Estado, Política e Evolução Social: Uma Tendência para Este Século XXI
Estado, Política e Evolução Social: Uma Tendência para Este Século XXI
Estado, Política e Evolução Social: Uma Tendência para Este Século XXI
3201004
Q
constituição de uma sociedade democrática contemporânea.
Palavras-chave: política, Estado, sociedade, economia, contemporaneidade.
Note-se, no que diz respeito aos múltiplos blocos de poder – modelos políticos e
econômicos em termos de Realpolitik –, no cenário regional-global hodierno, que
há um mesmo padrão político-organizacional que perpassa a autoconstituição e o
funcionamento das grandes economias atuais – pensemos nos Estados Unidos, na
Europa Ocidental, na China, no Japão e nos Tigres Asiáticos, para não se falar tam-
bém no Mercosul, a saber, a afirmação da lógica da globalização econômica vigente
enquanto naturalização do capitalismo transnacional que conjuga abertura direta
ao mercado internacional e a liberalização dos fluxos de capitais transnacionais, o
enfraquecimento da força política dos movimentos sociais por meio do acirramento
da tecnocracia e, de um modo mais geral, a consolidação gradativa de uma forma
de produção material que intensifica os baixos salários, a degradação dos direitos
trabalhistas e o aumento da carga laboral, ao estilo dos mercados de trabalho da
Ásia –, mercados esses que, como argumentarei ao longo do texto, servem de mo-
delo político-econômico, hoje, para a recomposição do capitalismo global contra a
consolidação dos movimentos democrático-trabalhistas contrapostos às políticas de
austeridade enquanto receituário neoconservador para a resolução da atual crise
socioeconômica, até mesmo como reação ao crescimento dos governos vincula-
dos à esquerda teórico-política, nestas duas primeiras décadas do século XXI. Nesse
sentido, não é possível nos enganarmos quanto a diferenças mais específicas em
termos de política internacional relacionada à globalização levada a efeito pelos
Estados Unidos, pela União Europeia ou, na Ásia, pela China, pelo Japão e pelos
Tigres Asiáticos: há, como defendo, um cerne comum a todos estes blocos político-
-econômicos de poder, que consiste na aceitação e na consolidação de um mercado
mundial caracterizado cada vez mais pela precarização do trabalho como um de
seus cernes centrais e enquanto o modelo hegemônico de produção econômica
material própria do capitalismo para este século XXI – um ponto central, diga-se de
passagem, na atual agenda neoconservadora, tanto no Brasil como mais além, ao
Primeiramente uma digressão sobre estes dois pilares da posição neoliberal. Ha-
yek (2008), considerado o pai do neoliberalismo, partia da ideia de que a evolução
Explico brevemente cada uma dessas ideias. A primeira delas diz respeito ao fato
de que esse processo evolutivo tem seu cerne na esfera econômica, na produção
da vida material: é por meio da busca pela satisfação das próprias necessidades no
âmbito produtivo que os indivíduos singulares contribuem para a gestação de prá-
Com isso, chegamos à terceira ideia central para a posição neoliberal, a saber, a re-
cusa da política democrática e do Estado enquanto elementos diretivos da evolução
social, instâncias a partir das quais essa mesma evolução social pode ser racionali-
zada, discutida, planejada conscientemente e levada a efeito praticamente. Hayek
nega esse papel diretivo e planejador da evolução social que tradicionalmente – em
particular nas posições de esquerda – a política democrática e o Estado têm assu-
mido e mesmo centralizado. As teorias de índole socialista (e, hodiernamente, sua
vertente social-democrata) apresentam exatamente essa característica de atribuir
centralidade à política democrática e ao Estado devido ao fato de conceberem a so-
ciedade e suas instituições como estruturas objetivas, macroestruturas que, devido
a esse seu caráter, influem direta e decisivamente nos processos de evolução social
e na determinação do status quo. Além disso, tais instituições não seriam imunes
aos grupos de poder ou classes sociais que, ao estilo de macrossujeitos, definiriam,
a partir de suas lutas por poder e hegemonia, configurações institucionais, práticas
culturais e dinâmicas sociopolíticas. Assim, nas teorias políticas de esquerda, a ação
política de classe e o planejamento institucional da evolução social passam para
primeiro plano, permitindo tanto a configuração adequada dos sistemas sociais,
Ora, Hayek ataca esse aguilhão da teoria social de esquerda no momento em que
não apenas concebe a evolução social como espontânea, não intencional e não pla-
nejada, senão também na medida em que, para fazer isso, estabelece a centralidade
do horizonte econômico-produtivo como motor dessa mesma evolução social. O
mercado, enquanto ordem espontânea, é uma esfera não objetiva, não estrutural,
na qual o fator básico da diferenciação entre os indivíduos e, consequentemente, da
evolução social é a meritocracia, garantida a partir da livre concorrência. Aqui, não
é o planejamento institucional centralizado ou a condução política das atividades
econômicas dos indivíduos que garantirão uma evolução social equitativa, mas a
própria espontaneidade do âmbito econômico-produtivo, isto é, a ampla mobili-
dade dos indivíduos em estabelecerem relações de troca uns com os outros, que é
responsável seja pela produção da vida material, seja pela consolidação do status
quo, seja, por fim e como consequência, pela formação de regras, práticas e códigos
intersubjetivos. Assim, as instituições de um modo geral e o Estado em particular
são importantes, na teoria de Hayek, mas o são por apenas dois motivos básicos:
garantir o respeito e o cumprimento dos contratos e dos pactos, bem como evitar
que o âmbito econômico seja afetado por poderes estruturais e por reivindicações
normativas realizadas por meio de intervenções políticas. Quanto menos controles
e intervenções políticas, mais espontaneidade. Quanto mais espontaneidade e li-
berdade, mais justiça e igualdade, que passam a ser definidas pela meritocracia do
trabalho e pela livre concorrência – posto que a normatividade é uma ilusão dos
grupos sociais perdedores em termos de meritocracia. A meritocracia do trabalho,
aliás, torna-se o único critério para a definição do status quo, o que significa que,
conforme já comentado acima, reivindicações normativas por igualdade material,
distribuição da riqueza e justiça social não passem de uma “miragem” (termo utili-
zado por Hayek) usada por grupos sociais perdedores, não podendo legitimar uma
política diretiva e um Estado forte que enquadrem o sistema econômico com base
em interesses generalizáveis. Desse modo, torna-se claro que o alvo da crítica de
Hayek, fundamental para sua posição política, consiste na centralidade da política
democrática e do Estado de bem-estar social enquanto elementos diretivos, condu-
tores e planejadores da evolução social, que, a partir de argumentos normativos e
interesses generalizáveis, e por meio de participação política permanente, incisiva
e direta, enquadram o âmbito econômico com o objetivo de se realizar valores de
uso. A boa política, conforme defendido pelo neoliberalismo, é aquela que garante
o máximo de espontaneidade à esfera econômico-produtiva, deixando a meritocra-
É este tipo de visão que, no meu entender, está em franco declínio, nas sociedades
democráticas ocidentais, desde meados da década de 1990. Aliás, esta visão é re-
chaçada mesmo em países comunistas atuais, como a China, nos quais a centraliza-
ção política em um Estado forte torna a evolução social algo planejado e conduzido
institucionalmente, com o objetivo claro de não apenas impedir maior democra-
tização, mas também e principalmente de evitar que capitais de alcance transna-
cional detonem a estabilidade daquelas economias nacionais (comunistas). Esta
centralização estatal, com efeito, impediu que a China fosse afetada de maneira
séria pela atual crise socioeconômica, mantendo o ritmo do crescimento econômi-
co estável, ou seja, o controle estatal da economia nacional, de modo a contrapor-
-se à abertura pura e simples do mercado interno às transnacionais, impedindo a
desnacionalização e a desindustrialização nativa, e foi o cerne do corrente sucesso
chinês em manter ritmo estável de crescimento econômico não obstante essa crise
econômica que afetou fortemente outras sociedades e, em particular, potências
mundiais como os Estados Unidos, a Inglaterra e a Alemanha (Arrighi, 2008; Bol-
tanski & Chiapello, 2009; Napoleoni, 2014). No que tange às sociedades democrá-
ticas ocidentais, que é o que me interessa neste momento, pode-se perceber que
o resultado da hegemonia neoliberal entre as décadas de 1980 e de 1990 nessas
mesmas sociedades mostrou a exaustão, para não se falar da própria fragilidade,
de um projeto político que centraliza a dinâmica social na ordem espontânea do
mercado e que recusa um modelo ampliado de política democrática calcado em
argumentos normativos e em interesses generalizáveis que se utiliza de um Estado
forte, interventor e compensatório como instituição central de condução da evolu-
ção social. Hoje, os cidadãos querem segurança social realizada por meio das insti-
tuições públicas: eles afirmam tais instituições porque creem que elas podem, por
meio do controle político dos poderes estruturais vigentes socialmente, da realiza-
ção de direitos sociais e da oferta de oportunidades educativas e trabalhistas (para
não se falar da seguridade social e dos sistemas públicos de saúde), dar-lhes um
mínimo de bem-estar pessoal, assim como um mínimo de paz e de justiça sociais.
Eles não estão mais dispostos a arriscar conseguir isso por meio da espontaneidade
do mercado e com o abandono de uma política forte e diretiva da evolução social.
Percebem que a desregulação e o enfraquecimento das instituições públicas são
causa direta da crescente pauperização e desigualdade sociais. Ou seja, eles já não
Com efeito, este novo milênio teve início com a avaliação do fracasso teórico-prá-
tico do neoliberalismo e com a convicção, que cada dia ganha mais adeptos en-
tre a população em geral de nossas sociedades, de que uma política planejadora
precisa, por um lado, controlar e mesmo dinamizar a esfera econômico-produtiva,
concomitantemente, por outro lado, ao seu trabalho integrador em termos sociais,
alcançado por meio de políticas sociais calcadas na efetivação dos direitos sociais de
cidadania. A receita teórico-política hegemônica, desde o início do século XXI, por
conseguinte, pode ser sintetizada na seguinte programática: política forte, controle
e fomento da economia nacional, realização de políticas sociais, correlatamente,
no âmbito internacional, à criação de blocos político-econômicos alternativos ao
horizonte euronorcêntrico (que precisará negociar com estes mesmos blocos alter-
nativos, de modo a formar-se uma política internacional multipolar, mas concertada
em objetivos mínimos, como o controle político da dinâmica econômica interna-
cional, a realização de metas sociais e a resolução dos problemas ecológicos). E é
uma receita que ganha apoio não somente entre teóricos e autoridades políticas as
mais diversas, na medida em que estas últimas não podem abstrair da realização
de políticas sociais como condição de legitimidade partidária e apoio administrativo
por parte das camadas de eleitores; trata-se também de um apoio popular cada vez
mais intenso, exatamente por atribuir, conforme dito acima, um caráter integrador
e pacificador às instituições públicas de um modo geral e ao Estado de bem-estar
social em particular – uma cultura democrática, assim, que aponta para o reforço
e para a afirmação das instituições públicas em seu aspecto diretivo da evolução
social (Danner, 2014b). Interessantemente, o sucesso de que gozam as instituições
públicas, dada a consolidação dessa cultura democrática calcada na afirmação de
um modelo de política e de Estado fortes, bem como contraposta ao neoliberalismo,
implica em que o ideário social-democrata de conciliação entre capital e trabalho
por meio do Estado de bem-estar social ganhe nova atualidade, em nossas demo-
cracias ocidentais, hodiernamente.
Ora, outro fator importante de tais movimentos está exatamente em sua politiza-
ção, no duplo aspecto do termo: entendem sua luta como praxis política de caráter
efetivo, emancipatório, participativo, que tem o direito de enquadrar o sistema polí-
tico como um todo e impor – não apenas apresentar – pautas e uma agenda política
às instituições públicas e aos partidos políticos; e não objetivam o fim da política,
senão sua radicalização, o que significa a consolidação da participação popular jun-
to ao sistema político, na medida em que este está submetido àquela, bem como
colocam a praxis política de um modo geral e a atuação das instituições públicas em
particular como o cerne da vida democrática, como a base, o instrumento para o
planejamento, a orientação e a condução da evolução social, sem qualquer outro
substitutivo ou alternativa à própria política (Habermas, 1991; 2005; 2009; Hon-
neth, 2003; 2007; Giddens, 2001; Piketty, 2014). É nesse sentido que, como disse
acima, essa nova cultura democrática leva a uma reconsideração da posição teóri-
Por isso, como estou defendendo, a consolidação gradual de uma cultura política
pública, afirmada por estas mesmas populações, centra seu ideário na defesa e no
reforço das instituições públicas, na ênfase em uma política forte, nos direitos so-
ciais e em um Estado interventor e compensatório, fazendo da política a arena e o
instrumento por excelência para a resolução dos problemas sociais e para a condu-
ção da evolução social. Trata-se de uma tendência teórico-política ao lado de outras
tendências (mormente a tendência conservadora calcada na defesa de políticas de
Ora, tal proposta teórico-política não pode esquecer uma posição social-democra-
ta caracterizada pela conjunção entre política forte, instituições público-políticas
atuantes e participação social ampliada e direta enquanto suporte político-normati-
vo à centralidade das instituições públicas, à afirmação desse modelo de política e de
Estado fortes. Em um de seus últimos textos, Habermas chama atenção exatamente
para este ponto importante da social-democracia europeia, um ponto que, para ele,
deve ser levado em conta quando se pensa na atual situação sociopolítica de nossas
sociedades e nos desafios lançados pelo capitalismo financeiro, bem como pela he-
gemonia neoconservadora calcada na proposta de políticas de austeridade. De fato,
a época de ouro da social-democracia europeia, marcada pela ênfase no Estado de
bem-estar social, nos direitos sociais de cidadania e na cidadania política amplia-
da, permite, no entender de Habermas, uma comparação assaz importante entre
neoliberalismo e social-democracia ao delimitar a própria posição teórico-política
da esquerda frente aos desafios e às soluções próprios à modernização ocidental, a
serem assumidos por essa mesma esquerda teórico-política:
Considerações finais:
uma auspiciosa perspectiva para a política democrática
Esta tendência geral que delineei ao longo destas páginas, de uma afirmação por
um número cada vez maior de pessoas da política democrática e do Estado de
bem-estar social enquanto instituições centrais para o processo de evolução social,
é importante para pensar-se o rumo da política democrática contemporânea e, em
particular, uma perspectiva teórico-política para a esquerda, até mesmo para pen-
sar-se uma alternativa à crise socioeconômica contemporânea, tanto na esfera das
democracias quanto em termos de realidade global. Com efeito, as vozes das ruas
são cada vez mais incisivas no sentido de afirmarem a política democrática como
elemento basilar para a resolução dos problemas sociais, tanto em termos de con-
trole (mas também de fomento planejado) da economia quanto no que diz respeito
à realização efetiva de políticas sociais de caráter integrador e inclusivo, de forma
a proteger as classes sociais dependentes do mercado de trabalho da ameaça de
marginalização, de exploração e de pauperização permanentes, determinadas pela
instabilidade do processo de acumulação capitalista atual, sistema capitalista que
se tornou global e que elevou a instabilidade social, política e econômica para a
esfera global.
E esse novo patamar possibilitado pela consolidação dessa nova cultura democráti-
ca, crítica do neoliberalismo e defensora desse modelo de política e de Estado for-
tes, possibilita, por fim, uma contraposição aos discursos que, desde fins da década
de 1980, com a crise e o esfacelamento da União Soviética, apontaram para uma
crise da esquerda de um modo geral, que estaria sem um projeto teórico-político
e sem sujeitos políticos ampliados que poderiam realizar transformações estrutu-
rais e abrangentes em termos de sociedade. Com efeito, esses mesmos discursos
chamavam a atenção para o permanente pessimismo da esquerda, agora sem pro-
jeto teórico, sem propostas alternativas ao próprio capitalismo então hegemônico,
bem como sem macrossujeitos da evolução social. Como o estou dizendo, a nova
cultura democrática constitui um bloco homogêneo de movimentos sociais, de gru-
pos culturais e de iniciativas cidadãs que defendem de maneira efetiva um modelo
de política e de Estado fortes, que centralizam, que canalizam a evolução social. E
esses grupos assumem o projeto da esquerda, que, de todo modo, não se confun-
de necessariamente com a esquerda partidária, senão que apresenta esse caráter
amplo de ser dinamizado desde forças políticas as mais diversas, para além dos
partidos políticos. A nova cultura democrática, enfim, na medida em que afirma a
centralidade de um modelo de política e de Estado fortes como solução à crise so-
cioeconômica atual, na medida em que é crítica do neoliberalismo, traz novamente
para o centro da arena política a esquerda e seu projeto, constituindo-se em uma
espécie de macrossujeito da evolução social que, se, por um lado, é multifacetado,
por outro, responde como bloco político à luta de classes atual, à contraposição
entre política e livre mercado, entre capital e trabalho, entre instituições públicas
Abstract: I will defend the argument that since the last decade of XX century it is possible to per-
ceive a reaffirmation of a strong, compensatory, and regulatory State, which is directive concern-
ing social evolution. In this sense, politics turns to foreground, both in terms of affirmation of the
public institutions and referring to citizen participation, as the core to the performing of transfor-
mations in all sides of the society. Against conservative tendencies in the politics, assumed again
with the current social and economic crisis, and after a long time of influence of the neoliberal
theory advocating for politics of austerity, we can perceive a consolidation of a democratic culture
or collective mentality that affirms this directive State concerning social evolution, realizing politics
of social integration and regulating economic dynamic. It is a very important reality to our democ-
racies, because it conducts to the reinforcement of a public culture of defense of the social rights,
to the affirmation of a politics that, opposed to neoliberalism, assumes the vocation of directive
center of society, space of claims for justice and effective exercise of citizenship, by an always grow-
ing number of individuals, cultural groups and social movements. It is an optimistic perspective to
reinforce of the political democracy that puts the State as the basic institution to the constitution
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