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TC de Etica e Deontologia

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
LICENCIATURA EM RECURSOS HUMANOS

CADEIRA DE ETICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

Tema:
Origem, definição e importância da Ética e deontologia Profissional

Dicente: Isabel Lourenço Maunze

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA


ENSINO ONLINE, ENSINO COM FUTURO
NAMPULA, JUNHO DE 2021
2

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO À DISTANCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

LICENCIATURA EM RECURSOS HUMANOS

Tema:

Origem, definição e importância da Ética e deontologia Profissional

Trabalho de Campo da Cadeira de Etica e


Deontologia Pofissional, a ser avaliado no
decorrer no XIIº bloco do 4º Ano, Curso em
Recursos Humanos.

Dicente: Isabel Lourenço Maunze

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

ENSINO ONLINE, ENSINO COM FUTURO

NAMPULA, JUNHO DE 2021


3

Índice
Introdução.......................................................................................................................................4

1. Origem Do Conceito Deontologia..............................................................................................5

2. Importância da ética Profissional...............................................................................................7

a) A postura ética no ambiente profissional............................................................................7

b) Os benefícios da ética profissional......................................................................................8

A. Estímulo à honestidade....................................................................................................8

B. Preservação das informações...........................................................................................9

C. Valorização da imparcialidade.........................................................................................9

D. Exaltação do trabalho em equipe.....................................................................................9

E. Os males da falta da ética no trabalho.................................................................................9

3.Virtudes Profissionais................................................................................................................10

Conclusão.....................................................................................................................................15

Referências bibliográficas............................................................................................................16
Introdução

O presente trabalho tem como tema de abordagem: Origem Do Conceito Deontologia, Importância da
ética Profissional, Virtudes Profissionais.
Assim o trabalho tem como objectivos:
 Definir deontologia;
 Explicar a importância da ética Profissional
 Descrever as virtudes profissionais
1. Origem Do Conceito Deontologia

Deontologia é um conceito que deriva da língua grega. O termo é usado para designar uma
classe de tratado ou disciplina que se centra na análise dos deveres e dos valores regidos
pela moral.

Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que
significa ciência do dever e da obrigação.

A deontologia é um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as escolhas dos
indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para nortear o que realmente deve ser feito.

O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, para falar
sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o fundamento do dever e das normas. A
deontologia é ainda conhecida como "Teoria do Dever".

Immanuel Kant também deu sua contribuição para a deontologia, uma vez que a dividiu em dois
conceitos: razão prática e liberdade.

Para Kant, agir por dever é a maneira de dar à ação o seu valor moral; e por sua vez, a perfeição
moral só pode ser atingida por uma livre vontade.

A deontologia também pode ser o conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma
determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter a sua deontologia própria para regular
o exercício da profissão, e de acordo com o Código de Ética de sua categoria.

Para os profissionais, deontologia são normas estabelecidas não pela moral e sim para a
correção de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios.

O primeiro Código de Deontologia foi feito na área da medicina, nos Estados Unidos.

A deontologia abrange princípios políticos, lógicos e jurídicos. Abaixo uma explicação sobre
cada um deles:

– O princípio lógico compreende um conjunto de ações com o objetivo de descobrir a verdade


sobre algo, por exemplo. Esse tipo de princípio é amplamente utilizado nas tomadas de decisões
nas empresas, podendo, através disso, ser necessário, até mesmo, decidir pela saída de um
profissional;
– Há também o princípio jurídico que visa oferecer igualdade de tratamento para ambas as
partes envolvidas. Sendo que aqui há também o que se conhece por deontologia jurídica que
trata dos direitos e deveres de quem lida com o Direito;

– Por fim, temos o princípio político que busca o equilíbrio na sociedade ao fazer a garantia
social dos direitos. Nesse meio, no Brasil, tem-se os princípios epistemológicos na Constituição
Federal brasileira, o princípio da lealdade processual e também o princípio do duplo grau de
jurisdição.

É importante destacar que a deontologia analisa os deveres internos do indivíduo; isto é, aquilo
que deve fazer ou evitar consoante lhe dita a sua consciência. Os valores compartidos e aceites
pela ética estão compilados pelos códigos deontológicos.

A deontologia profissional aplica-se ao jornalismo, entre outras áreas. Os jornalistas, de acordo


com a deontologia, devem mexer-se sempre com dados contrastados, confirmar a veracidade
daquilo que informam, proteger as fontes que lhes fornecem/providenciam dados e não citar
conteúdos sem mencionar os nomes dos seus autores, entre outros princípios. Se um jornalista
violar estes critérios, pode receber diferentes castigos segundo as normas internas do meio de
comunicação em que trabalha.

Dentro deste âmbito profissional, torna-se especialmente difícil distinguir e respeitar dois tipos
de liberdade estreitamente relacionados com o jornalismo: a de expressão e a de informação.

E no tocante a profissões, a deontologia compreende o conjunto de princípios e regras de


conduta ligados a uma determinada profissão. Desse modo, haverá uma deontologia que
regulamentará cada profissão, sendo assim cada profissional estará sujeito a uma série de regras
para desempenhar suas funções, de acordo com o Código de Ética de sua categoria.

Existem distintos códigos deontológicos, onde suas diretrizes variam de acordo com a empresa
ou categoria profissional, mas esses códigos são baseados nas grandes declarações universais.
Os códigos deontológicos adaptam aos costumes, hábitos e culturas de cada país, bem como de
cada categoria profissional, como já fora dito.

Poucos direitos superam o de se expressar com liberdade, dado que é a base da luta para serem
respeitados e da divulgação dos restantes direitos dos seres humanos. Em poucas palavras, a
liberdade de expressão está relacionada com matérias opináveis; a de informação, por
outro lado, gira em torno de factos que são dignos de serem publicados como notícia. Ambas as
liberdades são necessárias para formar una opinião pública espontânea, sem opressão nem
limites invisíveis, mas a deontologia faz que a sua implementação não seja tão simples como
num mundo utópico.

A liberdade de informação implica o direito que têm todos os seres humanos a divulgar qualquer
história que lhes chegue aos ouvidos, mas a deontologia exige certas precauções no processo,
algumas das quais se mencionam num parágrafo anterior, e a complexidade própria da vida faz
que nem sempre seja conveniente ou produtivo fazer uso desta liberdade; podem inclusivamente
existir casos em que impedir um terceiro que disfrute dela seja considerada a opção mais justa.

Retomando o conceito de liberdade de expressão, que nos dá o direito de emitir as nossas


opiniões, vejamos os dois níveis qualitativos que se podem distinguir:
* a função de informar acerca de um sucesso real, que comunique uma mensagem certa e de
interesse para o resto das pessoas. É necessário fazer finca-pé na importância na veracidade da
mensagem, já que é a propriedade que pode invalidar a sua natureza informativa;
* a função de opinar, que tem tanta importância como a anterior, pois ambas se complementam
e se enriquecem mutuamente, sendo a opinião uma consequência natural e necessária da
informação.

Relativamente à opinião, não há que ter a tarefa fundamental de alimentar e manter viva a
democracia e colaborar com o cumprimento dos direitos humanos.

2. Importância da ética Profissional

Sabemos que o ambiente profissional nem sempre é onde a ética impera. As diferenças étnicas e
a ambição desenfreada de algumas pessoas, entre outras razões, podem mexer muito com as
relações laborais e com a rotina de trabalho.

Quando as equipes são compostas por profissionais de diferentes culturas, perfis ou gerações, o
problema pode ser potencializado. Exatamente por isso que a ética profissional se faz cada vez
mais necessária — não que tenha deixado de ser importante em algum momento.

a) A postura ética no ambiente profissional

Por mais que sonhamos em separar nossa vida particular do espectro profissional, é preciso
lembrar que somos pessoas e não robôs.

Ou seja, também levamos nossos valores culturais e morais para o ambiente de trabalho. Então,


imagine cada uma das pessoas que compõem uma empresa levando suas crenças pessoais para o
ambiente laboral.
Certamente muitos conflitos podem surgir devido à diversidade no ambiente de trabalho. Evitar
isso é a base fundamental para a criação de um manual de postura que defina a ética profissional
em determinada organização.

Por meio de um manual a empresa define o que é aceitável e desejável dentro de suas
dependências ou na representação de sua marca. No entanto, é preciso lembrar que, muitas
vezes, tais determinações podem extrapolar o ambiente de trabalho.

Com a potência das redes sociais, os profissionais precisam lembrar que suas atitudes
reverberam na sociedade e podem trazer prejuízos à imagem da organização a qual representam.

Um exemplo muito recente é o caso de um publicitário que foi suspenso após tecer críticas aos
nordestinos, que demonstraram — em sua maioria — um posicionamento político alheio ao dele
nas eleições presidenciais de 2018.

Além de os próprios chefes do tal publicitário serem baianos, o caso repercutiu na internet e
levou a agência a afastar o colaborador por tempo indeterminado, além de emitir nota oficial
repudiando a atitude.

Da mesma forma que o profissional deve estar ciente das normas éticas internas da empresa para
a qual trabalha, as organizações precisam ter sensibilidade e postura ética com seus
funcionários.

Afinal, não seria nada agradável que a filial de uma empresa oferecesse carne bovina nas
refeições dos seus colaboradores na Índia, que podem fazer parte de uma cultura em que a vaca
é considerada um animal sagrado.

b) Os benefícios da ética profissional

Como as organizações geralmente são compostas por pessoas de diferentes classes sociais,
crenças religiosas, ideologias políticas e até mesmo de culturas variadas, como no caso das
empresas multinacionais, ter um manual de conduta e ética profissional é essencial.

Entre os benefícios desse tipo de documento, podemos citar:

A. Estímulo à honestidade

Por mais que seja um princípio básico de nossa sociedade e pertencente ao rol dos elementos
universais de qualquer ética profissional, definir a honestidade como base de um manual de
postura ética reforça tal valor.
B. Preservação das informações

A segurança da informação é algo almejado por quase todas as empresas, principalmente


aquelas que podem ter seu negócio prejudicado com o vazamento de dados sigilosos ou até
mesmo pelas subjugadas consequências da rádio-peão. Portanto, especificar tal ponto em um
manual de ética profissional oferece resguardo jurídico à organização.

C. Valorização da imparcialidade

Ao especificar formas desejáveis de conduta que prezam pela valorização das ideias do próximo
e o respeito às individualidades, a empresa estimulará a valorização da imparcialidade. Dessa
forma, os conflitos de relações pessoais com profissionais tendem a minimizar.

D. Exaltação do trabalho em equipe

O respeito às diferenças também é um ponto fundamental para o trabalho em equipe. Quando


um manual de ética profissional exalta a importância da opinião do outro, também está
transcorrendo a respeito da importância do trabalho em equipe.

E. Os males da falta da ética no trabalho

Além de deixar margem para a falta de honestidade e negligenciação das informações sigilosas,


a ausência de ética profissional pode estimular uma competitividade nada saudável, afetando o
trabalho em equipe.

Da mesma forma, a falta desse alinhamento pode prejudicar a cultura do feedback e até mesmo
o respeito interpessoal, potencializando conflitos. E sabemos como a comunicação entre os
pares das organizações é importante para o sucesso dos negócios.

Outro ponto negativo de uma empresa que não tem a ética profissional como valor cultivado é a
potência destrutiva das conversas no cafezinho. A fofoca acaba por disseminar inseguranças
e prejudicar o desempenho de projetos internos.

Por todos esses pontos positivos e, principalmente, pelos males que a falta da ética no trabalho
pode causar, ter um regimento interno é fundamental. Mas ainda não é o suficiente para ter
bons resultados.

É importante que as organizações destinem, no planejamento estratégico de RH, investimentos


para treinamentos e desenvolvimento de habilidades pessoais e técnicas, além de trabalharem
exaustivamente a ética profissional no meio corporativo. Apenas assim essas práticas serão
incorporadas à cultura organizacional para que gerem valor.
3.Virtudes Profissionais

Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem ser levadas em
conta as qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua atuação
profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão. 

Muitas destas qualidades poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, aumentando neste
caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade profissional, consegue incorporá-
las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais. 

Em recente artigo publicado na revista EXAME o consultor dinamarquês Clauss MOLLER


(1996, p.103-104) faz uma associação entre as virtudes lealdade, responsabilidade e iniciativa
como fundamentais para a formação de recursos humanos. Segundo Clauss Moller o futuro de
uma carreira depende dessas virtudes. Vejamos: 

O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem


responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa [...]. Uma
pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior probabilidade de agir de
maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da organização
[...]. A consciência de que se possui uma influência real constitui uma experiência pessoal muito
importante.  

É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa. Só pessoas que tenham auto-estima e um
sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem um sentido
na vida, alcançando metas sobre as quais concordam previamente e pelas quais assumiram
responsabilidade real, de maneira consciente. 

As pessoas que optam por não assumir responsabilidades podem ter dificuldades em encontrar
significado em suas vidas. Seu comportamento é regido pelas recompensas e sanções de outras
pessoas - chefes e pares [...]. Pessoas desse tipo jamais serão boas integrantes de equipes. 

Prossegue citando as seguintes virtudes:

Lealdade:  A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a


empregabilidade. Um funcionário leal se alegra quando a organização ou seu departamento é
bem sucedido, defende a organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem
orgulho de fazer parte da organização, fala positivamente sobre ela e a defende contra
críticas. Lealdade não quer dizer necessariamente fazer o que a pessoa ou organização à qual
você quer ser fiel quer que você faça. Lealdade não é sinônimo de obediência cega. Lealdade
significa fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização. Significa
agir com a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da
organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você acha que
poderá prejudicar a organização, a equipe de funcionários. No Reino Unido, por exemplo, essa
idéia é expressa pelo termo "Oposição Leal a Sua Majestade". Em outras palavras, é
perfeitamente possível ser leal a Sua Majestade - e, mesmo assim, fazer parte da oposição. Do
mesmo modo, é possível ser leal a uma organização ou a uma equipe mesmo que você discorde
dos métodos usados para se alcançar determinados objetivos. Na verdade, seria desleal deixar de
expressar o sentimento de que algo está errado, se é isso que você sente. As virtudes da
responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a iniciativa, capaz de colocá-
las em movimento. Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa ao
mesmo tempo, demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto de empregabilidade,
tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto no interesse da organização ou da
equipe, mas também assumir responsabilidade por sua complementação e
implementação. Gostaríamos ainda, de acrescentar outras qualidades que consideramos
importantes no exercício de uma profissão. São elas: 

Honestidade: A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a
responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos. É muito fácil
encontrar a falta de honestidade quanto existe a fascinação pelos lucros, privilégios e benefícios
fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança
coletiva de uma coletividade. Já ARISTÓTELES (1992, p.75) em sua "Ética a Nicômanos"
analisava a questão da honestidade. Outras pessoas se excedem no sentido de obter qualquer
coisa e de qualquer fonte - por exemplo os que fazem negócios sórdidos, os proxenetas e demais
pessoas desse tipo, bem como os usurários, que emprestam pequenas importâncias a juros altos.
Todas as pessoas deste tipo obtêm mais do que merecem e de fontes erradas. O que há de
comum entre elas é obviamente uma ganância sórdida, e todas carregam um aviltante por causa
do ganho - de um pequeno ganho, aliás. Com efeito, aquelas pessoas que ganham muito em
fontes erradas, e cujos ganhos não são justos - por exemplo, os tiranos quando saqueiam cidades
e roubam templos, não são chamados de avarentos, mas de maus, ímpios e injustos. São
inúmeros os exemplos de falta de honestidade no exercício de uma profissão. Um psicanalista,
abusando de sua profissão ao induzir um paciente a cometer adultério, está sendo desonesto. Um
contabilista que, para conseguir aumentos de honorários, retém os livros de um comerciante,
está sendo desonesto. A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio
que não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais. 
Sigilo: O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser desenvolvido
na formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo muito importante. Uma informação
sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória. Revelar detalhes
ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em geral, nada interessa a terceiros e
ainda existe o agravante de que planos e projetos de uma empresa ainda não colocados em
prática possam ser copiados e colocados no mercado pela concorrência antes que a empresa que
os concebeu tenha tido oportunidade de lançá-los. Documentos, registros contábeis, planos de
marketing, pesquisas científicas, hábitos pessoais, dentre outros, devem ser mantidos em sigilo e
sua revelação pode representar sérios problemas para a empresa ou para os clientes do
profissional. 
 
 Competência: Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de
forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. "A função
de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem." (ARISTÓTELES, p.24). É
de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área de atuação.
Recursos humanos devem ser incentivados a buscar sua competência e maestria através do
aprimoramento contínuo de suas habilidades e conhecimentos. O conhecimento da ciência, da
tecnologia, das técnicas e práticas porfissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de
boa qualidade. Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada
tarefa, mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a
devida capacitação para executá-lo. Pacientes que morrem ou ficam aleijados por incompetência
médica, causas que são perdidas pela incompetência de advogados, prédios que desabam por
erros de cálculo em engenharia, são apenas alguns exemplos de quanto se deve investir na busca
da competência. 

Prudência:  Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança. A prudência, fazendo
com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma
mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a
serem tomadas. a prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os
julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis. 

Coragem:  Todo profissional precisa ter coragem, pois "o homem que evita e teme a tudo, não
enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde" (ARISTÓTELES, p.37). A coragem nos ajuda a
reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos cônscios de
nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando
estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum. Temos que ter coragem para
tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem levar em conta
possíveis atitudes ou atos de desagrado dos chefes ou colegas. 

Perseverança:  Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está
sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. É louvável a perseverança
dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.  

Compreensão: Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele
dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional. É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que
o profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência
do seu trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela
profissão.  Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A
compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em benefício
de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada. 

Humildade: O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da
verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de
pessoas.  Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua
atividade profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração de
outros profissionais mais capazes, se tiver esta necessidade, dispor-se a aprender coisas novas,
numa busca constante de aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de melhor
interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com subserviência, dependência
? quase sempre lhe é atribuído um sentido depreciativo. Como exemplo, ouve-se
freqüentemente, a respeito determinadas pessoas, frases com estas: Fulano é muito humilde,
coitado!  Muito simples! Humildade está significando nestas frases pessoa carente que aceita
qualquer coisa, dependente e até infeliz.  Conceito errôneo que precisa ser superado, para que a
Humildade adquira definitivamente a sua autenticidade. 

Imparcialidade: É uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois
se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinheiro,
técnica, sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente
uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial,
logo a justiça depende muito da imparcialidade. 
Otimismo:  Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e deve
ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do
desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom-humor. 
Conclusão

Deontologia (do grego δέον, translit. deon, "dever, obrigação" + λόγος, logos, "ciência"),


na filosofia moral contemporânea, é uma das teorias normativas, segundo a qual as escolhas são
moralmente necessárias, proibidas ou permitidas. Portanto inclui-se entre as teorias morais que
orientam nossas escolhas sobre o que deve ser feito. [1] É também entendida como a parte
da Filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas da moral.[2]

Também é, às vezes, descrita como a ética baseada na "obrigação" ou em "regras", porque


regras lhe "vinculam a seu dever". A ética deontológica é comumente contrastada com
o consequencialismo e a ética da virtude. Nesta terminologia, a ação é mais importante do que
as consequências.
Referências bibliográficas

ARISTÓTELES, (2007). Ética a Indomado. São Paulo: Editora Martim Clarete.

KANT, E. (1988). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: edições 70.

KANT, I. (2001). Lecciones de ética. Barcelona: Biblioteca de Bolsito.

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