Sumário
Sumário
Sumário
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2
UNIDADE 1 – INTERVENÇÃO/REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA ................ 5
1.1 Conceitos e objetivos ......................................................................................... 5
1.2 Tipos de rabilitação ............................................................................................ 9
UNIDADE 2 – NEUROPSICOLOGIA COMPORTAMENTAL ................................... 17
UNIDADE 3 – REABILITAÇÃO COGNITIVA ........................................................... 21
3.1 Técnicas de reabilitação cognitiva ................................................................... 21
3.2 Reabilitação na infância ................................................................................... 22
3.3 Reabilitação cognitiva no idoso ....................................................................... 26
UNIDADE 4 – A MEMÓRIA ...................................................................................... 28
4.1 Reabilitação da memória ................................................................................. 28
4.2 O treino cognitivo ............................................................................................. 31
4.3 O treino cognitivo informatizado ou estratégias compensatórias ..................... 31
UNIDADE 5 – REABILITAÇÃO DA DISLEXIA E DISCALCULIA ............................ 38
5.1 Transtornos Específicos da Aprendizagem (TEA) ........................................... 38
5.2 Reabilitação da dislexia ................................................................................... 39
5.3 Reabilitação da discalculia............................................................................... 42
UNIDADE 6 – A NEUROMODULAÇÃO ................................................................... 43
6.1 Conceitos e definições ..................................................................................... 43
6.2 Técnicas de neuromodulação .......................................................................... 45
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 56
2
INTRODUÇÃO
1
Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
reforçamos que existem autores considerados clássicos que não podem ser
deixados de lado, apesar de parecer (pela data da publicação) que seus escritos
estão ultrapassados, afinal de contas, uma obra clássica é aquela capaz de
comunicar-se com o presente, mesmo que seu passado datável esteja separado
pela cronologia que lhe é exterior por milênios de distância.
3) Em se tratando de Jurisprudência, entendida como “Interpretação
reiterada que os tribunais dão à lei, nos casos concretos submetidos ao seu
julgamento” (FERREIRA, 2005)2, ou conjunto de soluções dadas às questões de
direito pelos tribunais superiores, algumas delas poderão constar em nota de rodapé
ou em anexo, a título apenas de exemplo e enriquecimento.
4) Por uma questão ética, a empresa/instituto não defende posições
ideológico-partidária, priorizando o estímulo ao conhecimento e ao pensamento
crítico.
5) Sabemos que a escrita acadêmica tem como premissa ser científica, ou
seja, baseada em normas e padrões da academia, portanto, pedimos licença para
fugir um pouco às regras com o objetivo de nos aproximarmos de vocês e para que
os temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos
científicos.
Por fim:
6) Deixaremos em nota de rodapé, sempre que necessário, o link para
consulta de documentos e legislação pertinente ao assunto, visto que esta última
está em constante atualização. Caso esteja com material digital, basta dar um Ctrl +
clique que chegará ao documento original e ali encontrará possíveis leis
complementares e/ou outras informações atualizadas. Caso esteja com material
impresso e tendo acesso à Internet, basta digitar o link e chegará ao mesmo local.
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio. Versão 5.0. Editora
Positivo, 2005.
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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UNIDADE 1 – INTERVENÇÃO/REABILITAÇÃO
NEUROPSICOLÓGICA
CESPEDES, 2005 et al., apud GINDRI et al., 2012). Assim, a avaliação do resultado
da terapia deve ser feita a partir dos objetivos propostos de melhora e não somente
a partir da análise de desempenho em testes.
Um ponto a favor ao realizar a reabilitação neuropsicológica individual é que
o plano terapêutico pode ser mais flexibilizado de acordo com as preferências do
paciente. Por exemplo, se um paciente gosta de futebol, as tarefas de reabilitação
podem incluir essa temática, trazendo benefícios motivacionais para o tratamento.
Além disso, ao contrário da abordagem grupal, no atendimento individual, é mais
viável um acompanhamento das necessidades e pontos a serem mais trabalhados
com cada paciente. Um ponto negativo é que o tratamento individual não contempla
a socialização necessária do indivíduo com lesão cerebral. O isolamento social e a
falta de atividades são situações frequentes nessa população pelos poucos espaços
que existem direcionados a ela na sociedade. Tal tendência ao isolamento pode
contribuir para a dificuldade de percepção dos déficits pelo paciente e,
consequentemente, para o desenvolvimento de quadros depressivos (GINDRI et al.,
2012).
b.2 Reabilitação em pequeno e grande grupo: existem três tipos de grupo
que podem ser realizados no contexto da reabilitação neuropsicológica. O primeiro é
o grupo de psicoeducação, em que os participantes recebem informações sobre as
patologias, dificuldades cognitivas, emocionais e comportamentais relacionadas ao
seu quadro. O segundo tipo de grupo é o de treino cognitivo, ou seja, focado nas
tarefas de estimulação cognitiva estabelecidas a partir de um plano terapêutico.
Finalmente, o terceiro é o grupo focado na resolução de problemas ou na
elaboração de planejamento de estratégias, sendo um momento de organização e
troca de experiência entre pacientes (WILSON et al., 2009 apud GINDRI et al.,
2012). Na rotina clínica, havendo organização, tempo e estrutura física, esses tipos
de grupos podem ocorrer ao mesmo tempo.
Para a realização da reabilitação neuropsicológica em grupo, independente
de qual seja, alguns fatores devem ser observados para o bom andamento do
trabalho. Primeiramente, para grupos em que os pacientes são selecionados para
participar, aspectos emocionais, cognitivos, comportamentais e físicos devem ser
observados nesse processo de escolha. Por exemplo, no que concerne aos
fatores subjacentes que podem estar contribuindo para a ocorrência dos déficits, por
meio de testes de desempenho e cognição funcional (medidas de habilidades de
vida diária, de qualidade de vida, entre outros). Por outro lado, a abordagem bottom-
up norteia o tratamento a partir dos pequenos sistemas em busca da reorganização
dos sistemas maiores. Na avaliação, exames físicos e de funções cognitivas
específicas são feitos para a compreensão diagnóstica do déficit-alvo da
reabilitação. Dessa forma, como ilustração, na abordagem bottom-up, um paciente
que tem habilidades linguísticas escritas preservadas pode usá-las para facilitar o
desempenho mnemônico, enquanto na abordagem top-down, um paciente que tem
dificuldades de linguagem oral pode usar recursos linguísticos e estratégias internas
para dominar uma comunicação alternativa.
Guarde: a abordagem top-down está mais relacionada à multimodal e a
bottom-up à unimodal.
Guarde...
Programas de reabilitação cognitiva objetivam o restauro funcional e o
estabelecimento de estratégias compensatórias para funções cognitivas afetadas em
relação às demandas do ambiente familiar e escolar da criança portadora de
desordens neurológicas. Requerem a colaboração interdisciplinar de profissionais da
área de saúde (SANTOS, 2005).
UNIDADE 4 – A MEMÓRIA
Pelo esquema fica claro que o treino/tecnologia deve ser simples o suficiente
para ser compreendido e corretamente utilizado pelo indivíduo, deve ser
absolutamente necessário para o desempenho de uma atividade ou tarefa
contextualizada e precisa respeitar as capacidades (cognitivas, motoras, sensoriais,
apoio social) do paciente.
Mesmo que os auxiliares de memória sejam utilizados, principalmente, para
compensar prejuízos na execução de atividades de vida diária, discute-se se, em um
ponto futuro no tempo (memória prospectiva), as estratégias internas desenvolvidas
pelo paciente para seu uso e se a repetição (memória não declarativa) pode ser útil
à melhora do armazenamento de memória de evento e/ou à aquisição e utilização
de conhecimentos (PIRAS et al., 2011 apud NÉRI-BARBOSA; BARBOSA, 2016).
Segundo Uehara e Woodruff (2016), os programas de treino cognitivo
informatizados oferecem diversas vantagens em relação aos treinos ditos
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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Guarde...
Os déficits de memória são muito frequentes e podem acometer pessoas
que apresentam alterações neurológicas e/ou psiquiátricas, progressivas ou
estáveis, em diferentes faixas etárias. A repercussão funcional desse problema é
grave, limitante, e provoca, no paciente e em seus familiares, sentimentos de
menos-valia, ansiedade e frustração que, não raro, evoluem para o isolamento
social.
Um programa de RN estruturado, sustentado por evidências científicas
robustas e conduzido por uma equipe multidisciplinar experiente pode significar o
resgate da condição produtiva e, em certos casos, da dignidade do indivíduo.
2- dificuldade de compreensão do que está sendo lido (lê o texto mas não
entende a sequência da leitura, não entende os significados);
3- dificuldade na soletração (pode somar, subtrair, omitir ou substituir vogais
e consoantes);
4- dificuldade na expressão escrita (parágrafo com pouca organização,
expressa suas ideias com falta de clareza);
5- dificuldade em dominar o sentido do número e de fazer cálculos (não
entende os números, sua magnitude, suas relações, conta nos dedos ou em voz
alta, não consegue fazer contas de cabeça);
6- dificuldade com raciocínio matemático (tem grave dificuldade em aplicar
conceitos matemáticos ou procedimentos para resolver problemas).
De acordo com Yoshimatsu e Tavares (2014), do Laboratório de
Neuropsicologia do Desenvolvimento da UFMG (LNDUFMG), o diagnóstico é dado a
partir de análise de dados fornecidos por testes que avaliam a inteligência e
rendimento escolar da criança. No Brasil, utiliza-se o Teste de Desempenho Escolar
– TDE e, segundo o DSM-5, considera-se crianças com transtorno específico de
aprendizagem aquelas que ficam no mínimo 1,5 desvios padrão abaixo da média
das crianças típicas da mesma faixa etária. Além disso, é preciso que haja uma
diferença significante entre a inteligência e o desempenho escolar, sendo este último
inferior ao esperado para o quociente de inteligência da criança, e essa diferença
deve persistir de uma série para outra.
Feitas essas considerações, vamos à dislexia e discalculia, transtornos
específicos de aprendizagem, os quais são classificados como dificuldades crônicas.
Ambos trazem diversos prejuízos, não apenas no contexto escolar, mas também na
vida cotidiana da pessoa, por exemplo, ter dificuldade de ler e compreender uma
palavra nova e textos, como em uma reportagem de revista, ter dificuldade de
calcular o troco.
UNIDADE 6 – A NEUROMODULAÇÃO
Figura 5: Neuromodulação.
Fonte: http://www.imgrum.org/tag/Neuromodula%C3%A7%C3%A3o
Implante coclear
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Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2012/1986_2012.pdf
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Unidade de medida de indução magnética no Sistema Internacional, e que é igual à indução
magnética dum campo magnético uniforme e invariável que exerce uma força igual a um newton por
metro de um condutor retilíneo imerso no campo, em direção normal a este, e conduzindo uma
corrente elétrica invariável de um ampère [símb.: T]. (FERREIRA, 2005).
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Os grandes atrativos da ETCC para o contexto clínico são seu baixo custo,
sua segurança e seus poucos efeitos colaterais, que, com sua alta tolerabilidade,
promovem grande aceitação e adesão ao tratamento. Diversas pesquisas têm
sugerido a viabilidade da ETCC para várias aplicações em Neurologia, Psiquiatria e
reabilitação física e neuropsicológica (BRUNONI, PINHEIRO, BOGGIO, 2012a).
Apesar de seus mecanismos não serem bem compreendidos, sessões
seguidas de ETCC têm sido associadas a melhoras no tinnitus (zumbido) (FREGNI
et al., 2006a; VANNESTE et al., 2010 apud MORAES et al., 2016), na fibromialgia
(MARLOW et al., 2013; VALLE et al., 2009 apud MORAES et al., 2016), nos quadros
depressivos (NITSCHE et al., 2009 apud MORAES et al., 2016), na epilepsia
(AUVICHAYAPAT et al., 2013; FREGNI et al., 2006b apud MORAES et al., 2016),
nos sintomas da doença de Parkinson (BOGGIO et al., 2006a apud MORAES et al.,
2016) e nos problemas motores decorrentes de acidente vascular cerebral (BOGGIO
et al., 2006b apud MORAES et al., 2016). Os efeitos da ETCC podem ser
associados a outras formas de terapias, como as terapias medicamentosas ou a
EMT.
c) Neurofeedback
O neurofeedback também chamado de eletroencefalograma (EEG)
biofeedback, é uma técnica não invasiva que busca aplicar os conceitos e técnicas
tradicionais do biofeedback ao treinamento de ondas cerebrais. Baseia-se no
princípio do aprendizado por condicionamento clássico operante, em que, de acordo
com informações disponibilizadas em tempo real por eletrodos colocados na
superfície da cabeça, o paciente melhora seu autocontrole sobre padrões de
atividade cerebral e, consequentemente, sobre seus estados mentais (LOFTHOUSE
et al., 2012 apud MORAES et al., 2016).
As ondas cerebrais ocorrem em uma faixa de frequências bem ampla e
foram registradas e descritas pela primeira vez pelo neurologista alemão Hans
Figura 9: Exemplo de tela de computador exibida para o terapeuta durante uma sessão de
neurofeedback.
Fonte: Moraes et al. (2016, p. 471).
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
HAMDAN, Amer Cavalheiro; PEREIRA, Ana Paula Almeida de; RIECHI, Tatiana
Izabele Jaworski de Sá. Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica:
Desenvolvimento Histórico e Perspectivas Atuais. Interação em Psicologia, 2011,
15(n. especial), p. 47-58
RIBEIRO, Fabiana Silva; SANTOS, Flávia Heloisa dos. Métodos específicos para
impulsionar a memória operacional. SANTOS, Flávia Heloisa dos; ANDRADE, Vivian
Maria; BUENO, Orlando F. A. (Orgs.). Neuropsicologia hoje. 2 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2015.