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Estudo Dirigido P2 Anato

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chamada de componente eferente visceral situado

nas vísceras. Ex: Bexiga cheia, fome, sede


Sistema Nervoso
Comanda e recebe informações e processa O Sistema Autônomo é subdividido em simpática
respostas. e parassimpático (AFERENTE). A sua
Anatomicamente dividido em: SNC- Sistema localização é ao lado da medula espinhal O
Nervoso Central e SNP- Sistema Nervoso primeiro age em simpatia, sem emoções, daí o seu
Periférico nome. Ele causa reações de luta ou fuga. O
sistema parassimpático possui funções de
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC): É descanso e digestão - desacelera o coração,
aquele que envolve as estruturas que estão nos promove o peristaltismo.
esqueletos ósseos, ou seja, dentro da calota SIMPÁTICO
craniana e da medula espinhal)
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP): É Elaborar respostas que mobilizam energia.-
composto anatomicamente de nervos e gânglios, agitação.
onde ficam estruturas fora dos ossos não tendo Os gânglios simpáticos são adjacentes à medula
proteção esquelética. espinal e compreendem gânglios vertebrais
(tronco simpático) e pré-vertebrais, ou seja ao
DIVISÃO ANATOMICA: lado da medula espinhal e longe do órgão
1. O SNC é dividido pelos órgãos do efetuador. que incluem os gânglios cervical
encéfalo e pela medula espinal onde é a superior, celíacos, mesentérico superior e
parte do sistema nervoso que está dentro aorticorrenais. Ex: Colar na prova
da coluna vertebral Fibras longas vão desses gânglios aos órgãos
2. O SNP são divididos anatomicamente em efetores, como:
nervos e ganglios. Visto que os nervos de  Músculo liso dos vasos sanguíneos,
origem craniana são nervos cranianos. Os vísceras, pulmões, couro cabeludo
nervos que tem origem encefálica são (músculos piloeretores) e pupilas
nervos encefálicos. Os nervos raquidianos  Coração
ou espinhais são nervos que tem origem a  Glândulas (sudoríparas, salivares e
coluna vertebral na medula espinhal. digestivas)
Portantanto, conforme sua origem irá ser
seu nome PARASSIMPÁTICO

DIVISÃO FISIOLÓGICA: Os corpos celulares pré-ganglionares do sistema


O SNP é divido em componente aferente e parassimpático estão localizados no tronco
eferente. encefálico e na parte sacral da medula espinal.
O componente aferente é a parte do sistema Fibras pré-ganglionares emergem do tronco
nervoso periférico responsável em capitar as encefálico com o III, VII, IX e X pares cranianos,
informações e sensações tanto interna quanto ou seja estão longe da medula e próximos ao
externa, na qual é um sistema responsável por órgão efetuador.
receber os estímulos externos quanto internos. Os gânglios parassimpáticos (p. ex., ciliares,
O componente eferente é a parte do SNP esplenopalatinos, ópticos, pélvicos e vagais) estão
responsável por elaborar respostas aos estímulos localizados no interior dos órgãos efetores e as
recebidos. Exemplo: Estando com o estomago fibras pós-ganglionares possuem somente 1 a 2
cheio, recebo essa informação na qual vai ser mm de comprimento localizados próximo ao
capitada e transformada em estímulos órgão efetor. Ex: Depois de colar e não ser pego
(componente aferente), elaborando uma resposta - calmaria
de comer algo (componente eferente) Assim, o sistema parassimpático pode produzir
Essa informação tanto elaborada respostas específicas e localizadas nos órgãos
( EFERENTE) pode ser executada de duas efectores, como a seguir:
maneiras. A parte somática, sendo a parte  Os vasos sanguíneos da cabeça, pescoço e
voluntária. Ex: Músculo esquelético. vísceras toracoabdominais
 Glândulas lacrimais e salivares
A parte visceral, é a porção involuntária
(componente eferente autônomo também pode ser
 O músculo liso das glândulas e vísceras (p. Nervos espinhais - componente sensitivo (dos
ex., fígado, baço, cólon, rins, bexiga, cornos dorsais da medula espinhal), componente
órgãos genitais) motor (cornos ventrais); ramos anteriores inervam
 Músculos da pupila membros e tronco, ramos posteriores inervam a
musculatura dorsal
ANATOMICAMENTE:
O encéfalo a parte superior do sistema central
SNC – É dividido em: composto do cérebro, tronco e cerebelo. O cérebro
é composto por dois hemisférios: hemisfério
1. ENCÉFALO direito e hemisfério esquerdo.
Cérebro - lobos frontal, temporal, parietal, Fissura longitudinal – Separação dos
occipital; regula o funcionamento de todos os hemisférios.
sistemas ao enviar impulsos (ordens) para várias
estruturas neurais e do corpo A partir dessa divisão de uma vista interna vemos
estruturas internas. cada um dividido em cinco
Cerebelo - Uma parte do sistema nervoso central lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e
encontrada posteriormente ao tronco encefálico, insular. Estruturalmente constituído de uma
são responsável mantém o equilíbrio, camada externa de substância cinzenta (córtex
coordenação, suaviza os movimentos. cerebral) e da substância branca, localizada
Tronco encefálico - mesencéfalo, ponte, bulbo; centralmente.
contém estruturas evolutivamente antigas que Ex: A porção aferente do trato óptico através de
controlam mecanismos básicos da sobrevivência estímulos sensoriais leva o neurônio para ser com
(respiração, batimentos cardíacos, etc). recebida a informação, sendo responsável pelo
I. Bulbo - é a porção mais inferior do tronco SNP leva o processamento do nervo óptico para o
cerebral, que fica na fossa posterior do encéfalo a partir desse sistema integrador libera-se
crânio. Ela se continua com a medula uma resposta. O neurônio eferente transporta-a
espinhal abaixo e com a ponte cerebral para as terminações nervosas que é encontrada no
acima. Emergem os nervos hipoglosso músculo dos olhos.
(NC XII), glossofaríngeo (NC XII) e vago 2. NERVOS
(NV X).
II. Ponte - Ela é a porção central do tronco Os nervos correspondem a feixes de fibras
cerebral interposta entre o bulbo e o nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Eles
mesencéfalo. As funções da ponte são responsáveis por fazer a união do SNC a
(protuberância) cerebral são variadas e outros órgãos periféricos e pela transmissão dos
envolvem sono, respiração, deglutição. impulsos nervosos.
Emergem nervos trigêmeo (NC V), Os nervos apresentam a seguinte divisão:
abducente (NC VI), facial (NC VII) e  Nervos Espinhais: compostos por 31
vestibulococlear (NC VIII) saem de sua pares, são os que fazem conexão com a
superfície ventral. medula espinhal. Estes nervos são
III. Mesencéfalo - É a porção mais superior, responsáveis por inervar o tronco, os
situando-se entre a ponte (protuberância) membros e algumas regiões específicas da
inferiormente e o tálamo superiormente. cabeça.
Desempenha um importante papel no Nervos ligados á medula espinhal:
movimento dos olhos, no processamento - Cervicais: 8 pares (C1-C8; o 1º par cervical está
visual e auditivo, no estado de alerta e na localizado ainda no início da medula oblonga).
regulação da temperatura. Emergem nervo - Torácicos: 12 pares
oculomotor (NC III). - Lombares: 5 pares
- Sacrais: 5 pares
Medula espinhal - no canal espinhal; recebe - Coccígeo: 1 par
impulsos do cérebro e gera alguns impulsos  Nervos Cranianos: compostos por 12
próprios; Sua localização inicia-se no tronco pares, são os que fazem conexão
encefálico desde o bulbo a altura das vertebras originando-se do tronco encefálico com o
lombares; origina 31 pares de nervos espinhais cérebro. São estes nervos que inervam as
que deixam a medula e cursam pelo corpo. estruturas da cabeça e do pescoço.
SNP – É dividido em:
 Gânglios: Acúmulo de corpos de II. Óptico: corresponde ao 2º par de nervo
neurônios Os nervos apresentam os craniano
seguintes tipos: Classificação funcional: Nervo sensitivo
 Nervos Aferentes (Sensitivos): enviam Origem aparente craniana: Canal óptico
sinais da periferia da corpo para o sistema Inervação: Retina do olho
nervoso central. Este tipo de nervo é Função: Percepção visual
capaz de captar estímulos como o calor e
a luz, por exemplo. III. Oculomotor: corresponde ao 3º par de
 Nervos Eferentes (Motores): enviam nervo craniano
sinais do sistema nervoso central para os Classificação funcional: Nervo motor
músculos ou glândulas e executa respostas. Origem aparente craniana: Fissura
 Nervos Mistos: formados por fibras orbitária superior
sensoriais e fibras motoras, por exemplo, Inervação: A partir dessa fissura, o nervo
os nervos raquidianos. oculomotor se divide em dois segmentos: a
divisão superior, que é responsável pela
ESTRUTURAS PROTETORAS NO NEURO- inervação dos músculos reto superior e
EIXO levantador da pálpebra superior; e a
Meninges: consistem em membranas que divisão inferior, que inerva os músculos
revestem o encéfalo imediatamente internas ao retos inferior e medial e o músculo oblíquo
crânio. As principais funções das meninges são inferior.
proteger o encéfalo de impactos, sustentar a Função: Controle da movimentação do
estrutura de para curso das artérias, veias e seios globo ocular, da pupila e do cristalino.
venosos e completar uma cavidade preenchida por
líquido cefalorraquidiano. IV. Troclear: corresponde ao 3º par de nervo
 Dura-máter: camada fibrosa externa craniano
espessa e resistente Classificação funcional: Nervo motor
 Aracnoide-máter: camada fina Origem aparente craniana: Fissura
intermediária orbitária superior
Inervação: Músculo oblíquo superior
 Pia-máter: delicada camada interna
Função: Controle da movimentação do
vascularizada.
globo ocular.
Proteções do SNC: De fora para dentro
V. Trigêmeo: corresponde ao 5º par de nervo
1. Pele e músculo – Externo
craniano
2. Periósteo – película protetora
O trigêmeo possui algumas divisões: em
3. Camada óssea – calota craniana
nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo
4. Dura-mater – 1 meninge
mandibular.
5. Espaço vitral – espaço entre as meninges
Classificação funcional: Nervo misto
6. Aracnoide – 2 meninge
Localização craniana: Fossa média da
7. Liquor – liquido transparente e incolor,
base do crânio (impressão trigeminal do
tem função de amortecer os choques
osso temporal)
mecânicos do SNC onde não possui
Inervação: Músculo oblíquo superior
leucócito, ou seja célula de defesa.
Função: Controle dos movimentos da
8. Pia- Mater- 3 meninge (intimo contato
mastigação (ramo motor): Percepções
com o tecido nervoso)
sensoriais da face, seios da face e dentes
9. Tecido nervoso
(ramo sensorial)
Nervos Cranianos VI. Abducente: corresponde ao 6º par de
I. Olfatório: corresponde ao 1º par de nervo nervo craniano
craniano Classificação funcional: Nervo motor
Classificação funcional: Nervo sensitivo Origem aparente craniana: Forame
Origem aparente craniana: Lamina crivosa. Estilomastóide
Inervação: Mucosa olfatória Inervação: Músculo reto lateral do globo
Função: Percepção do olfato ocular
Função: Controle da movimentação do auditiva (ramo coclear) associada ao
globo ocular. equilibrio

VII. Facial: corresponde ao 7º par de nervo IX. Glossofaríngeo: corresponde ao 9º par de


craniano nervo craniano.
Classificação funcional: Nervo misto Classificação funcional: Nervo misto
Origem aparente craniana: Forame Origem aparente craniana: Forame
Estilomastóide (saída da cavidade jugular.
craniana: meato acústico interno) - No seu trajeto, através do forame jugular,
Inervação: o nervo apresenta dois gânglios, superior e
Motor- músculos da expressão facial inferior, formados por neurônios
 Sensitivo especial – gustação dos sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo
23 da anteriores da linga (inervação glossofaríngeo tem trajeto descendente,
n. corda do tímpano - ) ramificando-se na raiz da língua e na
 Sensitivo geral – parte do pavilhão faringe.
auditivo Inervação: Músculo reto lateral do globo
 Fibras parassimpáticas – que se ocular
utilizam do nervo intermédio e Função: Percepção postural originária do
depois seguem pelo nervo petroso labirinto (ramo vestibular); Percepção
maior ou pela corda do tímpano auditiva (ramo coclear).
(ambos ramos do nervo facial) para X. Vago: corresponde ao 10º par de nervo
inervar as glândulas lacrimais, craniano
nasais e salivares (glândula Classificação funcional: Nervo misto
sublingual e submandibular). Origem aparente craniana: Forame
- As fibras sensoriais (gustatórias) Jugular
seguem um ramo do nervo facial que é a Inervação: inerva (estímulos
corda do tímpano, que vai se juntar ao parassimpáticos) as vísceras do pescoço,
nervo lingual (ramo mandibular, terceiro tórax e abdome (até o final do colo
ramo do trigêmeo), tomando-se como transverso).
vetor para distribuir-se nos dois terços Função: Percepção sensorial da orelha,
anteriores da língua. faringe, laringe, tórax, e vísceras
- As fibras motoras atravessam a glândula
parótida atingindo a face, onde dão dois XI. Acessório: corresponde ao 11º par de
ramos iniciais: o temporo facial e cérvico nervo craniano
facial, os quais se ramificam em leque para Classificação funcional: Nervo motor
inervar todos os músculos cutâneos da Origem aparente craniana: Forame
cabeça e do pescoço. Algumas fibras Jugular
motoras vão ao músculo estilo-hioideo e Inervação: inerva músculos
ao ventre posterior do digástrico. esternocleidomastóideo e trapézio, laringe,
Função: Controle dos músculos faciais- laringe, palato.
mímica facial (ramo motor); Percepção Função: Contole motor da faringe, laringe,
gustativa do terço anterior da linga (ramo palato, dos músculos
sensorial) esternocleidomastoideo e trapézio.

VIII. Vestíbulo-coclear: corresponde ao 8º par XII. Hipoglosso: corresponde ao 12º par de


de nervo craniano. Possui os nervos nervo craniano
vestibular e coclear Classificação funcional: Nervo motor
Classificação funcional: Nervo sensitivo Origem aparente craniana: Canal
Origem aparente craniana: Meato hipoglosso
acústico interno Inervação: inerva músculos
Inervação: Músculo reto lateral do globo esternocleidomastóideo e trapézio, laringe,
ocular laringe, palato.
Função: Percepção postural originária do Função: Controle dos músculos da faringe,
labirinto (ramo vestibular); Percepção da laringe e da língua.
Sensitiva-
- 2/3 anteriores – parte oral da língua -N. Zigomático: origina-se na fossa
anterior ao sulco terminal: Nervo trigêmeo pterigopalatina, penetra na órbita pela fissura
(V/III – ramo mandibular: nervo lingual) orbital inferior e acompanha a borda lateral do
- 1/3 posterior – parte faríngea da língua soalho orbitário
posterior ao sulco terminal: Nervo
glossofaríngeo (par craniano IX) - N. Gânglio pterigopalatino: É um conjunto de
Motor- corpos celulares de neurônios associado ao
- Nervo hipoglosso (par craniano XII) N.facial.
Especial- - N. Infraorbital:
- 2/3 anteriores: Nervo facial (VII – ramo
N. corda do tímpano) -N. Alveolar superior posterior: Inerva os dentes
- 1/3 posterior: Nervo glossofaríngeo (par da arcada superior no interior da cavidade oral,
craniano IX) com exceção da raiz mésio-vestibular do 1º molar
superior. – polpa, periodonto dos molares. a)
DISTRIBUIÇÃO DO NERVO Molares: Nervo Alveolar Superior Posterior
TRIGEMIO (ramos dentais)
b) Pré-Molares + 1 molar: Nervo Alveolar
É o V par do nervo craniano, ele é misto. Superior Médio
Sua origem aparente é na ponte do c) Incisivos e Caninos: Nervo Alveolar Superior
pendículo cerebral (impressão trigeminal é Anterior (ramos dentais)
no osso temporal)
Os ramos palpebrais inervam a pele da pálpebra
RAMOS E SUAS EMERGENCIAS inferior.
CRANIANAS Os ramos nasais inervam a pele do lado do nariz e
1. N. OLFATÓRIO: Sai de dentro da porção móvel do septo
da cavidade craniana, vai até a nasal.
orbita , se encontra com a primeira Os ramos labiais superiores descem por trás do
meninge e se ramifica passando levantador do lábio superior e inervam a pele da
pela fissura orbitária surerior se parte anterior da bochecha, a pele do lábio
dividindo em 3. superior, a mucosa da boca e as glândulas labiais.
- N. Nasociliar; Inerva a parte da órbita e a
cavidade nasal com o nervo lacrimal. PALATO DURO
- N. Frontal: Inerva a parte antero-superior O nervo palatino maior inerva a MUCOSA dos
do couro cabeludo dentes posteriores através do forame palatino
-N. Lacrimal: Inerva a órbita e cavidade maior – caninos a molares , já o nervo
nasal em conjunro com o nasociliar e faz nasopalatino inerva a MUCOSA de incisivo a
comunicação com o N.Zigomático. canino através do forame incisivo.

O Nervo olfatório possui rami para a 3. N. MANDIBULAR: O nervo


meninge (ramo meníngeo) responsável pela mandibular é um nervo misto. Sai
sensibilidade da dura-máter encefálica. de dentro da cavidade craniana vai
ate a órbita se encontra com a
primeira meninge se ramifica e
Inervação: inervação frontal, do nariz e das passa pelo forame oval.
regiões oftálmicas da face. Tronco anterior ( temporo massetérico)
-N. Temporal profundo (anterior e posterior) – M.
2. N. MAXILAR: Sai de dentro da temporal e cápsula de ATM.
cavidade craniana, vai até a orbita , -N. Massetérico- Conduz informação para as
se encontra com a primeira cápsulas temporo-mandibular
meninge e se ramifica e passa pelo -N. Bucal- Inverva o M. bucinador, pele da
forame redondo. bochecha, gengiva-vestibulardos molares
inferiores podendo chegar até a região de pré-
Inervação: nervos palatinos maior e menor, o molares e algumas vezes a gengiva vestibular dos
nervo faríngeo recorrente, os nervos nasais molares superiores
posteriores superiores, o nervo nasopalatino e o Tronco Posterior (temporo-bucal)
nervo alveolar superior
-N. Auriculotemporal- É responsável pela
sensibilidade extropectiva da região temporal, ANATOMIA DA CAVIDADE BUCAL E SUAS
parte superior do pavilhão da orelha, ATM, meato VÍSCERAS
acústico externo, membrana do tímpano (glândula A cavidade da boca ou cavidade oral é a parte
parótida) inicial do sistema digestório. Localiza-se no terço
- N. Mentoniano- É responsável pela inervação da inferior da face e comunica-se com o exterior pela
pele do mento, mucosa e pele do lábio inferior e abertura oral e com a parte oral da faringe
mucosa e gengiva vestibular dos dentes anteriores. (orofaringe) através de uma abertura ampla
- N. lingual- N. corda tímpano= N.facial denominada istmo da garganta (das fauces).
Inerva a língua, assoalho da boca, glândula
submandibular. A cavidade da boca tem como limites: anterior e
- N. Milo-hióideo- origina-se antes de o nervo lateralmente os lábios e bochechas, posteriormente
alveolar inferior chegar ao forame da mandíbula. o istmo da garganta, superiormente o palato e
Ele percorre a goteira milo-hióidea e se distribui inferiormente o soalho da boca, onde encontramos
nos músculos milo-hioídeo. fixada a língua.
N. Alveolar inferior: Dentes inferiores, tecidos São formações limitantes da cavidade da boca: os
moles do mento, lábio inferior e gengiva. lábios, bochechas, palato, soalho e istmo da
garganta.
GLANDULAS SALIVARES MAIORES 1. LABIOS
 PARÓTIDA: Maior e a mais Quando os lábios estão em contato, delimitam a
desenvolvida das glândulas salivares rima da boca, cujas extremidades constituem os
,situa-se por tras da borda posterior do ângulos da boca (comissura labial). Normalmente,
ramo da mandíbula e adiante do músculo o lábio superior apresenta menor mobilidade do
esternocleidomastóideo, completamente que o inferior.
envolvida por uma extensão da fáscia O lábio superior é limitado superiormente pelo
cervical chamada fáscia parótidea. O ducto nariz, ao qual se une por meio de um sulco raso e
parotideo atravessa o músculo bucinador e largo denominado de filtro, é separado das
abre-se no vestíbulo da boca, próximo ao bochechas, de ambos os lados, por um sulco
segundo molar superior, na papila profundo e muitas vezes variável em comprimento
parótidea. Inervada pelo nervo e profundidade, chamado de sulco nasolabial.
glossofaríngeo e n. auriculotemporal. O lábio inferior apresenta como limite externo,
 SUBMANDIBULAR: Localizada no inferiormente, um sulco que
compartimento ou triangulo o separa do mento denominado de sulco
sibmandibular. O ducto da glândula labiomentoniano, e outro que vai do
submandibular abre-se ao lado do freio da ângulo da boca à base da mandíbula, o sulco
língua, na carúcula sublingual. Inervada labiomarginal. Estes dois sulcos nas
pelo nervo facial (VII par craniano) pessoas de mais idade tornam-se bastante
 SUBLINGUAL: Localizada na depressão pronunciados.
óssea localizada na face interna da A face interna dos lábios está relacionada com o
mandíbula, no assoalho da boca. Provoca vestíbulo da boca e com os arcos dentais, sendo
uma saliência na mucosa do soalho da revestida por uma mucosa de coloração rósea e
boca, a prega sublingual. Os ductos aspecto liso brilhante. Esta face interna continua
sublinguais menores se abrem com a mucosa alveolar fazendo uma reflexão
separadamente na prega sublingual e o em forma de fundo de saco, o fórnice do
ducto submandibular ou se abre na vestíbulo. No vestíbulo podemos notar uma prega
carúncula sublingual juntamente com o mucosa mediana, o frênulo (freio) do lábio;
submandibular. Recebe a inervação do outras pregas podem aparecer como os freios
nervo facial. laterais.
2. BOCHECHAS
A bochecha forma a parede lateral da cavidade da
4. GANGLIO DO TRIGEMIO Se boca, apresentando as mesmas camadas que
localiza na fossa medial craniana, encontramos nos lábios. Vários elementos
aloja-se em uma depressão do anatômicos como o músculo bucinador, o corpo
ápice petroso do osso temporal adiposo da bochecha, o ducto parotídeo e alguns
chamada impressão trigeminal
músculos da expressão facial (mímicos) podem vestígio da união embriológica das duas maxilas.
ser vistos na camada subcutânea. Na linha mediana e atrás dos dentes incisivos
Seu limite externo é extenso e não muito preciso; centrais superiores, encontramos a papila incisiva
internamente este limite é menor que recebe este nome por sua localização e por
e está delimitado em sua porção superior e inferior estar em cima da fossa incisiva. Partindo
pelo fórnice do vestíbulo e posteriormente pela lateralmente da papila incisiva, encontramos as
prega pterigomandibular. Esta prega é formada pregas palatinas transversas (rugas palatinas), que
pelo ligamento pterigomandibular recoberto por têm por função auxiliar na mastigação ao prender
mucosa e é bastante visível quando se abre o alimento contra a língua. Estas pregas são
amplamente a boca características de cada indivíduo, em número e
Internamente, na altura do segundo molar forma
superior, abre-se o ducto parotídeo que é - PALATO MOLE:
protegido por uma saliência, normalmente de Entre a mucosa e a parte posterior do palato ósseo,
forma triangular, a encontramos glândulas salivares menores
papila parotídea. (glândulas palatinas) que se estendem em direção
CAMADAS ENCONTRASAS NOS LÁBIOS E ao palato mole, localizando-se entre a mucosa e a
BOCHECHAS: camada muscular. O limite entre o palato duro e o
-Lábios: cutânea, tela subcutânea, muscular, palato mole pode ser reconhecido facilmente no
submucosa e mucosa indivíduo vivo, devido a diferença de coloração
-Bochechas: cutânea, tela subcutânea (mais entre ambas as regiões. Na borda livre do palato
abundante), muscular (não tão ligado a pele), mole (véu palatino), na sua porção mediana,
submucosa e mucosa encontramos uma projeção cônica de
3. VESTÍBULO comprimento variável chamada de úvula.
O vestíbulo oral é delimitado externamente pelos Lateralmente, esta borda livre divide-se em duas
lábios e bochechas e internamente pelos dentes e pregas, uma de cada lado, que são os arcos
processos alveolares recobertos pela mucosa. A palatinos do istmo da garganta.
mucosa interna, tanto dos lábios como das O palato mole é formado, de ambos os lados,
bochechas, continua para cima e para baixo e pelos músculos elevador e tensor do véu palatino,
forma um sulco que os une, que é o fórnice do palatoglosso, palatofaríngeo e da úvula
vestíbulo. Após a mucosa, se dobrar no fórnice, 5. ISTMO DA GARGANTA
esta passa a recobrir o osso alveolar e recebe o O istmo da garganta é a comunicação entre a
nome de mucosa alveolar. cavidade da boca com a parte oral da faringe
Esta comunica-se com uma mucosa bastante (orofaringe). Acima está delimitado pelo palato
especializada, espessa e mais clara chamada de mole, abaixo pela raiz da língua e lateralmente
gengiva. O limite entre estas duas mucosas é pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo. O arco
perceptível por meio de uma linha sinuosa, a palatoglosso é formado pelo músculo do mesmo
junção mucogengival nome, sendo mais anterior e lateral do que o arco
A gengiva é dividida segundo suas características palatofaríngeo (m. palatofaríngeo) que se
em gengiva inserida e livre, pois é bem presa ao evidencia mais medialmente do que o anterior.
osso alveolar, mas tem a borda que Entre os dois arcos situa-se a fossa tonsilar, onde
circunda cada dente não aderente, formando o se localiza a tonsila (amígdala) palatina. Esta
sulco gengival de 1 a 2mm de profundidade. tonsila é uma massa de tecido linfoide de tamanho
No vestíbulo da boca, encontramos pregas variável e que muitas vezes acaba tendo que ser
mucosas, que unem a mucosa à gengiva dos lábios removida por meio de cirurgia (tonsilectomia).
e da bochecha. São os freios labiais superior e 6. SOALHO DA BOCA
inferior (estruturas medianas) e os freios laterais, O soalho da boca é formado exclusivamente por
menores, encontrados na região dos dentes tecidos moles, sendo totalmente recoberto por
caninos e pré-molares. uma mucosa delgada, vermelha, translúcida e
4. PALATO apresentando-se frouxamente fixada aos planos
O palato ou teto da cavidade oral é divido em uma profundos. A mucosa do soalho da boca continua
porção anterior ou palato duro e outra posterior ou com a mucosa da língua. Quando a ponta da
palato mole (véu palatino). A mucosa que reveste língua é levantada em direção ao palato,
o palato duro é espessa e unida ao periósteo encontramos uma prega mucosa mediana que
(mucoperiósteo). A rafe palatina é uma saliência atinge em cima a face inferior da língua, o frênulo
linear encontrada na porção mediana do palato, da língua.
Em alguns casos, este frênulo pode se fixar muito do ápice da língua, estão as glândulas salivares
alto na face lingual do processo alveolar menores (glândula lingual anterior).
mandibular, dificultando, principalmente, a Devido à translucidez da mucosa que recobre a
fonação e deve ser corrigido cirurgicamente. face inferior da língua, podemos notar alguns
Próximo da extre- 32 Sistema digestório: vasos sanguíneos, principalmente a veia lingual. A
integração básico-clínica midade anterior de cada face dorsal da língua é dividida em terços. Os dois
frênulo da língua, encontramos a carúncula terços anteriores estão separados do terço
sublingual, onde se abrem os ductos das glândulas posterior por um sulco em forma de V, o sulco
submandibulares. terminal. Este sulco tem seu vértice mediano
Em direção lateroposterior, e mais ou menos voltado para o terço posterior; nele encontramos
paralela ao corpo da mandíbula, encontramos um forame de profundidade variável, o forame
outra elevação denominada prega sublingual, que cego.
é formada devido ao relevo da glândula sublingual O terço posterior da língua, que também é sua
e do ducto da glândula submandibular raiz, está voltado para a parte oral da faringe
Abaixo da mucosa do soalho da boca (orofaringe). Sua mucosa possui bastantes
encontramos os músculos milo-hióideos, de saliências ou pequenas massas de tecido linfoide
ambos os lados, que formam um diafragma que recebem o nome de tonsila lingual. Ainda
incompleto, permitindo a comunicação entre as cobertas por esta mucosa, temos pequenas
regiões sublingual e supra-hióidea. No espaço glândulas salivares linguais. A raiz da língua
entre o músculo milo-hióideo e a mucosa, limita-se com a epiglote por meio de pregas,
encontramos vários elementos anatômicos sendo uma mediana, a prega glossoepiglótica
importantes como a glândula sublingual, ducto da mediana, e duas laterais, as pregas
glândula submandibular, músculo gênio-hióideo, glossoepiglóticas laterais. Entre a prega mediana e
nervos lingual e hipoglosso e vasos sublinguais. as laterais, há uma depressão chamada valécula
7. LINGUA glossoepiglótica. Espalhadas por todo dorso e
A língua é um órgão muscular, localizada na bordas marginais da língua, temos as papilas
cavidade própria da boca, presa por sua base ao linguais, denominadas de papilas circunvaladas,
soalho da cavidade oral. Está constituída por fungiformes e filiformes e folhadas.
músculos extrínsecos e intrínsecos. Os músculos As papilas circunvaladas são as mais volumosas
extrínsecos a prendem à mandíbula, ao osso de todas, encontram-se enfileiradas à frente do
hioide, ao processo estiloide e ao palato. Quando sulco terminal, paralelas a ele. Cada papila
estes músculos se contraem, movimentam a língua circunvalada está mergulhada na mucosa lingual,
em todas as direções. Os músculos intrínsecos, por apresenta a forma semelhante a um cogumelo,
sua vez, estão contidos inteiramente na língua, sendo circundada por um valo (daí o seu nome),
com origem e inserção nela e são responsáveis no qual se abrem os ductos de glândulas linguais
pela alteração de sua forma. (A descrição serosas cuja secreção mantém limpo este valo para
anatômica resumida desses músculos encontra-se a perfeita ação dos calículos gustatórios, que
na Parte 1.2: Anatomia funcional da boca) também estão aí presentes, e que são importantes
A mucosa da língua adere fortemente a toda sua receptores do gosto.
massa muscular e, dependendo da parte da língua As papilas fungiformes são menos volumosas do
que reveste, apresenta coloração, inervação e que as circunvaladas, apresentam-se mais
função diferentes. A língua é dividida em dois espaçadas na mucosa lingual, sendo lisas e
terços anteriores (dorso, margens, face inferior e avermelhadas. Apresentam calículos gustatórios e
ápice) e um terço posterior (raiz da língua). A face no indivíduo vivo podem ser visualizadas como
inferior da língua está voltada para diante e em pontos vermelhos luminosos. Já as papilas
contato com o soalho da boca, sendo que sua filiformes, são longas e estreitas e estão
mucosa adere intimamente e de forma contínua distribuídas densamente por todo o dorso da
com a musculatura lingual. língua. São estas papilas que dão um aspecto
Nesta face, encontramos na linha mediana uma piloso à língua. Apresentam corpúsculos
prega mucosa, o freio lingual. Próximo da relacionados ao tato e não apresentam corpúsculos
extremidade anterior e mais apical do freio gustativos como as anteriores
lingual, notamos o aparecimento de outra prega 8. GLANDULAS SALIVARES
mucosa com bordas onduladas e irregulares que A cavidade oral é mantida umedecida devido à
recebe o nome de prega franjada. Ainda na porção saliva produzida e lançada nesta cavidade pelas
glândulas salivares. Várias outras funções são
atribuídas à saliva, como será visto mais adiante. O ducto parotídeo emerge da borda anterior da
As glândulas salivares são divididas, segundo o glândula, cruza paralelamente o músculo masseter
seu tamanho, em glândulas salivares menores e em direção a sua borda anterior, onde, após
maiores. As glândulas salivares menores contorná- -la, passa ao lado do corpo adiposo da
apresentam ductos excretores pequenos e segundo bochecha, atravessa a superfície externa do
a sua localização topográfica são denominadas de: músculo bucinador e abre-se no vestíbulo da boca,
labiais, bucais, palatinas e linguais (como foi próximo ao segundo molar superior, numa
mencionado, quando da descrição da boca). saliência denominada papila parotídea.
O grupo das glândulas salivares maiores, é A glândula parótida é inervada pelo nervo
formado por glândulas bilaterais de maior glossofaríngeo (IX par craniano). A glândula
tamanho, volume, e que apresentam ductos submandibular apresenta uma forma ovoide ou de
excretores grandes e geralmente longos. um corpo alongado, tendo um tamanho que
Compreendem as glândulas parótidas, corresponde à metade da parótida. Está localizada
submandibulares e sublinguais. A glândula no compartimento ou triângulo submandibular
parótida é a maior e a mais desenvolvida das formado em parte pela fáscia cervical, sendo que
glândulas salivares maiores, situa-se por trás da esta fáscia está frouxamente aderida à glândula. A
borda posterior do ramo da mandíbula e adiante superfície da glândula não é lisa, visto que é
do músculo esternocleidomastóideo. composta por um número variável de lóbulos
Acima mantém relações de proximidade com a unidos entre si por tecido conjuntivo. A glândula
articulação temporomandibular (ATM) e o meato submandibular pode ser dividida em duas porções:
acústico cartilagíneo e abaixo se estende até o uma superficial, maior, arredondada e contínua
nível do ângulo da mandíbula e a borda anterior com outra menor, que forma a porção profunda.
do músculo esternocleidomastóideo. Parte da porção superficial da glândula relaciona-
Profundamente estende-se até a faringe. Esta se com a face medial do corpo da mandíbula, na
glândula é formada por uma parte superficial e fóvea submandibular, ficando desta forma oculta
outra profunda, sendo unidas por um istmo. acima pela mandíbula. Já a parte visível da
Devido a sua forma, ambas as partes da glândula glândula é coberta pelo músculo platisma e pela
abraçam as faces medial e lateral do ramo da pele, ocupando assim o importante triângulo
mandíbula, onde estão inseridos os músculos submandibular.
pterigóideo medial e masseter, respectivamente. A porção medial da glândula relaciona-se com
Anteriormente, a parte superficial, maior que a os músculos milo-hióideo e hioglosso, que
profunda, estende-se por sobre grande parte do formam entre si um espaço ou interstício pelo qual
músculo masseter, normalmente apresentando se tem acesso à região sublingual. É justamente
uma extensão anterior localizada abaixo do arco por este espaço que passam o prolongamento
zigomático. Esta extensão anterior, por vezes profundo da glândula e o ducto submandibular. O
destacada da glândula, recebe o nome de glândula ducto da glândula submandibular abre-se ao lado
parótida acessória. A parte profunda da glândula é do freio da língua, na carúncula sublingual. A
menor e localiza-se entre o músculo pterigóideo glândula recebe inervação do nervo facial (VII par
medial e os músculos que se relacionam com o craniano).
processo estiloide (estilo-hióideo, estiloglosso e A glândula sublingual está em contato com a
estilofaríngeo). fóvea sublingual, depressão óssea localizada na
No istmo, encontramos o nervo facial face interna da mandíbula. Está localizada no
perfurando-o horizontalmente e a veia soalho da boca e apresenta uma forma alongada e
retromandibular verticalmente. No lobo profundo, achatada. Na porção anterior e interna da
temos a artéria carótida externa atravessando mandíbula, as duas glândulas entram em contato
verticalmente a glândula, e a artéria maxilar uma com a outra, por suas extremidades
emergindo daí. O nervo facial (VII par craniano) anteriores. Repousa sobre o músculo milo-hióideo
ramifica-se entre as duas partes e seus ramos e sua presença provoca uma saliência na mucosa
emergem pelas bordas da glândula parótida. A do soalho da boca, a prega sublingual. Relaciona-
glândula parótida está completamente envolvida se no compartimento sublingual com o ducto da
por uma extensão da fáscia cervical chamada de glândula submandibular, nervo lingual e músculo
fáscia parotídea. Esta fáscia se prende ao arco genioglosso.
zigomático, ao processo estiloide e se fusiona com Não apresentam ducto excretor único, mas sim
a fáscia massetérica e a fáscia do aproximadamente uma dúzia de ductos
esternocleidomastóideo.
sublinguais menores, que se abrem separadamente recobrindo uma lâmina própria bastante
na prega sublingual. vascularizada e menos fibrosa quando comparada
Algumas vezes podemos encontrar um ducto à lâmina própria da mucosa mastigatória. Recobre
maior, chamado ducto sublingual maior, que se essencialmente tecido muscular e, em função
une ao ducto submandibular ou se abre na dessa característica, apresenta certa flexibilidade.
carúncula sublingual juntamente com o Na região do palato mole, a submucosa é rica em
submandibular. A glândula sublingual recebe glândulas salivares menores além de botões
inervação do nervo facial (VII par craniano) gustativos.
9. MUCOSA BUCAL • Mucosa especializada: localizada sobre o dorso
A mucosa da cavidade bucal é dividida em: da língua. Protege a musculatura lingual e, nos 2/3
mastigatória,de revestimento e especializada. anteriores da língua, as papilas filiformes e
A divisão da mucosa em três grandes grupos está fungiformes, que são recobertas por epitélio
relacionada ao tipo de epitélio que reveste o tecido queratinizado e não queratinizado,
conjuntivo subjacente. respectivamente. Na porção lateral e no 1/3
Nas regiões nas quais são maiores os impactos posterior da língua reveste as papilas folheadas e
sofridos pela mastigação são maiores, a mucosa valadas. As papilas valadas, em torno de 8 a 12,
deve ser mais firme e resistente e, portanto, situam-se no “v” lingual e têm papel importante
recoberta por um epitélio que pode variar entre o para a percepção do sabor. Ao longo das paredes
paraqueratinizado e o queratinizado. Nas áreas nas de cada uma destas papilas, que podem variar em
quais a demanda mastigatória não é tão grande, o número, encontra-se uma grande quantidade de
epitélio de revestimento é normalmente bastante botões gustativos.
fino e composto por células não queratinizadas. A
região lingual 10. DEGLUTIÇÃO (M.E.V)
distingue-se das demais áreas da cavidade bucal
por apresentar uma grande quantidade de botões O bolo alimentar inicia-se sua movimentação ao
gustativos. Por esta razão, a região do dorso da longo do trato digestivo pela deglutição, que
língua é classificada como mucosa especializada. começa com a colocação da ponta da língua no
• Mucosa mastigatória: estende-se sobre a região palato duro forçando o bolo para a bucofaringe.
do palato duro e gengiva que circunda os dentes Em vista que, o alimento poderia subir pela
inferiores e superiores. O epitélio que reveste o nasofaringe fechando o palato mole e entrar na
palato duro é do tipo queratinizado e está traqueia com a proteção da epiglote. A entrada do
sobreposto a uma lâmina própria rica em tecido alimento na nasofaringe é prevenida, assim após
conjuntivo fibroso. Com exceção da região da rafe esse movimento irá ser transportado para o
palatina, na qual a lâmina própria está diretamente esôfago coloca a epiglote para tras, dessa forma
inserida sobre o periósteo, existe uma extensa cobrindo a glote fechada.
camada de submucosa entre o osso e a lâmina
própria. FASE 1 - PREPARATÓRIA ORAL: Desde a
A composição desta submucosa varia de acordo apresentação do prato, inicio da salivação e
com a região: na porção anterolateral há o mastigação;
predomínio de tecido adiposo, enquanto na região FASE 2 - TRANSITO: Transferência do bolo
posterolateral há uma grande concentração de alimentar da cavidade oral para a bucofaringe;
glândulas salivares menores. FASE 3 – FARINGEA: Palato mole eleva-se para
Já a porção da mucosa mastigatória representada vedar a nasofaringe, fechamento da região da
pela gengiva apresenta os três tipos de epitélio: glote (epiglote) para proteção das vias aéreas, bolo
não-queratinizado, localizado na região do sulco conduzindo ao esôfago
gengival e interdental; paraqueratinizado e FASE 4 – ESOFÁGICA: Quando o alimento passa
queratinizado revestindo a gengiva marginal e da faringe para o esôfago.
inserida.
• Mucosa de revestimento: composta pela
mucosa que reveste internamente os lábios e a
bochecha, o ventre da língua, o assoalho da
cavidade bucal, o
palato mole e parte da porção lingual do processo
alveolar mandibular. Tem como característica
apresentar uma fina camada de tecido epitelial

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