Teoria Tomista Da Beleza
Teoria Tomista Da Beleza
Teoria Tomista Da Beleza
A nosso ver, o que define o belo enquanto tal foi muito bem trabalhado pela
tradição clássica. Grande porta-voz dessa tradição é, sem sombra de dúvida,
Santo Tomás de Aquino (1225-1274). Tomaremos, pois, de empréstimo, sua
definição do belo. Tomá-la-emos não porque nos apoiamos em sua autoridade,
sem mais, como que invocando a célebre sentença: magister dixit; mas, antes,
faremos dela uso por ser firme a nossa convicção de que ela, verdadeiramente,
coloca em luz meridiana a essência do belo. A definição de Santo Tomás é
breve e simples: pulchrum est id quod visum placet [1] (o belo é aquilo que
agrada à visão).
Tal definição, simples como é, exige desdobramento. Podemos dizer que ela
implica dois elementos constitutivos que devem ser analisados de per si. São
eles: a visão ou conhecimento (visum), de um lado, e, de outro lado, o deleite,
gozo ou alegria (placet).