Aula 8 - O Reino Dividido I
Aula 8 - O Reino Dividido I
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A divisão do Reino
➢ A morte de Salomão deu início ao processo de divisão do Reino,
que já havia sido profetizado;
➢ Roboão, filho de Salomão ouviu o conselho dos homens idosos e
de homens jovens e deu ouvido a estes últimos, desprezando o
conselho dos anciãos;
“O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque este
acontecimento vinha do SENHOR, para confirmar a
palavra que o SENHOR tinha dito por intermédio de
Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate” (1 Rs 12:15)
“Eis que vos enviarei i profeta Elias, “Então, lhe perguntaram: Quem
antes que venha o grande e terrível és, pois? És tu Elias? Ele disse:
Dia do SENHOR” (Ml 4:5) Não sou. És tu o profeta?
Respondeu: Não. (Jo 1:21)
c) A ascensão e a queda de Jerusalém (capítulos 28 a 39): nesta parte, Isaías demonstra que apenas a
confiança em Deus pode trazer salvação. Condena os acordos com outras nações que visavam à preservação
de Jerusalém. Isaías expõe o que ocorreu com o rei Ezequias, no episódio da tentativa de invasão dos assírios
demonstrando que quando confiou em Deus, o rei livrou a cidade dos inimigos. Mas em seguida, demonstra
que a queda de Jerusalém decorreu de uma tentativa de acordo com uma delegação da babilônia.
❖ A primeira seção do livro de Isaías termina no capítulo 39 demonstrando que tudo o que foi descrito nos
capítulos anteriores levou à queda de Jerusalém, que ocorreu aproximadamente 100 anos após o
ministério de Isaías.
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O livro do profeta Isaías
➢ A segunda seção do livro (o consolo de Deus), exposta nos capítulos 40 a 66 do livro se estrutura da
seguinte maneira:
a) Anúncio de Esperança (capítulos 40 a 48): esta parte trata do fim do exílio e da necessidade do retorno do
povo a Jerusalém. Ocorre que Isaías já havia morrido. Há uma dúvida, então, acerca da autoria dessa seção.
Os autores se dividem da seguinte forma:
o Alguns defendem que seria o próprio Isaías, que teria sido transportado profeticamente para a época do
retorno do exílio a fim de falar para o povo que vivia neste contexto.
o Outros defendem que após o exílio, discípulos de Isaías aplicaram ao contexto do pós-exílio os anúncios que
haviam sido feitos pelo profeta Isaías. Assim, esta seção seria uma aplicação feita por discípulos de Isaías às
palavras proféticas de Isaías ao contexto pós-exílio.
❖ Nesta parte, o povo de Israel que havia sido alcançado pela graça e misericórdia de Deus, ao retornar a
Jerusalém, deve anunciar às nações o reino de Deus. Israel funcionaria como um servo de Deus às nações.
❖ Todavia, não é isso que acontece. Pelo contrário, o povo de Israel acusa Deus de não prestar atenção às suas
necessidades. Então, os capítulos finais dessa parte anunciam uma resposta de Deus a tais acusações e o
juízo em razão dessa rebeldia do povo.
b) O servo cumpre a missão (capítulos 49-55): com a recusa do povo de Israel em cumprir a função do servo
que deve anunciar às nações a vinda do Reino, Deus anuncia que a missão será cumprida por seu servo. A
missão do servo consiste em primeiro, restaurar o povo de Israel e depois ser luz para as nações.
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O livro do profeta Isaías
❖ É anunciado que o servo cumprirá a missão capacitado pelo Espírito de Deus e a sua figura se assemelha ao
rei messiânico anunciado nos primeiros capítulos do livro.
❖ É anunciado, ainda, que o servo será morto pelo seu próprio povo e que a morte funcionará como um
sacrifício pelo pecado do povo (capítulos 50-53). Há anúncio, ainda que ele após a morte está vivo e que por
seu sacrifício proporcionou uma forma de restaurar o relacionamento do povo pecador com o Deus santo.
❖ Os capítulos finais dessa parte anunciam que as pessoas poderão responder de duas formas ao sacrifício do
servo de Deus: com humildade – são também chamados de servos e de sementes e com arrogância – são
chamados de ímpios.
c) Os servos herdam o reino de Deus (capítulos 56-66): o centro dessa parte (capítulos 60-62) é o anúncio do
servo e da forma pela qual ele anuncia as boas novas do Reino de Deus. Este centro é antecedido (capítulos 56-
59) e seguido (capítulos 63-66) de orações de arrependimento. Nestas orações há um contraste entre o destino
dos servos e o destino dos ímpios.
❖ Nesta seção, todos os povos da terra são chamados a se juntar à família da aliança para desfrutarem de
todas as promessas da aliança de Deus.
❖ O livro de Isaías conclui com o anúncio de que, por meio do servo sofredor, Deus forma uma família da
aliança formado por pessoas de todas as nações que aguardam pela esperança de uma criação renovada
em que o reino de Deus existe plenamente tanto na terra como no céu.
JULGAMENTO E ANÚNCIO DE
ESPERANÇA PARA ESPERANÇA 40-
JERUSALÉM 1-12 48
JULGAMENTO E
ESPERANÇA PARA SERVO CUMPRE
AS NAÇÕES 13-27 A MISSÃO 49-55
ASCENSÃO E SERVOS
QUEDA DE HERDAM O
JERUSALÉM 28- REINO DE DEUS
39 56-66
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O profeta Miquéias
➢ O profeta Miquéias foi contemporâneo do profeta Isaías e viveu no reino de Judá,
durante o reinado de Jotão, Acaz e Ezequias (Mq 1:1).
➢ A ênfase da profecia de Miquéias foi o julgamento sobre Jerusalém.
“Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito
do SENHOR, cheio do juízo e de força, para
declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel,
o seu pecado” (Mq 3:8)
➢ Os pecados descritos por Miquéias englobam os líderes que se enriqueceram por
meio do roubo e da cobiça e os profetas que profetizavam a fim de agradar os
líderes corruptos.
➢ O julgamento de Deus anunciado por Miquéias em face da opressão dos líderes de
Jerusalém ocorreria por meio de uma nação opressora (Assíria).
➢ Da mesma forma que na profecia de Isaías, o profeta Miquéias anunciou a
restauração de Jerusalém por meio de um remanescente fiel e o anúncio da
Nova Jerusalém.
➢ É interessante perceber que o mesmo contexto histórico e local da profecia
implicam na semelhança entre as profecias de Isaías e de Miquéias.
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O profeta Amós
➢ O profeta Amós foi contemporâneo dos profetas Isaías e Miquéias (reino de Judá) e
do profeta Oséias (reino de Israel).
➢ O profeta Amós foi um fazendeiro que viveu próximo à fronteira entre os reinos de
Israel e de Judá.
➢ O profeta Amós exerceu o seu ministério durante o reinado de Jeroboão II, o último
dos grandes reis de Israel (reino do Norte) e que antecedeu a queda por meio da
invasão dos assírios.
➢ O reinado de Jeroboão II foi um período de grande expansão militar e de riqueza.
Porém, de grande idolatria e pecado do rei e do povo. Foi um dos piores reis de
Israel.
➢ O livro de Amós é formado por uma coletânea de sermões, poemas e visões. Engloba:
a) Uma mensagem de acusação contra as nações ao redor de Israel (capítulos 1-2);
b) Uma mensagem de acusação contra Israel (especialmente em relação aos líderes) –
capítulos 3-6: três vezes mais longa que contra as demais nações. As acusações são
especialmente contra a injustiça praticada pelos líderes e contra a idolatria praticada;
c) Uma série de Visões (capítulos 7-9) – representações do Dia do Senhor.
➢ A profecia de Amós sobre a queda de Samaria se cumpriu cerca de 40 anos depois.
Ementas
7. Literatura Sapiencial parte II
1. Criação e Dilúvio
8. O Reino Divido parte I
2. Os Patriarcas
9. O Reino Dividido parte II
3. Êxodo e a Lei
10. O Cativeiro Babilônico - I
4. A Terra Prometida
11. O Retorno do Cativeiro
5. Início da Monarquia em Israel
12. Período Intestametário
6. Literatura Sapiencial
Indicação de Bibliografia: Comentário do Antigo Testamento – Ed. Geográfica - Warren W. Wiersbe; Merece confiança o
Antigo Testamento – Vida Nova - Gleason Archer; Entendendo o Antigo Testamento – Shedd Publicações - Raymond
Brawn; Foco e desenvolvimento do Antigo Testamento – Ed. Hagnos - Carlos Osvaldo Pinto; Introdução ao Antigo
Testamento - DILLARD, R. e LONGMAN III - Vida Nova; Revelação Messiânica no Antigo Testamento - VAN
GRONINGEN, Gerard - Cultura Cristã; Teologia do Antigo Testamento - Bruce Waltke - Vida Nova.