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Funções

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NOÇÕES BÁSICAS SOBRE

FUNÇÕES

Material didático produzido pelo


Professor Alexandre Correia Fernandes

Conselheiro Lafaiete, 2020.


Unidade 1:
Estudo das Funções

1.1 Um começo de conversa

Não é raro, durante nossas vidas, nos depararmos com situações em que
podemos, de alguma forma, estabelecer um relacionamento entre grandezas. Por
exemplo, o gasto com o celular pré-pago, durante um mês, depende da quantidade de
minutos falados; a quantidade de tinta que se deve comprar depende da medida da área
que se deseja pintar e o tempo gasto numa viagem entre duas cidades depende da
velocidade adotada no percurso.
Essas e muitas outras situações podem ser mais bem compreendidas se
fizermos uso de uma das melhores ferramentas matemáticas para a descrição da
realidade: a função.
Nesta Unidade começaremos a mostrar como as funções e seus gráficos podem
nos ajudar a formular modelos matemáticos úteis à análise e tomada de decisões acerca
de fenômenos que acontecem no mundo real.
Ao final desta Unidade, você, leitor, deverá ter, não só o conhecimento desses
conceitos, como também já deverá conseguir aplicá-los em algumas situações do
cotidiano.
1.2 Ponto de partida - tópico gerador

Quando afirmamos, por exemplo, que o perímetro de um quadrado é igual ao


valor da medida de seu lado multiplicado por quatro, estamos descrevendo verbalmente
uma função cuja fórmula matemática correspondente pode ser dada por y = 4.x, em que
a variável independente x corresponde à medida do lado e a variável dependente y
corresponde ao perímetro do quadrado.
Além disso, consideremos os dados apresentados na seqüência:
Denomina-se espaço de frenagem a distância necessária para que um carro pare
totalmente, após o acionamento do freio. A tabela abaixo apresenta dados acerca da
velocidade de um certo modelo de automóvel, medida em km/h, e o respectivo espaço
de frenagem.

70
Velocidade (km/h) Espaço de
frenagem (m) 60
Espaço de frenagem (m)

50
0 0
40
20 3
30
40 9
20
60 15 10
80 28 0
0 20 40 60 80 100 120 140
100 41
Velocidade (km/h)
120 62

Nota-se que, a partir da tabela, foi possível construir-se um gráfico que representa
a função indicada por ela.
Pelo que fora apresentado, podemos concluir que há quatro maneiras distintas
para se descrever uma função, a saber:
 descrição verbal;
 fórmula matemática;
 tabela de valores;
 gráfico
Também podemos perceber que essas formas não são mutuamente excludentes,
uma vez que, de uma delas, podemos chegar às outras.
Mas será que toda relação entre grandezas representa uma função?
Esta pergunta terá sua resposta fundamentada na definição de função.
1.3 Em busca de informação

1.3.1 Definição de função

Antes de definirmos propriamente uma função, necessárias se fazem algumas


definições prévias, a saber:

Dados dois conjuntos A e B, não vazios, denominamos produto cartesiano de


A por B e indicamos por A x B o conjunto formado por todos os pares ordenados nos
quais o primeiro elemento pertence ao conjunto A e o segundo elemento pertence ao
conjunto B.

Dados dois conjuntos, A e B, não vazios, denominamos relação binária de


A em B qualquer subconjunto do produto cartesiano A x B.

Geralmente chamamos de x os elementos do conjunto A e de y os elementos do


conjunto B.

Exemplo 1

Sejam A = {1, 2} e B= {2, 3, 4}, determine:

a) A x B na forma tabular
b) A x B na forma gráfica
c) Os pares ordenados pertencentes à relação R dada por
R = {(x,y)  A x B | y = 2x}

Solução
a) A x B = { (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 2), (2, 3), (2, 4)}.
b)

c) R = {(1,2), (2, 4)}, uma vez que, entre os seis pares ordenados de A x B,
somente nesses verificamos que o valor de y é o dobro do valor de x.

Uma função (ou aplicação) f é uma lei segundo a qual cada elemento x em
um conjunto A está associado a exatamente um elemento, chamado f (x), em um
conjunto B.

O número x é chamado de variável independente. O conjunto A, formado por


todos os valores de x para os quais a lei f é possível, é chamado de domínio da função.
O conjunto B é denominado contradomínio da função. É nele que estão os
elementos que podem corresponder aos elementos de A.
Segundo a definição, cada elemento x do domínio tem um correspondente
y = f (x) no contradomínio, denominado imagem de x pela função f. Ao conjunto de todos
os valores de y correspondentes a valores de x damos o nome de conjunto imagem
da função.
Como nem toda relação entre x e y é uma função, podemos utilizar um diagrama
de flechas que certamente nos ajudará a definir se estamos ou não diante de uma
função.

Exemplo 2

Sejam A = { –1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 4, 6, 8} e as relações (a) f: A B e


(b) g: A B expressas pelas fórmulas y = 2x e y = x2, respectivamente, com x  A e
y  B. Verifique se tais relações são ou não funções, justificando sua resposta. Em caso
afirmativo, determine o domínio, o contradomínio e o conjunto imagem.
Resolução

(a)

f: A B expressa por y = 2x não é função pois há


elemento de A (o número -1) que não está associado a
um elemento de B.

(b)

g: A B expressa por y = x2 é função porque que cada


elemento de A está associado a um único elemento de
B.
Domínio: D(g) = A = { –1, 0, 1, 2}
Contradomínio: CD(g) = B = {0, 1, 2, 4, 6, 8}
Imagem: Im(g) = {0, 1, 4}

1.3.2 Estudo do domínio de uma função

Ao definirmos uma função y = f(x) por uma fórmula e desejarmos fazer alguma
restrição aos valores de x por motivo de contexto, devemos expressar o domínio dessa
função de forma explícita. Caso contrário, o domínio será considerado como o maior
conjunto de valores de x para os quais a fórmula fornece imagens reais.
Entendamos “restrições quanto ao contexto” como sendo restrições da variável
independente para que a mesma faça sentido. Se x representa o raio de uma esfera,
logicamente x deve ser positivo; da mesma forma, se x denota a quantidade de objetos
produzidos e vendidos por uma empresa, x deve ser não negativo (0).

3x  2
Exemplo 3 – Determinar o domínio da função f dada por f ( x)  .
x2  4
Solução

3x  2
O valor numérico de só existe em R se x2– 4  0.
x2  4
Dessa forma: D = {x R| x  –2 e x  2}, ou seja, D = R – {-2, 2}.
2x  1
Exemplo 4 – Determinar o domínio da função f ( x)  3  x  .
x2
Solução

3  x só é possível se 3  x  0  x  3 (I)

x  2 só é possível se x  2  0  x  2 (II)

O domínio da função f(x) é dado pela interseção dos intervalos descritos por (I)
e (II).

 D = 2,3

1.3.3 Gráfico

Chamamos gráfico de uma função o conjunto de todos os pontos (x,y) do


plano cartesiano com x  D (domínio da função) e y = f(x).

Geralmente consideramos os valores do domínio da função no eixo x (eixo das


abscissas) e as respectivas imagens no eixo y (eixo das ordenadas).

Exemplo 5 – Construa o gráfico da função f: A  R, dada por y = 2x – 1, em que


A = {0, 1, 2, 3}.
Solução

Podemos determinar a imagem para cada valor de x  A e, em seguida, plotar os


pontos num plano cartesiano.

x y = 2x –1 (x,y)
0 y = 2.0 –1 = –1 (0, –1)
1 1 (1, 1)
2 3 (2, 3)
3 5 (3, 5)
Mas, na construção da maioria dos gráficos, obviamente, é impossível determinar
e marcar todos os pontos. Nesses casos, podemos obter um esboço do gráfico plotando
alguns pontos e fazendo passar por eles uma curva suave.
Exemplo 6
A área (y) de um quadrado é uma função da medida (x) de seu lado dada pela
fórmula y = x2, x  0. Construa um gráfico que represente essa função.

Solução

x y = x2 (x,y)
0 y = 02 = 0 (0, 0)
1 1 (1, 1)
2 4 (2, 4)
3 9 (3, 5)

É possível verificar se um determinado gráfico representa ou não uma função.


Para tanto, fazemos uso do Teste da reta vertical, enunciado na seqüência:

Para que uma curva num plano cartesiano seja gráfico de uma função
y = f(x), nenhuma reta vertical deve interceptá-la mais de uma vez.

Exemplo 7

Verifique quais dos gráficos apresentados abaixo representam funções:


Solução
Ao traçarmos as retas verticais por toda a extensão dos gráficos, verificamos que
somente no gráfico (b) uma mesma reta interceptou a curva em mais de um ponto.
Portanto, os gráficos (a) e (c) representam funções.

1.3.4 Determinação do domínio e imagem a partir do gráfico

Desde que conheçamos o gráfico de uma função, podemos, a partir dele,


determinar seu domínio e seu conjunto imagem.
O domínio é formado pelas abscissas dos pontos do gráfico, ou seja, é formado
pelo conjunto dos valores de x para os quais existe gráfico.
Analogamente, podemos afirmar que o conjunto imagem é constituído pelas
ordenadas dos pontos do gráfico.

Exemplo 8 – Determine o domínio e a imagem da função representada pelo gráfico


abaixo:

Solução
Projetando o gráfico sobre o eixo x obtemos:
D = {x  R | –3  x  4 e x  1}
Projetando o gráfico sobre o eixo y:
Im = {y  R | –2 < y  3}

1.3.5 Raiz ou zero de uma função

Seja f uma função de A em B. Denominamos raiz (ou zero) da função f todo


elemento de A para o qual temos f(x) =0.

Geometricamente, as raízes de uma função correspondem às abscissas dos


pontos de seu gráfico que interceptam o eixo x.
Exemplo 9 – Determinar as raízes da função f(x) = x3 – 3x2–10x.

Fazendo f(x) =0, obtemos a equação


x3– 3x2– 10x = 0
x3 – 3x2–10x = 0 
x(x2 – 3x–10) = 0 
x = 0 ou x2 – 3x–10 = 0
Logo, as raízes são –2, 0 e 5.

1.3.6 Qualidade de uma função

Podemos classificar funções em injetoras, sobrejetoras e bijetoras se satisfizerem


a certas definições, a saber:

Uma função f: A B é dita injetora (ou injetiva) se, e somente se, quaisquer
dois elementos distintos de seu domínio (x1  x2) corresponderem a elementos
distintos do conjunto B (y1  y2).

Uma função f(x) é injetora se nenhuma reta horizontal interceptar seu gráfico em
mais de um ponto.

Seja f uma função de A em B (f: A B). A função f é dita sobrejetora (ou


sobrejetiva) se, e somente se o seu conjunto imagem for igual ao seu contradomínio,
isto é, Im(f)=CD(f)= B.

Uma função f: A B é denominada bijetora (ou bijetiva) quando é,


simultaneamente, injetora e sobrejetora.
Exemplo 10 – Classifique cada uma das funções f: A B abaixo em injetora, sobrejetora
ou bijetora.

A função f não é injetora porque 1 e 3 têm


a mesma imagem, mas é sobrejetora, uma
vez que seu contradomínio é igual ao seu
conjunto imagem.

A função f é injetora haja vista que cada


elemento do conjunto imagem é imagem de
apenas um elemento do domínio, e não é
sobrejetora em virtude de haver em B
elemento que não é imagem de algum
elemento de A.

A função f é bijetora, posto que é injetora


e sobrejetora.

1.3.7 Função crescente e função decrescente

Uma função f é chamada de crescente em um intervalo [a,b] de seu


domínio se
f (x1) < f (x2) sempre que x1 < x2 em [a,b],
ou seja, à medida que aumenta o valor de x dentro do intervalo, as imagens
correspondentes também aumentam.

A função f é dita decrescente em [a,b] se


f(x1) > f(x2) sempre que x1 < x2 em [a,b],
ou seja, à medida que aumentam os valores de x dentro do intervalo, as imagens
correspondentes diminuem.

Exemplo 11

Para a função f representada a seguir, obtenha os intervalos em que a mesma é


crescente e os intervalos em que ela é decrescente.
Solução

A função é crescente em  4;2 e em 2;5 e é decrescente em  2; 2 .

1.3.8 Função par e função ímpar

Uma função f é chamada de função par se, e somente se, f(–x) = f(x), para
todo x em seu domínio.

Uma função f é dita função ímpar se, e somente se, f(–x) = –f(x), para todo
x em seu domínio.

Do ponto de vista geométrico, uma função par é aquela cujo gráfico é simétrico
em relação ao eixo das ordenadas (eixo y), o que significa que se construirmos seu
gráfico para x  0, para obtermos o restante do mesmo, basta refletirmos o que já
temos em relação ao eixo y.
Já as funções ímpares têm gráficos simétricos em relação à origem, o que significa
que se construirmos o gráfico para x  0, para obtermos o restante do mesmo, basta
fazermos um giro de 180º no que já temos em relação à origem do sistema cartesiano
ortogonal.

Exemplo 12

a) A função f(x) = x4 – x2 é par.

De fato:
b) A função f(x) = x3 + x5 é ímpar.

De fato:

1.3.9 Operações com funções

Sejam f e g duas funções com domínios A e B, respectivamente. Define-se:

( f  g )( x)  f ( x) g ( x) Domínio= A  B

( f  g )( x)  f ( x) g ( x) Domínio = A  B

( f .g )( x)  f ( x) .g ( x) Domínio = A  B

f  f ( x) Domínio = {x  A  B| g(x)  0}
 ( x) 
g g ( x)

Exemplo 13

Dadas as funções f ( x)  x e g ( x)  9  x 2 , determine as funções


f  g , f  g , f .g , f / g e seus respectivos domínios.

Solução

Temos que D(f) = 0, e D(g) =  3,3 . Dessa forma, de acordo com as
definições acima:

( f  g )( x)  x  9  x 2 Domínio= 0,   3,3 = 0,3


( f  g )( x)  x  9  x 2 Domínio = 0,3
( f .g )( x)  x 9  x 2  9 x  x 3 Domínio = 0,3
f  x x Domínio = 0,3 , pois 3 anula o denominador
 ( x)   de f/g.
g 9  x2 9  x2
Exemplo 14

O custo fixo mensal de fabricação de uma calculadora eletrônica é R$ 6.000,00 e


o custo variável por unidade é R$ 10,00. Considerando-se que cada unidade desse
produto é vendida por R$ 16,00, determine:
a) a função receita
b) a função custo total
c) a função lucro

Solução

a) Considerando-se x a quantidade vendida de um produto, chamamos de função


receita a função R(x) = x.PV, em que PV representa o preço de venda unitário.
Nessas condições, para o problema acima, temos: R(x) = 16x.

b) Denomina-se função custo total (ou simplesmente função custo) a função C(x)
que modela o gasto com a produção de x unidades de um produto, levando-se em
consideração tanto o custo fixo quanto os custos variáveis.
Sendo assim, temos: C(x) = 6.000 + 10x.

c) A função lucro L(x) é definida como a diferença entre a função receita e a


função custo.
Logo, L(x) = 16x – (6000 + 10x), ou seja, L(x) = 6x – 6000.

1.3.10 Composição de funções

Consideremos a seguinte situação:

Uma vinícola está produzindo certo tipo de vinho para o qual estima seu lucro por
meio da função L(P) = 0,4P, em que P é o preço de venda desse vinho no varejo. O
preço P fora calculado fazendo-se P = 30 + C, em que C é o custo da matéria-prima
necessária para produzir uma garrafa. Como expressar o lucro diretamente em função
do custo da matéria-prima?
Como L = 0,4P e P = 30 + C, substituindo P na primeira equação, obtemos
L = 0,4.(30 + C)  L = 12 + 0,4C.
O que acabamos de executar foi uma mera composição entre as duas funções
dadas no problema.
Sejam f e g duas funções quaisquer. Denomina-se função composta de g
com f a função h definida por h(x) = g(f(x)).

Também podemos indicar a função composta h(x) por (gof)(x).


Em diagrama, temos:

Observações:

1ª) Em geral, f(g(x))  g(f(x)), sendo que pode acontecer de apenas uma dessas
funções estar definida.
2ª) O domínio de gof é o conjunto de todos os elementos x do domínio de f tais
que f(x) está no domínio de g.

Exemplo 15 – Sejam as funções reais f e g, definidas por f(x) = x – 2 e g(x) = x2 + 1.


Determinar fog e gof.

fog(x) = f(g(x)) = f(x2 + 1) = x2 + 1 – 2 = x2 – 1


gof(x) = g(f(x)) = g(x – 2) = (x – 2)2 + 1 = x2 – 4x + 5

Exemplo 16 – Considerando f(x) = 3x + 2 e f(g(x)) = 9x + 8, determine g(x).

Uma vez que f(x) = 3x + 2, então f(g(x)) = 3. g(x) + 2.


Mas f(g(x)) = 9x + 8.

Logo, 3. g(x) + 2 = 9x + 8  g(x) = 3x + 2.


1.3.11 Função inversa

Seja f: A B uma função bijetora. Nessas condições, a relação inversa de f é


uma função de B em A à qual chamamos de função inversa de f e indicamos por
f –1.

A necessidade de f ser bijetora se justifica pelo fato de que somente assim


garantimos que a relação inversa de f seja função; ou seja, que para cada y  B existirá
apenas um x  A tal que y = f(x).
Observemos que:

(i) D(f –1) = Im (f ) = B e Im(f –1) = D(f ) = A.


(ii) O par ordenado (x,y) está no gráfico de f se, e somente se, o par (y,x)
estiver no gráfico de f –1, o que significa, do ponto de vista geométrico, que
os gráficos de f e f –1 são simétricos em relação à bissetriz dos quadrantes
ímpares (reta y = x).
(iii) Sendo f e f –1 funções inversas, sempre é verdade que f –1
(f(x)) = x, xA
e f (f –1(x)) = x, xB.

Ilustração

Observemos na imagem acima que o gráfico de f –1 é uma imagem especular de


f em relação à reta y = x.
Regra prática para se determinar a inversa de uma função

1º passo: “Trocamos” a variável x por y e vice-versa na lei que define a função.


2º passo: “Isolamos” o y, obtendo, assim, a lei que define a função inversa.

Exemplo 17

x5
Determinar a função inversa de f ( x)  e encontrar o domínio e o conjunto
2x  3
imagem, tanto de f quanto de f –1.
Solução

y5
Trocando x por y, obtemos: x 
2y  3
Isolando y, encontramos:

x(2 y  3)  y  5  2 xy  3 x  y  5
2 xy  y  3 x  5  y (2 x  1)  3 x  5
3x  5
 f 1 ( x) 
2x  1

3
Em f, temos que 2x–3  0. Portanto, D(f) =R –   .
2

1 
Pelo mesmo motivo, em f–1, temos que 2x–1  0. Portanto, D(f-1) =R –   .
2
–1 –1
Uma vez que D(f ) = Im (f ) e Im(f ) = D(f ), podemos afirmar que
3 1 
Im(f –1) = R –   e Im (f ) = R –   .
2 2
1.4 Colocando o conhecimento em prática

1.4.1 Exercícios de fixação

Estas atividades devem ser realizadas individualmente e têm como objetivo


contribuir para que você compreenda melhor o conteúdo trabalhado nesta unidade.

Atividade 1
Seja f(x) uma função cujo gráfico, para x  0, está representado abaixo. Complete-o
para o caso de f(x) ser uma função par.

Atividade 2
Denomina-se custo médio de fabricação de um produto e indica-se por Cme(x) o
C ( x)
custo total de produção dividido pela quantidade produzida, ou seja: C me ( x)  .
x
O custo de fabricação de x unidades de um produto é C(x) = 600 + 5x.
a) Qual o custo médio de fabricação de 30 unidades?
b) Qual o custo médio de fabricação de 60 unidades?
c) Para que valor tende o custo médio à medida que x aumenta?

Atividade 3
Um vendedor de planos de saúde ganha R$ 1.800,00 de salário fixo mensal mais
uma comissão de R$ 30,00 por plano vendido. Sendo x o número de planos vendidos
num mês, faça o que se pede:
a) Expresse seu salário total S em função de x.
b) Determine quantos planos ele deve vender para que seu salário seja de
R$ 2.340,00.
c) Quanto receberá este vendedor num mês em que foram vendidos 6 planos
de saúde?
1.4.2 Exercícios de aprofundamento

Estas atividades serão realizadas nos momentos presenciais em sala de aula. O


professor poderá escolher entre uma ou várias atividades para serem realizadas.
Atividade 1
Uma subestação de energia fica à margem de um rio, num local cuja
largura do rio é de 500m. O custo para passar um cabo novo, da usina até um ponto da
cidade, localizado 3 km a leste da estação, no lado oposto do rio, é de R$ 120,00 por
metro de cabo na água e R$ 90,00 por metro de cabo na terra.
Supondo que o cabo saia da subestação e chegue ao ponto B, na margem
oposta, que fica x metros distante do ponto A (vide figura), expresse uma função C(x)
que forneça o custo de instalação dos cabos em função de x.

Atividade 2
Uma fábrica produz x aparelhos de MP3 player, que são vendidos pelo
preço unitário de R$ 150,00. Há dois custos envolvidos: os custos variáveis, calculados
em R$ 60,00 por aparelho fabricado, e os custos fixos, estimados em R$ 6.300,00 por
mês. Nessas condições, faça o que se pede:
a) Determine a função custo C(x), a função receita R(x) e a função lucro L(x).
b) Construa, num mesmo plano cartesiano, os gráficos para R(x) e C(x).
c) Obtenha o ponto de equilíbrio (abscissa do ponto em que R(x) = C(x)).

Atividade 3
A partir de um pedaço retangular de papelão de medidas 10 cm e 18 cm
deve-se confeccionar uma caixa sem tampa, em forma de um paralelepípedo. Para
tanto, quadrados de lados x foram retirados de cada canto do retângulo. Expresse o
volume V da caixa em função de x.
1.4.3 Avaliação / Reflexão sobre a Unidade

Atividades

01) O teste da reta vertical enuncia que, uma curva só é gráfico de uma função se
nenhuma reta vertical do plano xy a interceptar em mais de um ponto. Justifique
esta afirmação.

02) Classifique cada uma das afirmações abaixo em verdadeira ou falsa, justificando
suas respostas.
a) ( )O produto de duas funções pares é sempre uma função par.
b) ( )O produto de duas funções ímpares não é uma função ímpar.
c) ( )Toda função par é injetora.
d) ( ) Se f: A B é uma função bijetora e se A possui n elementos, então é
certo que o conjunto B tenha, ao menos, (n+1) elementos.
e) ( ) Para quaisquer duas funções f e g, ambas as compostas fog e gof são
sempre possíveis.
f) ( ) Se o gráfico de uma função é simétrico em relação à origem e o ponto
(x,y) pertence a ele, então o ponto (–x,–y) também está no gráfico.
g) ( ) Toda função do tipo y = ax2 + bx + c, em que a,b,c  R e a  0 possui
necessariamente duas raízes reais e distintas.

03) Para a função f(x), representada pelo gráfico abaixo, faça o que se pede:

a) Domínio de f.
b) Imagem de f.
c) Raízes reais de f.
d) Intervalos de crescimento.
e) Intervalos de decrescimento.
f) Analise se a função é injetora,
justificando sua resposta.

04) Sejam as funções f e g definidas por f ( x )  x  2 e g ( x )  2 x  1 . Considerando a


função h, tal que h(x) = g(f(x)), determine h –1(x).

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