Alvenaria Estrutural MONOgrafia
Alvenaria Estrutural MONOgrafia
Alvenaria Estrutural MONOgrafia
O presente trabalho aborda sobre alvenaria estrutural que e um sistema construtivo desenvolveu-se
inicialmente através do simples empilhamento de unidades, tijolos ou blocos. Quanto os elementos
estruturais de sua supra estrutura são lajes, vigas e pilares previamente dimensionados e que tem a finalidade
de resistir ao seu peso próprio e a todas as cargas atuantes. O material adotado também deve ser escolhido de
acordo com o projeto, podendo, estas estruturas serem construídas em concreto armado, madeira, alumínio
ou aço.
A alvenaria é um sistema construtivo que utiliza peças industrializadas de dimensões e peso que as fazem
manuseáveis, ligadas por argamassa, tornando o conjunto monolítico. Estas peças industrializadas podem ser
moldadas em: cerâmica, concreto, sílico-calcáreo.
Agradecimento
Agradeco em primeiro lugar a Deus por ter mi dado a saude e forca de vontande, e em seguida os meu paes
por terem mi apoiado durante esse do tempo da minha formacao.
Alvenaria estrutural
Sistema estrutural
Podemos citar diferentes sistemas estruturais a serem adotados durante a concepção do projeto de uma
edificação. A escolha do sistema adequado se dá em função do uso da edificação, de custos e recursos.
Totalmente estruturado
Quando os elementos estruturais de sua supra estrutura são lajes, vigas e pilares previamente dimensionados
e que tem a finalidade de resistir ao seu peso próprio e a todas as cargas atuantes. O material adotado
também deve ser escolhido de acordo com o projeto, podendo, estas estruturas, serem construídas em
concreto armado, madeira, alumínio ou aço.
Nestes casos, as paredes funcionam como elementos de vedação, sem responsabilidade estrutural (carregar
cargas), as mesmas podem ser total ou parcialmente removidas sem que o equilíbrio do conjunto seja
prejudicado.
As paredes externas, normalmente, são construídas em alvenaria ou outro elemento que garanta a
Durabilidade e a estanqueidade do interior da edificação. As paredes internas podem ser do mesmo Material
que as externas ou ainda de gesso acartonado, painéis de madeira, fórmica, aglomerados em Geral ou
similares.
É um sistema tradicionalmente adotado em edificações de grande porte.
Alvenaria estrutural
A alvenaria é um sistema construtivo que utiliza peças industrializadas de dimensões e peso que as
Fazem manuseáveis, ligadas por argamassa, tornando o conjunto monolítico.
Estas peças industrializadas podem ser moldadas em:
• cerâmica
• concreto
• Sílico-calcáreo.
A alvenaria estrutural é um sistema construtivo tradicional, utilizado à milhões de anos. Inicialmente
Eram utilizados blocos de rocha como elementos de alvenaria, mas a partir do ano 4.000 a.c. A argila
Passou a ser trabalhada possibilitando a produção de tijolos.
O sistema construtivo desenvolveu-se inicialmente através do simples empilhamento de unidades,
Tijolos ou blocos. Os vãos eram executados com peças auxiliares, como vigas de madeira ou pedra.
Ao passar do tempo, foi descoberta uma alternativa para a execução dos vãos: os arcos. Estes seriam
Obtidos através do arranjo entre as unidades. Assim foram executadas pontes e outras obras de
Grande beleza, obtendo maior qualidade à alvenaria estrutural. Um exemplo disso é a parte superior
Da igreja de notre dame, em paris.
Ao longo dos séculos obras importantes foram executadas em alvenaria estrutural, entre elas o
Parthenon, na grécia, construído entre 480 a.c. E 323 a.c. E a muralha da china, construída no
Período de 1368 a 1644.
Até o final do século xix a alvenaria predominou como material estrutural, porém devido à falta de
Estudos e de pesquisas na área, não se tinha conhecimento de técnicas de racionalização. As teorias
De cálculos eram feitos de forma empírica, com isso não se tinha plena garantia da segurança da
Estrutura, forçando um super-dimensionamento das mesmas. Em 1950 surgiram códigos de obras e
Normas com procedimentos de cálculo na europa e américa do norte, acarretando em um
Crescimento marcante da alvenaria estrutural em todo mundo.
A concepção estrutural pode ser facilitada se alguns aspectos forem observados: forma; distribuição
Das paredes resistentes; lajes.
Um projeto arquitetônico em alvenaria portante será mais econômico na medida em que for mais
Repetitivo e tiver paredes coincidentes nos diversos pavimentos, dispensando elementos auxiliares
Ou estrutura de transição.
A capacidade portante (tensão admissível) da alvenaria deve estar bem definida. Esta determinação
Pode ser feita em laboratório ou apenas estimada sempre baseada em ensaios já elaborados e de
Acordo com o material utilizado.
Para se obter uma boa alvenaria, é necessário controlar não apenas o tijolo ou bloco, mas também a
Argamassa utilizada.
A execução da alvenaria portante também deve ser controlada pois a espessura das juntas, o prumo
Das paredes e sua altura também modificam a sua capacidade resistente.
As maiores vantagens da alvenaria estrutural em relação aos processos tradicionais são:
• economia no uso de madeira para formas;
• redução no uso de concreto e ferragens;
• redução na mão-de-obra em carpintaria e ferraria;
• facilidade de treinar mão-de-obra qualificada;
• projetos são mais fáceis de detalhar; • maior rapidez e facilidade de construção;
• menor número de equipes ou sub-contratados de trabalho;
• ótima resistência ao fogo;
• ótimas características de isolamento termo-acústico;
• flexibilidade arquitetônica pelas pequenas dimensões do bloco;
Estruturas mistas
Tem-se uma estrutura mista, sempre que forem adotados materiais estruturais diferenciados.
Podemos misturar alvenaria com concreto armado, aço e concreto, madeira e alvenaria, aço e
Alvenaria, etc...
Na realização de alterações no projeto, qualquer elemento a ser removido deve ser analisado e se
Houver necessidade, substituído ou reforçado. A remoção de um elemento estrutural pode por em
Risco o equilíbrio do conjunto.
É muito comum a ocorrência de estruturas mistas em edifícios com 3° (três) a 5° (cinco) pavimentos,
Que tenham a necessidade do 1° (primeiro) pavimento com uso diferenciado. Tem pilares das
Fundações ao piso do 2° (segundo) pavimento, que é totalmente estruturado, e os demais pavimentos
São apoiados em alvenarias portantes.
Apesar deste modelo ser amplamente adotado em edificações de pequeno porte, e de ser mais
Econômico do que o modelo totalmente estruturado, tem limitações grandes, e devem ser adotados
Cuidados especiais não só durante o projeto, mas também durante a sua execução.
A definição da capacidade resistente das alvenarias e a análise bem detalhada do projeto
Arquitetônico, para que as cargas sejam definidas da forma mais precisa possível, é de suma
Importância para o bom desempenho deste tipo de estrutura.
Tipologia
Devem possuir a forma de um paralepípedo retângulo sendo suas dimensões nominais
Recomendadas pela nbr 8041 “ tijolo maciço cerâmico para alvenaria – forma e dimensões”:
190 90 57
190 90 90
Fonte : transcrição da tabela1 da nbr 7170.
Devem possuir todas as faces planas, podendo apresentar rebaixos de fabricação em uma das faces
De maior área.
É comum os tijolos apresentarem expansão devido à incorporação de umidade do ambiente. Em
Consequência é recomendado que se evite a utilização de blocos ou tijolos cerâmicos com menos de
Duas ou três semanas após saírem do forno.
Propriedades mecânicas
Os tijolos podem ser comuns ou especiais.
Os tijolos comuns são classificados em a, b ou c de acordo com as suas propriedades mecânicas
Prescritas pela nbr 7170 “ tijolo maciço cerâmico para alvenaria”.
Sua resistência à compressão deve ser testada segundo encaminhamento prescrito pela nbr 6460 “
Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – verificação da resistência à compressão” e atender aos
Valores indicados pela tabela 2:
Tabela 2 resistência mínima à compressão
Categoria Resistência à compressão
(mpa)
A 1,5
B 2,5
C 4,0
Os tijolos e blocos cerâmicos possuem coeficiente de dilatação térmica pequeno, sendo adotado um
Valor médio de 6x10-6 /ºc.
Juntas de dilatação devem ser espaçadas de 12 à 15m, para evitar uma possível fissuração da
Alvenaria devido à expansão dos tijolos por incorporação de umidade, ou variação de temperatura.
Os tijolos maciços especiais podem ser fabricados em formato e especificações acordadas entre as
Partes mas nos quesitos não especificados devem prevalecer as condições da nbr 7170 e nbr
8041.
Blocos cerâmicos
São blocos vazados moldados com arestas vivas retilíneas, sendo os furos cilíndricos ou prismáticos.
São produzidos a partir da queima da cerâmica vermelha. A sua conformação é obtida através da
Extrusão.
Durante este processo toda a umidade é expulsa e a matéria orgânica é queimada, ocorrendo a
Vitrificação com a fusão dos grãos de sílica.
Blocos de vedação
São blocos usados na construção das paredes de vedação.
No assentamento dos blocos cerâmicos de vedação os furos são geralmente dispostos
Horizontalmente, o que ocasiona a diminuição da resistência dos painéis de alvenaria.
Blocos portantes
São blocos usados na construção de paredes portantes. Devem ter furos dispostos na direção
Vertical.
Esta afirmativa se deve à diferença no mecanismo de ruptura de ambos, que no caso dos furos
Verticais formam indícios da situação de colapso, enquanto que no caso de furos horizontais o
Colapso é brusco e frágil, não sendo adequado seu uso como material estrutural.
Tipologia
Conforme mencionado, o processo de vitrificação nas faces do bloco compromete a aderência com a
Argamassa de assentamento ou revestimento. Por esta razão, as faces dos blocos são constituídas de
Ranhuras e saliências.
Suas dimensões nominais são recomendadas pela nbr 8042 “bloco cerâmico vazado para
Alvenaria – formas e dimensões” e estão dispostas na tabela 3:
A seguir são apresentadas figuras e dimensões dos blocos cerâmicos estruturais mais comumente
Utilizados nas edificações em alvenaria estrutural em blocos cerâmicos.
Blocos de concreto
Tipologia
Quanto às dimensões classificam-se em m20 e m15, conforme tabela abaixo:
Argamassa de assentamento
A argamassa de assentamento é o elemento de ligação entre as unidades de alvenaria, normalmente
Constituída de cimento, areia e cal. Cabe salientar que não é correto utilizar os procedimentos de
Produção de concreto para produzir argamassas de boa qualidade, pois no concreto o objetivo final é
Obter maior resistência à compressão, enquanto na argamassa os objetivos são os seguintes:
• Solidarizar as unidades transferindo as tensões de maneira uniforme entre as unidades;
• Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede;
• Absorver pequenas deformações que a alvenaria está sujeita;
• Compensar as irregularidades dimensionais das unidades de alvenaria;
• Selar as juntas contra a entrada de água e vento nas edificações
Cal
Nas argamassas de assentamento é utilizada a cal hidratada com uma porcentagem de componentes
ativos (CaO e MgO) superior a 88%. Estudos realizados pelo IPT-ABCP concluíram que a cal
hidratada comercializada no Brasil não possui em muitos casos boa qualidade e não atendem ao
especificado na norma brasileira.
Podem ser utilizadas também cales extintas em obra, capazes de produzir argamassas de melhor
qualidade final.
A adição de cal à argamassa confere a ela plasticidade, retenção de água, coesão e extensão da
aderência.
Areia
A areia permite aumentar o rendimento (ou reduzir o custo da argamassa) e diminuir os efeitos
prejudiciais do excesso de cimento, atuando como agregado inerte na mistura.
As areias grossas aumentam a resistência à compressão da argamassa, enquanto as areias finas
reduzem a resistência, porém aumentam a aderência, sendo portanto preferíveis em alvenaria
estrutural.
Água
A água é o elemento que permite o endurecimento da argamassa pela hidratação do cimento. É
responsável por uma qualidade fundamental no estado fresco da argamassa, a trabalhabilidade.
A água deve ser dosada a uma quantidade que permita o bom assentamento das unidades, não
causando segregação dos seus constituintes.
Consistência
A consistência é a propriedade que exprime o quanto mole ou rígida está a argamassa.
Retenção de Água
É a capacidade da argamassa de reter água contra a sucção exercida pelas unidades de alvenaria. Se
a água contida na argamassa de assentamento percolar muito rapidamente para a unidade, não
haverá água suficiente para a completa hidratação do cimento, resultando em uma fraca ligação
entre a unidade de alvenaria e a argamassa.
Tempo de Endurecimento
O endurecimento da argamassa se dá pela reação química existente entre o cimento e a água. Se o
endurecimento for muito rápido, causará problemas no assentamento das unidades e no acabamento
das juntas. Se for muito lento, causará atraso na construção, devido à espera que se faz necessária.
O tempo de endurecimento é função da temperatura. Temperaturas muito altas tendem a acelerar o
endurecimento, já temperaturas muito baixas retardam o endurecimento.
Estado Endurecido
Aderência
A aderência é a capacidade que a interface bloco-argamassa possui de absorver tensões tangenciais
(cisalhamento) e normais (tração) a ela, sem causar rompimento.
É a propriedade mais importante da argamassa endurecida. Ainda não existem ensaios adequados
para medir a aderência, porém são executados uma série de métodos, todos consistem em separar
duas ou mais unidades unidas por argamassa.
Um dos métodos é apresentado na figura abaixo onde mede-se a força para separar as unidades e
divide-se pela área de contato argamassa/unidade. Dessa forma será obtida a tensão, que será a
medida da aderência.
Resistência à Compressão
A resistência à compressão é função do tipo e da quantidade de cimento usado na mistura da
argamassa (relação água/cimento). A argamassa deve ser resistente o suficiente para suportar os
esforços a que a parede está sujeita.
A resistência à compressão é obtida seguindo-se as prescrições da NBR 13279, pelo ensaio de
corpos-de-prova prismáticos submetido primeiramente a ensaio de tração por flexão e após as duas
partes restantes são submtidas a ensaio de compressão. Porém o valor obtido no ensaio não
representa diretamente a resistência da argamassa, pois os corpos-de-prova não reproduzem o estado
real das tensões a que o material está sujeito quando compondo uma junta de alvenaria.
Um aumento na resistência à compressão da argamassa não implica em um aumento da resistência
da parede. Para cada resistência de bloco, existe uma resistência ótima de argamassa.
Tipos de argamassa
O tipo de argamassa a ser usado depende da função que a parede vai exercer, do tipo de bloco
utilizado e das condições de exposição a qual a parede estará sujeita.
Na seleção do tipo de argamassa a ser utilizado devemos efetuar um balanço entre a o que se deseja
dessa alvenaria e as propriedades dos vários tipos de misturas. Deve ser considerado que não existe
um único tipo de argamassa que seja o melhor para todos os tipos de aplicações. Cabe salientar que
não deve se utilizar uma argamassa com resistência superior à necessária.
A seguir serão apresentados os tipos de argamassas utilizadas em alvenaria estrutural.
Argamassas Mistas
São aquelas compostas por cimento, cal hidratada e areia. As normas americanas especificam quatro
tipos de argamassas mistas, designadas pelas letras M, S, N e O, descritas abaixo:
Argamassa tipo M: recomendada para alvenarias que terão contato com o solo, tendo como
exemplo fundações, muros de arrimo, etc. Possui grande durabilidade e boa resistência à
compressão;
Argamassa tipo S: recomendada à alvenarias sujeitas ao esforço de flexão, tendo boa
resistência à compressão e à tração na interface das unidades de alvenaria;
Argamassa tipo N: recomendada para o uso geral em alvenaria, sem contato com o solo.
Apresenta média resistência à compressão e boa durabilidade;
Argamassa tipo O: recomendada para o uso em unidades de alvenaria maciças, onde a tensão
de compressão não exceda 0,70 MPa e não esteja em contato com um meio agressivo. Tem baixa
resistência à compressão, sendo mais utilizadas nas paredes de ambientes internos.
Abaixo, será apresenta tabela representa os traços recomendados e o valor da resistência à
compressão média esperadas para as argamassas normalizadas nos EUA.