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1º Ano - Pet 2 - Gabarito

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Volume 2

SUMÁRIO
SOCIOLOGIA .......................................................................................... pág. 146

Semana 1: O que é cultura? ............................................................. pág. 146

Semana 2: Desigualdade Social ........................................................ pág. 152

Semana 3: Socialização e o direito das mulheres............................. pág. 162

Semana 4: Por que falar sobre raça e Etnia? ..................................... pág. 169
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
COMPONENTE CURRICULAR: SOCIOLOGIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO – EM
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA: TURNO:
MÊS: TOTAL DE SEMANAS: 04
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 02 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 08

SEMANA 1

UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):

Diversidades e desigualdades na sociedade contemporânea.

OBJETO DECONHECIMENTO:

Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.

HABILIDADE(S):

Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com
culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas
formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

Diversidade cultural, História das desigualdades, Violência Urbana, Violência doméstica.

INTERDISCIPLINARIDADE:

História, Geografia, Filosofia e Português (Redação).

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O QUE É CULTURA?

Você certamente já deve ter percebido que certas palavras são utilizadas com mais de um
sentido. É precisamente esse o caso do termo ―cultura‖. É comum, por exemplo, ouvirmos dizer que
determinada pessoa tem cultura porque fala vários idiomas ou porque conhece muitas obras de
literatura. Saindo do plano individual, também é frequente lermos que certa civilização produziu uma
cultura muito complexa do ponto de vista religioso. Além desses dois usos, eventualmente nos
deparamos com pessoas que costumam comparar a época atual com a do passado, dizendo, por
exemplo, que as pessoas da década de 1970 não apreciavam a cultura pop internacional tanto quanto
as de hoje o fazem. Em todos esses casos, estamos diante da mesma palavra, ―cultura‖. Mas os
sentidos com que ela aparece em cada um dos contextos são bastante diferentes, conforme notou o
pensador Félix Guattari. uma das contribuições de Guattari é a distinção dos três sentidos usuais de
―cultura‖: cultura-valor, cultura-alma coletiva e cultura-mercadoria.
Cultura como valor (Capital cultural): Ela expressa a ideia de que é possível ter ou não ter
determinada cultura. É o caso, por exemplo, dos brasileiros que dominam a língua francesa, latina ou
alemã, sendo, por isso, considerados cultos. O uso do termo ―cultura‖ para denotar um valor permite,
portanto, determinar a distinção entre quem tem e quem não tem uma suposta cultura (por exemplo,
artística, musical, científica, filosófica e matemática, dentre outras). A noção de cultura como valor
permite, ainda, classificar certo indivíduo como pertencente ao meio culto ou inculto, dentre muitos
outros. Pessoas que não dominam as normas da língua culta para a escrita, por exemplo, tendem a ser
classificadas como incultas.
Cultura-alma coletiva: É o uso cotidiano da palavra ―cultura‖, o chamado ―cultura-alma
coletiva‖,

é sinônimo de ―civilização‖. Nesse caso, estamos diante da noção de que todas as pessoas,
grupos e povos têm cultura e identidade cultural. A população do interior do estado de São Paulo, por
exemplo, tem como parte integrante de sua identidade cultural um sotaque bastante peculiar na
pronúncia do ―r‖ em palavras como ―porta‖, ―jantar‖ e ―dormir‖, dentre tantas outras. É nesse sentido,
portanto, que falamos de cultura negra, chinesa ou ocidental, sempre fazendo referência aos traços
culturais que possibilitam a identificação e a caracterização dos indivíduos que constituem esses povos.
Cultura-mercadoria: O uso do termo ―cultura‖ como cultura-mercadoria corresponde, segundo
Guattari, à chamada ―cultura de massa‖. Nesse caso, não se trata de avaliar a qualidade da cultura que
determinada pessoa tem ou não, nem tampouco de delimitar os traços culturais de um povo (como os
habitantes do interior de São Paulo). A noção de cultura-mercadoria está ligada a bens, equipamentos
e conteúdos teóricos e ideológicos de produtos que estão à disposição das pessoas que querem e
podem comprá-los. São os casos, por exemplo, de serviço, filmes, livros, músicas, novelas, séries e
programas de reality shows consumidos por milhões de pessoas dentro e fora do Brasil. Ou seja, gente
com repertórios culturais muito distintos (primeiro sentido) e oriundos de culturais extremamente
diversificadas (segundo sentido) pode muito bem partilhar a mesma cultura- mercadoria quando
assiste ao Big Brother ou escuta Katy Perry.
Fonte: Disponível em : https://doutorgori.wordpress.com/2012/08/15/a-charge-da-semana/ -
acesso 15/06/2020

DIVERSIDADE CULTURAL E ETNOCENTRISMO

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O etnocentrismo denota a maneira pela qual um grupo, identificado por sua particularidade
cultural, constrói uma imagem do universo que favorece a si mesmo. Compõe-se de uma valorização
positiva do próprio grupo, e um referência aos grupos exteriores marcada pela aplicação de normas do
seu próprio grupo, ignorando, portanto, a possibilidade de o outro ser diferente. Sendo baseado numa
preferência que não encontra uma validade racional, o etnocentrismo é encontrado, em diferentes
graus, em todas as culturas humanas. Mas não é só o fato de preferir a própria cultura que constitui o
que se convencionou chamar de etnocentrismo, e sim o preconceito acrítico em favor do próprio grupo
e uma visão distorcida e preconceituosa em relação aos demais. O etnocentrismo é um

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fenômeno sutil, que se manifesta através de omissões, seleção de acontecimentos importantes,
enunciado de um sistema de valores particular, etc. Em sua expansão, a partir do século XV, as
sociedades européias se defrontaram com outras sociedades e perceberam que estas não eram feitas à
sua imagem. A reação imediata do Ocidente foi o etnocentrismo. Em seu avanço, a cultura européia
não só é etnocêntrica, como também etnocidária. O etnocídio é a destruição de modos de vida e de
pensamentos diferentes dos
compartilhados por aqueles que conduzem à prática da destruição, que reconhecem a diferença
como um mal que deve ser sanado mediante a transformação do Outro em algo idêntico ao modelo
imposto. Resulta disso, segundo Jaulin, que o conjunto submetido a essa cultura é homogêneo, pois
provém da extensão de si mesmo e da negação do Outro. O outro é sempre negado pelas culturas
européias, pois o universo no qual está integrado passa a depender dessas culturas.
TELLES, Norma. A imagem do índio no livro didático: equivocada, enganadora. Em Aracy
Lopes da Silva (organizadora), A questão indígena na sala de aula, São Paulo, Brasiliense, 1987, p. 75-
6.

CULTURA POPULAR E CULTURA ERUDITA

Muito provavelmente você sabe o que é cultura, mas é preciso ressaltar que cultura, muitas
vezes é confundida com aquisição de conhecimentos, com educação, com erudição. A cultura é
informação, é a reunião de conhecimentos aprendidos no decorrer de nossas vidas, é herança social.
Por ser uma herança social, o ser humano ―recebe‖ a cultura dos seus antepassados, mas cada
pessoa, cada indivíduo é capaz de modificar a cultura herdada, pois a cultura é modificável, flexível, o
ser humano ―recebe‖ a cultura e a remodela, portanto a cultura não é fixa.
E, falando em erudição, a chamada cultura erudita está associada às elites, os seus produtores
fazem parte de uma elite social, econômica, política e cultural e seu conhecimento é proveniente do
pensamento científico, dos livros, das pesquisas universitárias ou do estudo em geral (erudito significa
que tem instrução vasta e variada adquirida, sobretudo pela leitura). A arte erudita e de vanguarda é
produzida visando museus, críticos de arte, propostas revolucionárias ou grandes exposições, público e
divulgação. A Cultura Erudita é a produção acadêmica centrada no sistema educacional, sobretudo na
universidade, produzida por uma minoria de intelectuais.
Cultura é tudo aquilo que aprendemos e compartilhamos com nossos semelhantes. Ela é relativa,
não existe uma cultura boa, ou uma cultura ruim, superior ou inferior, como acreditavam os alemães,
inclusive criadores da compreensão que muitos de nós ainda temos de ―Cultura‖ com C maiúsculo,
indicando superioridade, e neste sentido quem compreende a cultura desta forma arcaica e equivocada
tende a fazer afirmações do tipo: ― fulano é culto‖ ―Fulano não tem cultura‖ ora, todos e todas temos
cultura!
Cultura pode por um lado referir-se à alta cultura, à cultura dominante, ou seja, a cultura erudita,
e por outro, a qualquer cultura. No primeiro caso, cultura surge em oposição à selvageria, à barbárie;
cultura é então a própria marca da civilização, como queriam os alemães ao idealizarem a idéia da
―Kultur‖ alemã indicando a superioridade da cultura alemã em detrimento das outras culturas,
como modelo de civilidade, de progresso. Ou ainda, a alta cultura surge como marca das
camadas dominantes da população de uma sociedade; se opõe à falta de domínio da língua escrita, ou

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à falta de acesso à ciência, à arte e à religião daquelas camadas dominantes. No segundo caso, pode-
se falar de cultura a respeito de todos os povos, nações, grupos ou sociedades humanas.

152
Cultura está muito associada a estudo, educação, formação escolar, o que não é correto; por
vezes se fala de cultura para se referir unicamente às manifestações artísticas, como o teatro, a
música, a pintura, a escultura, cinema, logo ouvimos falar também de acesso à cultura. Outras vezes,
ao se falar na cultura da nossa época ela é quase que identificada com os meios de comunicação de
massa, tais como o rádio, a televisão. Ou então cultura diz respeito às festas e cerimônias tradicionais,
às lendas e crenças de um povo, ou a seu modo de se vestir, à sua comida, a seu idioma. A lista ainda
pode aumentar mais.
Contudo, devemos entender como cultura todas as maneiras de existência humana. Essa tensão
entre referir-se a uma cultura dominante ou a qualquer cultura, permanece, e explica-se em parte a
multiplicidade de significados do que seja cultura. Notem que é no segundo sentido que as ciências
sociais costumam falar de cultura, no sentido amplo, como fenômeno unicamente humano, que se
refere a capacidade que os seres humanos tem de dar significados às suas ações e ao mundo que os
rodeia.
Cabe aqui iniciarmos uma conversa sobre cultura popular, que aparece associada ao povo, às
classes excluídas socialmente, às classes dominadas. Ao contrário da cultura erudita, a cultura popular
não está ligada ao conhecimento científico, pelo contrário, ela diz respeito ao conhecimento vulgar ou
espontâneo, ao senso comum. Geralmente a cultura popular é identificada com folclore, conjunto das
lendas, contos e concepções transmitidas oralmente pela tradição. É produzida pelo homem do campo,
das cidades do interior ou pela população suburbana das grandes cidades.
A cultura popular é conservadora e inovadora ao mesmo tempo no sentido em que é ligada à
tradição (costumes, crenças, rituais), mas incorpora novos elementos culturais. Muitas vezes a
incorporação de elementos modernos pela cultura popular (como materiais como plástico, por
exemplo) a transformação de algumas festas tradicionais em espetáculos para turistas (como o
carnaval) ou a comercialização de produtos da arte popular são, na verdade, modos de preservar a
cultura popular a qualquer custo e de seus produtores terem um alcance maior do que o pequeno
grupo de que fazem parte.
Todos os indivíduos, todos os seres humanos tem cultura, no entanto, cada cultura é diferente da
outra, mesmo povos ditos incivilizados tem cultura, pois a cultura não baseia-se somente
na linguagem escrita, e, como é herança social é transmitida de geração em geração. Cultura
compreende uma série de elementos, como costumes, crenças religiosas, vestimenta, língua, objetos,
rituais etc.

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ATIVIDADES

1— A cultura material nada mais é que a importância que determinados objetos possuem para
determinado povo e sua cultura. É também através da cultura material que se ajuda a criar uma
identidade comum. Já a cultura imaterial é uma manifestação de elementos representativos, de
hábitos, de práticas e costumes. A transmissão dessa cultura se dá muitas vezes pela tradição.

São exemplos de cultura Imaterial:

a) ( ) A religião, o sotaque e a roupa de um povo.


b) ( ) Comidas típicas, a roupa, arquitetura e a música.
c) ( ) Utensílios, a arquitetura, folclore e comidas típicas.
d) ( ) Festas, a religião, o folclore e o sotaque.

e) ( ) Sotaque, a roupa, arquitetura e a música


Se analisarmos as opções anteriores, podemos descartar como imaterial: a
roupa de um povo, arquitetura, utensílios.

2 — É uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os
outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições
do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a
diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc.

A definição corresponde a quais conceitos?

a) ( ) Relativismo cultural.
b) ( ) Etnocentrismo.
c) ( ) Heliocentrismo.
d) ( ) Diversidade cultural.
e) ( ) Preconceito.
O etnocentrismo pode ser definido como o ato de julgar o diferente (a cultura do outro) como
ruim ou inferior tendo como parâmetro para o julgamento a sua própria cultura, como se esta fosse o
único modelo correto ou melhor.

3— Não corresponde a uma atitude ou visão etnocêntrica:

a) ( ) Os índios brasileiros não tiveram a sua mão de obra aproveitada pelos portugueses por
que eram preguiçosos e não gostavam de trabalhar.
b) ( ) Os negros se tornaram escravos dado a sua condição física: mais fortes, resistentes,
destinados ao trabalho braçal.
c) ( ) As favelas são lugares carentes de cultura.
d) ( ) Toda sociedade possui seu valor e devem ser respeitadas em suas diversidades.
e) ( ) O Funk devido ao erotismo e ao estímulo ao consumo presentes nas letras de suas

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músicas não pode ser considerado uma manifestação Cultural.

A letra D é a opção correta, pois ela não correponde a uma atitude ou visão
etnocentrica. Pelo contrário, ela afirma o respeito ao outro.

4 — O conceito ―São diferenças culturais que existem entre os seres humanos. Há vários

tipos, tais como: a linguagem, danças, vestuário, religião e outras


tradições como a organização da sociedade‖ diz respeito a:

a) ( ) Ações etnocêntricas.

b) ( ) Diversidade Cultural.

c) ( ) Relatividade Moral.

d) ( ) Descritivismo Antropológico.

e) ( ) Diversidade Linguística.
Diversidade cultural são os vários aspectos que compoe as diferentes culturas, tais como
a linguagem, o modo de vestir, as tradições, as culinária, o modelo de organização social, a
política, etc.

5— Dentre as frases a seguir, identifique aquela que expressa a principal função das
propagandas em uma sociedade de consumo.

a) ( ) Informar os consumidores das virtudes dos produtos.


b) ( ) Divulgar o produto para atingir demanda já existente.
c) ( ) Esconder os problemas dos produtos.
d) ( ) Criar a necessidade de consumo alavancando a demanda (vendas).
e) ( ) Promover pessoas importantes.

A principal função das propagandas é fazer com que o consumidor


deseje o bem ofertado, aumentando assim as chances de vendas.
Quanto mais eu vejo um objeto, mais eu o quero.

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SEMANA 2

UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):

Diversidades e desigualdades na sociedade contemporânea.

OBJETO DECONHECIMENTO:

Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.

HABILIDADE(S):

Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com
culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas
formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

Diversidade cultural, História das desigualdades, Violência Urbana, Violência doméstica.

INTERDISCIPLINARIDADE:

História, Geografia, Filosofia e Português (Redação).

156
157
DESIGUALDADE SOCIAL

A Desigualdade social é o fenômeno em que ocorre a diferenciação entre pessoas no contexto de


uma mesma sociedade, colocando alguns indivíduos em condições estruturalmente mais vantajosas do
que outros. Ela manifesta-se em todos os aspectos: cultura, cotidiano, política, espaço geográfico e
muitos outros, mas é no plano econômico a sua face mais conhecida, em que boa parte da população
não dispõe de renda suficiente para gozar de mínimas condições de vida.
Inúmeros dados e estudos apontam que a desigualdade social e econômica cresce em todo o
mundo. Dados do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) revelam que 1% dos
mais ricos detêm 40% dos bens globais. Um relatório da ONG Oxfam demonstra também que as 85
pessoas mais ricas do mundo possuem uma renda equivalente às 3,5 bilhões de pessoas mais pobres.
Diante desse panorama, que gera inúmeros excluídos e miseráveis em todo o mundo, surge a
questão: o que causa a desigualdade social? A grande questão é que, desde as construções das
civilizações durante o período neolítico, quando as sociedades passaram a viver dos excedentes que
produziam, as diferenças sociais começaram a surgir. O problema, nesse caso, é a intensificação da
pobreza e da falta de equidade nas condições oferecidas para que os diferentes indivíduos possam
produzir suas próprias condições de sobrevivência.
O teórico Jean-Jacques Rousseau afirmava que a desigualdade é um fenômeno que tende a sempre
se intensificar no contexto social. As famílias mais pobres possuem um menor acesso à instrução e às
informações necessárias para alavancar um desenvolvimento próprio, enquanto os grupos mais ricos
possuem um maior nível estrutural para investirem e multiplicarem sua renda e os largos benefícios
advindos dela. Para Rousseau, o que causa a desigualdade é exatamente a divisão social do trabalho,
com a criação da propriedade e dos bens particulares e não distribuíveis.
Outro pensador famoso por categorizar essa questão foi Karl Marx. Ele enxergava a sociedade a
partir da luta de classes e via a desigualdade manifestada a partir dos desequilíbrios entre a burguesia
e os trabalhadores, haja vista que a primeira era a detentora dos meios de produção, controlando e
retendo a maior parte dos lucros sobre os bens produzidos a partir do trabalho coletivo. Essa lógica,
perpetuada pela mais-valia, concentrava a renda e marginalizava os cidadãos, além de criar o exército
de reserva de desempregados, que garantia uma concorrência entre os próprios trabalhadores,
privando-os de sua emancipação.

Fonte: Disponível em :
https://alunosonline.uol.com.br/sociologia/desigualdade-social.html

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DESIGUALDADE SOCIAL

Conceitos de Meritocracia
Meritocracia é um sistema ou modelo de
hierarquização e premiação baseado nos méritos
pessoais de cada indivíduo. A origem etimológica da
palavra meritocracia vem do latim meritum, que
significa ―mérito‖, unida ao sufixo grego cracía, que
quer dizer ―poder‖. Assim, o significado literal de
meritocracia seria ―poder do mérito‖.

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De acordo com a definição ―pura‖ da
meritocracia, o processo de alavancamento
profissional e social é uma consequência dos
méritos individuais de cada pessoa, ou seja, dos
seus esforços e dedicações. A meritocracia é um
modelo de distribuição de recursos, prêmios ou
vantagens, cujo critério único a ser considerado é
o desempenho e as aptidões individuais de cada
pessoa. Como uma das ideias que fundamenta
moralmente o liberalismo, a meritocracia é um
Fonte: Disponível em:
princípio essencial de justiça
https://falauniversidades.com.br/igualdade-x-
equidade-os- reflexos-na-sociedade-brasileira/
-acesso 15/06/2020

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nas sociedades ocidentais modernas. A partir dessa ideia é que se justifica e se legitima a forma como
os recursos estão distribuídos na sociedade. Segundo essa tese, a mobilidade social deve ser um
resultado exclusivo dos esforços individuais através da qualificação e do trabalho.

Você já se perguntou por que existem pessoas pobres e pessoas ricas em nossa sociedade? Será que
o ―sucesso‖ depende da ação individual das pessoas (agência) ou é definido por questões sociais
(estrutura social) definida pelas maiores ou menores oportunidade que as pessoas tem ao nascer e
desfrutam ao longo de toda a sua vida. Para lhe ajudar a responder essa questão sugerimos que assista o
vídeo ―O segredo da meritocracia‖ (acesse: https://www.youtube.com/watch?v=YINTTVjBrY4), ele ajudará
a entender as inúmeras variáveis que define a trajetória social de um indivíduo.

Concentração de riqueza

Fenômeno presente em sociedades marcadas por intensas desigualdades, onde grande parte da
riqueza produzida acaba por ficar nas mãos de uma pequena parcela de indivíduos. Tal situação acaba
por dificultar as possibilidades de mobilidade social (principalmente no que se refere à ascensão social
dos estratos mais pobres).

Historicamente, o Brasil tem apresentado um quadro de intensa concentração de riqueza nas


mãos de grupos elitizados. Nesse sentido, podemos destacar a concentração de riqueza e poder nas
mãos das elites agrárias durante todo o período da República Velha, onde os coronéis (lideranças
locais) dominavam com extrema violência as camadas populares. Ao mesmo tempo, representantes
dos grandes latifundiários se revezavam no poder, fazendo com que a concentração de terras e
riquezas fosse mantida.

Fonte: Disponível em https://redacaonline.com.br/blog/infografico-10-dados-sobre-a-desigualdade-no-brasil/ - acesso 15/06/2020

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Mobilidade social

Possibilidade de um indivíduo migrar de um grupo social


para outro. Existem dois modelos de mobilidade: ascensão
social (migração de um grupo em posição socialmente inferior
para uma superior) e declínio ou queda social (passagem
de um grupo socialmente superior para outro inferior). A
mobilidade pode ser obtida mediante esforços ou conquistas
individuais (como nas sociedades de classes) ou por
concessões de grupos superiores (como nas sociedades
estamentais). No modelo de castas não existe a possibilidade
de ocorrer mobilidade social. Os indivíduos nascem e
permanecem no mesmo grupo social até a sua morte.

Status social

Construção da noção de prestígio a partir de características individuais. Conceito determinado pela


configuração de prestígio social presente em características individuais. Assim como os elementos que
determinam as desigualdades sociais, a noção de status também é construída socialmente.

O status pode ser ―adquirido‖ (quando conquistado por ações individuais reconhecidas
coletivamente, como, por exemplo, a profissão) ou ―atribuído‖ (mediante características individuais que
não podem ser transformadas, como a etnia).

Alguns dos principais elementos que determinam status na sociedade brasileira são renda, etnia,
gênero, formação educacional, local de moradia e profissão. Os indivíduos que não possuem as
características geradoras de status acabam por ser estigmatizados nas relações sociais.

Estratificação social

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Fonte: Disponível em: https://www.portaldovestibulando.com/2014/10/estratificacao-social-diferencas.html - acesso 15/06/2020

Conceito que analisa a existência de grupos hierarquicamente estabelecidos em uma sociedade. A


estratificação social pode ser explicada por diversos elementos, como, por exemplo, renda, religião,
origem ou etnia. Os elementos que configuram a estrutura hierárquica de um povo são construídos
socialmente, sendo sociologicamente explicados a partir de um determinado contexto. A expressão
estratificação deriva de estrato, que quer dizer camada.

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FORMAS DE MEDIR A DESIGUALDADE, ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANOS—IDH

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa usada para classificar os
países pelo seu grau de ―desenvolvimento humano‖ e para ajudar a classificar os países como
desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto), em desenvolvimento (desenvolvimento
humano médio e alto) e subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo). A estatística é
composta a partir de dados de expectativa de vida ao nascer, educação e PIB (PPC) per capita
(como um indicador do padrão de vida) recolhidos em nível nacional.

Fonte : Disponível em: < http://g1.globo.com/economia/idhm-2013/> Acesso em: 15/06/2020

Cada ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas. O IDH
também é usado por organizações locais ou empresas para medir o desenvolvimento de entidades
subnacionais como estados, cidades, aldeias, etc.

IDH — Mundo

163
Fonte: Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/idh-indice-de-desenvolvimento-
humano-dos-paises/>. Acesso 15/06/2020

164
IDH — Brasil

165
Banco Mundial alerta para desigualdades de renda no Brasil

Em 1971, o economista holandês Jan Pen publicou um célebre tratado sobre a distribuição de renda
no Reino Unido, no qual descreveu um desfile reunindo das pessoas mais pobres, na abertura, às mais
ricas, no fim. Daí surgiu o termo ―O Desfile de Pen‖. Neste mês, um estudo do Banco Mundial para a
América Latina e Caribe propôs o mesmo exercício para o Brasil, colocando na Sapucaí ―o desfile mais
estranho da história‖. ―Por muito tempo, só se veriam pessoas incrivelmente pequenas (apenas alguns
centímetros de altura), um incrível desfile de anões. Levaria mais de 45 minutos para os participantes
alcançarem a mesma altura que os espectadores. Nos minutos finais, gigantes incríveis, mais altos do
que montanhas, apareceriam‖, descreve o relatório, produzido pelo Gabinete do Economista-Chefe da
regional do Banco Mundial. O encerramento seria feito pelos milionários brasileiros, que teriam dois
terços de seus corpos a 100 km acima do nível do mar.

Fonte: Disponível em: https://www.worldbank.org/pt/news/infographic/2018/10/17/brazil-the-strangest-


parade-history . Acesso 15/06/2020

PARA SABER MAIS — Os vídeos abaixo nos ajudam a refletir sobre o quadro de desigualdade social
no Brasil, que nos leva a vivenciar uma triste e contraditória realidade onde somos ao mesmo tempo
um país rico com muita pobreza.

Ilha das Flores — Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=RRady6kla34>. Acesso em


25 jun. 2020.

Lixo Extraordinário – Disponível em: <


https://www.youtube.com/watch?v=ZdZHab1ZB8Q>. Acesso em 25 jun. 2020.

166
ATIVIDADES

ATIVIDADE 1

Análise de filmes ou séries.


Pesquise sobre filmes que tratam do tema das desigualdades sociais e realize as
seguintes atividades:

ELIZIUM:

Resumo da obra
Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação
espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande
decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para
preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt
Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.

Contexto
O filme de fato, se refere a Campos Elisíos, da mitologia grega, onde somente as
pessoas de virtude poderiam ficar nesse lugar, apenas pessoas permitidas pelos deuses
gregos é que poderiam desfrutar deste lugar, onde não havia fome, doenças, guerras, apenas
paz e nada de impuro entraria neste lugar sagrado protegido pelos deuses gregos. Apesar
disso, faz a referência a um futuro que ainda está por vir. Os presonagens principais são:
Matt Damon, Josie Foster, Sharlto Copleym Alice Braga, Diego Luna, William Fichtner, Wagner
Moura e Brandon Auret.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social?

Por tratar questões como a fome, doenças, guerras...

ERA UMA VEZ

Resumo da obra
Dé mora na favela do Cantagalo, em Ipanema. Filho da empregada doméstica Bernadete
e abandonado pelo pai, Dé viu seu irmão Beto ser assassinado por um traficante e seu outro
irmão, Carlão ser exilado da favela pelos bandidos. Decidido a não seguir o caminho do crime,
Dé trabalha vendendo cachorro-quente num quiosque da praia. De lá ele observa Nina, filha
única de uma família rica que mora na Vieira Souto, avenida em frente à praia. Os dois se
conhecem e acabam se apaixonando, porém as diferenças entre seus mundos geram diversas
críticas e preconceitos velados.

Contexto (Tipo de sociedade, personagens principais, tempo histórico...)

O filme passa no Rio de Janeiro, mostrando as desigualdades da cidade. Os principais


167
personagens são: Dé, representado por Thiago Martins, Bernadete por Cyria Coentro, Carlão
por Rocco Pitanga e Nina por Vitória Frate. Em 2008 o Brasil sofria com os efeitos da crise
econômica mundial.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social?

O filme trata justamente a desigualdade social: a riqueza X a pobreza e os preconceitos


existentes. Os mesmos problemas relatados no filme permancem atuais.

CIDADE DE DEUS.

Resumo da obra
Buscapé é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de
muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos
locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido,
Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual
permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé
analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.

Contexto

O filme retrata o dia a dia de uma comunidade no Rio de Janeiro e o crescimento do


crime organizado na Cidade de Deus, uma ―favela‖ que começou a ser construída nos anos
1960 e se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio no começo dos anos 1980. O
personagem principal é Alexandre Rodrigues, que interpreta Buscapé, que apesar da violência
presenciada consegue se salvar do mundo do crime.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social?

Violência, tráfico de drogas, pobreza.

Episódio Chaves

Resumo da obra

Chaves mostra o dia a dia de um menino pobre que passa sua infância em uma pequena
vila ao lado de seus amigos, Chiquinha e Kiko. Ele cria complicações para os adultos Seu
Madruga, Seu Barriga, Professor Girafales, Dona Florinda e a Bruxa do 71.

Contexto

A história se passa em uma Vila do México, em que o Chaves enfrenta várias dificuldade
no seu dia a dia.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social?

A desigulade econômica entre os personagens que acaba levando a desigualdade social.

A HORA DA ESTRELA

Resumo da obra

168
Macabéa é uma imigrante nordestina, que vive em São Paulo. Ela trabalha como
datilógrafa em uma pequena firma e vive em uma pensão miserável, onde divide o quarto
com outras três mulheres. Macabéa não tem ambições, apesar de sentir desejo e querer ter
um namorado. Um dia ela conhece Olímpico (José Dumont), um operário metalúrgico com
quem inicia namoro. Só que Glória (Tamara Taxman), colega de trabalho de Macabéa, tem
outros planos após se consultar com uma cartomante (Fernanda Montenegro).

Contexto

O filme foi lançado em 1985 e é uma adaptação do romance de Clarice Lipector, da


década de 70, quando o Brasil vivia sob o regime ditatorial. Mostra a migração de nordestinos
para São Paulo em busca de uma vida melhor. Macabéa, interpretada por Marcélia Cartaxo é
a atriz principal.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social?

A desigualdade social entre as pessoas, que leva a busca por uma vida melhor, por mais
oportunidades em outros estados brasileiros.

O HOMEM QUE VIROU SUCO.

Resumo da obra

O filme aborda a resistência de um poeta popular diante de uma sociedade opressora,


que o obriga a eliminar suas raízes.

Deraldo, poeta popular do Nordeste, chega à capital de São Paulo sobrevivendo apenas
de suas poesias e folhetos. Tudo vai muito bem até ele ser confundido com um operário de
multinacional que matou o patrão em uma festa em que recebeu o título de operário
símbolo.

Ele, então, passa a ser perseguido pela polícia e perde sua identidade e sua cidadania.
Obrigado a trabalhar, ele refaz a trajetória de um migrante na grande metrópole: a
construção civil, os serviços domésticos, o metrô, a humilhação e a violência.

Arrasado, o poeta só vê uma saída: encontrar o verdadeiro assassino e escrever a


história do operário que matou o patrão. Essa busca revela um outro lado da operação. O
poeta completa sua visão crítica, irônica e demolidora sobre o esmagamento do homem na
sociedade industrial. E acaba por escrever o folheto que dá o título de ―O Homem que Virou
Suco‖.

Contexto

O filme mostra a exploração da mão de obra de pessoas que vieram do Nordeste para a
cidade de São Paulo, onde há, e ainda existe, preconceito contra os nordestinos. O
personagem principal é Deraldo, representado por José Dumont. Foi lançado em 1981,
quando o Brasil estava vivendo a Ditadura Militar, que acabaria em 1985.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social?

Preconceito para com os nordestinos e desigualdade.


169
CENTRAL DO BRASIL

Resumo da obra

Dora (Fernanda Montenegro), uma professora aposentada, escreve cartas para


analfabetos na Central do Brasil. Uma de suas clientes tenta reaproximar o filho Josué
(Vinícius de Oliveira) do pai, mas morre ao sair da estação. Dora então ajuda a criança
encontrar o pai desaparecido, no Nordeste.

Contexto

O filme foi concebido em um momento que o Brasil passava por uma grave crise
econômica (1993) e o diretor buscou representar os problemas sociais que os brasileiros
viviam, assim como profissões que passavam (e passam) despercebidas pela sociedade. O
enredo gira em torno principalmente de Dora, interpretada por Fernanda Montenegro e Josué,
por Vinícius de Oliveira. No ano seguinte seria lançado o Real.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social

O filme retrata os problemas sociais e economicos vividos pelos brasileiros.

Bye Bye Brasil

Resumo da obra

Salomé, Lorde Cigano e Andorinha são três artistas ambulantes que cruzam o país
juntamente com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para o setor mais humilde da
população brasileira e que ainda não tem acesso à televisão. A eles se juntam o sanfoneiro
Ciço e sua esposa, Dasdô, e a Caravana cruza a Amazônia até chegar a Brasília.

Contexto

Produzido em 1979, o filme mostra um pouco do Brasil ao cruzar o país com a Caravana
Rolidei, chamando a atenção para a Rodovia Transamazônica, criada no governo Médici, em
plena ditadura militar. Os principais personagens são: Lorde Cigano, representado por José
Wilker, Salomé, por Bety Faria, Ciço, por Fábio Júnior, Dasdô, por Zaira Zambelli e Zé da Luz,
por Jofre Soares. Produzido ne época da Ditadura Militar.

Qual a relação da obra escolhida e o tema da desigualdade social?

O filme mostra as dificuldades do povo brasileiro e dos artistas ambulantes.

Referência

A HORA DA ESTRELA. Adoro cinema. Disponível em:<


http://www.adorocinema.com/filmes/filme-15146/>. Acesso em 25 jun. 2020.

A HORA DA ESTRELA. Adoro cinema. Disponível em:<


https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Hora_da_Estrela_(filme)>. Acesso em 25 jun. 2020.

BYE BYE BRASIL. Adoro cinema. Disponível em:< http://www.adorocinema.com/filmes/filme-

170
92581/>. Acesso em 25 jun. 2020.

CENTRAL DO BRASIL. Wikipedia. Disponível em:<


https://pt.wikipedia.org/wiki/Central_do_Brasil_(filme). Acesso em 25 jun. 2020.

CIDADE DE DEUS. Adoro cinema. Disponível em:< http://www.adorocinema.com/filmes/filme-


45264/>. Acesso em 25 jun. 2020.

CIDADE DE DEUS. Adoro cinema. Disponível em:<


https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade_de_Deus_(filme)>. Acesso em 25 jun. 2020.

ELYSIUM. Adoro cinema. Disponível em:< http://www.adorocinema.com/filmes/filme-182991/>.


Acesso em 25 jun. 2020.

ELYSIUM (FILME). Wikipedia. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Elysium_(filme)>.


Acesso em 25 jun. 2020.

ERA UMA VEZ. Adoro cinema. Disponível em: < http://www.adorocinema.com/filmes/filme-


180664/>. Acesso em 25. jun. 2020.

O HOMEM QUE VIROU SUCO. EBC. Disponível em:<


https://tvbrasil.ebc.com.br/cinenacional/episodio/o-homem-que-virou-suco>. Acesso em 25 jun.
2020.

O HOMEM QUE VIROU SUCO. Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em:<


http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra67266/o-homem-que-virou-suco>. Acesso em 25 jun.
2020

ATIVIDADE 2

CARTA AO PREFEITO

Pesquisar em seu bairro/comunidade (Verifique com os pais, avós, tios, amigos


mais velhos):

a) Quais os principais problemas relacionados a desigualdade social em seu


bairro?

Resposta Pessoal.

b) Como são tratados esses problemas? (segurança, educação, saúde, moradia,


transporte, emprego).

Resposta Pessoal.

c) Em comparação aos problemas de antigamente e aos atuais, o que mudou?


Cite exemplos.

171
Resposta Pessoal.

d) O que você acha que pode ser feito para amenizar essa desigualdade?

Resposta Pessoal
e) Utilize a pesquisa como referência e elabore uma carta ou e-mail ao prefeito
expondo os problemas sociais existentes em seu bairro.
Resposta Pessoal

ATIVIDADE 3

O bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manoel Bandeira)

1 — Caracterize, compare e dê exemplos de diversidades humanas e desigualdades sociais.


A diversidade humana faz referência as diferenças culturais, étnicas, de pensamento,
religiosas, de opção sexual dos seres humanos. Já a desigualdade social está ligada a
diferença econômica entre determinados grupos de uma mesma sociedade, que pode levar ao
preconceito, a exclusão, a violência, a desigualdade alimentar, ao desemprego, etc.

2 — Quais as principais características das desigualdades apresentadas em nosso texto?


O texto O bicho refere a desigualdade econômica ao descrever uma pessoa que está
passando fome, alimentando do que encontra pela frente.

3 — Cite pelo menos três características comuns às desigualdades.


Podemos citar como exemplos comuns às desigualdades: má distribuição de renda, ,
falta de investimento em áreas essenciais como saúde e educação, falta de alimentos, falta de
oportunidade de trabalho, preconceito racial, de gênero, etc.

172
4 — Vivemos em um mundo de igualdade de condições?
Resposta pessoal. O aluno deve perceber que não vivemos em igualdade de condições.
Enquanto uma minoria detem grande parte das riquezas do país, uma maioria vive em
situações precárias. Podem ser citados vários exemplos, como a questão da saúde,
infraestrutura, alimentação, educação, etc.

5 — Diante dos vários espaços de sociabilidade, todos têm o mesmo acesso aos mesmos
bens materiais?
Resposta pessoal. O aluno deve perceber que o acesso aos bens materiais é algo que as
classes privilegiadas detém.

6 — Pesquise dados sobre a divisão da riqueza (distribuição da renda) no Brasil e no


mundo.
Resposta Pessoal. Abaixo alguns links que podem ser utilizados para a pesquisa:

https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2020/01/oxfam-bilionarios-tem-mais-
riqueza-que-60-da-populacao-mundial/

https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2020/01/20/mulheres-as-grandes-perdedoras-
da-distribuicao-da-riqueza-mundial-denuncia-oxfam.htm

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/05/11/A-desigualdade-de-renda-no-Brasil-
%C3%A9-alta.-E-vai-piorar

https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php

173
SEMANA 3

UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):

Diversidades e desigualdades na sociedade contemporânea.

OBJETO DECONHECIMENTO:

Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.

HABILIDADE(S):

Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com
culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas
formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

Diversidade cultural, História das desigualdades, Violência Urbana, Violência doméstica.

INTERDISCIPLINARIDADE:

História, Geografia, Filosofia e Português (Redação).

174
Processo de socialização

A socialização designa o processo que introduz uma pessoa à sua cultura e na qual
aprende a viver em sociedade e a decodificar as formas de fazer, de agir, de pensar e de
sentir do seu ambiente social e cultural. (Rocher, 1968) Deste modo através do processo de
socialização a pessoa constrói a sua identidade social e interioriza as normas, os valores e os
saberes que lhe permitem entrar em relação com os outros e de funcionar no seio de um
grupo, na sociedade.

Mudanças sociais na vida das mulheres

Evidentemente, a presença de uma fala feminina em locais que lhes eram até então
proibidos, ou pouco familiares, é uma inovação do século XIX que muda o mundo moderno.
Contudo ainda existem muitas esferas em que a desigualdade é grande.

MULHERES EM RISCO

As mulheres vivenciam episódios de assédio sexual ao longo das suas vidas. Dados da ONG
Catalyst apontam que cerca de 50% das mulheres da União Europeia denunciaram algum tipo de
assédio sexual no local de trabalho. No mundo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) indica
que mais de 50% das mulheres já foram vítimas de assédio sexual, mas a maioria não denuncia por
falta de provas;
No Brasil, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 67% dos casos de
violência contra as mulheres são cometidos por parentes próximos ou conhecidos das famílias das
vítimas, 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes e apenas 10% dos estupros são
notificados;
Entre as mulheres pretas e pardas brasileiras, os assassinatos aumentaram 54% em dez anos
(entre 2003 e 2013), segundo o Mapa da Violência de 2015, elaborado pela Faculdade Latino-
Americana de Ciências Sociais (Flacso), OPAS, ONU Mulheres Brasil e Ministério das Mulheres,
Igualdade Racial e Direitos Humanos. O número entre esse grupo é muito superior aos 21% de
incremento nos assassinatos entre todas as mulheres. Das mortes violentas, 50,3% são cometidas
por familiares e 33,2% por parceiros ou ex-parceiros.

AS MULHERES E O MERCADO DE TRABALHO


De acordo com o Censo de 2010, as mulheres são atualmente 58% dos universitários no Brasil.
Entretanto, elas representam apenas 2% dos presidentes das 250 maiores empresas brasileiras,
segundo um levantamento de 2013 da consultoria Bain & Company.
Segundo pesquisa da FGV Direito de São Paulo baseada em dados das empresas mais de 800 de
capital aberto no Brasil disponíveis na CVM, 48% das empresas ainda não tem nenhuma mulher no
conselho de administração, 66,5% das empresas não apresentam sequer uma mulher em posição de
diretoria executiva. O número de mulheres no conselho de administração mais diretoria executiva
passou de 7,8% em 2003 para 8,8% em 2013.
As mulheres são 43% dos empreendedores do Brasil, mas apenas 20% delas têm faturamento
mensal superior a R$ 30 mil. Esse cenário reforça as dificuldades apontadas pelo Índice Global de
Empreendedorismo e Desenvolvimento da DELL (GEDI) 47, que investiga as condições de suporte ao
empreendedorismo feminino de alto impacto pelo mundo. O GEDI apontou que 22 dos 30 países
pesquisados em 2014 não tinham condições mínimas de incentivo ao empreendedorismo feminino,

175
como acesso a crédito, networking (rede capacitação para as mulheres.
As mulheres ainda são as principais responsáveis pelo afazeres domésticos: um relatório do
Institu-to de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) 48 apontou que a média de dedicação semanal das
mulheres a esse tipo de trabalho é de 25 horas semanais contra a média 10 horas semanais entre
homens.

176
No Brasil, a média salarial feminina corresponde a 74,5% da média salarial masculinas, de
acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2014, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Para as mulheres negras, além da diferença salarial temos ainda uma
maior concentração em ocupações de menor remuneração: um estudo de 2009 do IPEA apontou que
21% das mulheres negras no Brasil são trabalhadoras domésticas contra 12,5% das mulheres
brancas e apenas 22% têm carteira assinada.
Além de desafios práticos que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, como a
conciliação da carreira e família de forma mais intensa que os homens, precisam lidar com
obstáculos invisíveis: os estereótipos. O Center for WorkLife Law da Universidade da Califórnia
validou em pesquisa a existência de quatro grupos de estereótipos que dificultam o avanço
profissional feminino: barreira da maternidade, corda justa, prove novamente e guerra de gênero.

AS MULHERES E A PRODUTIVIDADE

As mulheres são uma grande força para a economia mundial: representam mais de 40% da mão
de obra global, 43% da força de trabalho atuante e mais da metade dos estudantes universitários do
mundo, de acordo com um relatório de 2012 do Banco Mundial:
• De acordo com um relatório de 2015 do McKinsey Global Institute, resolver a desigualdade de
gênero em todas as suas dimensões poderia adicionar US$ 28 trilhões ao PIB global em 2025,
o equivalente à soma das economias e da China e dos Estados Unidos somadas. Apenas no
Brasil, essa mudança poderia gerar um PIB 30% maior, em 2025, com até US$ 850 bilhões a
mais em circulação;
• Os países que promovem os direitos das mulheres e aumentam o acesso delas aos recursos e
ao ensino têm taxas de pobreza mais baixas, crescimento econômico mais rápido e menos
corrupção do que os países onde isso não ocorre, de acordo com evidências do estudo
Desenvolvimento e Gênero — Igualdade de Género em Direitos, Recursos e Voz, do Banco
Mundial.

Fonte: Cartilha: Principio de empoeiramento das Mulheres - adaptado Disponível em


http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2016/04/cartilha_WEPs_2016.pdf – acesso 15/06/2020

Contextualizando a violência contra as mulheres no Brasil

As mulheres sofrem cotidianamente com um fenômeno que se manifesta dentro de seus


próprios lares, na grande parte das vezes praticado por seus companheiros e familiares. O
fenômeno da violência doméstica e sexual praticado contra mulheres constitui uma das
principais formas de violação dos Direitos Humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à
saúde e à integridade física.
Disponível em :

177
http://incid.org.br/2012/11/29/ong-de-sao-goncalo-combate-a-violencia-contra-a-mulher/ - acesso 15/06/2020

178
Políticas de segurança para as mulheres

As políticas públicas podem ser aplicadas em forma de programas, ações, campanhas,


serviços, leis e diversas outras atividades desenvolvidas pelos governos (federal, estadual ou
municipal), com a participação de entes públicos ou privados. Essas ações têm como objetivo
assegurar determinados direitos à população, de forma difusa ou focada especificamente em
algum segmento social, cultural, étnico ou econômico. Trata de direitos garantidos
constitucionalmente ou publicamente reconhecidos por sua necessidade. Fonte: Políticas
Públicas: conceitos e práticas. SEBRAE, 2008.

HOMOFOBIA

Homofobia é o termo utilizado para designar uma espécie de medo irracional diante da
homossexualidade ou da pessoa homossexual, colocando este em posição de inferioridade e
utilizando-se, muitas vezes, para isso, de violência física e/ou verbal. A palavra homofobia
significa a repulsa ou o preconceito contra a homossexualidade e/ou o homossexual. Esse
termo teria sido utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos em meados dos anos 70 e, a
partir dos anos 90, teria sido difundido ao redor do mundo. A palavra fobia denomina uma
espécie de ―medo irracional‖, e o fato de ter sido empregada nesse sentido é motivo de
discussão ainda entre alguns teóricos com relação ao emprego do termo. Assim, entende-se
que não se deve resumir o conceito a esse significado.

Podemos entender a homofobia, assim como as outras formas de preconceito, como


uma atitude de colocar a outra pessoa, no caso, o homossexual, na condição de inferioridade,
de anormalidade, baseada no domínio da lógica heteronormativa, ou seja, da
heterossexualidade como padrão, norma. A homofobia é a expressão do que podemos
chamar de hierarquização das sexualidades. Todavia, devese compreender a legitimidade da
forma homossexual de expressão da sexualidade humana. No decorrer da história, inúmeras
denominações foram usadas para identificar a homossexualidade, refletindo o caráter
preconceituoso das sociedades que cunharam determinados termos, como: pecado mortal,
perversão sexual, aberração.

Outro componente da homofobia é a projeção. Para a psicologia, a projeção é um


mecanismo de defesa dos seres humanos, que coloca tudo aquilo que ameaça o ser humano
como sendo algo externo a ele. Assim, o mal é sempre algo que está fora do sujeito e ainda,
diferente daqueles com os quais se identifica. Por exemplo, por muitos anos, acreditou-se que
a AIDS era uma doença que contaminava exclusivamente homossexuais. Dessa forma, o
―aidético‖ era aquele que tinha relações homossexuais. Assim, as pessoas podiam se sentir
protegidas, uma vez que o mal da AIDS não chegaria até elas (heterossexuais). A questão da

179
AIDS é pouco discutida, mantendo confusões, como essa, em vigor e sustentando ideias
infundadas. Algumas pesquisas apontam ainda para o medo que o homofóbico tem de se
sentir atraído por alguém do mesmo sexo. Nesse sentido, o desejo é projetado para fora e
rejeitado, a partir de ações homofóbicas.

Assim, podemos entender a complexidade do fenômeno da homofobia que compreende


desde as conhecidas ―piadas‖ para ridicularizar até ações como violência e assassinato. A
homofobia implica ainda numa visão patológica da homossexualidade, submetida a olhares
clínicos, terapias e tentativas de ―cura‖. A questão não se resume aos indivíduos
homossexuais, ou seja, a homofobia compreende também questões da esfera pública, como a
luta por direitos. Muitos comportamentos homofóbicos surgem justamente do medo da
equivalência de direitos entre homo e heterossexuais, uma vez que isso significa, de certa
maneira, o desaparecimento da hierarquia sexual estabelecida, como discutimos.

Podemos entender então que a homofobia compreende duas dimensões fundamentais:


de um lado a questão afetiva, de uma rejeição ao homossexual; de outro, a dimensão cultural
que destaca a questão cognitiva, onde o objeto do preconceito é a homossexualidade como
fenômeno, e não o homossexual enquanto indivíduo.

Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a legalidade da união estável


entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. A decisão retomou discussões acerca dos direitos da
homossexualidade, além de colocar a questão da homofobia em pauta. Apesar das conquistas
no campo dos direitos, a homossexualidade ainda enfrenta preconceitos. O reconhecimento
legal da união homoafetiva não foi capaz de acabar com a homofobia, nem protegeu
inúmeros homossexuais de serem rechaçados, muitas vezes de forma violenta.

Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/psicologia/homofobia.htm

180
ATIVIDADES
Questões para análise.

1 — Quais as principais mudanças na vida social das mulheres na modernidade?

As principais mudanças na vida social das mulheres na sociedade são: a fala em locais
que até então eram proibidos; o fato de algumas dividirem o tempo entre o trabalho
doméstico e a profissão, enquanto outras optam em só trabalhar fora; a ocupação em cargos
de chefia; o casamento tardio ou a opção em não casar-se; elas exercem cargos que até
então eram destinados aos homens, como motorista, pedreiro, entre outros; tem liberdade de
expressão, de escolher suas roupas, etc.

2 — Cite formas de reprodução das desigualdades de gênero.

Podemos citar algumas formas de reprodução das desigualdades de gênero mais comuns
no mundo, como: as mulheres tem menor remuneração, apesar de terem mais escolaridade,
sofrem mais assédio que os homens, são mais sujeitas ao desemprego, estão sub
representadas na política, embora nessa pandemia os países que melhor combateram o
coronavírus são governados por mulheres, a maternidade é vista como um dos principais
elementos de discriminação no mercado de trabalho, etc.

3 — Como combater as desigualdades de gênero no Brasil?

Resposta pessoal. É importante que o aluno perceba que para combater essas
desigualdades de gênero é fundamental a busca pela inclusão de mulheres na política,
medidas que visam a ampliação de oportunidade para elas e principalmente combater a
cultura machista que somos criados. Mulheres no volante não é perigo constante. Mulheres
podem jogar futebol sim! Se ela não quiser trabalhar em casa é problema dela! Se a saia está
curta é porque ela gosta e tem direito.

4 — Como combater a violência doméstica?

Resposta pessoal. É fundamental que o estudante crie o espirito crítico para analisar a
violência doméstica no Brasil, principalmente os do sexo masculino. Em primeiro lugar é
necessário a ideia de que a violência, seja ela qual for, não pode ignorada ou disfarçada. Ela
precisa ser denunciada para toda a sociedade. Lembrando que a Lei Maria da Penha garante a
punição para o agressor. É preciso que as mulheres denunciem (entrar em contato com a
Central de Atendimento à mulher, ligando 180, ou procurar a delegacia mais próxima), que
ela tenham apoio psicológico, familiar e da sociedade como um todo. Se o vizinho ou outra
pessoa viu alguma violência deve denunciar. Em briga de marido e mulher se mete a colher
sim. Também é fundamental que se desenvolva ações voltadas para acabar com essa cultura
machista em que a mulher é um objeto que o parceiro, o pai, o irmão faz o que quer.

5 — Proposta de Redação

181
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ―A persistência da violência
contra a mulher na sociedade brasileira‖, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. (25 linhas)

INSTRUÇÕES:

A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de


Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá
nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: tiver até 7 (sete)
linhas escritas, fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos; ou apresentar parte
do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

Resposta Pessoal

182
SEMANA 4

UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):

Diversidades e desigualdades na sociedade contemporânea.

OBJETO DECONHECIMENTO:

Reconhecer a diversidade cultural Brasileira e as desigualdades que ainda persistem no país e no Mundo.

HABILIDADE(S):

Identifcar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas
distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de
trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

Diversidade cultural, História das desigualdades, Violência Urbana, Violência doméstica.

INTERDISCIPLINARIDADE:

História, Geografia, Filosofia e Português (Redação).

183
POR QUE FALAR SOBRE RAÇA E ETNIA?

O Brasil é formado por 204,5 milhões de habitantes, sendo que 45,22% se dizem
brancos; 54,48% negros (45,06% pardos e 8,86% pretos); 0,47% amarelos 0,38% indígenas
(IBGE/PNAD-2015). Estes dados nos mostram que o Brasil é um país multirracial,
multicultural pluriétnico. Tanta diversidade deveria ser vista como algo positivo, só que, por
causa da nossa história de discriminação e exclusão, as diferenças são transformadas em
desigualdades e má distribuição de riquezas que afetam toda a população, sobretudo os
negros e os indígenas. Além disso, outros grupos também carregam marcas por causa de sua
origem, culturas e costumes, como é o caso de ciganos, judeus e palestinos.

O que afinal de contas é Raça?

A diferença de cor de pele é algo relativamente recente na história da humanidade.


Quando o Homo sapiens surgiu, há 200.000 (duzentos mil) anos, todos tinham a pele
negra e habitavam a África.
À medida que foram se espalhando pelo mundo, primeiro na Ásia, depois na Oceania, na
Europa e na América, as populações se adaptaram aos novos ambientes. Os cientistas
acreditam que a seleção natural exercida nesses ambientes tenha dado origem às diferentes
cores de pele e características anatômicas que distinguem as raças. Na África, a pele escura
do ser humano foi preservada para protegê-lo do alto grau de radiação ultravioleta do sol. O
grupo que foi para o norte da Europa sofreu um processo de seleção natural que favoreceu o
clareamento da pele para aproveitar melhor o sol fraco e sintetizar a vitamina D, essencial
para os ossos.

Biologicamente as raças são definidas como grupos de pessoas — ou animais — que são
fisiológica e geneticamente distintos de outros grupos. São da mesma raça os indivíduos que
podem cruzar entre si e produzir descendentes férteis. O uso desse conceito para classificar
seres iniciou-se há mais de um século, e naquela época se mostrava poucos científicos e
buscava legitimar preconceitos já existentes. Um exemplo de uso de uma pseudo-ciência
(falsa) foi a eugenia que busca a purificação das raças e justificou episódios lamentáveis da
história da humanidade como o massacre de judeus pelo governo nazista.

Recentemente, com os avanços da teoria genética, esse conceito foi reformulado. Os


estudos mais recentes indicam que pode haver mais variação genética entre pessoas de uma
mesma raça do que entre indivíduos de raças diferentes. Isso significa que um sueco loiro
pode ser, no íntimo de seus cromossomos, mais distinto de outro sueco loiro do que de um
negro africano. Em resumo, a genética descobriu que raça não existe abaixo da superfície
cosmética que define a cor da pele, a textura do cabelo, o formato do crânio, do nariz e dos
olhos. Por isso dizemos que tentar explicar as diferenças intelectuais, de temperamento ou

184
de reações emocionais pelas diferenças raciais é não apenas estúpido como perigoso.

Ignorando os avanços da ciência sobre o estudo do gênero humano, o pensamento


racista ainda hoje entende raça como grupo social com traços culturais, linguísticos,
religiosos, etc. que ele considera naturalmente inferiores ao grupo a qual ele pertence. De
outro modo, o racismo é essa tendência que consiste em considerar que as características
intelectuais e morais de um dado grupo, são consequências diretas de suas características
físicas ou biológicas, negando assim tudo que a ciência moderna diz sobre esse tema.

O Antropólogo Kabengele Munanga, afirma que mesmo hoje com os avanços da genética
moderna apontando para a impossibilidade de classificar os seres humanos por raças, o
racismo culturalmente se mantém em nossa sociedade, ou seja, mesmo não existindo
diferenças entre os seres humanos que justifique classificá-los em raças, ainda existe
racismo.

Racismo, um problema atual construído no passado

Entre os problemas sociais enfrentados pela sociedade Brasileira na atualidade o


preconceitos racial se destaca por sua permanência. Por ter origens históricas e cultural no
Brasil racismo deve ser classificado como estrutural, na medida em que nossa sociedade,
desde seu princípios, foi constituída em bases racistas, não reconhecimento da diversidade
étnico-racial e em tentativa dos colonizadores europeus de subjugar e explorar as populações
indígenas que aqui estavam e os africanos trazidos forçadamente para o nossos país. Os
estudos sociológicos ao buscar compreender as raízes históricas e processo que sustentam
posturas racistas no dias atuais, se mostra fundamental para a construção de um sociedade
que supere esse racismo estrutural e permita que as futuras gerações reconheça, respeite e
valorize as riquezas étnico-racial que compõem o povo Brasileiro.

Tendo em vista a importância da discussão do tema Étnico-racial para o país, os


primeiros sociólogos brasileiros, ainda na década de 30 do século XX, já se dedicavam ao
estudo do tema. Entre os vários estudos destacam-se os realizados por Gilberto Freyre e
Florestan Fernandes os quais veremos brevemente a seguir.

A teoria da democracia racial e o mito da democracia racial

Gilberto Freyre (1900-1987) formulou a teoria da democracia racial na década de 1930,


num cenário em que a preocupação em definir o Brasil tomava conta dos debates políticos e
acadêmicos.
O pressuposto central dessa teoria é o de que as diferentes matrizes étnicas (europeia,
ameríndia e africana) tiveram uma convivência salutar, resultando no equilíbrio entre elas na
formação da identidade cultural brasileira. Essa formulação de Freyre transformou-se em uma
alternativa às teorias raciais e eugênicas, por entender que a miscigenação, característica da

185
formação social brasileira, longe de promover a degeneração física e moral da população, era
exatamente o que definia nossa identidade nacional. Essa interpretação também fortaleceu a
ideia de que no Brasil não haveria preconceito, o que teria gerado oportunidades econômicas
e sociais equilibradas para as pessoas de diferentes grupos raciais ou étnicos.

O sociólogo Florestan Fernandes (1920-1995), em seu livro A integração do negro na


sociedade de classes (1965), atacou a ideia de convívio harmônico entre as raças. Para ele, a
democracia racial seria um mito que mascarava a realidade de profundas desigualdades, na
qual o negro se encontrava em desvantagem política e econômica. A perspectiva pela qual
Florestan Fernandes enxergava a sociedade brasileira era a do conflito, não a da harmonia.

Disponível em: https://www.geledes.org.br/planos-de-aula-manifestacoes-culturais-afro-brasileiras/ - acesso 15/06/2020

CONCEITOS BÁSICOS PARA ENTENDER A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NO BRASIL

Etnia

Baseia-se em traços e práticas culturais partilhadas pelo grupo, tais como músicas,
costumes, comida, ritos e rituais.

Exemplo: 1) descendentes de italianos que comem macarronada e pizza aos domingos,


escutam a Tarantela e usam expressões como ‗mamma mia‘. 2) alemães em SC e sua
arquitetura, dieta e Oktoberfest Grupos étnicos no Brasil: pomerânios do ES, poloneses do
PR, italianos de SP, xavantes no MS, ianomamis em RR, pataxós na BA.

Raça/Cor na Biologia

186
O termo raça foi inicialmente utilizado para distinguir pessoas de cores diferentes. Hoje
sabe-se que não existem, biologicamente/geneticamente falando, raças distintas. Diferenças
fenotípicas não caracterizam ou identificam raças distintas. Diferenças visíveis são adaptações
ambientais sofridas ao longo do tempo.

Raça/Cor na Sociologia
Raça é uma construção social segundo a qual membros da população compartilham
características físicas herdadas. A raça/cor depende de um critério arbitrário de escolha da
sociedade. Cor é o critério comum, mas poderia também ser formato da cabeça, cor dos
olhos, tipo de cabelo, etc.

Diferenças físicas visíveis levam pessoas a assumirem certos comportamentos,


provocando ações e atitudes que são objeto de estudo da sociologia (preconceito,
discriminação, grupo minoritário).

Preconceito vs. discriminação

• Preconceito: atitude, idéia, pensamento ou opinião baseada em julgamento


emotivo e sem fundamento, utilizando como base estereótipos ou generalizações
preconcebidas. Preconceito pode existir sem que haja discriminação. Preconceitos são
socialmente construídos e aprendidos pela experiência social e pelo processo de socialização.
São adquiridos dos pais, da igreja, na escola, nos livros e nos filmes assistidos. Os
preconceitos se baseiam em generalizações superficiais e depreciadoras do outro (em geral
portador de características físicas e culturais diferentes e arbitrariamente consideradas
inferiores); a tais generalizações a Sociologia denomina estereótipos. Os preconceitos são
normalmente difundidos, enraizados e renovados por meio dos mecanismos socializadores, e
sua reprodução ao longo da história foi responsável pela cristalização de profundas
desigualdades em diversas sociedades.

• Discriminação: ação deliberada e intencional de tratar um grupo social de


maneira injusta e

desigual. Exemplos extremos: genocídio, xenofobia, expulsão geográfica de determinado


território.

A discriminação também pode ocorrer sem que haja sentimento de preconceito: Ex.:
mulher não paga, ou paga menos até x horas, estudante paga meia, negros que discriminam
negros em processos não relacionados a cor. Às vezes a discriminação é dissimulada, não
ficando claro, nem mesmo para quem a sofre, que ela de fato existe – o que torna ainda mais
difícil superá-la.
Discriminação é uma atitude ou tratamento diferenciado em relação ao outro que pode
levar à marginalização ou exclusão. A discriminação e a segregação materializam as
ideologias calcadas em preconceitos que refletem a hegemonia de um grupo e a subordinação

187
de outro.

Preconceito é ideia. Discriminação é ato.

Discriminação é uma manifestação pública do preconceito, e como tal é passível


de controle pelo aparato jurídico do Estado. Pode-se ser preconceituoso sem traduzir tal
preconceito em atos de discriminação. Ex.: mulheres dirigem mal, mas podem dirigir meu
carro. Brancos são ruins de basquete mas podem jogar no meu time.

como tais.

Fonte: Disponível em: https://geekiegames.geekie.com.br/blog/tema-de-redacao-desigualdade-racial/- acesso


15/06/2020

Persistência do racismo e a importância do movimento negro brasileiro

Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento negro brasileiro se inspirou na contribuição


de Florestan Fernandes e lutou contra a teoria da democracia racial, pois só admitindo a
existência do preconceito se pode lutar contra ele. Em 1989 o movimento negro conseguiu a
promulgação da Lei 7.716/ 89, tornando o racismo crime inafiançável.

Etnia: superando o conceito de raça

O conceito de etnia se refere a um conjunto de seres humanos que partilham


determinados aspectos culturais, que vão da linguagem à religião. São características sociais
e culturais e, portanto, aprendidas — não nascemos com elas. Etnicidade é o sentimento de
pertencimento a determinada comunidade étnica; é a identificação com um grupo social
188
específico dentro de uma sociedade.

ATIVIDADES
1 — Defina os seguintes conceitos:

a) Preconceito: são conceitos pré concebidos, baseados em um sentimento hostil. Um


exemplo é quando conhecemos uma pessoa e já a esteriotizamos, sem ao menos conhecê-la.
Existem vários tipos, tais como: preconceito racial, social, religioso, etc.

b) Tolerância: a tolerância vem do verbo tolerar, que em outras palavras significa


aceitar o outro que pensa, age, move diferente de si mesmo. É respeitar a opinião dos outros,
seus valores, pensamentos, religião.

c) Diversidade cultural: a diversidade cultural faz referência aos vários aspectos que
representam as diversas culturas, tais como a tradição, a culinária, o vestuário, a religião, as
danças, as festas típicas, a políticas, etc.

d) Racismo: o racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em


percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos, ou seja, uma etnia/raça
que se sente superior a outra.

e) Etnocentrismo: como visto anteriormente, o etnocentrismo é a visão de mundo


característica de quem considera o seu grupo étnico ou seus país superior aos demais. Um
exemplo famoso foi Hitler e o holocausto em que milhões de judeus foram mortos.

2 — Escreva um texto dissertativo em que reflita sobre a seguinte questão: ―Preconceito


é algo que se aprende?‖.
Resposta Pessoal. Porém é importante o aluno destacar que preconceito é algo que se
aprende no decorrer dos anos. A criança não nasce com seu juízo formado. Ela vai formando
seu caráter a partir dos valores de seus pais e de seu círculo.

3— Existe racismo no Brasil? É possível apontar situações em que ele ocorre?


Resposta pessoal. Mas o aluno deve perceber que o racismo se faz presente na
socidade brasileira. Como exemplo, temos o caso da filha de Bruno Gagliasso, jovens negros
que apanham da polícia ou que são taxados de marginais, mães confundidas com babás, os
casos dos jogadores de futebol, etc.

4— Porque o racismo persiste no Brasil e como podemos combatê-lo?


O racismo persiste devido a problemas sociais, econômicos e políticos e os resquícios da

189
sociedade escravocrata existente no Brasil. Para combatê-lo é necessário políticas públicas
mais eficazes ou medidas como humanizar setores da sociedade como a polícia, ou promover
debates nos meios escolares, criar ações que valorizem o respeito à diversidade, etc.

5— Pesquisa 1
Por que dia 20 de novembro foi escolhido para comemorar o Dia da Consciência Negra?
O dia 20 de novembro é o dia da Consciência Negra. Foi criado pela Lei nº 12.519, de 10
de novembro de 2011, em razão da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares ter
ocorrido nesse dia, conforme historiadores. Como a abolição da escravidão (13 de maio de
1888) ocorreu sem grandes transformações e sem qualquer preocupação para com os negros,
a data da morte de Zumbi foi escolhida para celebrar a luta dos negros contra a opressão.

Quem foi Zumbi dos Palmares e porque ele é um símbolo tão importante para o povo
negro?
Zumbi era o líder de umk dos maiories quilombos do Brasil, o Quilombo dos Palmares,
localizado entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Sua figura criou várias controversas no
decorrer da história. Porém, ele ainda é considerado importante para o povo negro por ser
símbolo da luta e resistência dos povos escravizados.

O que foram os quilombos?


Quilombos eram comunidades formadas por escravos fugidos das fazendas,
geralmente em regiões mais distantes. Ali eles viviam da agricultura, do extrativismo,
da criação de animais, da exploração de minérios e das atividades mercantis. Nesses
locais os negros poderiam manifestar livremente suas crenças.

Como surgiu o Dia da Consciência Negra?


O Dia da Consciencia Negra surge em virtude da luta do Movimento Negro Unificado
contra a Discriminação Racial que elegeu Zumbi como símbolo da luta e resistência dos
negros escravizados e da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicavam.
A escolha do 20 de novembro aconteceu no contexto de declínio da Ditadura Militar (final
da década de 1970 em diante) e de redemocratização do país. O enfraquecimento da ditadura
deu força aos movimentos de oposição e aos movimentos sociais, como o movimento
negro.
Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários
segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o movimento negro,
obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas. A participação desses
grupos no cenário político deu certo resultado, sendo aprovadas medidas que tinham como
proposta promover certa reparação histórica.
Entre essas medidas, podemos destacar a lei de preconceito de raça ou cor (nº

190
7.716, de 5 de janeiro de 1989) e leis como a de cotas raciais, voltada para a educação
superior, e, especificamente na área da educação básica, a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de
2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-
brasileira. Essas legislações preveem certa reparação aos danos sofridos pela população
negra na história do Brasil. Por trás dessas leis, estão as iniciativas para acabar com o
apagamento que os negros e a história e cultura dos africanos sofreram no Brasil.
No caso do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, a data foi criada por
meio da citada Lei nº 12.519, no dia 10 de novembro de 2011, durante o governo de Dilma
Rousseff. Essa lei não transformou a data em feriado nacional, assim, os governos de cada
estado e cidade do Brasil devem optar por ser feriado ou não. O jornalista Laurentino Gomes
fala que, até 2018, o dia 20 de novembro era feriado em 1047 municípios do Brasil (de
um total de 5561 municípios).
Fonte: FERNANDES, Cláudio. "20 de novembro – Dia da Consciência Negra"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm. Acesso em 26 de junho
de 2020.

6 — Pesquisa 2

— Pesquisar objetivos, pautas atuais, principais conquistas e representantes do


movimento negro no Brasil e no mundo.
A resposta é pessoal, irá variar conforme a pesquisa dos alunos. Abaixo estão
alguns sites que podem ser indicados para a pesquisa.

Movimento Negro: história, objetivos e conquistas.


https://www.stoodi.com.br/blog/2018/10/19/movimento-negro/

Movimento Negro no Brasil: resistências e lutas.


http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/186-movimento-negro-no-brasil-
resistencias-e-lutas.html

A Frente Negra Brasileira


https://www.geledes.org.br/frente-negra-brasileira-2/

Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial


https://www.geledes.org.br/movimento-negro-unificado-miltao/

https://www.brasildefato.com.br/2019/04/05/uma-historia-oral-do-movimento-
negro-unificado-por-tres-de-seus-fundadores

https://mnu.org.br/quem-somos/

https://www.geledes.org.br/movimento-negro-na-atualidade/

Associação Brasileira de Pesquisadores (as) negros (as).


https://www.abpn.org.br/

Outros links vocês encontram na Fundação Palmares

191
http://www.palmares.gov.br/

http://www.palmares.gov.br/?page_id=361#links11

Pesquisa sobre pessoas que lutaram pelos direitos dos negros no Brasil e no mundo.

Essa resposta também é pessoal e irá variar conforme as pesquisas individuais. Alguns
nomes a serem citados:
 Luis Gama;
 Maria Tomásia Figueira Lima;
 André Rebouças;
 Adelina;
 Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar;
 Maria Firmina dos Reis;
 Luther King;
 Nelson Mandela;
 Angela Davis;
 José do Patrocínio;
 Malcon X;
 Rosa Parks;
 Mariele Franco;
 Lázaro Ramos e Thaís Araújo

7 — Pesquisa 3

Pesquisar a importância da cultura negra no Brasil atual.


Resposta Pessoal. É importante destacar que somos um país miscigenado, muito
de nossa cultura teve a influência dos negros que vieram para serem escravizados e
com isso trouxeram suas religiões, tradições, costumes, danças, comidas, enfim, sua
cultura.

— Pesquisar personalidades negras ou mestiças na História do Brasil.


Essa resposta também é pessoal e irá variar conforme as pesquisas individuais. Alguns
nomes a serem citados:
 Aqualtune;
 Dandara;
 Aleijadinho;
 Tereza de Benguela;
 Mestre Valetim;
 Padre José Maurício;
192
 Maria Firmina dos Reis;
 Luís Gama;
 André Rebouças;
 Francisco José do Nascimento;
 Machado de Assis;
 Estêvão Silva
 José do Patrocínio;
 João da Cruz e Souza;
 Nilo Peçanha;
 Mãe Menininha de Gantois;
 Pinxiguinha;
 Antonieta de Barros;
 Laudelina de Campos Melo;
 Carolina de Jesus;
 Abdias do Nascimento;
 Adhemar Ferreira da Silva;
 Grande Otelo;
 Ruth de Souza;
 Pelé;
 Marielle Franco;
 Benedita da Silva;
 Lazaro Ramos;
 Thaís Ataújo;
 Antonio Pitanga;

Pesquisar sobre as populações descendentes dos quilombos (quilombolas).


Essa resposta também é pessoal e irá variar conforme as pesquisas individuais.
Sugestão de sites:

Comunidades Quilombolas em Minas Gerais – Resiliência, luta e assertividade de um Povo.


https://www.cedefes.org.br/comunidades-quilombolas-em-minas-gerais-resiliencia-luta-e-
assertividade-de-um-povo/

Comunidades quilombolas no Brasil

http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=47

Quilombolas no Brasil.
http://cpisp.org.br/direitosquilombolas/observatorio-terras-quilombolas/quilombolas-
brasil/
193
Quilombolas.
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/quilombolas.htm

Educação Quilombola na Comunidade Colônia do Paiol (Bias Fortes)


https://www.ufjf.br/ppge/files/2018/05/A-Educa%c3%a7%c3%a3o-Quilombola-na-
Comunidade-Col%c3%b4nia-do-Paiol.pdf

8 — Análise de Músicas
Procure músicas que tratam sobre a questão das desigualdades raciais e analise.
Essa resposta também é pessoal e irá variar conforme as pesquisas individuais.
Sugestão de músicas.
 Todo Camburão tem um pouco de navio negreiro – O Rappa.
 Mama África – Chico César.
 Carta à Mãe África – Gog
 A carne – Farofa Carioca.
 Boa Esperança – Emicida
 Preto Cismado – Aláfia
 Galanga Livre – Ricon Sapiência.
 Nego lutou – Fioti.
 Povo guerreiro – Criolo.
 Negroide – Taiguara
 Cangoma me chamou – Clementina de Jesus.
 Negro é lindo – Jorge Ben.
 Uma vida – Dom Salvador e Abolição.
 Sou Negro – Toni Tornado.
 Canto das Três Raças – Clara Nunes.
 Refavela – Gilberto Gil.
 Senhora Liberdade – Zezé Mota.
 Inferno Colorido – Bezerra da Silva.
 Rap da Felicidade – Cidinho e Doca.
 Diário de um detendo – Racionais MC‘s

9 — Análise de vídeos

Procure filmes ou documentários que tratam sobre a questão das desigualdades


raciais e analise.
Resposta pessoal. As sugestões apresentadas foram:

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―Vista minha pele‖
Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram
escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, enquanto os países ricos são, por
exemplo, África do Sul e Moçambique. Maria é uma menina branca e pobre, que estuda num
colégio particular graças à bolsa de estudo que tem pelo fato de sua mãe ser faxineira nesta
escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com
exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres,
possui uma visão mais abrangente da realidade.

―Pantera Negra‖
Após a morte do rei T'Chaka (John Kani), o príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) retorna
a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as cinco tribos que compõem o
reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoia o atual governo. T'Challa logo recebe o
apoio de Okoye (Danai Gurira), a chefe da guarda de Wakanda, da irmã Shuri (Letitia
Wright), que coordena a área tecnológica do reino, e também de Nakia (Lupita Nyong'o), a
grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos, eles estão à
procura de Ulysses Klaue (Andy Serkis), que roubou de Wakanda um punhado de vibranium,
alguns anos atrás.

―Todo mundo odeia o Cris‖


A série conta a história da família Rock entre os anos de 1982 até 1987, com o foco no
menino Chris (Tyler James Williams). Em 1982, Chris completa 13 anos e muda-se com a sua
família para Bedford-Stuyvesant, no Brooklyn. Lá, Chris vive situações corriqueiras da vida de
um adolescente, tanto nas histórias que realmente acontecem quanto nos pensamentos que
são expostos de uma forma humorística. Chris vive com os pais Julius (Terry Crews) e
Rochelle (Tichina Arnold), e com os dois irmãos Drew (Tequan Richmond) e Tonya (Imani
Hakim). Ele estuda no Corleone Junior High School, colégio onde Chris é o único aluno negro,
situação que o vitimiza durante todo seu tempo lá. Mas ele faz um amigo, Greg (Vicent
Martella), que vai estar sempre junto de Chris, passando por suas situações tragicamente
cômicas.

―Corra‖
Chris (Daniel Kaluuya) é jovem negro que está prestes a conhecer a família de sua
namorada caucasiana Rose (Allison Williams). A princípio, ele acredita que o comportamento
excessivamente amoroso por parte da família dela é uma tentativa de lidar com o
relacionamento de Rose com um rapaz negro, mas, com o tempo, Chris percebe que a família
esconde algo muito mais perturbador..

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―Um maluco no pedaço‖
A série conta a história de Will (Will Smith), um jovem de origem humilde que se muda
para um luxuoso bairro na Califórnia. Após arrumar confusão com pessoas perigosas de seu
bairro, na Filadélfia, a mãe de Will, temendo pelo futuro de seu filho, resolve mandá-lo para
viver com sua irmã Vivian (Janet Hubert-Whitten) e seu cunhado Philip (James Avery), um
advogado que se tornou juiz e tem uma vida muita bem sucedida. Contudo, por ser um
garoto humilde e não ligar para os estudos, Will vive se comportando de maneira inadequada
e provocando trapalhadas aos seus tios e primos na mansão,

CORRA. Adoro Cinema. Disponível em:< http://www.adorocinema.com/filmes/filme-


241160/>. Acesso em 26 jun. 2020.

PANTERA NEGRA. Adoro cinema. Disponível em:<


http://www.adorocinema.com/filmes/filme-130336/>. Acesso em 26 jun. 2020

TODO MUNDO ODEIA O CRIS. Adoro cinema. Diponível em:<


http://www.adorocinema.com/series/serie-
458/#:~:text=A%20s%C3%A9rie%20conta%20a%20hist%C3%B3ria,Chris%20(Tyler%20Ja
mes%20Williams).&text=Chris%20vive%20com%20os%20pais,e%20Tonya%20(Imani%20H
akim).>. Acesso em 26 jun. 2020

UM MALUCO NO PEDAÇO. Adoro cinema. Disponível em:<


http://www.adorocinema.com/series/serie-
318/#:~:text=Sinopse%20%26%20Info&text=Ap%C3%B3s%20arrumar%20confus%C3%A
3o%20com%20pessoas,uma%20vida%20muita%20bem%20sucedida.>. Acesso em 26 jun.
2020

VISTA MINHA PELE. Secretaria da Educação. Disponível em:<


http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=5794>. Acesso em
26 jun. 2020

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