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Aula 8 - O Reino Dividido I

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20/11/2021 Escola Bíblica Dominical 1

A divisão do Reino
➢ A morte de Salomão deu início ao processo de divisão do Reino,
que já havia sido profetizado;
➢ Roboão, filho de Salomão ouviu o conselho dos homens idosos e
de homens jovens e deu ouvido a estes últimos, desprezando o
conselho dos anciãos;
“O rei, pois, não deu ouvidos ao povo; porque este
acontecimento vinha do SENHOR, para confirmar a
palavra que o SENHOR tinha dito por intermédio de
Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate” (1 Rs 12:15)

➢ O resultado foi a divisão do Reino: dez tribos seguiram


Jeroboão, formando o Reino de Israel (Norte) e uma tribo
formou o Reino de Judá (Sul).
➢ O Senhor proibiu que Roboão pelejasse contra Jeroboão,
afirmando que Ele mesmo havia provocado a divisão (1 Rs
12:24).

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A divisão do Reino

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A idolatria do rei Acabe
➢ Os reis de Israel fizeram o que era mau diante do Senhor. Por outro
lado, houve bons e maus reis em Judá.
➢ O primeiro rei cuja a cuja narrativa é dado um grande destaque foi um
rei mau do Reino do Norte: o rei Acabe (1 Rs 16:29-22:40).
➢ A história do rei Acabe apresenta outras personagens importantes: a
rainha Jezabel e os profetas Elias e Eliseu.
➢ O autor descreve inicialmente o caráter de Acabe e os seus atos maus
diante de Deus:
“Como se fora coisa de somenos andar ele nos pecados
de Jeroboão, filho de Nebate, tomou por mulher a
Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a
Baal e o adorou. Levantou um altar a Baal, na casa de
Baal que edificara em Samaria” (1 Rs 16:31-32)
➢ É nesse contexto que se iniciou o ministério do profeta Elias que
anunciou ao rei uma grande seca na região (1 Rs 17:1)

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O ministério do profeta Elias
➢ O profeta Elias era de uma região de Gileade e foi até ao rei anunciar a
grande seca que iria ocorrer.
➢ É importante destacar que o reino de Israel vivia um período de grande
prosperidade e o casamento do rei Acabe com Jezabel, filha do rei dos
sidônios constituiu uma aliança favorável.
➢ O anúncio de uma grande seca, então, representava uma grande
catástrofe para a economia do reino de Israel.
➢ O profeta Elias é tão importante na história de Israel que há referências a
ele em outros textos bíblicos:

“Eis que vos enviarei i profeta Elias, “Então, lhe perguntaram: Quem
antes que venha o grande e terrível és, pois? És tu Elias? Ele disse:
Dia do SENHOR” (Ml 4:5) Não sou. És tu o profeta?
Respondeu: Não. (Jo 1:21)

Referência à Vinda do Resposta de João Batista


Messias!

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O ministério do profeta Elias
➢ A ênfase no ministério de Elias consistiu na profecia contra as práticas
idólatras do rei Acabe e da rainha Jezabel, especialmente em relação ao
culto ao deus Baal que levou o povo de Israel à idolatria.
➢ O ministério profético é um chamado ao arrependimento e não
necessariamente se manifestava pela predição de eventos futuros, apesar
de ter isso ocorrido no caso do profeta Elias.
➢ O ministério do profeta de Deus consiste em confrontar pessoas por
meio da Palavra de Deus a fim de leva-las ao arrependimento.
Obviamente, a chamada ao arrependimento pode representar o
reconhecimento do próprio Deus, mas também pode trazer ira da parte
do que se opõe.
➢ Na narrativa do ministério de Elias, podem ser citados dois exemplos:
“Então, a mulher disse a Elias: Nisto “Vendo-o, disse-lhe: És tu, ó
conheço agora que tu és homem de perturbador de Israel?” (1 Rs
Deus e que a palavra do SENHOR na 18:17)
tua boca é verdade” (1 Rs 17:24)
Viúva de Sarepta Rei Acabe
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O ministério do profeta Elias
➢ O ministério do profeta Elias foi caracterizado pela ocorrência de muitos
milagres.
➢ O ministério do profeta Elias se desenvolve em um ambiente de batalha
espiritual: a manifestação do Deus de Israel (o Deus verdadeiro) que
derrota e humilha os deuses pagãos – no caso Baal.
➢ Além de ter aumentado o azeite da viúva de Sarepta e da ressurreição
de seu filho (1 Rs 17:8-23), podem ser citados os seguintes milagres e
profecias, que manifestaram a supremacia do Deus verdadeiro em face
dos falsos deuses do rei Acabe, da rainha Jezabel e do rei Acazias:
a) Anúncio da seca – 1 Rs 17:1;
b) Batalha contra os profetas de Baal – 1 Rs 18:20-40;
c) Retorno da chuva – 1 Rs 18: 41-46;
d) Profecia sobre a posteridade de Acabe – 1 Rs 21:22;
e) Profecia sobre a morte de Jezabel – 1 Rs 21:23;
f) Fogo consumiu capitães do rei Acazias – 2 Rs 1:9-16;
g) Rio Jordão dividido ao meio – 2 Rs 2:8;
h) Elias foi arrebatado – 2 Rs 9:11;
➢ O ministério do profeta Elias foi sucedido pelo profeta Eliseu.
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A figura da rainha Jezabel
➢ O autor dá uma especial importância à figura da rainha Jezabel, esposa do rei Acabe.
Foi uma mulher muito má e que trouxe a idolatria para dentro de Israel, perseguindo
os profetas de Deus – ela determinou o assassinato de todos que contrariassem as
suas práticas idólatras (1 Rs 18:4).
➢ A sua idolatria foi perpetuada em seus filhos: sua filha Atalia levou as suas práticas
para o Reino de Judá, quando se casou com Jeroão, filho do rei Josafá.
➢ O profeta Elias foi o principal desafeto de Jezabel e por ela foi perseguido. Ele
anunciou a sua morte (inclusive a forma – seu corpo foi devorado por cães: 2 Rs
9:36).
➢ Há uma menção a uma profetisa chamada Jezabel na carta à Igreja de Tiatira:
“Tenho , porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel,
que a si mesmo se declara profetisa, não somente ensine, mas
ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a
comerem coisas sacrificadas aos ídolos” (Ap 2:20)
➢ A doutrina de Jezabel consistiu no Antigo Testamento, na Igreja de Apocalipse e nos
dias de hoje em se utilizar da prostituição e de outras práticas idólatras com o fim de
tentar confundir e seduzir os membros da Igreja de Cristo.
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O ministério do profeta Eliseu
➢ O início do ministério de Eliseu ocorreu no momento em que Elias foi
trasladado (2 Rs 2:12). Eliseu pediu a Elias a porção dobrada do Espírito (2 Rs
2:9).
➢ Eliseu profetizou no Reino de Israel (Norte) durante o período dos reis Jorão,
Jeú, Jeoacaz e Jeoás.
➢ Apesar de o ministério de Eliseu ter iniciado após ter sido Elias arrebatado, ele
foi chamado por Elias quatro anos antes, quando o rei Acabe ainda era vivo, e
o acompanhou aprendendo com ele.
➢ Um dos primeiros eventos descritos pelo autor acerca da vida de Eliseu é bem
controvertido: o momento em que Eliseu amaldiçoa um grupo de jovens e duas
ursas despedaçaram 42 deles (2 Rs 2:23-25).
➢ Muitos se utilizam do texto para insinuar que Deus foi violento, pois matou
vários jovens que apenas chamaram Eliseu de calvo. Ocorre que tal conclusão
não está correta, pois:
a) Um grande grupo de jovens perseguiu o profeta – quarenta e dois deles foram mortos
pelas ursas;
b) A zombaria não foi apenas pela calvície do profeta – “sobe, calvo!” era uma zombaria
ao próprio ministério do profeta, pois eles estavam comparando com o profeta Elias que
subiu em um redemoinho.
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O ministério do profeta Eliseu
➢ Alguns dos milagres e profecias realizados pelo profeta Eliseu:
a) Purificação das águas de Jericó (2 Rs 2:19-22);
b) Eliseu profetizou a derrota de Moabe (2 Rs 3:18) e chuva sobre a terra (2 Rs
3:17);
c) Eliseu aumentou o azeite de uma viúva (2 Rs 4:1-7);
d) Eliseu profetizou um filho a uma mulher sunamita (2 Rs 4:16) e o ressuscitou (2 Rs
4:34-35);
e) Transformou ervas venenosas em alimento saudável (2 Rs 4:38-41);
f) Multiplicou pães de cevada (2 Rs 4:42-44) – semelhantemente ao milagre
realizado por Jesus;
g) Curou Naamã de lepra (2 Rs 5:1-18) e a impôs a Geazi, seu servo (2 Rs 5:19-27);
h) Fez um machado flutuar (2 Rs 6:1-7);
i) Ungiu Jeú rei de Israel, exterminando a descendência do rei Acabe (2 Rs 9:6);
j) Um ano após a morte e o enterro do profeta Eliseu, um corpo foi colocado no seu
túmulo e assim que tocou os restos mortais de Eliseu, o homem reviveu e levantou-
se (2 Rs 13:20-21).
➢ O ministério de Eliseu encerrou-se muito próximo a um dos mais importantes
profetas: o profeta Isaías.
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O profeta Isaías
➢ O ministério de Isaías é contextualizado já no início do livro:
“Visão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito
de Judá e Jerusalém nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e
Ezequias, reis de Judá” (Is 1:1)
➢ O profeta Eliseu (reino de Israel) morreu durante o reinado de Jeoás. Neste
período, o rei de Judá era Amazias (2Rs 14:1). Após Jeoás, passou a reinar
Jeroboão II em Israel (2 Rs 14:23) e durante o seu reinado, passou a reinar
Azarias (ou Uzias) em Judá (2 Rs 15:1).
➢ Assim, o início do ministério do profeta Isaías ocorreu durante o reinado de
Uzias, em Judá e de Jeroboão II, em Israel. Os eventos iniciais do ministério
de Isaías, portanto, estão descritos a partir de 2 Rs 15.
➢ Isaías viveu em Jerusalém, na corte do rei de Judá e, por isso, tinha
conhecimento das políticas e estratégias do Reino de Judá. Provavelmente,
era primo do rei Uzias.
➢ A profecia de Isaías abrange um longo período, desde os anúncios de
julgamento de Deus, passando pelo período da queda de Israel até o
período da queda de Judá.
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O livro do profeta Isaías
➢ O nome Isaías significa: “Deus é a salvação” ou “A salvação vem do Senhor”.
➢ O livro de Isaías, juntamente com Deuteronômio e com o livro de Salmos, é o livro do Antigo Testamento
mais citado no Novo Testamento.
➢ O texto do livro de Isaías foi encontrado no século passado e o pergaminho se encontra no museu de Israel,
em Jerusalém.
➢ O tema principal do livro do profeta Isaías é a salvação – a palavra aparece diversas vezes durante o livro.
➢ O ministério profético no Antigo Testamento era caracterizado pelo fato de ouvir a voz de Deus, ser usado
como a boca de Deus e aplicar a voz de Deus ao contexto em que ele vivia. A predição do futuro entre os
profetas do Antigo Testamento era algo secundário.
➢ A principal característica dos profetas do Antigo Testamento era a denúncia do pecado do povo e o
chamado ao arrependimento. Por isso, a mensagem dos profetas de Deus era bastante impopular. Não é
incomum o fato de reis buscarem profetas que profetizassem o que eles queriam ouvir, mas esses não eram
verdadeiramente profetas.
➢ O ministério do profeta Isaías cobriu aproximadamente um período de 50 anos.
➢ Profetas contemporâneos de Isaías foram Amós e Oséias (Reino de Israel – norte) e Miquéias (Reino de
Judá – sul).
➢ Apesar de ter profetizado no reino de Judá, Isaías chegou a profetizar relativamente ao reino de Israel,
porém apenas na perspectiva da salvação (que é anunciada a todos os povos).
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O livro do profeta Isaías
➢ O livro de Isaías pode ser estruturado da seguinte maneira:
a) Juízo de Deus – capítulos 1 a 39;
b) Consolação de Deus – capítulos 40 a 66;
➢ Percebe-se que a profecia de Isaías mescla dos dois elementos: anúncio do juízo de Deus (exortação contra
a prática do pecado) e o consolo de Deus (mensagem de esperança, com fundamento na aliança de Deus
firmada com os patriarcas e que se cumpriria totalmente com a vinda do Messias).
➢ A primeira seção do livro (anúncio do juízo de Deus), exposta nos capítulos 1 a 39 do livro se estrutura da
seguinte maneira:
a) O julgamento e a esperança para a cidade de Jerusalém (capítulos 1 a 12): nesta parte, Isaías anuncia que
reinos virão para destruir a cidade de Jerusalém, que vivia nos pecados de rebelião, idolatria e injustiça. A
destruição ocorreria como um fogo purificador, que formaria um remanescente fiel na cidade – a nova
Jerusalém. Há uma contraposição entre o julgamento (Jerusalém idólatra) e a esperança (nova Jerusalém,
formada pelo remanescente fiel e purificada pelo fogo).
❖ O centro dessa parte está no capítulo 6 com a visão do trono de Deus – Isaías ao se deparar com a
santidade de Deus percebe o seu pecado (e do seu povo), mas é purificado (e não destruído) pelo fogo,
representado por uma brasa viva (Is 6:6).
❖ Ainda nesta parte, juntamente com o anúncio do juízo de Deus sobre Jerusalém, há o anúncio da esperança
com a vinda do Emanuel (Is 7:10-16).
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O livro do profeta Isaías
b) O julgamento e a esperança para as nações (capítulos 13 a 27): nesta parte, Isaías anuncia a vinda de um
império ainda mais poderoso que o Assírio – a Babilônia. No entanto, a despeito de tal poder, anuncia o juízo
de Deus sobre a Babilônia e outros povos inimigos de Judá: Filisteus, Moabitas, Egito, Tiro. Todavia, a profecia
de Isaías nunca se encerra com anúncio de juízo, havendo sempre um anúncio de esperança. A forma como
Isaías anuncia a esperança se dá por meio de um conto contrapondo duas cidades:
❖ A cidade arrogante – funciona como um arquétipo da humanidade rebelde. Esta cidade está destinada para
a ruína.
❖ A nova Jerusalém – habitada pelos remidos do Senhor. Nesta cidade não há mais morte ou sofrimento.

c) A ascensão e a queda de Jerusalém (capítulos 28 a 39): nesta parte, Isaías demonstra que apenas a
confiança em Deus pode trazer salvação. Condena os acordos com outras nações que visavam à preservação
de Jerusalém. Isaías expõe o que ocorreu com o rei Ezequias, no episódio da tentativa de invasão dos assírios
demonstrando que quando confiou em Deus, o rei livrou a cidade dos inimigos. Mas em seguida, demonstra
que a queda de Jerusalém decorreu de uma tentativa de acordo com uma delegação da babilônia.

❖ A primeira seção do livro de Isaías termina no capítulo 39 demonstrando que tudo o que foi descrito nos
capítulos anteriores levou à queda de Jerusalém, que ocorreu aproximadamente 100 anos após o
ministério de Isaías.
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O livro do profeta Isaías
➢ A segunda seção do livro (o consolo de Deus), exposta nos capítulos 40 a 66 do livro se estrutura da
seguinte maneira:
a) Anúncio de Esperança (capítulos 40 a 48): esta parte trata do fim do exílio e da necessidade do retorno do
povo a Jerusalém. Ocorre que Isaías já havia morrido. Há uma dúvida, então, acerca da autoria dessa seção.
Os autores se dividem da seguinte forma:
o Alguns defendem que seria o próprio Isaías, que teria sido transportado profeticamente para a época do
retorno do exílio a fim de falar para o povo que vivia neste contexto.
o Outros defendem que após o exílio, discípulos de Isaías aplicaram ao contexto do pós-exílio os anúncios que
haviam sido feitos pelo profeta Isaías. Assim, esta seção seria uma aplicação feita por discípulos de Isaías às
palavras proféticas de Isaías ao contexto pós-exílio.
❖ Nesta parte, o povo de Israel que havia sido alcançado pela graça e misericórdia de Deus, ao retornar a
Jerusalém, deve anunciar às nações o reino de Deus. Israel funcionaria como um servo de Deus às nações.
❖ Todavia, não é isso que acontece. Pelo contrário, o povo de Israel acusa Deus de não prestar atenção às suas
necessidades. Então, os capítulos finais dessa parte anunciam uma resposta de Deus a tais acusações e o
juízo em razão dessa rebeldia do povo.
b) O servo cumpre a missão (capítulos 49-55): com a recusa do povo de Israel em cumprir a função do servo
que deve anunciar às nações a vinda do Reino, Deus anuncia que a missão será cumprida por seu servo. A
missão do servo consiste em primeiro, restaurar o povo de Israel e depois ser luz para as nações.
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O livro do profeta Isaías
❖ É anunciado que o servo cumprirá a missão capacitado pelo Espírito de Deus e a sua figura se assemelha ao
rei messiânico anunciado nos primeiros capítulos do livro.
❖ É anunciado, ainda, que o servo será morto pelo seu próprio povo e que a morte funcionará como um
sacrifício pelo pecado do povo (capítulos 50-53). Há anúncio, ainda que ele após a morte está vivo e que por
seu sacrifício proporcionou uma forma de restaurar o relacionamento do povo pecador com o Deus santo.
❖ Os capítulos finais dessa parte anunciam que as pessoas poderão responder de duas formas ao sacrifício do
servo de Deus: com humildade – são também chamados de servos e de sementes e com arrogância – são
chamados de ímpios.
c) Os servos herdam o reino de Deus (capítulos 56-66): o centro dessa parte (capítulos 60-62) é o anúncio do
servo e da forma pela qual ele anuncia as boas novas do Reino de Deus. Este centro é antecedido (capítulos 56-
59) e seguido (capítulos 63-66) de orações de arrependimento. Nestas orações há um contraste entre o destino
dos servos e o destino dos ímpios.
❖ Nesta seção, todos os povos da terra são chamados a se juntar à família da aliança para desfrutarem de
todas as promessas da aliança de Deus.
❖ O livro de Isaías conclui com o anúncio de que, por meio do servo sofredor, Deus forma uma família da
aliança formado por pessoas de todas as nações que aguardam pela esperança de uma criação renovada
em que o reino de Deus existe plenamente tanto na terra como no céu.

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O livro do profeta Isaías - resumo
JUÍZO DE DEUS CONSOLO DE DEUS
1-39 40-66

JULGAMENTO E ANÚNCIO DE
ESPERANÇA PARA ESPERANÇA 40-
JERUSALÉM 1-12 48

JULGAMENTO E
ESPERANÇA PARA SERVO CUMPRE
AS NAÇÕES 13-27 A MISSÃO 49-55

ASCENSÃO E SERVOS
QUEDA DE HERDAM O
JERUSALÉM 28- REINO DE DEUS
39 56-66
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O profeta Miquéias
➢ O profeta Miquéias foi contemporâneo do profeta Isaías e viveu no reino de Judá,
durante o reinado de Jotão, Acaz e Ezequias (Mq 1:1).
➢ A ênfase da profecia de Miquéias foi o julgamento sobre Jerusalém.
“Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito
do SENHOR, cheio do juízo e de força, para
declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel,
o seu pecado” (Mq 3:8)
➢ Os pecados descritos por Miquéias englobam os líderes que se enriqueceram por
meio do roubo e da cobiça e os profetas que profetizavam a fim de agradar os
líderes corruptos.
➢ O julgamento de Deus anunciado por Miquéias em face da opressão dos líderes de
Jerusalém ocorreria por meio de uma nação opressora (Assíria).
➢ Da mesma forma que na profecia de Isaías, o profeta Miquéias anunciou a
restauração de Jerusalém por meio de um remanescente fiel e o anúncio da
Nova Jerusalém.
➢ É interessante perceber que o mesmo contexto histórico e local da profecia
implicam na semelhança entre as profecias de Isaías e de Miquéias.
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O profeta Amós
➢ O profeta Amós foi contemporâneo dos profetas Isaías e Miquéias (reino de Judá) e
do profeta Oséias (reino de Israel).
➢ O profeta Amós foi um fazendeiro que viveu próximo à fronteira entre os reinos de
Israel e de Judá.
➢ O profeta Amós exerceu o seu ministério durante o reinado de Jeroboão II, o último
dos grandes reis de Israel (reino do Norte) e que antecedeu a queda por meio da
invasão dos assírios.
➢ O reinado de Jeroboão II foi um período de grande expansão militar e de riqueza.
Porém, de grande idolatria e pecado do rei e do povo. Foi um dos piores reis de
Israel.
➢ O livro de Amós é formado por uma coletânea de sermões, poemas e visões. Engloba:
a) Uma mensagem de acusação contra as nações ao redor de Israel (capítulos 1-2);
b) Uma mensagem de acusação contra Israel (especialmente em relação aos líderes) –
capítulos 3-6: três vezes mais longa que contra as demais nações. As acusações são
especialmente contra a injustiça praticada pelos líderes e contra a idolatria praticada;
c) Uma série de Visões (capítulos 7-9) – representações do Dia do Senhor.
➢ A profecia de Amós sobre a queda de Samaria se cumpriu cerca de 40 anos depois.

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O profeta Oséias
➢ O profeta Oséias foi contemporâneo dos profetas Isaías e Miquéias (reino de Judá) e
do profeta Amós (reino de Israel).
➢ O profeta Amós também exerceu o seu ministério durante o reinado de Jeroboão II, o
último dos grandes reis de Israel (reino do Norte) e que antecedeu a queda por meio
da invasão dos assírios.
➢ Diferentemente do profeta Amós, o profeta Oséias chegou a presenciar a queda do
reino de Israel quando da invasão pelos assírios.
➢ O livro de Amós é estruturado da seguinte maneira:
a) Primeira seção (muito conhecida) narra o casamento do profeta com uma prostituta
(capítulos 1-3). O casamento, o adultério e a restauração é um símbolo profético da
relação de Deus com Israel.
b) Duas coleções de acusações e lamentos pelo pecado de Israel (capítulos 4-11 e 12-
14). Nesta seção, o profeta descreve as causas e consequências para o pecado de
Israel. Entre as causas, está principalmente a falta de conhecimento de Deus (não o
intelectual, mas o relacional). Para ilustrar a falta de conhecimento, Oséias lembra de
histórias da rebeldia de Israel.
➢ Os últimos capítulos tratam da esperança de restauração para o povo de Israel. Ele
descreve um Israel restaurado, que abençoa todas as nações.
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A queda do Reino do Norte
➢ No período do rei Uzias, em Jerusalém, reinava em Samaria o rei Jeroboão II
(2 Rs 15:1).
➢ Jeroboão II foi sucedido por Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías, Peca e
Oseias (2 Rs 15). Todos esses reinados foram muito breves, tendo em vista a
instabilidade política da época.
➢ A invasão dos Assírios é descrita em 2 Rs 17:3. O autor descreve que o rei da
Assíria invadiu o reino do norte e Oseias passou a ser servo dele. Porém, por
ter conspirado contra o rei da Assíria, Oseias foi preso, Samaria foi sitiada e a
população foi transportada para a Assíria.
➢ Uma característica dos assírios é que eles levavam a população conquistada
de um local para o outro. O objetivo era que a população perdesse a sua
ligação com a terra e a noção de nação, de povo.
➢ Assim, os israelitas do reino do Norte foram desterrados e outros povos foram
trazidos para a região de Samaria (povos da Babilônia, de Cuta, de Ava, de
Hamate e de Sefarvaim – 2 Rs 17:24).
➢ Essa é a razão de não considerarem os judeus da época de Jesus os
samaritanos como seus irmãos. Os samaritanos não eram mais na época de
Jesus povo descendente das tribos de Israel, mas um povo miscigenado.
20/11/2021 Escola Bíblica Dominical 21
O profeta Jonas
➢ O livro do profeta Jonas apresenta uma grande peculiaridade: ele é um livro narrativo,
apresentando a história de um profeta e não as profecias por ele anunciadas. Este fato
provavelmente o torna o livro dos profetas mais fácil de ser lido e, talvez, o de história
mais conhecida.
➢ Não há um consenso acerca do momento em que ocorre a história descrita no livro de
Jonas, mas pode-se afirmar que:
a) Ele viveu no reino do Norte – reino de Israel;
b) Ele viveu durante o período do rei Jeroboão II – ele é mencionado no texto de 2 Rs
14:23-25.
➢ A narrativa do livro de Jonas é bem peculiar, pois apresenta personagens que fazem o
contrário do que se espera deles:
a) O profeta – se rebela contra a ordem de Deus;
b) Os marinheiros pagãos – que se arrependem;
c) O rei dos Assírios – que se humilha diante de Deus;
➢ A narrativa é interrompida duas vezes para descrever orações de Jonas (capítulos 2 e 4).
➢ É interessante perceber que a rebeldia de Jonas é manifestada inclusive quando ele
decide obedecer. A mensagem de Jonas era: “Dentro de quarenta dias, Nínive será
subvertida” (Jn 3:4).
20/11/2021 Escola Bíblica Dominical 22
O profeta Jonas
➢ O profeta Jonas foi o único profeta comissionado para pregar aos gentios.
➢ A leitura do livro nos permite algumas afirmações:
a) Jonas tem uma teologia boa, mas uma prática errada: Jonas diz que teme ao Senhor (Jn
1:9), mas o desobedece;
b) Jonas faz a obra de Deus, mas com a motivação errada: quando obedece, sua obediência
é compulsória e não voluntária;
c) Jonas quer receber bênçãos, mas não quer ser uma benção (Jn 4:6);
d) Jonas prefere morrer a se arrepender (Jn 4:3,8);
e) Jonas apresenta mais contradições que contrição: quando na entranha do peixe, pede
livramento da morte (Jn 2:2), mas depois de resgatado por Deus, pede para morrer por duas
vezes (Jn 4:3,8);
➢ O amor de Jonas por Deus é menor que o amor de Jonas aos seus projetos pessoais.
Nesse sentido, um projeto de vida pode representar uma idolatria.
➢ Por outro lado, a desobediência pode ser manifestada inclusive em coisas lícitas – no
caso de Jonas, o amor ao seu povo, que era inimigo dos cruéis ninivitas.
➢ A revelação messiânica em Jonas: A narrativa do capítulo 2 do livro descreve o maior
protótipo da morte e ressurreição de Cristo no Antigo Testamento. Foi citada, inclusive
por Jesus (Lc 11:29-32).
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EscolaPrimeiro
Bíblica Dominical
Ciclo – 21/02 até 23/05
Sala de Missões
2. Panorama do AT - Professores: Márcio Ordonho, JP e Davi Pimentel

Ementas
7. Literatura Sapiencial parte II
1. Criação e Dilúvio
8. O Reino Divido parte I
2. Os Patriarcas
9. O Reino Dividido parte II
3. Êxodo e a Lei
10. O Cativeiro Babilônico - I
4. A Terra Prometida
11. O Retorno do Cativeiro
5. Início da Monarquia em Israel
12. Período Intestametário
6. Literatura Sapiencial

Indicação de Bibliografia: Comentário do Antigo Testamento – Ed. Geográfica - Warren W. Wiersbe; Merece confiança o
Antigo Testamento – Vida Nova - Gleason Archer; Entendendo o Antigo Testamento – Shedd Publicações - Raymond
Brawn; Foco e desenvolvimento do Antigo Testamento – Ed. Hagnos - Carlos Osvaldo Pinto; Introdução ao Antigo
Testamento - DILLARD, R. e LONGMAN III - Vida Nova; Revelação Messiânica no Antigo Testamento - VAN
GRONINGEN, Gerard - Cultura Cristã; Teologia do Antigo Testamento - Bruce Waltke - Vida Nova.

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