 m
A 500m A 500m A 500m
Sinalização de Trânsito 45
Exemplos de Placas
Passarela Subterrânea
E
SAU-01 SAU-02 SAU-03 SAU-04 SAU-05 SAU-06 SAU-07 SAU-08
Área de Informações Câmbio Correio Rua 24 horas Serviço Telefônico Serviço Mecânico Borracharia
Estacionamento Turísticas
Exemplos de Placas
46 Sinalização de Trânsito
ÁREAS PARA PRÁTICA DE ESPORTES
ÁREAS DE RECREAÇÃO
Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico Placas Indicativas de Distância de Atrativo Turístico
2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
Estes sinais se apresentam ao condutor, pintados ou desenhados sobre o piso, na posição horizontal, na forma de faixas,
símbolos ou inscrições. Servem para orientar a circulação e direcionar o fluxo de veículos e pedestres, e para complementar
a sinalização vertical. Têm a vantagem de não desviar a atenção do condutor do leito da pista.
Marcas Longitudinais: separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista destinada à circulação de
veículos, a sua divisão em faixas de mesmo sentido, a divisão de fluxos opostos, as faixas de uso exclusivo ou preferencial
de espécie de veículo, as faixas reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem e transposição.
Linhas de Divisão de Fluxo Opostos Linhas de Divisão de Fluxos no
Mesmo Sentido
Linha simples contínua Linha simples seccionada Linha simples seccionada
Via de mão dupla - proibida a ultra- Via de mão dupla - permitida a Via de mão única - permitida mudança de
passagem em ambos os sentidos ultrapassagem em ambos os sentidos faixa
Linha dupla contínua Linha dupla contínua e seccionada Linha simples contínua
Via de mão dupla - proibida a ultra- Via de mão dupla - ultrapassagem Via de mão única - proibida mudança de faixa
passagem em ambos os sentidos proibida no lado contínuo e permitida
no lado tracejado
Sinalização de Trânsito 47
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL (Continuação)
Marcas de Canalização: são colocadas no início e no fim de canteiros ou obstáculos centrais.
Dividindo ou unindo faixas de mesmo sentido Dividindo ou unindo faixas de sentidos contrários
Siga em
Siga em Frente ou Frente Retorno à
Siga em Frente Vire à Esquerda Vire à Direita Retorno à Direita
Vire à Esquerda ou Vire à Esquerda
Direita
Cruzamento Dê a Mudança
Deficiente Físico Serviços de Saúde Bicicleta Curva Acentuada
Ferroviário Preferência Obrigatória de Faixa
Faixa de Integração
Faixa de Desaceleração
48 Sinalização de Trânsito
3. DISPOSITIVOS AUXILIARES
Estes dispositivos aumentam a visibilidade dos sinais e chamam a atenção para obstáculos no local, que sejam perigosos
para os usuários. São confeccionados em material refletivo ou luminoso para melhor visualização, principalmente durante
a noite.
Dispositivos Delimitadores
Tachas ou Tachões (não podem ser usados como redutores de
Balizador velocidade ou sonorizadores)
Elemento refletivo
Elementos refletivos
Marcadores de Perigo
Indicam que a passagem:
deverá ser feita poderá ser feita deverá ser feita poderá ser feita
pela direita por ambos os lados pela esquerda por ambos os lados
Sinalização de Trânsito 49
DISPOSITIVOS DE USO TEMPORÁRIO
São dispositivos fixos ou móveis utilizados em operações de trânsito, obras e situações de emergência ou perigo com o
objetivo de alertar condutores, canalizar o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, etc.
4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
São sinais luminosos, controlados eletronicamente, que servem para controlar o fluxo de veículos e pedestres.
ou
ou
ou ou
Direção Controlada
Significados:
Amarelo: Vermelho: Verde: Verde: Amarelo intermitente:
Indica atenção, Indica parada Indica permissão Permissão para iniciar Adverte a existência de
sinalizando a obrigatória. para passar, se o a travessia. obstáculo ou situação
iminência da cruzamento estiver Vermelho: perigosa na via.
parada obrigatória. livre. Não pode iniciar a
travessia.
50 Sinalização de Trânsito
5. SINALIZAÇÃO DE OBRAS
São muito semelhantes às de sinalização de advertência. As diferenças são: o fundo alaranjado e o caráter temporário,
sempre relacionado à realização de obras na pista.
MÁQUINAS
NA PISTA
A 100 m
Ordem de parada para todos os Ordem de parada para os veículos que Ordem de parada para os veículos que estão
veículos. estão transitando em sentido transversal transitando em sentido transversal ao braço.
aos braços.
Ordem de diminuição da Ordem de parada para os veículos aos Ordem de seguir. Gestos com a palma da
velocidade. quais a luz é dirigida. mão voltada para trás.
6b. GESTOS DE CONDUTORES
São sinais auxiliares, indicativos de manobras.
7. SINAIS SONOROS
São os apitos do policial ou agente de trânsito.
Sinalização de Trânsito 51
Questões - SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
52 Sinalização de Trânsito
DIREÇÃO DEFENSIVA
Aprender certo A partir desses dados, pode-se concluir que a maioria das falhas
humanas pode ser evitada, tomando-se alguns cuidados básicos. Esses
procedimentos foram analisados e sistematizados: o conjunto dessas
técnicas recebe o nome de Direção Defensiva para condutores de
veículos de quatro rodas ou mais e Pilotagem Defensiva para condutores
de veículos de duas ou três rodas. A prática desses procedimentos está
ao alcance de todos os condutores.
Direção Defensiva 53
Procedimentos Dessa definição podemos concluir que:
54 Direção Defensiva
Imperícia A imperícia pode ser definida como falta de habilidade ou inexperiência.
Um motorista com pouca experiência em condução de veículos pode se
tornar uma importante causa de acidentes. Geralmente, essas falhas são
resultado da má formação ou de treinamento inadequado do condutor que:
• Não está suficientemente capacitado ou familiarizado para
conduzir determinado tipo de veículo.
• Não sabe como conduzir, frente a situações adversas.
• Reage de forma imprópria em situações de emergência.
Conhecimento
As técnicas de Direção e Pilotagem Defensiva estão agrupadas em cinco
elementos básicos:
Atenção
• CONHECIMENTO
Previsão
• ATENÇÃO
Habilidade • PREVISÃO
• HABILIDADE
Ação
• AÇÃO
CONHECIMENTO
Conhecer o Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir acidentes.
Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis por acidentes
veículo provocados por má conservação ou manutenção deficiente do veículo.
• As funções e a localização dos comandos não são iguais em todos
os veículos.
• O manual do proprietário contém informações importantes sobre
o veículo e seus equipamentos e precisa ser realmente lido.
• Redobrar o cuidado enquanto não estiver completamente
familiarizado com o comportamento do veículo.
Direção Defensiva 55
• Examinar frequentemente o veículo, os equipamentos e a carga,
tomando providências corretas e imediatas sempre que encontrar
irregularidades.
• Os itens que interferem diretamente na segurança dos veículos de
quatro rodas são: direção, freios, suspensão, pneus, faróis,
lanternas, sinalizadores, limpadores de para-brisas e buzina.
Existem motocicletas para todas as finalidades. É fundamental que a moto
seja adequada à utilização pretendida. Além disso, o tamanho da motocicleta
deve ser proporcional às medidas da pessoa que irá pilotá-la. A regra geral
de tamanho é que, quando o piloto estiver sentado na moto seus pés
alcancem facilmente o solo. Um bom teste para saber se o tamanho da
moto está apropriado para seu porte físico é fazer um oito empurrando-a
pelo guidão. Pessoas de constituição franzina e miúda não deveriam escolher
motos grandes e pesadas.
Os componentes da motocicleta que interferem diretamente na segurança
e que necessitam de constante cuidado são:
• Freios - dianteiro e traseiro, manetes, cabos, pinças, lonas ou
pastilhas, cubos ou discos, fluido hidráulico.
• Suspensão - molas e amortecedores.
• Corrente de transmissão - condições de uso e folgas.
• Pneus - pressão e desgaste.
• Luzes - faróis, lanternas, sinalizadores, luz de freio.
• Buzina.
56 Direção Defensiva
Ofuscamento Ofuscamento é uma cegueira momentânea causada pelo excesso
de luz em nossos olhos. A vista humana pode levar até 7 segundos
para se recuperar de um ofuscamento. Um veículo, a uma velocidade
de 80 km/h, poderá percorrer até 155 metros antes que seu condutor
recupere a visão plena. O ofuscamento pode ser ocasionado por:
Direção Defensiva 57
Em viagem de motocicleta, se houver um veículo à frente, talvez seja melhor
não ultrapassá-lo, mas segui-lo a uma distância segura, aproveitando a
iluminação adicional proporcionada por ele. Os desvios e oscilações do
veículo da frente indicam, com boa antecedência, obstáculos, buracos
ou pista irregular.
Para evitar o ofuscamento por luz alta, vinda de veículos trafegando em
sentido contrário, o condutor deverá:
• Diminuir a velocidade.
• Solicitar luz baixa, acendendo e apagando a luz alta.
• Não olhar diretamente para os faróis.
• Se a luz alta persistir, manter luz baixa e orientar-se pela margem
direita da via.
Deve-se ter cuidado para não ofuscar os demais condutores, pois esta é
uma causa frequente de acidentes. É importante usar a luz baixa assim
que surgirem veículos em sentido contrário, não apenas quando eles
estiverem próximos. Cuidar também para não ofuscar, pelos retrovisores,
o condutor do veículo que vai à frente.
58 Direção Defensiva
Para condutores de automóveis e demais veículos de quatro rodas:
• Manter as palhetas do limpador de para-brisas em bom estado.
• Manter os vidros limpos, desengordurados e desembaçados.
Direção Defensiva 59
As principais recomendações em caso de queda de granizo, além dos
procedimentos já vistos para chuva, são as seguintes:
• Trafegar em velocidade compatível com a situação.
• Parar somente em locais seguros, para evitar acidentes com os
demais veículos.
• Sempre que possível, motociclistas devem procurar um lugar
coberto.
NEBLINA ou Conduzir sob neblina exige muito cuidado e experiência. Acidentes que
ocorrem nessa condição adversa normalmente são gravíssimos e podem
CERRAÇÃO envolver diversos veículos (engavetamentos).
Nas estradas, os trechos e horários sujeitos à neblina podem e devem ser
evitados, com o correto planejamento da viagem. Sob neblina devemos
tomar as seguintes precauções:
• Redobrar a atenção.
• Reduzir a velocidade, mantendo um ritmo constante, sem
acelerações ou reduções bruscas.
• Manter o farol baixo aceso, mesmo de dia.
• Não usar luz alta, pois ela piora a visibilidade.
• Parar somente em pistas com acostamento ou em locais
seguros.
• Em pistas sem acostamento é preferível seguir em frente com
cuidado.
• Em paradas de emergência, deve-se sinalizar a pista e manter o
pisca-alerta ligado.
ATENÇÃO: o pisca-alerta não deve ser usado com o veículo em movimento,
exceto em situações de emergência.
60 Direção Defensiva
Quando for inevitável trafegar sob fumaça, devem-se observar os seguintes
procedimentos:
• Diminuir a velocidade antes de entrar na nuvem de fumaça.
• No caso de automóveis, fechar todos os vidros.
• Não parar: uma vez dentro da cortina de fumaça, é melhor sair
do outro lado.
• Nunca frear bruscamente, pois os veículos de trás também estão
com pouca visibilidade.
Direção Defensiva 61
Motos:
• Cuidar com pedras e buracos, que podem danificar pneus e aros,
além de desequilibrar as motocicletas.
• Se for inevitável passar por cima de um obstáculo com a motocicleta,
deve-se reduzir a velocidade, aproximar-se do obstáculo em ângulo
de 90 graus, manter a motocicleta em linha reta e apoiar-se nas
pedaleiras, erguendo-se um pouco do assento, amortecendo
o choque com as pernas e braços semiflexionados. Depois, é
conveniente conferir o estado dos aros e pneus.
• Em caso de derrapagem, o motociclista deve segurar firme
o guidão, não acelerar nem frear, não utilizar a embreagem,
não inclinar a moto e virar levemente o guidão no sentido da
derrapagem para que a aderência se restabeleça.
A posição mais segura para motocicletas passarem por trilhos e
sonorizadores é (reto) transversalmente a eles, em ângulo de 90 graus.
Passar em diagonal (atravessado) ou em ângulos menores poderá deslocar
a roda dianteira da trajetória, provocando zigue-zague e queda. Se a
aproximação e o posicionamento estiverem corretos, a moto irá vibrar e
balançar, sem apresentar perigo.
As motocicletas comportam-se muito melhor em superfícies que
proporcionam boa aderência. Algumas condições que podem deixar uma
pista perigosa e com pouca aderência, são:
• Pavimento molhado, particularmente, logo após começar a chover.
• Manchas de óleo na pista.
• Estradas de terra ou acúmulos de pedregulho e areia nas estradas
pavimentadas.
• Lama e gelo.
• Faixas pintadas na pista.
• Placas de aço, especialmente quando molhadas.
Para pilotar uma moto com segurança em superfícies com pouca
aderência deve-se:
• Reduzir a velocidade antes dos pontos de baixa aderência,
principalmente em curvas.
• Ao frear, utilizar ambos os freios, acionando o dianteiro com maior
intensidade.
• Tomar muito cuidado com o freio traseiro que, em pistas
escorregadias, provoca derrapagens.
• Ser muito cuidadoso para não derrapar ao acelerar, frear, trocar
marchas ou fazer curvas.
• Para reduzir a velocidade é melhor parar de acelerar, sem frear.
• Ter cuidado ao passar de um tipo de piso para outro, como por
exemplo, do asfalto limpo para o acostamento com areia.
• Trafegar sobre os rastros dos pneus dos outros veículos, onde há
menos água.
• Evitar areia, folhas e sujeiras soltas nas laterais da pista.
Vias mal A inexistência ou deficiência de sinalização é um importante fator de
risco. Nesse caso, o condutor deverá redobrar a atenção, para não ser
sinalizadas surpreendido e não se envolver em acidentes.
62 Direção Defensiva
É importante que o condutor, ao encontrar vias em más condições ou
mal sinalizadas, exerça seus direitos de cidadão, solicitando reparos e
melhorias. Afinal, essa atitude pode salvar muitas vidas.
Declives Em descidas muito fortes ou longas como rampas, ladeiras íngremes ou
descidas de serras, não se deve confiar apenas no freio. A técnica correta
acentuados e mais segura consiste em utilizar o freio motor, iniciando a descida com
velocidade reduzida, engrenando a mesma marcha que seria usada na subida.
Jamais descer desengrenado (banguela), porque depois que o veículo
embalar fica mais difícil reduzir a velocidade, principalmente para os
veículos de grande porte como ônibus e caminhões. Nesse caso, os freios
irão superaquecer e perder eficiência, podendo incendiar os freios e os
pneus. Esses acidentes são muito comuns em serras, que combinam
descidas íngremes e curvas.
Conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via
caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor.
Direção Defensiva 63
• Espelhos retrovisores deficientes ou ausentes.
• Amortecedores em mau estado.
• Folga no sistema de direção ou no guidão.
• Rodas desbalanceadas.
• Aros desalinhados.
• Falta de buzina.
• Suspensão desalinhada.
• Pneus gastos ou mal calibrados.
• Freios deficientes.
• Quantidade insuficiente de combustível.
• Falta ou deficiência de um ou mais equipamentos obrigatórios
dos veículos de duas, três ou quatro rodas.
• Existência de qualquer tipo de vazamento.
64 Direção Defensiva
As principais causas de acidentes em motocicletas, provocados pela
carga são:
• Compartimento de carga em mau estado ou mal fixado à
motocicleta.
• Carga muito volumosa ou muito pesada para a moto.
• Carga mal colocada ou mal distribuída pode causar vibrações e
oscilações na moto.
Recomendações de segurança para motos:
• Certificar-se de que o compartimento de carga (se houver) está
bem instalado.
• Quanto mais alta for colocada a carga, maior o desequilíbrio que
irá causar à moto.
• Algumas motos podem ser equipadas com sacolas laterais, nas
quais a carga deverá ser igualmente distribuída.
• Transportar cargas maiores exige experiência, não se arrisque.
Direção Defensiva 65
O passageiro, mesmo que saiba pilotar uma moto, deverá receber as
seguintes instruções:
• O piloto deve ser o primeiro a subir na moto e ligá-la.
• Em seguida subirá o passageiro, que só deverá colocar os pés
nas pedaleiras depois que estiver sentado.
• O passageiro não deve tirar os pés das pedaleiras nas paradas.
• Sentar próximo ao piloto segurando em sua cintura ou quadril.
• Manter as pernas e a roupa longe do escapamento, da corrente
e de outras partes móveis.
• Acompanhar os movimentos e a inclinação do corpo do piloto
nas curvas.
• Evitar movimentos desnecessários.
• Segurar mais firmemente nas arrancadas e freadas ou quando
trafegar sobre pisos irregulares.
• O piloto deve alertar o passageiro antes de fazer manobra súbita,
quando for passar sobre lombadas, etc.
66 Direção Defensiva
Devido às suas limitações, os deficientes físicos têm um motivo a mais
para adotar definitivamente a direção defensiva.
Direção Defensiva 67
ÁLCOOL - Condições adversas do condutor
Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a Legislação em vigor
é um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito
no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.
Os dois maiores perigos do álcool são:
• A maioria das pessoas alcoolizadas “acredita” que está bem, com
reflexos e reações normais. Isso ocorre devido à falsa sensação
inicial de leveza e bem-estar que o álcool proporciona.
• O álcool induz as pessoas a fazerem coisas que normalmente não
fariam, seja por excesso de confiança ou pela perda da noção de
perigo e respeito à vida.
Os principais efeitos do álcool no organismo são:
• Diminuição da coordenação motora.
• Visão distorcida, dupla e fora de foco.
• Raciocínio e reações lentas.
• Falta de concentração.
• Diminuição ou perda do espírito crítico.
• Baixa qualidade de julgamento.
A médio e longo prazo, o usuário eventual de bebidas alcoólicas poderá se
tornar um dependente do álcool. Isso certamente desencadeará alguns
processos degenerativos:
• Degeneração do cérebro: comprometimento da memória, da
concentração e do raciocínio.
• Degeneração moral: o alcoólatra torna-se displicente e relaxado
com o trabalho, com os familiares e consigo próprio.
• Degeneração física: o álcool ataca diversos órgãos,
comprometendo a saúde e o vigor físico.
Principais comportamentos nocivos no trânsito, provocados pela ingestão
Comportamentos de bebidas alcoólicas:
nocivos • Excesso de velocidade.
• Manobras arriscadas.
• Avaliação incorreta de distâncias.
• Erros visuais, com desvios de direção.
• Erros por reações fora de tempo, atrasadas.
• Perda do equilíbrio.
• Perda do controle da situação.
Segundo a Res. 432/13 do CONTRAN, condutores flagrados em
bafômetro com concentração de álcool de 0,05 miligramas por litro de
ar, dosagem maior que zero por litro de sangue no exame sanguíneo ou
com a capacidade psicomotora alterada e notificada pela autoridade de
trânsito, serão autuados por infração gravíssima, multa de R$ 2.934,70,
suspensão do direito de dirigir por 12 meses e recolhimento da CNH.
No entanto, passa a ser crime de trânsito se a concentração de álcool
for de 0,34 miligramas por litro de ar, 6 decigramas por litro de sangue
ou fique constatado alteração na capacidade psicomotora do condutor.
Neste caso, além da pena relativa à infração o condutor será detido por
um período de seis meses a três anos.
68 Direção Defensiva
O efeito do álcool no organismo humano varia de uma pessoa para a
outra, dependendo:
• Da massa corpórea (peso do indivíduo).
• Da quantidade de bebida ingerida.
• Da quantidade de alimentos ingeridos.
• Do tempo transcorrido desde a ingestão.
Direção Defensiva 69
Alguns condutores que dirigem ou pilotam por longos períodos ingerem
drogas e medicamentos para afastar o cansaço e o sono. São os populares
“rebites”, ingeridos com as mais diversas bebidas: café, refrigerantes ou até
bebidas alcoólicas. O enorme risco gerado por essas drogas é que elas adiam
uma necessidade natural de descanso do organismo. Ao passarem seus
efeitos, a necessidade acumulada de sono se manifesta repentinamente,
fazendo o motorista dormir e, consequentemente, causar graves acidentes.
Alguns medicamentos usados comumente pelas pessoas provocam
efeitos colaterais perigosos, como alterações sensoriais, tonturas,
sonolência, alterações de comportamento, etc. No trânsito, esses efeitos
podem levar o condutor a causar acidentes.
Cabe a cada um conhecer detalhadamente o medicamento que utiliza,
tomando as medidas de segurança recomendadas pelo médico. Ler
atentamente a bula, prestando especial atenção aos possíveis efeitos e
reações provocadas pela interação com outras substâncias.
As pessoas que utilizam medicamentos moderadores de apetite,
antidepressivos, corticóides, anti-histamínicos e outras substâncias
que reconhecidamente produzem alterações indesejáveis, devem ter
cuidado redobrado.
Quem estiver sendo medicado não deve consumir bebidas alcoólicas. Além
de potencializar as alterações do comportamento, essa mistura pode ser
muito prejudicial à saúde e, em alguns casos, levar à morte.
Drogas ilegais Infelizmente, o uso de drogas alucinógenas, estimulantes, relaxantes ou
entorpecentes é muito comum em todos os níveis da nossa sociedade.
Nesse grupo de substâncias estão incluídos maconha, cocaína, crack,
heroína, ecstasy e muitos outros.
Essas drogas, assim como o álcool, alteram nosso padrão de percepção e
consciência da realidade e de nosso próprio estado, além de produzirem
alterações no funcionamento cerebral. Algumas drogas têm efeito
relaxante e dão uma falsa sensação de bem-estar. Outras criam ilusões
visuais e/ou auditivas e a sensação de flutuação. Outras ainda, são
excitantes e dão sensação de euforia.
Apesar de estar com sua capacidade comprometida, o indivíduo sob o efeito
de drogas, pensa que está em plenas condições psicológicas e físicas.
É importante que o usuário de drogas, eventual ou não, antes de
consumi-las tenha consciência de que não estará em condições de
dirigir, atividade que parece simples porque está automatizada, mas que
na realidade é muito complexa. A sensação que o drogado tem de que
tudo está sob controle é absolutamente falsa.
Droga não combina Os efeitos das drogas e do álcool no cérebro humano são muito parecidos.
com nada Algumas pessoas utilizam álcool e drogas juntos. Essa combinação é
extremamente perigosa, pois multiplica os efeitos nocivos dessas substâncias.
70 Direção Defensiva
A sonolência diminui muito a capacidade de dirigir e pilotar. Cada um de
nós tem sua própria necessidade de sono e, em geral, dormimos menos
do que precisamos. Muitas pessoas acreditam que podem controlar o
sono utilizando artifícios como café, música alta ou vento no rosto, mas
sem perceber elas podem “tirar” um cochilo fatal.
Não dirigir Os sinais de sonolência são os seguintes:
quando estiver • É necessário se esforçar para se concentrar e manter os olhos
abertos.
“pedindo cama” • A cabeça começa a pesar.
• A pessoa não para de bocejar.
• A visão perde o foco.
• Os pensamentos começam a ficar vagos e desconexos.
• Ocorrem pequenos desligamentos, com desvios na trajetória do
veículo.
Alguns cuidados são indispensáveis:
• Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria
dos acidentes, devidos à sonolência, ocorrem nesse período do dia.
• Só dirigir ou pilotar se estiver realmente descansado e bem
disposto.
• Ficar atento aos períodos em que há baixa do nível de energia,
como após refeições e durante a madrugada.
• Em trajetos longos, planejar paradas e revezamentos, para não
chegar ao limite.
Motos:
• Atenção: pilotar uma motocicleta cansa mais que dirigir um
automóvel, principalmente em viagem.
• O vento, o frio e a chuva fazem cansar mais depressa, no caso
do motociclista: manter-se aquecido é essencial.
• Vale a pena mandar instalar um para-brisa na motocicleta, para
fazer longas viagens.
• Para evitar o cansaço, pilotos experientes raramente pilotam mais
que seis horas por dia.
Direção Defensiva 71
CONDIÇÕES ADVERSAS – Considerações finais
Uma última advertência sobre CONDIÇÕES ADVERSAS: muitas vezes,
encontraremos uma combinação de duas ou mais situações adversas.
São exemplos: dirigir ou pilotar à noite com chuva; dirigir ou pilotar na
chuva com pneus em mau estado; dirigir ou pilotar cansado, à noite, por
uma estrada mal sinalizada ou mal conservada, entre outras.
Nesses casos, as condições adversas combinadas multiplicam os
riscos e as possibilidades de acidentes. Por isso, deve-se aumentar
os cuidados, sem esquecer que o melhor procedimento para qualquer
situação adversa é tentar evitá-la.
ATENÇÃO
A atenção é o segundo elemento da Direção ou Pilotagem Defensiva.
Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade. Qualquer
displicência ou distração pode ser a causa de acidentes. O ato de dirigir
exige do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão se
apresentando durante o trajeto, tais como:
• A sinalização.
• O comportamento dos demais condutores.
• O comportamento de pedestres, ciclistas e veículos não
motorizados.
• As prováveis condições adversas.
PREVISÃO
Antecipar Na Direção e Pilotagem Defensiva, a previsão ocorre simultaneamente
com a atenção. Enquanto o condutor observa tudo com atenção, seu
os possíveis cérebro prevê e antecipa possíveis acontecimentos, agindo prontamente,
acontecimentos sem ser tomado de surpresa.
São muitos os exemplos que podem ilustrar as previsões. Veja alguns,
começando pelos mais óbvios:
• O condutor está dirigindo e VÊ uma bola rolando pela via:
imediatamente PREVÊ que uma criança distraída venha logo
correndo atrás da bola.
• Ao passar por um ponto de parada, VÊ um ônibus desembarcando
passageiros: ele PREVÊ que algum passageiro distraído tentará
atravessar a rua, saindo repentinamente de trás do ônibus.
• Dirigindo pela via, você passa por alguns veículos estacionados
e VÊ que alguns deles têm pessoas dentro e PREVÊ que alguém
possa tentar desembarcar, abrindo subitamente a porta do veículo.
• Logo adiante, VÊ um veículo saindo de uma residência, cujo
motorista está olhando para o outro lado: PREVÊ que ele poderá
entrar na via perigosamente, porque não notou a sua presença.
72 Direção Defensiva
• O condutor, VENDO que está na iminência de ultrapassar um
ciclista, PREVÊ um possível movimento lateral brusco, comum
entre os ciclistas.
• Você VÊ que o carro à frente está com um comportamento
estranho, do tipo ziguezague. É fácil PREVER que aquele motorista
está desatento ou com problemas.
HABILIDADE
Adquirir habilidade para dirigir ou pilotar significa conhecer o veículo e os seus
equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear
os controles e saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias.
Para poder decidir como agir corretamente no trânsito é necessário
conhecer todas as situações que ele apresenta, bem como, as alternativas
possíveis para resolver cada situação.
É muito mais fácil aprender a fazer certo desde a primeira vez, do que
corrigir um aprendizado incorreto. Daí a importância de um aprendizado
correto, eficiente e responsável, onde aluno e professor cumpram
detalhadamente todas as etapas do curso.
AÇÃO
A ação correta, principal ferramenta da Direção ou Pilotagem Defensiva,
A AÇÃO é uma é uma combinação de decisão e habilidade.
combinação Com os CONHECIMENTOS necessários, dedicando toda a ATENÇÃO
possível ao ato de dirigir, o condutor poderá PREVER situações de risco
de DECISÃO e corretamente. Estando devidamente treinado, terá HABILIDADE para
HABILIDADE DECIDIR e AGIR defensivamente, de modo a EVITAR ACIDENTES e
PRESERVAR a sua SEGURANÇA e a dos demais envolvidos no trânsito.
ACIDENTES
Acidentes são acontecimentos imprevistos, com consequências sempre
indesejáveis.
Sinistro de Ainda sobre acidentes de trânsito. Por orientação da ABNT - Associação
trânsito Brasileira de Normas écnicas, em publicações técnicas ou científicas
você poderá encontrar a expressão “sinistro de trânsito” para designar
acidente de trânsito.
Acidentes evitáveis Para efeitos meramente didáticos, acidentes evitáveis são todos aqueles
em que, se os condutores envolvidos tivessem agido corretamente,
e inevitáveis o acidente provavelmente não teria acontecido. Os supostamente
inevitáveis são aqueles em que o condutor tomou todas as medidas de
segurança cabíveis para evitar o acidente e mesmo assim ele aconteceu.
Aí vem a polêmica: no caso dos acidentes inevitáveis, será que o condutor
realmente fez tudo que era possível para evitar o acidente?
Acidentes acontecem devido a um fator ou uma combinação de fatores
causadores. A Direção Defensiva ajuda a prever esses fatores e ensina
técnicas para controlá-los, de forma a evitar que ocorram acidentes,
porém não existe uma divisão clara entre esses dois tipos de acidentes,
de maneira que fica quase impossível classificá-los.
Direção Defensiva 73
Veja alguns exemplos:
É fácil observar que os condutores apresentam diferentes níveis de
habilidade entre si, de maneira que um acidente considerado inevitável
por um condutor poderia ser facilmente evitado por outro mais experiente.
Além disso, a indústria automobilística está tornando os veículos cada vez
mais seguros, alterando os limites do que alguns chamariam de inevitável.
Se analisarmos bem, quase sempre conseguiremos pensar em como um
acidente poderia ter sido evitado. Se uma ponte cair, quando seu veículo
estiver passando sobre ela, do ponto de vista do condutor esse acidente é
inevitável, mas do ponto de vista da engenharia ele poderia ter sido evitado.
Para efeitos da Direção Defensiva, todos os acidentes deveriam ser
considerados evitáveis. Cabe ao condutor, portando, dirigir de maneira
consciente, respeitando e levando em conta todos os fatores a sua volta,
e sabendo que, ao se descuidar, poderá desencadear eventos que terão
consequências inevitáveis.
Colisão misteriosa O conceito de colisão misteriosa é definido como um acidente de trânsito
que envolve apenas um veículo, cujo condutor não sabe exatamente a
causa do acidente. Ninguém sabe o que houve e o condutor não admite
que errou (isso se ainda estiver vivo).
Na verdade esse é apenas um conceito, pois uma colisão não é e nunca será
“misteriosa”. Sempre haverá uma ou mais causas para qualquer acidente.
Novas técnicas de perícia são desenvolvidas e a cada dia, muitos acidentes
têm suas verdadeiras causas reveladas. O fato de o condutor estar morto e
não poder relatar o que aconteceu, ou estar vivo e não querer admitir que
dormiu ao volante, por exemplo, nada tem de “misterioso”.
O motociclista Motos
• Ajustar cada espelho da motocicleta para que se possa ver a pista
deve: atrás e se possível a pista lateral. Quando corretamente ajustado,
o espelho deve mostrar a extremidade do braço ou ombro do
próprio piloto.
• Algumas motocicletas têm espelhos convexos, que aumentam
consideravelmente o campo de visão, mas têm o inconveniente
de diminuir o tamanho relativo das imagens, fazendo com que os
objetos pareçam estar mais longe do que realmente estão: isso
pode gerar situações de perigo.
• Para se familiarizar com a distância correta, deve-se olhar pelo
espelho para um automóvel que está vindo atrás da moto e,
depois, virar rapidamente a cabeça para ver qual a distância real
em que ele está.
Direção Defensiva 75
• diminui o risco de lesão interna grave ou até fatal.
É um grave erro pensar que os ocupantes do banco de trás não
precisam usar cintos de segurança, pois em caso de acidentes, eles são
arremessados violentamente contra os bancos dianteiros, por sobre os
ocupantes da frente e contra o para-brisa.
Muitas pessoas deixam de usar cinto de segurança nos percursos curtos,
o que também é um erro grave, pois a maioria dos acidentes acontece nas
proximidades das casas ou escritórios das pessoas envolvidas, justamente
porque nos trechos curtos e muito habituais, as pessoas tendem a ser
displicentes com a segurança.
Capacete Segundo estudos realizados nos Estados Unidos, o capacete reduz em 70%
o risco de morrer em acidente de moto. A maioria dos acidentes ocorre,
em geral, poucos minutos após a partida. Muitos pilotos negligenciam o
uso do capacete para pequenos percursos ou em áreas muito conhecidas.
A preocupação com segurança começa na escolha do capacete adequado
ao motociclista e à finalidade. Diferentes tipos de capacete oferecem
diferentes graus de proteção. O tipo mais fechado protege a cabeça inteira
e a parte inferior da face (nariz, boca e pescoço) e os olhos são protegidos
pela viseira do próprio capacete. Os modelos mais abertos protegem
apenas o crânio, deixam a face exposta e os olhos são protegidos com o
uso de óculos de proteção.
Os revendedores de equipamentos e acessórios de segurança podem
demonstrar vários modelos, de acordo com a finalidade. As cores claras
e os adesivos refletivos devem ser uma das prioridades de escolha.
É muito importante que o capacete tenha sido aprovado pelo INMETRO. O
capacete deve ficar firme, bem ajustado na cabeça e sempre bem afivelado.
E deverá ser substituído sempre que passar da validade, apresentar
rachaduras, tiver sofrido fortes impactos, estiver com o revestimento interno
solto ou com as correias desfiadas.
76 Direção Defensiva
que permite o uso simultâneo de óculos de sol ou de grau.
Vestimentas Roupas adequadas oferecem uma boa proteção em caso de queda, além
de proteger das intempéries e das partes quentes e móveis da motocicleta. A
roupa ideal é a que protege completamente os braços e pernas, sem folgas que
se agitem com o vento, mas que permita uma boa liberdade de movimentos.
As roupas em couro oferecem a proteção ideal. O tecido “jeans” também
oferece uma boa proteção, com a conveniência de ter um custo menor.
• No calor: é aconselhável usar calça e jaqueta, mesmo nos dias
quentes. Geralmente quando em movimento, elas não aquecem
muito. Pensar na segurança é sempre a melhor opção.
• No frio: a vestimenta correta oferece proteção contra o frio,
mantendo o piloto quente e seco. A jaqueta de inverno deve se
ajustar bem na cintura, no pescoço e nos punhos. A capa ou
agasalho de chuva devem resistir ao vento, sem inflar nem rasgar,
mesmo em velocidades maiores.
Direção Defensiva 77
COMO EVITAR ACIDENTES – Velocidade compatível
Velocidade A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura.
O bom senso manda que a velocidade do veículo seja compatível com
compatível todos os elementos do trânsito, principalmente às Condições Adversas.
A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação
eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, muitas vezes não há
tempo suficiente para evitar o acidente.
• A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo
de piso, condições climáticas, quantidade e posição de pedestres,
motociclistas, caminhões e elementos do trânsito.
• Mesmo velocidades baixas podem ser incompatíveis em caso de
aglomerações ou outras situações de risco.
• Mesmo que não existam fatores adversos, nunca exceder a
velocidade máxima permitida.
• Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de
manobras em velocidade.
• Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas.
Frenagens bruscas devem ser usadas apenas em emergências.
• Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio até
o final, causando o bloqueio das rodas e fazendo com que os pneus
“arrastem” (isto não ocorre em veículos equipados com freios ABS).
• Esse travamento deve ser evitado, porque o veículo com as rodas
travadas percorre um espaço maior para parar, não obedece à
direção e pode sair pela tangente nas curvas.
• É preciso treinar frenagens no menor espaço possível, sem travar
as rodas. Esse treinamento deve ser feito em uma rua afastada,
que não ofereça nenhum perigo.
• Em pisos molhados ou irregulares, o veículo precisa de mais
espaço para parar.
Em motos:
• Em freadas de emergência os dois freios devem ser acionados
Frenagens e ao mesmo tempo na motocicleta. O freio dianteiro é responsável
reduções por 70% da eficiência da frenagem. Muitos acidentes acontecem
porque o motociclista não sabe disso.
• Nas motonetas o peso fica concentrado na roda traseira fazendo
com que o piloto utilize o freio traseiro com mais intensidade.
• Os freios devem ser acionados progressivamente, sem provocar o
travamento das rodas. Se a roda dianteira travar, deve-se aliviar
um pouco a pressão para destravar e então, frear novamente.
78 Direção Defensiva
• Manter distância segura do veículo da frente.
• Tentar perceber o que está acontecendo à frente dele. Isso
aumenta a capacidade de previsão.
• Estar preparado para efetuar paradas bruscas.
• Não se distrair.
Moto:
O motociclista deve posicionar-se na faixa de rolamento de modo a ficar
bem visível, no centro do retrovisor do condutor da frente.
Cálculo da A regra dos dois segundos (marcar um ponto fixo pelo qual o veículo da
frente passou e contar dois segundos até passar pelo mesmo ponto), outros
distância métodos teóricos e até algumas regras práticas, foram desenvolvidos para
segura tentar padronizar a maneira de calcular qual é a distância segura.
Tais métodos têm o inconveniente de não ser completamente eficientes,
uma vez que é impossível levar em conta todas as outras variáveis para
uma determinada situação:
• O tempo de reação do condutor.
• O estado de conservação dos pneus.
• A eficiência dos freios.
• O peso do veículo, da carga e muitas outras.
Direção Defensiva 79
O BOM SENSO ainda é o melhor método, pois instintivamente todos nós
sabemos quando estamos muito próximos do veículo da frente, levando em
conta a combinação dos fatores para aquela determinada situação.
Dirigir perto demais do veículo da frente, portanto, é uma decisão do
condutor que, provavelmente, está excessivamente confiante da sua
habilidade ao volante e se arrisca, desafiando o perigo e apostando que
nada irá lhe acontecer.
Em busca de um pouco de adrenalina ou simplesmente para intimidar o
condutor do veículo da frente, tentando apressá-lo, o condutor imprudente
muitas vezes é surpreendido, e mesmo antes de bater já sabe que não
haverá espaço suficiente para parar.
Portanto, dirigir ou pilotar defensivamente é ser previdente e cuidadoso,
resistindo à imprudência de andar próximo demais do veículo da frente,
permanecendo sempre dentro da distância de segurança.
80 Direção Defensiva
Motos:
Motos são menores e mais difíceis de enxergar do que automóveis,
principalmente quando vistas de frente ou de trás. Em acidentes
com motociclistas, os condutores geralmente dizem que não viram a
motocicleta. É difícil calcular também a velocidade de uma moto, pois
geralmente está mais veloz do que parece, o motorista efetua a manobra,
achando que terá tempo e espaço suficiente.
Para melhor ser visto, o piloto deve:
• Posicionar-se mais à direita, mais à esquerda ou ao centro da
faixa, dependendo da situação, a fim de melhorar sua segurança
e tornar-se mais visível.
• Evitar trafegar do lado direito dos demais veículos. Os motoristas
não têm o hábito de usar o retrovisor da direita.
• Participar do fluxo de veículos sem “costurar”, usando a faixa
regular como se estivesse de automóvel. Mudar de faixa
constantemente ou andar entre as filas coloca o motociclista em
áreas de baixa visibilidade dos automóveis (pontos cegos).
• Ao trafegar ao lado de um veículo é importante colocar-se
em posição favorável para que o outro condutor possa vê-lo
diretamente ou pelo retrovisor.
• Cuidado ao passar perto de veículo parado: seus ocupantes
podem abrir as portas repentinamente. É comum também o
condutor sair com o veículo da vaga sem sinalizar ou sem notar
a aproximação da moto.
• Para que os outros condutores vejam a moto, é obrigatório manter
o farol aceso o tempo todo. Em motos modernas, não há como
apagar o farol enquanto estiverem ligadas.
• O piloto deve usar roupas claras com detalhes refletivos, para
chamar a atenção dos demais condutores para sua presença.
• Sinalizar sempre, mostrando sua intenção antes de manobrar.
Direção Defensiva 81
Nesses momentos, o ideal é:
• Assumir atitudes responsáveis.
• Permanecer à direita.
• Colaborar no que for possível para evitar acidentes.
Nesta situação, o condutor deve pensar que o outro motorista está em apuros
e que lhe cabe colaborar, ficando satisfeito por ajudar a evitar o acidente.
82 Direção Defensiva
EVITANDO COLISÕES em curvas
Acidentes em curvas são muito frequentes, devido principalmente aos
seguintes fatores:
• Curvas mal projetadas ou mal construídas; que apresentam inclinação
de pista que “jogam o veículo para fora”; que começam abertas e
se acentuam no final entre outros tipos igualmente perigosos.
• Falta de visibilidade.
• Velocidade incompatível com a acentuação da curva.
• Curva com pista irregular ou escorregadia.
• Falta de sinalização apropriada.
Direção Defensiva 83
• Cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. Colisões
com trens são gravíssimas e muito mais frequentes do que se
pode supor.
• Cuidado com os procedimentos de convergência, principalmente
à esquerda.
• Dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados.
• Não ultrapassar nos cruzamentos ou nas suas proximidades.
Pontos cegos Veículos de grande porte, como caminhões, carretas, ônibus e veículos
articulados, têm uma capacidade de manobra muito limitada quando
comparada à de veículos menores. Todas as manobras, sem exceção,
são mais difíceis de executar.
• Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro
ou até do triplo da distância para parar.
• As curvas que veículos grandes conseguem fazer têm raios
maiores.
• O comportamento em curvas fechadas é sempre inseguro e a
trajetória das rodas traseiras não segue a das dianteiras.
84 Direção Defensiva
• Pelo porte avantajado, esses veículos sempre acarretam uma
grande redução na área de visão.
• Ônibus e caminhões apresentam pontos cegos de ambos os
lados, maiores do que veículos de menor porte.
• Veículos grandes possuem ainda extensos pontos cegos na parte
de trás e nas duas laterais (observe a ilustração).
Precauções ao conduzir veículos de pequeno porte:
• Ao trafegar à frente de veículos de grande porte, não ficar muito
próximo, pois a capacidade de frenagem deles é reduzida.
• Não disputar espaço com veículos de grande porte.
• Ao trafegar atrás de um veículo grande, o condutor estará em um
ponto cego. Para proteger-se, a distância de segurança deve ser
bem maior.
Cuidados • Ser previsível e fazer-se notar, com luzes ou breves toques na
complementares buzina.
• Jamais passar por trás de veículos que estejam manobrando.
• Motoristas profissionais dirigem muitas horas diariamente. Deve-
se ficar atento a comportamentos anormais.
Direção Defensiva 85
EVITANDO COLISÕES entre automóveis e motocicletas
Principais causas Condutores de motos têm os mesmos deveres que os condutores dos
demais veículos motorizados. Como as motos são veículos de menor porte,
de acidentes beneficiam-se da preferência prevista em lei sobre os de maior porte.
86 Direção Defensiva
EVITANDO COLISÕES com ciclistas
Ciclistas têm Bicicletas e patinetes, bem como quaisquer veículos não motorizados, são
preferência frágeis e vulneráveis e têm a preferência sobre os demais veículos automotores.
Direção Defensiva 87
• Ser gentil e facilitar as travessias dos pedestres, sempre que
possível.
• Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os
pedestres concluam travessias já iniciadas.
• Lembrar que, na condição de pedestre, o condutor também se
sente vítima da intolerância de outros condutores.
• Muitos atropelamentos vitimam pedestres embriagados. Tomar
cuidado, pois mesmo que não haja CULPA do condutor, um
atropelamento é sempre uma tragédia.
• Atropelar um pedestre com uma motocicleta é uma tragédia
dupla, pois geralmente ambos saem gravemente feridos.
88 Direção Defensiva
EVITANDO COLISÕES com elementos fixos
Pontes, viadutos, São graves os acidentes em que veículos batem em elementos fixos da
pista, como cabeceiras de pontes, veículos ou equipamentos estacionados,
postes, barrancos, entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de proteção, barrancos, mu-
muros, etc. ros, aterros, cortes em rochas, rios, grotas, despenhadeiros e muitos outros.
As causas mais comuns podem ser:
• Perda de controle do veículo por defeito na pista ou desnível
acentuado do acostamento.
• Perda de controle do veículo por deficiência na suspensão, pneus
estourados, descalibrados ou em mau estado.
• Falta de visibilidade devido à chuva, cerração, neblina, fumaça
ou iluminação deficiente.
• Desvio da direção correta por distração, sono, etc.
• Erros provocados por efeitos de bebidas alcoólicas, drogas ou
outros medicamentos.
• Tentativa de desviar de outro veículo, pedestre, animal, etc.
• Erros ao fazer curvas.
• Falta de atenção ou desobediência à sinalização, principalmente
de obras na pista ou desvios.
Dirigir em rodovias Pessoas que dirigem ou pilotam bem nas cidades nem sempre são bons
condutores nas rodovias. Isso ocorre porque conduzir em estradas e
exige experiência rodovias exige uma experiência COMPLETAMENTE diferente de conduzir
em trânsito urbano.
Para adquirir experiência, deve-se começar conduzindo em trechos curtos,
em estradas e rodovias de baixo fluxo de veículos, de preferência acompanhado
por um condutor experiente ou por um instrutor, para se familiarizar.
Enfrentar viagens longas ou rodovias mais movimentadas, somente quando
tiver boa dose de experiência. Não enfrentar as condições adversas logo
nas primeiras viagens.
Direção Defensiva 89
Em rodovias, deve-se seguir às seguintes RECOMENDAÇÕES:
• Preferir sempre viajar de dia. É mais seguro.
• Evitar conduzir em condições de baixa visibilidade.
• Revisar o veículo antes de viajar.
• Consultar o Guia Rodoviário.
• Planejar itinerários, bem como, paradas para abastecimento e
descanso.
• Informar-se das condições locais, principalmente em feriados.
• Não descuidar da sinalização.
• Aos primeiros sinais de cansaço, parar em lugar seguro para
relaxar.
• Não parar na pista.
• Não transitar no acostamento.
• Parar no acostamento somente em emergências.
• Manter velocidade compatível com o fluxo geral de veículos.
• Verificar os instrumentos do painel em intervalos regulares.
• A qualquer indicação de mau funcionamento, não seguir em
frente. Parar imediatamente para verificar o problema
• Nos declives acentuados ou longos, jamais descer desengrenado
(banguela). Usar sempre freio motor, utilizando para descer, a
mesma marcha que usaria para subir.
• Seguir todos os demais procedimentos da Direção ou Pilotagem
Defensiva.
90 Direção Defensiva
Questões - DIREÇÃO DEFENSIVA
01. O condutor deve adotar uma postura d) buzina sem parar até que ele mude de atitude.
adequada, sendo: e) discute com o outro condutor.
a) agressivo e rápido. 09. A velocidade compatível com a segurança
b) decidido e agressivo. permite ao condutor:
c) cuidadoso e ligeiro.
d) cuidadoso e atento. a) forçar a saída do veículo que estiver à sua frente
e) cuidadoso e ousado. para um dos lados da via.
b) frear rapidamente, sem se preocupar com os
02. O cinto de segurança pode ser utilizado: demais veículos.
a) por mãe e criança com o mesmo cinto. c) perceber antecipadamente os riscos e agir
b) por duas crianças com o mesmo cinto. prontamente para evitá-los ou controlá-los.
c) por somente uma pessoa. d) realizar ultrapassagens pela direita.
d) por duas pessoas com o mesmo cinto. e) manter uma conversa animada com os
e) por três crianças com o mesmo cinto. passageiros.
03. A segurança na direção de um veículo 10. Na passagem de vias urbanas para vias
depende: rodoviárias, você:
a) da marca do veículo. a) confia no seu veículo e em sua habilidade e faz
b) da categoria da CNH. a passagem confiante.
c) do trânsito. b) atravessa essas áreas buzinando.
d) do comportamento adequado do condutor. c) acelera e passa rapidamente.
e) do licenciamento do veículo. d) trafega bem devagar e nada lhe ocorrerá.
e) obedece à sinalização e redobra a atenção.
04. A segurança de trânsito na via depende:
11. Se o motor do veículo começar a falhar à
a) apenas da atenção dos condutores.
noite, o condutor deve:
b) apenas da sinalização das vias.
c) apenas da manutenção das vias. a) deixar o veículo como está, com o motor ligado.
d) apenas da manutenção dos veículos. b) sinalizar, parar à direita da via e ligar o pisca-
e) do comportamento dos elementos envolvidos. alerta.
c) desligar o limpador de para-brisa.
05. O condutor, ao ser ultrapassado, deverá: d) desligar o motor e ligar uma das lanternas.
a) reduzir bastante a sua velocidade. e) acelerar mais, para que o motor não “morra”.
b) parar o veículo e permitir a ultrapassagem.
12. A utilização correta do mapa da cidade
c) aumentar a velocidade.
proporciona deslocamentos seguros,
d) buzinar para avisar que está permitindo a
economia de tempo e de combustível. Logo,
ultrapassagem.
você deve:
e) facilitar a ultrapassagem.
a) manter o mapa da cidade no porta-luvas,
06. O condutor precisa ver tudo o que acontece: utilizando-o de acordo com as instruções nele
a) apenas à frente e à direita do seu veículo. contidas.
b) apenas à sua frente e nos lados do seu veículo. b) destacar apenas as folhas referentes ao trajeto
c) apenas à sua frente e atrás do seu veículo. a ser percorrido.
d) à sua frente, à direita, à esquerda e atrás. c) decorar o nome de todas as vias da cidade.
e) apenas à frente e nos espelhos retrovisores. d) manter o mapa no porta-malas, junto com as
ferramentas.
07. Todo condutor, antes de mudar de direção, e) guardar o mapa em sua casa.
deverá:
a) piscar os faróis. 13. Trafegar pelo acostamento é permitido:
b) dar um toque rápido na buzina. a) quando a pista estiver congestionada.
c) levar o veículo para a direita da via. b) quando, devido a problema mecânico, o seu
d) acender os faróis altos. veículo estiver lento.
e) ligar os dispositivos indicadores de direção. c) para acessar imóveis próximos ou fazer
conversões.
08. Ao levar várias fechadas de outro veículo d) para rebocar um veículo acidentado ou com
que “costura” no trânsito, você: problemas mecânicos.
a) procura ficar longe dele e mantém a tranquilidade. e) para ultrapassagem de veículos muito lentos.
b) segue aquele veículo porque está irritado.
c) mantém-se na faixa da direita necessariamente.
Direção Defensiva 91
PRIMEIROS SOCORROS
Por que aprender O simples fato de notar que a vítima não está respirando, por exemplo, faz
as técnicas toda a diferença. Em algumas situações, se não forem tomadas todas as
providências imediatas, a vítima provavelmente morrerá antes mesmo de
de Primeiros o socorro chegar. Exemplos: a vítima não consegue respirar ou apresenta
Socorros? um grave sangramento.
92 Primeiros Socorros
DOAÇÃO DE Os órgãos em bom estado de vítimas fatais de acidentes de trânsito podem
salvar muitas vidas ao serem transplantados para pessoas cuja cura ou
ÓRGÃOS sobrevida depende desse tipo de cirurgia.
Primeiros Socorros 93
Exemplos:
a) Uma pessoa idosa escorrega no banheiro e, ao cair de costas,
para de respirar. Obviamente, não haverá tempo sequer para
acionar socorro especializado. O que fazer? O que não fazer?
b) Uma turma de adolescentes colegiais está fazendo um passeio
em uma trilha da Serra do Mar, fora do alcance do celular. Um
dos jovens cai e quebra o braço. O que fazer? O que não fazer?
94 Primeiros Socorros
1. Sinalizar o local Sinalizar o local para evitar novos acidentes e atropelamentos.
Primeiros Socorros 95
Quanto antes acionar o socorro, maiores serão as chances de as vítimas
sobreviverem. Alguns números de telefones são os mesmos em todas as
localidades do Brasil:
190 - Polícia Militar 193 – Bombeiros
191 – Polícia Rodoviária Federal 199 – Defesa Civil
192 – SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
(Serviço não disponível em todos os municípios do Brasil)
96 Primeiros Socorros
ORIGEM DOS FERIMENTOS
Colisões frontais Vítima de acidente de automóvel que bateu de frente: é provável que seus
ocupantes tenham sido lançados contra o volante e o painel, se o veículo
não possuir “air bags”, suspeitar de traumatismos na face e no crânio,
além de outras consequências menos visíveis, como hemorragias internas.
Esses efeitos são tão mais graves quanto maior for a velocidade no
momento da colisão; são atenuados e, algumas vezes, até mesmo
evitados com a utilização correta de equipamentos obrigatórios,
como cintos de segurança e “air-bags”.
Primeiros Socorros 97
Colisão traseira A aceleração repentina causada pelo impacto, seguida de uma
desaceleração, provoca o “efeito chicote” na cabeça e no pescoço dos
ocupantes do veículo. As consequências são muito mais graves quando
não há um apoio para a cabeça, que é um item de segurança obrigatório
nos bancos da frente.
ATENDENDO ÀS VÍTIMAS
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
98 Primeiros Socorros
• Abrir a boca da vítima e, com os dedos, remover dentaduras,
próteses, restos de alimentos, sangue, líquidos e outros objetos
que possam estar obstruindo as vias aéreas.
• Lembrar-se de que, em todo acidente de trânsito, é preciso
considerar a possibilidade de fratura de coluna cervical
(pescoço quebrado). Assim, todos os movimentos de cabeça
e pescoço devem ser evitados, pois poderão causar lesões
na medula, com sérias consequências para a vítima, como a
tetraplegia.
• Vítimas de queda da “própria altura”, também deve-se suspeitar
de lesão na coluna cervical.
B. Verificar a respiração
Ver, ouvir e sentir: aproximar-se para escutar a entrada e saída de ar
pela boca e pelo nariz do acidentado, verificando também os movimentos
característicos de respiração do tórax e do abdômen. Procurar sentir o ar
quente saindo das vias aéreas da vítima.
Primeiros Socorros 99
• Se a vítima estiver inconsciente, mas respirando, devemos aplicar
a técnica da posição lateral de segurança, girando o corpo a 90
graus para evitar asfixia e afogamento.
• Se a vítima não estiver respirando ou respirando mal, devemos
aplicar a respiração artificial imediatamente.
E. Proteção da vítima
• Procurar e verificar outras lesões na vítima: deslocamentos, fraturas,
cortes ou contusões. Evitar movimentar o corpo ou membros.
• Manter a vítima aquecida com cobertores e roupas, pois nessas
circunstâncias, a vítima perde calor vital muito rapidamente.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Durante a avaliação primária, a vítima pode ter apresentado ausência de
movimentos respiratórios e de batimentos cardíacos. A essa situação
damos o nome de parada cardiorrespiratória, a maior e mais perigosa
emergência com a qual podemos nos deparar.
A parada cardíaca é estudada em conjunto com a parada respiratória
porque a presença de uma situação leva instantaneamente à outra,
exigindo um procedimento conjunto para manter os dois principais sinais
vitais: a respiração e os batimentos cardíacos.
Respiração Artificial
Existem três tipos principais de respiração artificial:
• Boca a boca.
• Boca-máscara.
• Por aparelhos.
ESTADO DE CHOQUE
Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque. Essa
é uma reação comum em vítimas de acidentes com hemorragias
internas ou externas, emoções fortes, choques elétricos, queimaduras,
envenenamentos, intoxicações, ataques cardíacos, fraturas, exposição a
temperaturas extremas, ferimentos graves, infecções, reações alérgicas,
compressões e amputações.
Cada uma dessas causas gera um estado de choque diferente: choque
emocional, choque anafilático, choque térmico, choque cardíaco, etc.
Procedimentos:
• Fazer uma breve inspeção no acidentado, para ter uma noção
global da situação.
• Tentar eliminar ou controlar a causa do choque (hemorragia,
fraturas, queimaduras, etc.).
• Revisar os sinais vitais: manter as vias aéreas desobstruídas,
verificar a respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência.
• Se estiver consciente e respirando bem, deitá-lo com a cabeça
mais baixa que o tronco e as pernas, exceto quando houver
suspeita de fraturas no crânio ou de acidente vascular cerebral
(AVC).
• Se houver sangramento pela boca ou nariz, vômitos ou muita
salivação, colocá-lo na posição lateral de segurança.
• Afrouxar as vestes do acidentado para facilitar a circulação.
• Mantê-lo agasalhado e protegido.
DESMAIO
Perda dos sentidos É a súbita perda dos sentidos, normalmente passageira, com
interrupção das atividades normais do cérebro. Pode ser causado por
contusões, choques emocionais, excesso de esforço físico e mental,
cansaço ou fome.
Procedimentos:
• Deitar a vítima de costas, em local ventilado.
• Afrouxar suas roupas.
• Elevar-lhe as pernas em nível um pouco superior à cabeça (30 a
45 cm).
• Se a vítima desmaiar novamente ou se ficar inconsciente por mais
de 2 minutos, sem causa aparente, agasalhá-la e providenciar
assistência adequada.
CONVULSÕES
Sintomas:
• Súbita perda de consciência e queda ao chão.
• Contrações musculares do corpo e da face, inclusive maxilares.
• Lábios roxos e salivação.
• Respiração forte e irregular.
Procedimentos:
• Afastar objetos próximos e proteger a cabeça da vítima.
• Não tentar impedir os movimentos convulsivos.
• Passada a convulsão, confortar a vítima, colocá-la na posição
lateral de segurança e deixá-la dormir.
• Verificar sinais vitais e lesões.
• Providenciar assistência médica.
HEMORRAGIAS
Hemorragia externa
Hemorragias externas são visíveis, pois o sangue verte para fora do corpo
através dos ferimentos e/ou orifícios naturais do corpo. Quando uma artéria
é atingida, o perigo é ainda maior: o sangue é vermelho vivo e sai em
jatos rápidos e fortes, na mesma frequência dos batimentos cardíacos.
Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro e sai de
forma lenta e contínua.
Procedimentos:
• Aplicar um curativo de gaze ou pano limpo sobre o ferimento e
pressionar.
• Não trocar o curativo. Quando preciso, colocar novas ataduras
por cima das já existentes, para aproveitar melhor a coagulação.
Hemorragia interna
Hemorragias internas ocorrem em órgãos internos, como fígado, baço,
Pode provocar pulmões, estômago, etc., em consequência de ferimentos ou traumatismos
estado de choque profundos, e levam rapidamente ao estado de choque.
Hemorragia nasal
Este tipo de hemorragia é muito comum, causada pelo rompimento
dos vasos sanguíneos do nariz. Em acidentes de trânsito, a hemorragia
nasal, seguida de sangramento pelos ouvidos pode indicar traumatismo
craniano.
FRATURAS
As fraturas podem Nome dado à quebra ou ruptura de qualquer osso do corpo humano.
As fraturas mais comuns são as dos ossos das pernas e braços. Deve-
ser FECHADAS ou se suspeitar de uma fratura sempre que houver dor, edema (inchaço),
ABERTAS deformação ou quando:
• A parte afetada apresentar um aspecto alterado.
• O membro estiver em posição anormal.
• A vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento.
• A vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local.
Procedimentos:
• Não mexer, nem deixar alguém tocar na vítima, até a chegada
do socorro especializado.
• Manter a vítima agasalhada e imóvel.
• Observar a respiração, pois esse tipo de lesão pode provocar parada
respiratória, que exigirá procedimentos de respiração artificial.
Fratura de crânio
Fraturas no crânio nem sempre apresentam lesões visíveis, porém sua
gravidade é grande, existindo a possibilidade de lesão no cérebro. A
vítima com suspeita de fratura no crânio geralmente apresenta:
• Lesões na cabeça.
• Perda de sangue pelo nariz, boca ou ouvidos.
• Tontura progressiva, com desmaios.
• Dores de cabeça.
• Enjoos e vômitos.
• Alterações no tamanho das pupilas.
Fratura de costelas
A vítima com suspeita de fratura nas costelas apresenta os seguintes
sintomas:
• Dores intensas no tórax, ao tentar se movimentar ou respirar.
• Corpo torcido.
• Amolecimento dos tecidos na área afetada.
• Deformações e deslocamentos.
• Se as pontas das costelas tiverem perfurado os pulmões, a vítima
apresentará golfadas de sangue vermelho vivo pela boca.
Cuidados de emergência:
• Movimentar a vítima o mínimo possível.
• Se houver eliminação de sangue pela boca, manter as vias aéreas
desobstruídas.
Fratura de quadril
A vítima com suspeita de fratura de quadril apresenta dores intensas na
região, com impossibilidade de mover as pernas.
QUEIMADURAS
Procedimentos:
• Deitar a vítima de modo que a cabeça e o tronco fiquem em nível
mais baixo que o resto do corpo.
• Aplicar um pano limpo sobre o local da queimadura. Em seguida,
molhar este pano para manter úmida a parte afetada.
• Em caso de queimadura nos olhos, lavá-los abundantemente
com água limpa ou soro fisiológico, cobri-los com gaze ou pano
limpo e procurar imediatamente um especialista.
Qualquer tipo de ferimento nos olhos pode ser muito grave e, por isso,
a vítima deve ser levada imediatamente a um especialista. Mesmo
em ferimentos de extrema gravidade, os olhos têm a possibilidade de
recuperação, desde que tratados a tempo. Enquanto não receber
socorro especializado:
• Não permitir que a vítima esfregue os olhos.
• Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água
abundante.
• Não tentar retirar cacos ou objetos cravados.
• Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles
esteja sadio, esse procedimento irá diminuir a movimentação
natural dos olhos.
Tórax
• Tapar ferimentos externos que possam ter atingido os pulmões,
para evitar a entrada de ar.
• Pressionar o ferimento diretamente com uma gaze ou pano limpo,
com o dedo ou com a mão.
• Prender o curativo com uma faixa ou cinto, sem apertar demais.
Abdômen
• Não retirar corpos estranhos dos cortes ou perfurações, isso
poderá iniciar ou agravar uma hemorragia.
• Cobrir o ferimento com uma compressa ou pano limpo, mantendo-a
firme no lugar.
• No caso de órgãos internos expostos, não tocar diretamente
neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa ou
pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico.
Em caso de queda:
• A moto e o piloto deslizarão até parar. Portanto, é importante que
o piloto tente separar-se imediatamente da moto para que ela
não venha a feri-lo.
• O piloto não deverá apoiar mãos e pés no solo, mas tentar deslizar
de costas, com o queixo encostado no peito e os braços levantados.
• O piloto deve permanecer imóvel até a chegada do resgate, pois
ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos.
Nesses casos, será preciso remover a vítima, mesmo que por poucos
metros, para poder atendê-la em segurança. Existem três formas de
realizar a movimentação de arrastar a vítima:
• No sentido do comprimento, esticada; nunca torta ou de lado.
• Puxando-a pelos pés, sem levantá-los muito.
• Puxando-a pelos braços cruzados de forma a imobilizar a cabeça.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Cada pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos acontecimentos do
dia a dia de maneira diferente. Isto ocorre em função de diferenças na
formação, vivência, cultura e personalidade de cada um.
117
Relacionamento Interpessoal
Por conter todos os tipos possíveis de indivíduos, o que é muito positivo,
a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e
criatividade, fatores que contribuem para que não haja estagnação.
Basta declararmos que, sobre determinado assunto, não existe mais nada
a desenvolver, para que apareça alguém que é diferente, enxerga sob
outra ótica, vê pontos que haviam passado despercebidos anteriormente
e inova os conceitos existentes.
Diferenças individuais são nossa marca registrada e nós a carimbamos
em tudo o que fazemos: na maneira de elogiar ou criticar, no modo como
avaliamos as outras pessoas, no trabalho, nos relacionamentos com a
família, amigos, etc.
Além da personalidade, os cidadãos possuem outras características que
os diferem uns dos outros. Segundo o IBGE, quase 24% da população,
(aproximadamente 45 milhões de brasileiros) possui algum tipo de
deficiência, seja ela mental, visual, auditiva ou motora.
Para atender às necessidades dessas pessoas e garantir seus direitos
como cidadãos, foram implementadas no país leis como a 10.098/00
e 13.146/15 – Leis da Acessibilidade, que garante às pessoas com
deficiência o acesso a espaços públicos e privados, sem restrição física
ou de comunicação.
Entre os direitos assegurados por essa Lei destacam-se as rampas,
passagens especiais para pedestres, semáforos sonorizados, vagas
de estacionamento sinalizadas para cadeirantes, transporte coletivo
adaptado, espaços reservados em locais de lazer e instrução, bem como
o acesso à informação, comunicação e educação através de intérpretes
ou recursos audiovisuais com tradução em LIBRAS. As instituições que
dispõem de equipamentos, recursos e serviços especializados para surdos,
Outras variações:
símbolo branco em fundo
por exemplo, devem ser identificadas através do Símbolo Internacional
preto ou símbolo preto em de Pessoas com Deficiência Auditiva, conforme modelo ao lado.
fundo branco.
Atualmente é possível encontrar a maioria dessas adaptações em
diferentes espaços, principalmente no trânsito, onde a garantia do sucesso
nos relacionamentos interpessoais está no respeito às diferenças e na
igualdade dos direitos.
O BOM RELACIONAMENTO
Saber estabelecer relacionamentos interpessoais de qualidade e poder
mantê-los é uma das características mais valorizadas atualmente.
Aprimorar valores Além de uma comunicação eficiente, as pessoas competentes em
seus relacionamentos interpessoais têm características especiais, que é
possível desenvolver e aprimorar. São os valores:
• Respeito: por ser um dos valores mais importantes, o respeito é a viga
mestra dos relacionamentos. Várias são as atitudes que bem caracterizam
as pessoas respeitosas: respeito pelo direito dos outros, pelas diferenças
individuais, pela diversidade de opiniões, pelo ambiente e até por si próprio.
118
Relacionamento Interpessoal
• Flexibilidade: as pessoas têm interesses distintos. É preciso “jogo
de cintura” para evitar conflitos e buscar soluções criativas para
problemas criados pelos relacionamentos. Além disso, as pessoas
mais flexíveis têm melhor capacidade de adaptação quando expostas
a diferentes situações ou ambientes.
• Bom senso e sabedoria: qualquer situação ou problema tem mais de
uma maneira de ser interpretado ou resolvido. O controle das situações
está sempre na mão de quem age com bom senso e ponderação.
• Humildade: reconhecer os próprios erros, com humildade e
simplicidade tem a propriedade de dissolver os desentendimentos
na raiz. Entretanto, nos relacionamentos, poucos são aqueles que
reconhecem seus próprios erros.
• Paciência: as pessoas pacientes não precisam resolver tudo na hora,
não são afobadas nem tiram conclusões precipitadas. Sua capacidade
de relacionamento é boa, porque são capazes de ouvir, sem pressa.
• Equilíbrio: controlar o próprio temperamento é fundamental para
quem deseja e necessita desenvolver uma boa capacidade de se
comunicar e negociar.
• Empatia: habilidade de se colocar no lugar da outra pessoa para
poder ouvir, ver e sentir através da perspectiva dela. Muito útil nos
relacionamentos porque, ao demonstrar que sabemos como a pessoa
se sente, muitas vezes as razões do conflito deixam de existir.
• Receptividade: para dar qualidade às nossas relações interpessoais
é necessário estar aberto, reduzir as barreiras, cultivar a simpatia e
demonstrar boa vontade.
• Igualdade: todos gostam de ser bem tratados e não há nada
que distancie mais do que se sentir inferiorizado. Não devemos
deixar que as decisões sejam afetadas por simpatias, antipatias ou
preconceitos. As vezes agimos como juízes das atitudes alheias,
condenando outros por ações que também cometemos.
• Educação: cultivar as boas maneiras, saber o valor da civilidade,
tratar bem as pessoas, ser gentil e cordial são atributos indispensáveis
para quem sabe que o sucesso pessoal e profissional depende da
qualidade dos relacionamentos.
• Persistência: para manter as qualidades necessárias aos bons
relacionamentos é preciso utilizá-las continuamente. Uma ou outra
vez apenas não basta; para isso, é necessário ser perseverante, até
que os resultados apareçam.
119
Relacionamento Interpessoal
Ver o lado positivo • É preciso compreender certas atitudes incorretas dos outros
motoristas, pois, provavelmente, não tiveram a oportunidade de
analisar suas atitudes e melhorar seu comportamento no trânsito.
Jamais reagir, pois um erro não justifica o outro.
• No trânsito, atitudes refletidas e bem pensadas podem fazer a diferença
Agir com bom senso em momentos de tensão ou em situações críticas. O condutor
consciente é aquele que, em uma situação delicada, pensa antes de
agir, procura analisar os dois lados e ser justo em palavras e decisões
sem ficar nervoso, principalmente se o errado for ele mesmo.
• Congestionamentos, incidentes e situações tensas geram irritação
Saber distinguir o e desconforto. Nestas circunstâncias, é preciso manter a cabeça
momento oportuno fria e escolher o momento ideal para agir, pois qualquer gesto ou
atitude imprópria pode gerar confusão e até acidentes.
• O “bate-boca” não resolve, porque ninguém mais está escutando.
Não participar de O ideal é não participar de desentendimentos desse gênero. O
brigas e discussões participante mais capaz e inteligente procura acalmar os ânimos
para voltar ao diálogo.
• Utilizar o veículo para demonstrar nível social, para compensar sentimentos
Usar o veículo para a de inferioridade e insegurança e usar o tamanho e a potência para intimidar
finalidade correta os outros, são atitudes socialmente reprováveis.
• No trânsito, algumas ocorrências provocam comunicação “cara-a-cara”.
Comunicação face a Nessas “conversas”, comuns em incidentes, geralmente são transmitidas
face: como agir? várias outras “impressões” além da mensagem que está sendo falada.
É preciso tomar cuidado com entonação de voz e expressões utilizadas,
que podem complicar a situação, ao invés de resolvê-la.
120
Relacionamento Interpessoal
MUDANÇA DE Em seguida, devemos reconhecer com humildade nossos pontos
fracos, que podem estar minando a qualidade dos nossos
ATITUDE: relacionamentos interpessoais.
uma questão de Finalmente, precisamos nos convencer de que mudanças pessoais
consciência necessárias para que haja melhora, dependem unicamente de nós.
O CIDADÃO E O TRÂNSITO
Cidadão é o indivíduo consciente do seu papel na sociedade. Para que a
vida em sociedade seja possível, como vimos, foram criadas normas de
conduta, que definem nossos direitos e deveres enquanto cidadãos.
Essas normas são determinadas pelas Leis e pelos Códigos. Na Sociedade
Brasileira, a Lei máxima é a Constituição da República Federativa do
Brasil, promulgada em 1988. Além dela, temos Códigos, com leis mais
específicas, como o Código Civil Brasileiro, o Código Penal, o Código de
Trânsito, etc.
O cidadão tem o dever de obedecer às leis e códigos, em benefício do
bem comum. Esta é a melhor forma de respeitar o direito das demais
pessoas e ter os seus respeitados. As mesmas leis e códigos definem
que estamos sujeitos a punições toda vez que nosso comportamento for
nocivo para a coletividade ou para nós mesmos.
O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos,
segmentos e indivíduos de uma sociedade.
É um sistema extraordinariamente complexo, do qual todos dependemos
diariamente:
• Para nos deslocarmos, como condutores, passageiros ou pedestres.
• Para despacharmos as mercadorias que produzimos.
• Para recebermos as mercadorias e produtos que consumimos.
121
Relacionamento Interpessoal
médio e superior. A Educação é a base para o cidadão reivindicar
seus outros direitos em relação ao trânsito, como o do Esforço Legal
(fiscalização) e o da Engenharia (vias seguras e sinalizadas). Estes três
elementos combinados e executados de forma complementar e contínua
irão contribuir certamente, como já ocorreu em outros países, para tornar
o trânsito brasileiro mais seguro, humano e funcional.
A educação é fundamental visto que, infelizmente, é no trânsito que
algumas pessoas descarregam suas frustrações e problemas pessoais.
No trânsito, presenciamos diariamente:
• Desrespeito.
• Provocações.
• Demonstrações de superioridade.
• Agressividade.
• Violência.
São atos praticados principalmente por condutores, aos quais cabe a
maior parcela de responsabilidade na segurança do trânsito.
COMPORTAMENTO NO TRÂNSITO
122
Relacionamento Interpessoal
TIPOS DE COMPORTAMENTO
A dificuldade de lidar com as pressões da vida, aliada a outros fatores, como a
personalidade e a própria educação do indivíduo, podem levá-lo a apresentar
os seguintes tipos de comportamento:
Ansiedade:
o condutor ansioso não consegue concentrar-se, erra
frequentemente o caminho e perde mais tempo, o que
realimenta a ansiedade.
Angústia:
o extremo desconforto psicológico causado pela angústia representa um risco no
trânsito, pois compromete a capacidade de concentração do condutor.
Frustração:
a decepção diante de resultados insatisfatórios geralmente é
compensada ao volante, com atitudes intolerantes e agressivas.
Medo:
torna-se fator de risco quando bloqueia as reações normais da pessoa,
mas é positivo quando permite ao indivíduo avaliar e gerenciar os riscos.
Raiva:
o indivíduo com raiva tem reações insensatas e perigosas, causados
pelo desatino instantâneo, pela reação exagerada e descontrolada.
Egoísmo:
o condutor egoísta não cede nem compartilha, criando problemas
no espaço compartilhado do trânsito. Ele não é capaz de cortesias ou
gentilezas, pois supervaloriza sua própria importância.
Insegurança:
o indivíduo inseguro não tem noção do próprio valor. Para sentir-se
valorizado ele precisa se sobressair, exibir modelos “último tipo” e fazer
demonstrações de perícia.
Competitividade:
o espírito competitivo tomou conta da sociedade moderna. O
trânsito, onde facilmente encontra-se outro competidor, é um ambiente
extremamente inadequado para competições.
Agressividade:
o condutor subestima os riscos e as consequências das suas
atitudes, tornando-se imprudente e sujeito a acidentes graves.
123
Relacionamento Interpessoal
Hostilidade:
o indivíduo hostil é intolerante, irrita-se facilmente e envolve-se
em discussões e agressões, principalmente quando encontra
outros indivíduos hostis.
Euforia:
o condutor eufórico, devido a variações hormonais, drogas, bebidas alcoólicas ou
fortes emoções, manifiesta sua felicidade e alegria com exagero e descontrole,
provocando perda de concentração e da noção do perigo, cometendo imprudências
ou envolvendo-se em acidentes.
Introversão:
o condutor introvertido comete muitos erros, pois a sua
capacidade de comunicação no trânsito fica comprometida.
Impulsividade:
o condutor impulsivo faz pouca ou nenhuma reflexão sobre suas ações,
tornando-se altamente irresponsável, imprudente e inconsequente, criando
em torno de si uma área de perigo permanente no trânsito.
Passividade:
o indivíduo passivo, por comodidade ou por sentir-se alheio, não
assume sua parcela de responsabilidade no trânsito.
Distração:
o condutor distraído permite que a música,
pedestres, objetos, conversas, etc., desviem a sua
atenção, expondo-se a riscos desnecessários.
Pressa:
característica do condutor desorganizado, sempre atrasado e afobado, que pratica
todo tipo de imprudências, simplesmente para tentar vencer o relógio.
Pessimismo:
ao pessimista faltam ânimo e energia para decidir
e agir. Suas reações lentas ou inadequadas podem
gerar diversos tipos de acidentes.
Depressão:
o deprimido tem crises de desinteresse pelas atividades, pelos
amigos, pela família e pela própria vida, apresentando tendências
de autodestruição e incapacidade emocional, podendo causar
graves acidentes.
124
Relacionamento Interpessoal
Apresentar ocasionalmente um destes fatores é muito diferente do
que ser portador constante de distúrbios psicológicos. Além disso,
entre um e outro extremo, existem muitos níveis de gravidade. Todos nós
apresentamos um ou mais fatores em algumas ocasiões. O perigo é que,
muitas vezes, nem percebemos isso.
É importante reconhecer características e tendências psicológicas em
nós e nas demais pessoas, para criar comportamentos mais seguros,
abandonando reações automáticas com responsabilidade e maturidade.
Reconhecer maus hábitos exige honestidade e autocrítica. Alterá-los
significa vencer as resistências internas que nos forçam a continuar como
somos. Quando ficar difícil conseguir isso sozinho, o melhor caminho
é procurar ajuda especializada, sempre que o comportamento afetar
negativamente a segurança e a integridade.
CONFLITOS NO TRÂNSITO
Conflitos fazem parte da vida e são consequência direta do fato de que
cada pessoa precisa defender seus próprios interesses.
No cotidiano do trânsito é praticamente inevitável que surjam alguns
conflitos. Motoristas de automóveis, por exemplo, têm necessidades
e objetivos diferentes dos de condutores de Transporte Coletivo,
motociclistas, ciclistas, pedestres, transportadores de carga, etc.
Além disso, os papéis que assumimos no trânsito não são fixos. Quando
estamos dirigindo, muitas vezes desrespeitamos o espaço dos pedestres,
sem levar em conta sua fragilidade. Quando largamos a armadura que o
veículo proporciona, voltamos a sentir na pele a fragilidade do pedestre:
passamos a reclamar, disputar espaço e conflitar com os motoristas.
Apesar disso, assim que retomamos o papel de motoristas, rapidamente
voltamos a desrespeitar pedestres.
Este exemplo ilustra bem a dificuldade de nos colocarmos no lugar
de outras pessoas, mas esta é a única maneira de entendermos e
respeitarmos suas necessidades e direitos.
O ESTRESSE
O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o
desenvolvimento das atividades diárias e a própria saúde do indivíduo,
provocando alterações indesejáveis e consequências perigosas. Cada pessoa
reage ao estresse de maneira diferente.
Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho
ou da família, dívidas, compromissos profissionais, ambiente hostil,
trabalho excessivo, alterações bruscas na vida, brigas, rompimentos de
relacionamentos, falecimento de pessoas próximas, mudança de casa ou
de emprego, problemas de saúde, deixar de fumar ou de beber, fazer dieta
e diversos outros.
125
Relacionamento Interpessoal
Fatores Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade
física, comer demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em
Estressantes gorduras e/ou pobre em fibra), baixo consumo de líquidos, dormir pouco, perder
noites de sono e vida desorganizada.
No inicio, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas:
• Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo
desempenho profissional.
• Alteração do apetite, alterações no peso, para mais ou para menos.
• Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite.
• Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares,
sensações de formigamento.
• Extremidades frias, boca seca, suor excessivo.
• Alterações no humor, diminuição do desejo sexual.
• Emotividade exagerada, irritabilidade.
• Alterações na pressão arterial, mal-estar, tonturas.
• Problemas de pele, alergias.
O agravamento do estresse provoca distúrbios na saúde, representando sérios
riscos à vida do indivíduo: impossibilidade de trabalhar, vontade de abandonar
tudo, agressividade, apatia, depressão, úlceras, vômitos, diarreia frequente,
insônia, impotência, hipertensão arterial e ataques cardíacos. O melhor
remédio para o estresse é a prevenção. Como sempre, o difícil é abandonar
velhos hábitos. O primeiro passo é identificar os fatores estressantes ou que
predispõem ao estresse. Depois, adotar um padrão de vida mais saudável.
Alguns conselhos úteis:
• Organizar a vida, separando o essencial do que não é importante.
• Selecionar tarefas por prioridades e executar uma de cada vez.
• Aprender a “passar a bola”, dividindo as tarefas.
• Fazer pequenos intervalos para recuperar energias.
• Rever objetivos e eliminar os que estão atrapalhando.
• Viver o presente mas planejar a longo prazo.
• Ser generoso consigo próprio, comemorar as pequenas vitórias.
• Procurar sempre o lado positivo dos acontecimentos.
• Procurar identificar causas de irritações, para poder evitá-las,
eliminá-las ou preveni-las.
• Não descuidar da vida social com familiares e amigos.
• Combater ansiedade com relaxamento e atividades que distraiam
ou deem prazer, como o lazer para as horas de folga.
• Não esquecer da saúde física, alimentar-se regularmente sem
pular refeições e tomar um bom café da manhã.
• Basear o padrão alimentar na qualidade e selecionar alimentos
mais saudáveis, pobres em gordura animal e ricos em fibras
(grãos, cereais e vegetais).
• Consumir bastante líquido durante o dia.
• Por fim, o principal: reservar 50 minutos por dia para cuidar de
si mesmo, pelo menos 3 vezes por semana praticar exercícios
físicos condizentes com a idade, peso e condição física, com
cuidado. Atividade física concentrada só em fins de semana faz
mais mal do que bem.
126
Relacionamento Interpessoal
O ESTRESSE E O TRÂNSITO
O efeito do estresse, frente a situações cotidianas no trânsito, é
claramente visível no comportamento. Por exemplo, o indivíduo que
apresenta características de irritabilidade, quando estiver estressado
certamente irá piorar seu comportamento, tornando-se agressivo ou hostil
e provocando acidentes.
As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem funcionar
como a “gota d’água”, alterando padrões de comportamento do condutor
e fazendo-o criar situações de risco e insegurança, para si e para os
demais usuários.
127
Relacionamento Interpessoal
GABARITO DAS QUESTÕES
Legislação de Trânsito - p. 26
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14
a e a c e c a e a b e a b c
Infrações de Trânsito - p. 38
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
e b a d d a d c c d b b e
Sinalização - p. 52
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
d a d c e b b d d e e a c
Direção Defensiva - p. 91
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
d c d e e d e a c e b a c
01 02 03 04 05 06 07 08
b e d d b a d c
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
a c e a d c b e d b
BIBLIOGRAFIA
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1978 • EDUTRAN. Fari Amadeu Nassin e Helena Caseli Pereira. Curitiba, 1996. • FERRAZ, Carlos Roberto G. e SHIMADA, João Y. Motorista, o que
saber? • FIAT. Manual Básico de Segurança no Trânsito. • FORD. Manual de Direção Defensiva e Primeiros Socorros. • Guia de Manutenção
do Automóvel. Rio de Janeiro, 1982 • LIMA, Noeliza. • LAZZARI, Carlos F. e WITTER, Ilton R. Nova Coletânea de Legislação de Trânsito. Sagra
Luzzatto, 1999. • ANACLETO, F. J. Manual de Trânsito. Curitiba, 1997 • MACHADO, Adriane Picchetto. • MARCOZZI, A.M. Ensinando a Criança.
• MENEGUETI, Antônio. Manual de Ontopsicologia. • MENEGUETI, Antônio. Sistema e Personalidade. • NARANJO, Cláudio. Os Nove Tipos de
Personalidade. • PRODAE. Enciclopédia da Psicologia Contemporânea. • DIAS, G. F. Princípios e Práticas de Educação Ambiental. São
Paulo, 1994. • QUATRO RODAS. Entenda o Novo Código de Trânsito. • RIBEIRO, Luiz Arrthur M. Manual de Educação para o Trânsito. Curitiba:
Juruá, 1998. • ROZESTRATEN, R. J. Psicologia do Trânsito. • SEST/SENAT. Formação de Condutores de Veículos de Transporte de Escolares. •
VASCONCELLOS, Eduardo A. O que é Trânsito. • Viva no Trânsito. Manual de Participante. HDI Internacional. • WITTER, Ilton Roberto Rosa. Regras
Gerais do Trânsito. • www.abdetran.br • www.psicotran.cjb.net