Caso Clínico BULIMIA NERVOSA
Caso Clínico BULIMIA NERVOSA
Caso Clínico BULIMIA NERVOSA
BULIMIA NERVOSA
Bia procurou ajuda para o seu caso, com diagnóstico de Bulimia nervosa.
Narradora (ANE): A bulimia teve início com o termino do namoro, somado ao fato da
realização de um trabalho escolar sobre transtornos alimentares.
Nove meses após o termino do namoro, passou a demonstrar ansiedade e até chegou a pensar
em suicídio. Andava muito nervosa e impaciente, o que resultou em várias discussões.
Sinal de RUSSEL é lesão de pele no dorso da mão. (em cima dos ossinhos dos dedos)
Narradora (ANE): Bia não sabia discernir a sensação de fome e a de estar saciada.
O pai praticava esportes “e ninguém das minhas irmãs gostava... só eu” diz ela.
A mãe era estilista, tinha uma confecção e vivia envolvida com a moda.
Bia tinha maior afinidade com sua avó materna, que era calma e falava baixo.
As sessões de deram um ou duas vezes na semana. Num total de 61 seções de 50min. cada.
Narradora (ANE): No início Bia e seus pais estavam muito ansiosos e sempre de olho nos
sinais de RUSSEL.
Esse fato aumentava ainda mais a tensão. E por isso foram necessárias duas seções de
orientação com os pais.
Terapeuta novamente...
Terapeuta (MINI): Foi solicitado que os pais a escutassem sem julgamentos, mostrassem a
ela seu potencial, encorajando-a. Além de não a compararem com ninguém e não forçarem a
ingestão de alimentos.
Ela também não possuía o hábito de estudar. Portanto foram feitas orientações de como
estudar e organizar os horários.
Ela fez uma hierarquia das partes de seu corpo. Utilizando números de 1 a 10, sendo 10 a parte
que lhe causa mais desconforto.
Bia (ISIS): No início do processo meus intervalos entre as refeições eram em torno de 4 horas.
E minhas refeições chegavam ao máximo de três por dia.
eu costumava ter maus hábitos e normalmente comia mais anoite. Horário mais propício para
vomitar.
Eu também costumava evitar alimentos que fossem ruins para voltar. Como Arroz, feijão,
carne, etc.
Costumava tomar muito líquido depois da refeição e preferia comer frutas, principalmente
melancia. Porque saiam com mais facilidade.
Comecei a fazer registros porém quando via a quantidade de comida eu comia, purgava mais
ainda.
Após a sétima seção. Fiz uma mini plástica no abdômen. Tinha esse incomodo desde os 11
anos.
Após a cirurgia ainda restavam coisas que me incomodavam como: espinhas, olheiras, cor
amarelada da pele, pouco seio, braço grosso, perna grossa, bumbum grande, cabelo ondulado,
quadril largo e o pés.
Narradora: Voltemos a Terapeuta que nos contará como chegou a fim desse caso.
Terapeuta: Feita a sessão de análise dinâmica familiar, pude observar que as sessões de seus
pais mostraram melhoras relevantes na forma de intervenção.
Foi explicado a ela, como a indução do vômito, poderia apresentar erosão do esmalte dos
dentes, com descalcificação da superfície dos mesmos, além de várias outras consequências,
tais como cabelos, unhas quebradiças, algumas complicações pulmonares, cardíacas, etc.
Questionamentos como “Por que vou fazer isso?”, “não sei se vai adiantar?” e “vou me sentir
mal depois?”. Para que houvesse tentativas de controle de vômito e purgação.
Com isso foram diminuídas gradativamente os casos de vômito. Conseguindo alcançar até
cinco dias seguidos sem causar a purgação.
Bia (ISIS): Hoje eu ajudo as pessoas e fico menos embaraçada. Estou mais alegre. Me observo
mais e me percebo mais, mesmo não aceitando alguns atos que faço. Me cobro sobre a
alimentação e os estudos.
Narradora: veremos agora UMA sessão realizada com Bia utilizando o dessensibilização
sistemática. Sena da Terapeuta e da Bia (MINI E ISIS)