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Microbiologia

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Fungos
Equinês Alfredo Guerra Caetano - 708191438

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Ano de frequência: 3º Ano
Disciplina: Bioquímica
Turma: B
Docente: dr. Armando Saíde

Nampula, Julho de 2021


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Fungos
Equinês Alfredo Guerra Caetano - 708191438

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue na Faculdade de Educação da
Universidade Católica de Moçambique,
extensão de Nampula no curso der
licenciatura em Ensino de Biologia, na
cadeira de Microbiologia, leccionado pelo
docente:
dr. Armando Saíde

Nampula, Julho, 2021


Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1. Fungos.................................................................................................................................4
1.1. Características gerais dos fungos.....................................................................................4
1.2 Classificação dos fungos.......................................................................................................5
1.3 Alimentação dos fungos........................................................................................................8
1.4 Reprodução dos fungos.........................................................................................................8
1.5 Doenças fúngicas................................................................................................................10
1.6 Importância dos fungos.......................................................................................................12
1.7 Os líquenes..........................................................................................................................12
Conclusão..................................................................................................................................14
Referências Bibliográficas........................................................................................................15

ii
Introdução
Neste trabalho vai se abordar sobre o assunto fungos. Nele vai se abordar sobre o
conceito de fungos, as características de fungos, classificação de fungos, alimentação de
fungos, reprodução de fungos, doenças fúngicas, importância dos fungos e os líquenes.
Objectivos do trabalho
O presente trabalho apresenta dois objectivos sendo eles:
Objectivo Geral
 Análise dos fungos quanto as características, alimentação, classificação, doenças e
importância;

Objectivos específicos
 Definir os fungos;
 Caracterizar os fungos;
 Classificar os fungos;
 Descrever os tipos de reprodução dos fungos
 Identificar as doenças fúngicas.

Para a configuração do trabalho foram utilizadas as metodologias de pesquisas


bibliográficas

3
1. Fungos
Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares
(com um núcleo celular) heterotrofos.
Portanto, os fungos são organismos heterotrofos, ou seja, não produzem o próprio
alimento, pois que dependem da ingestão de matéria orgânica, viva ou morta para sobreviver.
As espécies que se alimentam de matéria orgânica morta possuem um papel importante na
decomposição de animais e vegetais.
Segundo BOSSOLAN (2002:20) afirma que:

Os fungos fazem parte do reino fungi. Cerca de 1.5 milhão de fungos habitam o
planeta terra, como os cogumelos, as levaduras, os bolores, os mofos, sendo utilizados
para diversos fins, culinária, medicina, produtos domésticos. Por outro lado, outros
fungos são considerados parasitas e transmitem doenças aos animais e as plantas.

Os fungos possuem diversos tipos de habitat visto que são encontrados no solo, na
água, nos vegetais, nos animais, no homem e nos detritos em geral.

1.1. Características gerais dos fungos


Os fungos apresentam um conjunto de características próprias que permitem sua
diferenciação das plantas, a saber:
 Não sintetizam clorofila;
 Não tem celulose na sua parede de celular, excepto alguns fungos aquáticos;
 Não armazenam amido como substância de reserva;
 Presença de quitina na parede;
 Capacidade de armazenar glicogénio. Bossolan (2002:21).

Na óptica de (Livinson, 2010, p. 80) Diz que: “A presença de substâncias quitinosas


na par da maior parte das especiais fúngicas e a sua capacidade de depositar glicogénio os
assemelham as células animais”.
Portanto, Muitas vezes os fungos foram comparados a vegetais, no entanto, são
organismos que não possuem clorofila em suas células e, não realizam fotossíntese. Todos os
fungos são eucariotos e podem ser unicelulares (leveduras, quitrídias), ou multicelulares.
Normalmente possuem dois núcleos em suas células os quais podem ser visualizados pelo
microscópio óptico empregando-se técnicas de coloração apropriadas.

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As células fúngicas agrupam-se em filamentos, podendo ou não apresentar septos
entre elas,
Porém, mesmo quando presentes as funções metabólicas ocorrem sem impedimentos
entre as células.
óptica de Raven p e Evert (1992, p.76) disserta que:

O crescimento das hifas é apical, porém, existem algumas regiões com extrema
capacidade de crescimento, principalmente aquelas relacionadas às funções
reprodutivas. Um diminuto fragmento de hifa pode originar um novo indivíduo. As
hifas interagem entre si mesmo quando originadas de esporos diferentes e com isso,
aumentam a superfície e relações que estabelecem com o ambiente. As células dos
fungos não possuem plastídios e nem centríolo. As mitocôndrias são constituídas por
estas planas.

Possuem parede celular constituída principalmente por quitina e β-glucanos. A


membrana celular é constituída por ergosterol, um esterol característico de fungos, também
presente em algumas micro algas. Flagelos podem estar presentes somente nas estruturas de
reprodução em alguns grupos.
São organismos heterotróficos que obtêm nutrientes por absorção, ou seja, lançam
enzimas aos
Substratos onde colonizam e absorvem os nutrientes através da parede e membrana
celular. Nas células dos fungos existe um fluxo citoplasmático o qual permite a difusão de
nutrientes solúveis favorecendo o metabolismo entre as células.
Exibem reprodução sexuada e/ou assexuada de diversas formas, bem como o
fenómeno de parassexualidade, que consiste na recombinação genética na mitose. As
estruturas de reprodução são diferentes daquelas somáticas, exibindo uma variedade de
formas, as quais são utilizadas na classificação dos fungos.

1.2 Classificação dos fungos


Muitos produzem esporos sexuais sob certas condições ambientais. Aqueles que
possuem todos os estágios sexuais conhecidos são denominados fungos perfeitos e os que são
possuem fungos imperfeitos. Os fungos imperfeitos são classificados arbitrariamente, num
primeiro momento, e são colocados provisoriamente em uma classe especial denominada
deuteromycetes.
A classificação dos fungos é baseada principalmente nas características dos esporos
sexuais e dos corpos de frutificação, na natureza de seus ciclos de vida e nas características
morfológicas de seus núcleos vegetativas ou de suas células. Existem quatro principais grupos
5
de fungos Filo Eumycota e Filo Mixomycota-ycetes, Ascomucetes, Basidiomycetes e
Deuteromycetes.:
 filo eumycota e filo mixomycota-Zicomycetes

Os membros desta classe são chamados de zigomicetes e há cerca de 600 espécies


encontradas em todo mundo. Eles produzem esporos sexuais chamados zigósporos, que
permanecem dormentes por um tempo.
Os fungos dessa classe são descendentes de ancestral comum dos fungos
quitridiomicetos. A
Parede celular desses fungos é constituída por quitina e quitosano. O micélio é
formado por hifas
Cenocíticas, apresentando septos somente nos órgãos de reprodução ou quando a
colónia envelhece.

A reprodução sexuada origina estruturas chamadas de zigosporângios que irão formar


os zigósporos. Podem também se reproduzirem assexuadamente seja por
fragmentação, pois os fungos possuem grande capacidade de regeração, ou ainda pela
formação estruturas de reprodução assexuada como gemas, clamidósporos ou
azigoesporângios. (Cfr. Bononi, 1995).

Nessa classe estão compreendidas cerca de 770 espécies de fungos terrestres. Apesar
da maioria
delas serem saprófitas existem muitas espécies parasitas e outras ainda formadoras de
micorrizas. Algumas espécies pertencentes a esses géneros podem ainda ser parasitas do
homem causando várias doenças graves. Existem ainda fungos zigomicetos que também
parasitam outros fungos, como espécies dos géneros Spinellus e Syzygites que são parasitas de
cogumelos.
 Ascomycetes

Compreendem cerca de 30.000 espécies de fungos terrestres. São responsáveis por


estragarem alimentos formado bolores com coloração verde-azuklados, vermelho e marrons.
Desempenham importante papel em ambientes terrestres de todo o planeta.
Os ascomycetes diferem dos outros grupos porque apresentam estruturas em forma de
sacos responsáveis pela reprodução sexuada, denominado asco, onde são formados os
ascósporos haplóides após a meiose. A formação dos ascos ocorre em estrutura complexa
denominada ascoma composta por hifas entre lacadas e compactadas.

6
Segundo (Supinho, 2001, p.67) salienta que: “A reprodução assexuada seda pela formação e
liberação de conídios pelos conidióforos que são hifas modificadas responsáveis pela
produção dos conídios. Além das espécies sapróbias, existem ascomicetes parasitas de
vegetais, os quais causam graves problemas económicos.”
Os fungos comestíveis conhecidos como “morchelas” e também as trufas são
ascomicetes. O Ascoma de Morcela escurenta é muito procurado por apreciadores. A espécie
Túbera melanosporum é uma trufa comestível muito apreciada. Essa espécie é microfísica das
raízes de carvalho e mantém seus ascomas sob o solo, liberando seus esporos quando
apodrecem ou são destruídos por animais. (Cfr. Bossolan, 2002, p.87).
Grande parte das espécies de leveduras são ascomicetes unicelulares que se distribuem
em 60 géneros com aproximadamente 500 espécies conhecidas. As células de leveduras se
reproduzem de maneira diferente, produzindo células filhas descendentes ou também se
dividem por brotamento.
 Basidiomycetes

São agrupados nesse filo fungos conhecidos como cogumelos e orelhas de pau, outros
conhecidos como fungos gelatinosos, gasteromicetos, ferrugens e carvores e ainda espécies
unicelulares. São terrestres na grande maioria, existindo muitas espécies parasitas, nesse
grupo são encontradas espécies liquenizadas.
Segundo (Raven & Evert, 1992, p. 83) afirma que: “O núcleo desses fungos é
constituído por hifas septadas que podem ser simples ou possuírem ansas. Estrutura
característica do grupo é conhecida como septo doliporico, utilizada na transferência de um
dos núcleos após sua divisão”.
Uma outra característica marcante desses fungos é a produção de esporos de origem
sexuada, em uma estrutura especializada denominada basídio Os basidiomicetes são
desagradadoras de madeira e podem ser divididos em dois grupos: os fungos causadores de
podridão branca e os causadores de podridão parda. Neste grupo existem muitos fungos
produtores de cogumelos comestíveis.
 Deuteromicetes

Consiste é um grupo artificial que compreende cerca de 2.600 géneros e 15 000


espécies. As espécies desse grupo também são designadas como fungos imperfeitos ou fungos
mitosporicos. Como característica principal esses fungos apresentam reprodução assexuada
por produção de conidióforos e conídios. Nesse tipo de reprodução só esta presente de

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divisões celulares por mitose, e por isso, vem sendo empregado a terminologia de fungos
midosporicos. (Cfr. Bossolan, 2002, p. 88).
Os deuteromycetes podem se reproduzirem de maneira assexuada e sexuada ou ainda
das duas formas ao mesmo tempo, sendo estas espécies denominados como fungos homorfos,
ou seja, produção conídios ao mesmo tempo em que são formados ascos e ascomas ou
basídios e bacidiomas.
Para (Levinson, 2010, p.90) diz que:

Esses podem ser encontrados sob a forma de conídios, hifas ou estruturas somáticas
em todos os Ambientes, como solo, serapilheira, sobre plantas e animais, em
ecossistemas aquáticos, no ar, associados a insectos ou crescendo nos produtos
fabricados pelo homem. São sapróbios com grande importância para a ciclagem de
nutrientes, porém, também existem espécies parasitas de plantas e animais, incluindo o
homem.

A classificação das espécies desse grupo continua sendo problemática. Os


taxonomistas sempre utilizam as estruturas sexuais dos fungos para agrupá-los, ordená-los e
relacioná-los aos seus ancestrais, o que não é possível para os deutoromicetos porque a
maioria das espécies apresenta somente reprodução assexuada.

1.3 Alimentação dos fungos


Diferentemente das plantas, os organismos do reino fungi não possuem clorofila, nem
celulose e, com isso, não sintetizam seu próprio alimento. Eles liberam uma enzima chamada
de exoenzima, que os auxiliam na digestão dos alimentos.
os fungos obtém alimentos decompondo organismos mortos, outros alimentam de
substâncias de organismos vivos enquanto os fungos predadores alimentam-se de pequenos
animais que capturam.

1.4 Reprodução dos fungos


Os fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada, sendo o vento
considerado um importante condutor que espalha os propágulos e fragmentos de hifa,
favorecendo, assim, a reprodução e a proliferação dos fungos.
 Reprodução assexuada

Neste tipo de reprodução não há fusão dos núcleos e através de mitoses sucessivas, a
fragmentação do micélio originara novos organismos. Além do processo de fragmentação, a

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reprodução assexuada dos fungos pode ocorrer por meio do brotamento e da esporulação.
(Cfr. Levinson, 2010, 298)
As maiorias dos ascomycetes reproduzem-se assexualmente, por exemplo através da
produção de esporos chamadas conídios que se formam a partir de tipo especializados de hifas
chamadas conidiosporos.
 Reprodução sexuada

Este tipo de reprodução ocorre entre dois esporos divididos em três fases:
Plasmagamia: fusão de protoplasma; Cariogamia: fusão de dois núcleos haplóides (n) para
formar um núcleo diplóide (2n) Meiose: núcleo diplóide se reduz formado dois núcleos
haplóides. (Bossolan, 2002, p. 88).
Quando os micélios de diferentes sexos se encontram, eles produzem duas células
esféricas multinucleadas que formam uma ponte de acasalamento. O resultado é o núcleo
movendo-se de um micélio para o outro, formando um heterocariose.
 Heterotalismo

Em alguns fungos não existe diferenciação sexual no aspecto morfológico, contudo


apresentam diferenças sexuais fisiológicas dizendo-se existirem linhagens positivas e
negativas. este fungos são designados heterotalicos. Nestes fungos a reprodução sexual só
pode ocorrer entre talos com linhagens positivas e negativas.
Segundo (Raven & Evert, 1992, p. 91) diz que: “A reprodução sexual é isogâmica:
envolve a conjugação de dois gametas similares. Durante a conjugação as duas hifas contendo
linhas positivas e negativas ligam-se. as hifas conjugadas produzem um progametangio em
forma de taco que liberta a sua extremidade”.
As gametas gios fundem-se, a parede mediana dissolve-se e os núcleos fundem-se em
pares, formando um zigoto. Este desenvolve-se uma parede grossa e resistente formando o
zigósporo
 Reprodução parassexuada

A reprodução parassexuada consiste na fusão de hifas e formação de um heterocarion


que contem núcleos haplóides. O ciclo parassexual consiste na união ocasional de diferentes
hifas monocarioticas originando uma hifa heterocariotica em que ocorre fusão nuclear e
crossing-over mitotico. (Bossolan, 2002, p. 89).
Posteriormente há formação de aneuploides por erros mitoticos e então o retorno ao
estado haplóide por perda cromossómica. Dai são formadas rifas homocarioticas
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recombinantes. Este processo é comum em condições naturais devido a existência da
incompatibilidade somática que impede que hifas de micélios diferentes se anastomosem ao
acaso.

1.5 Doenças fúngicas


Existem diversas doenças que os fungos podem provocar nas pessoas. Geralmente, os
fungos convivem de forma harmoniosa com o corpo, mas podem provocar doenças quando
conseguem driblar as barreiras de protecção do organismo.
“Os fungos causadores de doenças buscam lugares quentes e húmidos do corpo
humano para se abrigarem. Geralmente, os fungos se instalam na pele, corpo cabeludo e
unhas”. (idem).
São doenças provocadas por fungos, a saber:
Doença Agente causador Manifestação Transmissão Preservação
Pano branco/ micose Fungo Provoca Contacto da Uso de
de praia. (Ptiriase Malassezia manchas pele de uma creme ou
versicolor) fustur arredondadas pessoa loções a base
na pele contaminada antifúngicos,
e fluconazol
Tinha/tinea ou Trichophyton, Surge em De uma Uso de
Dermatofitose Microsporum ou qualquer área pessoa para Pomadas
epidermophyton do corpo, entre outra através antifúngicas:
os dedos dos do contacto, miconazol,
pés, no couro solo e clotrimazol
cabeludo. animais ou
contaminados ltraconazol,e
fluconazol,
terbinafina
candidiase Fungos candida Manifesta-se Infecção Pomadas
albicans nas dobras da antifúngicas
pele como
fluconazol,
clotrimazol,
nistalina ou

10
cetoconazol
esporotricose Fungos da Provoca o Através do Antifúngicos
família surgimento de contacto com de uso oral
sporothrix spp caroço indolor, o solo, pela ou venoso
avermelhado arranhadura como
de gatos itraconazol,
contaminados anfotericinaB
Aspergilose Fungo Afecta os Este fungo é Antifúngicos
aspergillus pulmões, encontrado potentes,
fumigatus alergias no ambiente como
itraconazol
ou
anfotericinaB
paracoccidioidomicos Fungo da Sintomas como A Uso de
e família falta de apetite, transmissão antifúngicos
paracoccidioides emagrecimento acontece como
, tosse, falta de através do ar itraconazol,
ar, febre, fluconazol,
coceira, feridas cetoconazol
na pele e ou
surgimento voriconazol
ínguas
histoplasmose Fungo Tosse, cor do Acontece Pode
histoplasma peito, falta de pela desaparecer
capsulatum ar, suor, febre instalação sem
e perda de dos fungos qualquer
peso presentes na tratamento
natureza especifico,
pode usar
antifúngicos
itraconazol,
cetoconazol
ou a

11
anfotericina
B

1.6 Importância dos fungos

Os fungos são importantes pois muitos fungos são comestíveis e utilizados na


alimentação humana. É o caso dos cogumelos, como o champignon e oshitake. Outros fungos
são utilizados na produção de alimentos, como o pão, e em bebidas alcoólicas, como o vinho e
a cerveja.
Segundo Supinho, Narciso e Mauane afirmam que:

Os fungos saporíficos são muito importantes para o meio ambiente, pois ao decompor
a matéria orgânica, eles deixam no solo substâncias fertilizantes úteis a vida das
plantas. Na fabricação do pão são utilizados as leveduras, também chamadas de
fermento. Estes fungos realizam um processo chamado fermentação, através do qual
produzem gás carbónico e álcool etílico a partir do açúcar. O gás carbónico, liberado
neste processo, cria pequenas bolhas de gás no interior da massa, fazendo com que o
pão cresça e fique fofinho.

A produção de bebidas é realizada através da fermentação de diferentes ingredientes.


O vinho, por exemplo, é fabricado a partir da fermentação da uva. Enquanto a cerveja é
produzida através da fermentação da cevada, e da fermentação da cana-de-açúcar resulta um
caldo que depois é transformado em álcool ou cachaça.
“Alguns fungos produzem compostos capazes de matar bactérias (substâncias
bactericidas). A partir destas substâncias são fabricados antibióticos, como a penicilina,
utilizada no combate de doenças infecciosas causadas por bactérias de género streptococcus”.
(Bossolan, 2002, p. 93).
Também alguns fungos são utilizados na fermentação do leite do qual se fazem
queijos. E o pão (alimento que faz parte de todas as nossas refeições) é obtido a partir de
fermento biológico, que nada mais é um fungo. Actualmente, as novas técnicas agrícolas tem
dado grande importância um grupo de fungos denominados micorrizas, que vivem em
associação com raízes de plantas.

1.7 Os líquenes
Os líquenes (fungos lequenizados) são seres vivos complexos que constituem uma
simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou
cianobacteria.
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Segundo (Raven & Evert, 1992, p. 91) defende que:

O fungo é o componente dominante do talo do líquen e são usualmente classificados


como fungos. Podem ser encontrados nos diversos habitats, de geleiras, rochas,
árvores, folhas, desertos. Podem ser encontrados nos mais diversos ambientes
incluindo altas temperaturas. Por possuírem uma grande capacidade de dessecação
podem resistir em ambientes inóspitos.

Para que o líquen se estabeleça, é necessário ar limpo, pois são sensíveis a radiação e
dióxido de enxofre, servindo como bioindicadores. Em dados locais, o seu crescimento só
acontece na parte das árvores ou pedras que tem seu posicionamento ao nascente do sol,
sendo por isso indicadores cardinais, este-oeste.
Os líquenes são divididos de acordo com algumas características, entre elas, a forma
como se aderem ao substrato, o talo e os órgãos reprodutivos, se dividem em: líquenes
crostosos, líquenes crostosos escamosos, líquenes crostosos leprosos, líquenes faliosos ou
taliáceos, líquenes fruticosos ou fruticulosos, líquenes gelatinosos e líquenes dos órficos.

13
Conclusão
os fungos são organismos heterotrofos, ou seja, não produzem o próprio alimento, pois
que dependem da ingestão de matéria orgânica, viva ou morta para sobreviver. As espécies
que se alimentam de matéria orgânica morta possuem um papel importante na decomposição
de animais e vegetais. Elas apresentação as seguintes características gerais, não sintetizam
clorofila, não tem celulose na sua parede de celular, excepto alguns fungos aquáticos,
armazenam amido como substância de reservas, presença de quitina na parede, capacidade de
armazenar glicogénio.
Os fungos são importantes pois muitos fungos são comestíveis e utilizados na
alimentação humana. É o caso dos cogumelos, como o champignon e oshitake. Outros fungos
são utilizados na produção de alimentos, como o pão, e em bebidas alcoólicas, como o vinho e
a cerveja.

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Referências Bibliográficas
Brooks, G. F., Carrol, K. C., Buret, J. S., Morse, S. A., & Mietzner, T. A. (2014).
Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg [recurso eletrônico] (2ª ed.). (C.
M. Rocha-de-Souza, Trans.) Porto Alegre: AMGH.
Madigan, M. T., Martinko, H. M., & Bender, K. S. (2016). Microbiologia de Brock [recurso
eletrônico] (14ª ed.). (A. F. Versiani, A. Barbosa, D. Daian, F. Fonseca, L. Freitas , M.
Nascimento , . . . T. Leão, Trans.) Porto Alegre: Artmed.
Supinho, A. E. (2016). MAnual de Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia:
Microbiologia. (Universidade Católica Moçambique, Ed.) Beira: CED-UCM.

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