A Igreja e A Pos Modernidade
A Igreja e A Pos Modernidade
A Igreja e A Pos Modernidade
Esta monografia é dedicada com muito amor e carinho à minha amada esposa Janice, que
sempre me apoiou e incentivou a estudar. Minha linda filha Camily, meus pais e todos os
discípulos da Igreja Batista Paz e Vida.
AGRADECIMENTOS
Quero primeiramente agradecer a Deus por ter me abençoado abrindo as portas para estudar e
por colocar pessoas em meu caminho que muito me ajudaram: à minha irmã Margarete que
durante certo período de tempo investiu em meu ministério. Agradeço à FATES onde fiz dois
anos de meu curso de bacharel em teologia. Agradeço ao STEB onde concluí o curso.
Agradeço em geral a todas as pessoas que oraram por mim, que sempre acreditaram no meu
chamado e apoiaram o meu ministério.
RESUMO
O presente trabalho “Igreja na pós-modernidade” visa mostrar ao leitor os perigos que rondam
as igrejas evangélicas do Brasil na atualidade. Mostra também as oportunidades que a pós-
modernidade oferece para a pregação do evangelho. No decorrer da monografia muitas
questões são levantadas, por exemplo: Como a Igreja pode ser relevante no mundo pós-
moderno, sem cair numa espécie de secularismo? A Igreja tem alguma resposta ao homem
pós-moderno? Quais são os desafios que a igreja tem de enfrentar nesse inicio de século?
Como criar um ambiente acolhedor e interessante para os jovens sem perder a essência do
evangelho? Qual deve ser a conduta do pastor diante dos novos desafios? Estas são
perguntas que o autor procura responder no desenvolvimento do trabalho. Ele usa uma
linguagem clara, simples e direta sem muitos rodeios, sempre procurando caminhar de forma
objetiva. O autor não se reserva apenas a criticar a mentalidade do mundo pós-moderno, bem
como a criticar a acomodação da igreja a esta nova maneira de pensar. Mas ele mostra
soluções para a igreja ser triunfante. Certamente que esse estudo pode ser um bom guia para
se formar um fórum de debate entre acadêmicos de teologia e professores, entre pastores e
líderes e entre os membros da igreja de forma geral, pois o assunto abordado nesse trabalho
ganha importância à medida que o tempo vai passando.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................10
2. O CIDADÃO PÓS-MODERNO...............................................................12
2.1. A mentalidade do cidadão pós-moderno...............................................13
2.2. Características do pós-modernismo que mais nos afetam...................15
3. DESAFIOS DA IGREJA NA PÓS-MODERNIDADE...............................19
3.1. Como pregar o evangelho numa sociedade pós-moderna?.................20
3.2. Igreja moderna: o desafio das crises ....................................................21
4. SOLUÇÕES PARA A IGREJA NA PÓS-MODERNIDADE.....................26
5. CONCLUSÃO.........................................................................................35
6. REFERÊNCIAS......................................................................................37
1. INTRODUÇÃO
Como a Igreja pode ser relevante no mundo pós-moderno sem cair numa espécie de
secularismo? Qual deve se a postura adotada pela nova geração de pastores que estão se
levantando? A Igreja tem alguma resposta ao homem pós-moderno? A resposta para estas
perguntas não são simples de serem respondidas. Há muitas questões em jogo. São vários os
desafios a serem enfrentados.
Os objetivos no desenvolvimento do tema é identificar quais são esses desafios, as crises
geradas na cabeça dos cristãos, e as complexidades do homem pós-moderno. No
desenvolvimento também se procura apontar as possíveis soluções para a igreja ser saudável
em um mundo que está cada vez mais distante do criador.
O capítulo um trata das dificuldades que a igreja sempre enfrentou até chegar à era pós-
moderna, a nova mentalidade que esta se formando principalmente na cabeça dos mais jovens
e como somos afetados por esta nova maneira de pensar.
O capítulo dois aponta os desafios que os crentes têm de enfrentar para não se corromper
frente às muitas dificuldades diante de si. Como pregar o evangelho para uma sociedade cada
vez mais fechada? Também procura mostrar as várias crises que isto tem gerado no seio
familiar, na sociedade e até mesmo dentro da igreja.
O terceiro e último capítulo faz alguns apontamentos de possíveis soluções para a igreja
penetrar na vida cada vez mais privada do cidadão pós-moderno. Mostra igualmente a postura
que os lideres das igrejas precisam ter diante dos vários modismos lançados e ditados pela
mídia.
A razão de se fazer uma monografia sobre a igreja na pós-modernidade é por se tratar de um
assunto de suma importância primeiramente para os pastores e líderes. O pastor evangélico
sente na pele diariamente o desafio de pastorear na pós-modernidade. Sabe também de perto
o que é lidar com o homem pós–moderno e suas complexidades. Em segundo lugar, a razão
deste trabalho é porque ele se justifica por tratar-se de um tema da atualidade com grande
relevância para os evangélicos de modo geral e até mesmo pessoas de outros grupos
religiosos. O mundo vive um momento de grandes transformações e a igreja precisa estudá-lo
para entendê-lo. Daí a importância desse estudo.
2. O CIDADÃO PÓS-MODERNO
A igreja do Senhor Jesus desde a sua fundação no século I até a atualidade vem enfrentando
muitos desafios para sobreviver. Em determinados momentos, parecia que ela seria esmagada
pelo adversário de tão grande que eram as dificuldades.
No século primeiro, por exemplo, os cristãos eram perseguidos, presos e muitos foram mortos.
Tiago, um dos apóstolos da igreja, morreu ao fio da espada. Estevão, um dos sete diáconos, foi
apedrejado sem misericórdia alguma. Pedro, Paulo e tantos outros cristãos foram mártires. Ser
crente nunca foi uma tarefa muito fácil.
O próprio Jesus, nunca prometeu que as coisas seriam fáceis. “Tenho-vos dito isto, para que
em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo
16.33).
Ele disse também que seriamos perseguidos, injuriados por causa do seu nome. “Bem-
aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa” (Mt 5.11).
É verdade que a igreja nunca teve sossego e ninguém deve se iludir pensando que é possível
viver o céu aqui na terra. O descanso da igreja será apenas quando chegar ao céu. Aqui na
terra a igreja esta ainda militando, batalhando, lutando. Mas ninguém precisa desanimar. O
Senhor disse: “edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt
16. 18).
Talvez o primeiro século tenha sido a época de maior tribulação que a igreja já enfrentou. No
entanto, uma coisa é certa e todos concordam, foi a melhor fase da igreja espiritualmente. As
pessoas viviam a fé no Cristo ressurreto intensamente, mesmo sendo ameaçados pela prisão e
até mesmo pela morte não retrocederam. É impressionante o nível de unção derramado sobre
aquele povo. Eles com alegria buscavam o Senhor de todo coração, tinham comunhão uns
com os outros e falavam e mostravam o amor de Deus por onde passava (At 2.46).
No século XX, já na era moderna, a civilização teve muitos progressos, principalmente no
ocidente. Mas com o progresso, a tecnologia e a informatização, vieram também novos
problemas. No campo religioso, a igreja teve de enfrentar o racionalismo, o materialismo e uma
crescente onda de ateísmo. Isto obrigou a igreja a rever a sua apologética diante de novos
obstáculos. Hoje, olhando para trás, vemos que aquelas dificuldades já não representam
maiores perigos, podemos dizer seguramente que são desafios ultrapassados (GAMA FILHO,
2004, p. 34).
Porém foi no final do século XX que se iniciou uma nova era, como destaca Coelho Filho:
Em 1989 o mundo foi sacudido de maneira como poucas vezes o fora anteriormente. Caiu o
muro de Berlim. Poucas pessoas entenderam que não era apenas um evento, mas uma nova
era na história da humanidade (2002, p. 12).
Há algumas controvérsias quanto ao comentário citado acima. Alguns pensam que a pós-
modernidade iniciou bem antes da queda do muro de Berlim. A questão maior é que todos os
pensadores concordam no fato de que estamos na pós-modernidade.
5. CONCLUSÃO
Rubens Amorese em seu livro Icabode: da mente de Cristo à consciência moderna comenta
que não há como negar que existe uma guerra para ver quem vai impor a sua realidade, o seu
mundo sobre a civilização. É também verdade que essa guerra vai além do tempo e do espaço.
Ela se estende às regiões celestiais.
Que o inimigo é incansável e faz de tudo para destruir a igreja não é novidade para ninguém.
No entanto, a igreja de Jesus precisa cumprir a sua missão apesar de toda luta, de toda
perseguição e de todas as investidas de Satanás. Ela não pode se encolher nesse momento
tão decisivo.
Vimos que os desafios são imensos, mas não insuperáveis. São muitos, mas não impossíveis
de serem vencidos. A noiva de Cristo pode ser perseguida, maltratada e ter alguns de seus
membros até mortos, mas ela jamais será destruída. Jamais será aniquilada e jamais será
extinta da face da terra como foi pretendida pelo inimigo. Desafios existem para ser superados
e vencidos, essa deve ser a mentalidade do povo de Deus.
Um dos desafios da igreja hoje é penetrar na vida das pessoas. Porque o cidadão moderno não
consegue e não deseja abrir mão de seu conforto privado. Não deseja abrir mão de sua forma
de pensar e de agir; isso seria abrir mão de sua privacidade.
A conclusão desse trabalho consiste em afirmar que é possível ser uma igreja bíblica e
relevante num mundo pós-moderno. No entanto, é necessário muito esforço e empenho. A
Bíblia diz que o Reino de Deus é tomado a força, e hoje, a igreja precisa reafirmar
constantemente sua fidelidade ao Senhor. Os valores do Reino de Deus devem ser enfatizados
firmemente para que as ovelhas não caiam no engano do diabo.
O resultado desse estudo nos leva a um interesse ainda maior pelo tema. Estudar o homem no
seu aspecto filosófico sempre constituiu ponto de interesse para qualquer acadêmico de
teologia ou teólogo. O pastor não pode parar de pesquisar esse assunto; mesmo porque a
civilização está em constantes transformações e mudanças. O pregador do evangelho deve ter
uma mensagem relevante para as pessoas, trazendo do trono de Deus respostas para os
maiores anseios do coração do homem.
6. REFERÊNCIAS
AMORESE, Rubens Martins. Icabode: da mente de Cristo à consciência moderna. Viçosa:
Ultimato, 1998
Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999
CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos: uma história da igreja cristã. São Paulo:
Vida Nova, 1995
FILHO, Tácito da Gama. Apologética: o cristianismo em questão. Goiânia: Editora Ceteo, 2004
LUTZER, Erwin E. Cristo entre outros deuses: Uma defesa da fé cristã numa era de tolerância.
Rio de Janeiro: Casa Publicadora Assembléia de Deus, 2007
MACARTHUR, Jr. John. Redescobrindo o ministério pastoral. Rio de Janeiro: Casa Publicadora
Assembléia de Deus, 1998
STTOT, John. Eu creio na pregação. São Paulo: Editora Vida, 2003
WARREN, Rick. Igreja com propósitos. São Paulo: Editora Vida, 1997
. Acesso em 1 de dezembro de 2009, citação de PEREIRA, Alberto
. Acesso em 10 de dezembro de 2009, citação de LOPES, Hernandes Dias
. Acesso em 4 de dezembro de 2009
. Acesso em 27 de novembro de 2009
. Acesso em 10 de dezembro 2009
. Acesso em: 12 de dezembro de 2009, citação de COELHO FILHO, Isaltino
. Acesso em: 9 de dezembro de 2009
. Acesso em 25 de no novembro de 2009