Tecnico de Som
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PROGRAMA
Projecto e Tecnologias
Especialização em Som
12º ANO
Coordenador
João Mário Grilo
Autores
Rui Pereira Jorge
Paula Cordeiro (colaboração)
2007
Programa de Projecto e Tecnologias
Curso de Comunicação Audiovisual
Especialização em Som Ensino Artístico Especializado
ÍNDICE
Página
1. Introdução …….…………....………..………….. 3
2. Apresentação ………….....…………………..... 5
3. Desenvolvimento ……………………..……….. 16
4. Fontes ……………………….……….....….……. 39
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Curso de Comunicação Audiovisual
Especialização em Som Ensino Artístico Especializado
1. INTRODUÇÃO
O programa do 12º ano visa proporcionar uma formação abrangente na área do Som. Trata-se
de um currículo que toma em linha de conta a formação feita pelos alunos no 10º e 11º anos,
apostando numa vertente de especialização. Esta especialização pretende que os alunos sejam
capazes de adquirir competências e capacidades de trabalho, que lhes permitam encarar de
uma forma competente aquelas que são as solicitações que a área do som implica actualmente,
considerando sobretudo os recursos técnicos implicados.
O trabalho a desenvolver pelos alunos tem o seu ponto de partida na Escola, nunca descurando
a possibilidade de o estender à comunidade que a rodeia. É neste contexto que se aposta na
possibilidade de os alunos serem capazes de produzir trabalhos que possam ter uma validade
que vá para lá do âmbito escolar/académico propriamente dito, encorajando-se deste modo a
possibilidade de constituição de um espólio para o contexto da própria Escola e da comunidade.
O programa da disciplina foi planeado para 22 semanas lectivas, o que equivale a 176 unidades
lectivas anuais, com uma carga horária semanal de 8 unidades lectivas de 90 minutos cada. Está
dividido em três grandes áreas temáticas (com 60 unidades lectivas a primeira e 58 as
restantes). A gestão de programa que se apresenta integra as actividades relacionadas com os
vários procedimentos de avaliação.
A carga horária desta disciplina integra, ainda, 11 semanas – equivalentes a 88 unidades lectivas –
para Formação em Contexto de Trabalho.
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Na primeira área temática – Som – o que se pretende é fazer um enquadramento e apontar uma
metodologia face àquilo que é hoje o trabalho desenvolvido neste domínio, nas suas várias
vertentes.
Por fim, apresenta-se um terceiro tema – Audiovisual – no qual estão em consideração vários
aspectos que conduzem à análise e perspectivação do som na sua contextualização com outros
meios, nomeadamente a imagem. Importa aqui perceber esta articulação e ainda as
potencialidades da ligação do som com outro tipo de manifestações, artísticas e não só.
Este programa não pretende, como é claro, esgotar tudo o que há a dizer sobre a questão; tal
não seria possível. No entanto, ele incorpora a ideia de que, a este nível, a formação a ser
ministrada aos alunos deve ser de banda larga, o que justifica o facto de se convocarem
aspectos um pouco mais distantes da questão do Som propriamente dita, como a importância de
algumas noções musicais, cinematográficas, artísticas, de história, etc..
Num mundo em que a informação áudio nos parece cada vez mais acessível e em maior
quantidade, um dos objectivos deste programa é o de apelar à capacidade crítica dos alunos e
das suas experiências prévias com o fenómeno do Som nas suas várias maneiras de se
manifestar, cientes de que isso constituirá um forte incremento à própria relação pedagógica a
estabelecer, na medida em que confere importância às experiências pessoais dos alunos.
A ideia central em torno da qual deve decorrer este programa é a de que os alunos devem ser
capazes de produzir trabalhos com um alcance que vá para lá do âmbito escolar restrito. Daqui
decorrem duas premissas fundamentais que devem dirigir a efectivação deste currículo:
b) a constituição de um portfolio de trabalhos variados que possa ter uma validade que
exceda o âmbito escolar; forma oportuna de acrescentar um tópico de motivação para
o trabalho a realizar na escola.
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2. APRESENTAÇÃO
2.1. Finalidades
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2.2. Objectivos
• Abordar aos principais temas que dizem respeito aos conteúdos não jornalísticos, à
produção informativa e outros programas de rádio.
• Assimilar a importância do som, nas suas várias vertentes, enquanto meio extremamente
profícuo num processo de comunicação.
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2. Acústica e psico-acústica
1. Padrão de alimentação
2. Padrão de direccionalidade
1. Analógicos
2. Digitais
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15. Acústica
16. Workflow de estúdio: gravação, misturas, masterização.
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3. O ‘ponto-de-escuta’
4. Som diegético e som não-diegético
5. Bruitage / Foley e “livrarias” de efeitos: a criação do som
6. ADR e dobragens
7. Som directo e criação de ambientes: técnicas de mistura
8. Especificidade das captações de ambientes
9. Protocolos de transferência de informação áudio: OMF e AAF
10. Volumes de referência e masterização final
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Este programa não deve, nunca, deixar de ser considerado um programa apontado para a
vertente prática. Nesta medida, é vital que todo o processo de aprendizagem decorra num
contexto de grande presença da realização. O que se deve consubstanciar na preparação de um
número alargado de exercícios práticos, quer de aprendizagem propriamente dita, quer de
avaliação, de modo a que o aluno possa ir aplicando desde cedo as noções teóricas que vai
adquirindo.
Deve ser reforçada a ideia de planificação: ao longo dos vários temas do programa a
desenvolver, o aluno deve ficar familiarizado com a noção de que um trabalho responsável e
eficiente na área do som não é fruto do acaso ou de intuições espontâneas mas, sim, de um
planeamento rigoroso e de uma execução calculada, assente em sólidos conhecimentos
teóricos.
É sempre importante o contributo que os alunos possam dar ao nível da sugestão de temas,
locais de trabalho, projectos de investigação, etc., de modo a que possam desde cedo
questionar e aproveitar as suas próprias motivações pessoais. Deste modo é facilitada a relação
entre a sala de aula e a realidade circundante.
O trabalho, quer em grupo alargado (equipas de 10-12 alunos), quer em grupo restrito (equipas
de 2-3 alunos), deve ser privilegiado na estruturação dos vários exercícios ao longo do ano
lectivo. Cabe ao professor desempenhar o cargo de mediador dos vários projectos a
desenvolver. Apesar de toda esta importância dada à componente colectiva do trabalho, não
deve ser esquecido que há um certo número de competências que o aluno deve ser capaz de
desempenhar por si só: a autonomia na capacidade de tomar decisões deve ser considerada.
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2.5. Competências
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2.6. Recursos
• Colunas de referência
• Microfones:
▬ condensador estúdio
▬ dinâmico cardióide
▬ exteriores unidireccional
▬ microfones de lapela
▬ auscultadores
• Perche / girafa
• Cablagem e ligações:
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2.7 Avaliação
As orientações constantes da Portaria nº 550-B/2004, para a avaliação dos alunos dos cursos
artísticos especializados incluem duas modalidades – a formativa e a sumativa – que devem ser
entendidas de forma articulada. A avaliação formativa é contínua e sistemática e tem função
diagnóstica, permitindo, ao professor e ao aluno, recolher informação sobre as aprendizagens
desenvolvidas, proporcionando a adequação de medidas de recuperação.
Tratando-se de uma disciplina que está dividida numa componente teórica e numa componente
prática, o processo de avaliação deve, inevitavelmente, procurar estabelecer uma eficaz ponte
entre os dois domínios.
Deste modo, sugere-se que seja atribuída especial importância à avaliação contínua, i.e. o
desempenho do aluno ao longo de todo o ano lectivo deve ser considerado e não apenas os
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momentos precisos em que se realizam os vários exercícios. Isto leva em linha de conta o facto
de as capacidades do aluno estarem postas à prova a todo o momento, na sala de aula e nos
vários locais de realização dos exercícios.
Deve ser considerada, por parte do professor e consoante as circunstâncias particulares de cada
situação, a possibilidade de se realizarem processos de avaliação individuais e em grupo.
Deve também ser tido em conta o facto de estarmos perante um tema que cruza
recorrentemente questões técnicas com questões artísticas. O processo de avaliação deve
tomar isto em consideração, esclarecendo sempre quais os objectivos que estão em causa em
cada uma das vertentes.
a avaliação deve ter em conta não só a qualidade dos trabalhos realizados em cada
módulo tecnológico do programa, seguindo as indicações e as sugestões metodológicas
expostas no Desenvolvimento do Programa [p.16] mas, também, a inteligibilidade e
racionalidade dessa execução, que se deve expressar, sempre que possível, numa
memória descritiva das tarefas realizadas e do seu questionamento.
4. uma avaliação final sobre a globalidade da disciplina. Esta avaliação deve ser oral e
presencial e deve propiciar a auto-avaliação do aluno.
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3. DESENVOLVIMENTO
CONTEÚDOS OBJECTIVOS SUGESTÕES METODOLÓGICAS RECURSOS / BIBLIOGRAFIA
2. Possibilidades de manipulação do
som
2.1. Propriedades acústicas do som Aperceber-se da capacidade de se moldar Audição de gravações seguida de RUMSEY, F. (1996). The Audio
que o som possui. comentário por parte de alunos e professor. Workstation Handbook. London:
2.2. O som enquanto matéria passível
Focal Press.
de ser moldada. Sonorização de fotografia (2/3 min. máximo).
1.1. Noção de reverberação natural Dar conta dos vários comportamentos do Exercício de captação de som em vários HENRIQUES, L. (2002). Acústica
som, consoante os espaços em que se espaços distintos; audição e reconhecimento Musical. Lisboa: Fundação Calouste
1.2. O efeito de reverberação enquanto propaga. do tipo de espaço em que os sons foram Gulbenkian.
simulação captados.
1.3. Vários tipos de reverberação www.audiodirectory.nl
consoante os espaços e os
materiais que aí se situam Soundwalk: gravar o percurso de som de
casa à escola: exercício de reconhecimento
1.4. Reflexão, refracção e difracção do local de captação dos sons.
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2. Acústica e psico-acústica
2.1. A psico-acústica como actividade Tomar consciência da percepção como Debate / interpretação sobre a percepção HENRIQUES, L. (2002). Acústica
que tenta perceber aspectos da fase determinante de um processo de dos sons. Musical. Lisboa: Fundação Calouste
percepção humana do som audição. Gulbenkian.
2.2. Curvas de Fletcher e Munson
1. Padrão de alimentação
1.1. Microfones dinâmicos Conhecer os vários padrões de Exercícios de gravação específicos para NISBETT, Alec. (1995). The Sound
alimentação dos microfones e o respectivo cada um dos microfones a utilizar. Studio. London: Focal Press.
1.2. Microfones de condensador uso nas várias situações práticas.
1.3. Microfones ‘electric condenser’ Audição e comentário das gravações obtidas.
2. Padrão de direccionalidade /
diagramas polares
2.1. Microfones omnidireccionais Conhecer os vários padrões de Gravação de vozes / locução. NISBETT, Alec. (1995). The Sound
direccionalidade dos microfones e saber Studio. London: Focal Press.
2.2. Microfones cardióides aplicá-los nas devidas circunstâncias.
2.3. Microfones super-cardióides Manipulação e edição.
2.4. Microfones hiper-cardiódes
Análise e discussão de diferentes gravações,
2.5. Microfones bi-direccionais consoante os meios utilizados.
2.6. A girafa e a sua aplicação prática
1. Utilização de referências de
monição NISBETT, Alec. (1995). The Sound
Perceber a função técnica da monição de Testes de medição do volume em várias Studio. London: Focal Press.
1.1. Peakímetro e “vuímetro” como som. circunstâncias.
referências de medição do som
RUMSEY, F. (1996). The Audio
1.2. Especificidades da monição com Identificar a medida de medição consoante Workstation Handbook. London:
auscultadores os equipamentos. Focal Press.
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1. Cabos rca Identificar os cabos e as ligações de Exercícios práticos de ligações áudio, de NISBETT, Alec. (1995). The Sound
transmissão do sinal áudio. acordo com várias necessidades e Studio. London: Focal Press.
2. Cabos jack
condicionantes técnicas.
3. Cabos balanceados (xlr) Reconhecer a importância dos cabos numa
4. Condução balanceada e não-balanceada cadeia de som.
1. Analógicos
1.1. Funcionamento e utilização dos Detectar a existência de um processo de Audição de várias gravações analógicas e MacDONALD, Ronan (2004). Home
vários registos analógicos não continuidade no registo analógico. digitais, seguida de análise e debate. Recording Handbook. London:
profissionais Flame Tree publishing.
1.2. Funcionamento e utilização dos
registos analógicos profissionais
1.3. Distorção e formas de a eliminar ou
atenuar
1.4. Gravação linear multipistas e overdub
2. Digitais
2.1. Funcionamento e utilização dos Apercebe-se da conversão em linguagem Audição de várias gravações analógicas e RUMSEY, F. (1991). Digital Audio
vários registos digitais não informática como momento decisivo do digitais, seguida de análise e debate. Operations. London: Focal Press.
profissionais processo de registo digital.
2.2. Funcionamento e utilização dos
registos digitais profissionais:
overdub e multipistas
2.3. O problema da distorção no som digital
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1. Analógico – processo de
continuidade
MacDONALD, Ronan (2004). Home
1.1. Características e procedimentos do Conhecer e operar os equipamentos de Exercícios de captação de som. Recording Handbook. London:
registo e reprodução do som analógico registo de áudio analógico. Flame Tree publishing.
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1. Principais desenvolvimentos em
finais do séc. XIX
THÉBERGE, Paul (1997). Any
1.1. Procedimentos pioneiros para o Conhecer as primeiras técnicas de Visita de estudo. Sound You Can Imagine. Hanover:
registo e transmissão do som captação e difusão áudio. Wesleyan University Press.
5. A revolução digital
5.1. Importância técnica da possibilidade Compreender as principais implicações Trabalho de investigação sobre o historial THÉBERGE, Paul (1997). Any
de registo digital do som técnicas da generalização do registo digital dos registos áudio. Sound You Can Imagine. Hanover:
de som. Wesleyan University Press.
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AVALIAÇÃO
1. O estúdio – disposição,
equipamentos, ligações
RUMSEY, F. (1996). The Audio
1.1. Organização do estúdio consoante Procurar novas soluções e possibilidades Visita de estudo. Workstation Handbook. London:
os objectivos: gravação de som, ao nível da edição de som. Focal Press.
rádio, pós-produção imagem e pós-
Aperceber-se das possibilidades e
-produção multimédia
limitações dos dispositivos técnicos BARRETO, Jorge Lima (1995).
1.2. Fluxo de sinal utilizados. Música e Mass Media. Lisboa:
Hugin.
1.3. Folhas de anotação do registo áudio Conhecer os termos técnicos da área e
em estúdio e seu preenchimento aplicá-los correctamente.
www.dplay.com
Entender o processo a que o som é sujeito
numa cadeia de som.
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5. Mesa de mistura
5.1. Funções das vias e do master Entender a orgânica das ligações áudio da Exercícios de configuração e utilização da NISBETT, Alec. (1995). The Sound
mesa de mistura. mesa de mistura. Studio. London: Focal Press.
5.2. A equalização na mesa de mistura
5.3. Panorâmica RUMSEY, F. (1996). The Audio
Workstation Handbook. London:
5.4. Saídas send e entradas return: suas Aperceber-se das possibilidades criativas Focal Press.
funções e aplicações com módulos da utilização da mesa de mistura.
externos
6. Sintetizador
6.1. Síntese de som como construção Entender o conceito de síntese como Criação de variados timbres em sintetizador RUMSEY, F. (1996). The Audio
de timbres criação. virtual, mediante sugestão do professor. Workstation Handbook. London:
Focal Press
6.2. Sintetizadores analógicos e digitais Perceber as diferenças de som,
consequência das diferenças próprias de
6.3. Síntese subtractiva; síntese aditiva cada sintetizador. www.dplay.com
e síntese FM
6.4. Sintetizadores multitímbricos e
polifónicos
8. Sampler
8.1. Funcionamento base do sampler Entender o funcionamento do sampler e a Exercícios de utilização do sampler em: RUMSEY, F. (1996). The Audio
enquanto digitalização do som sua base de digitalização. vozes; instrumentos; e sons abstractos. Workstation Handbook. London:
Focal Press
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11.3. Acústica do estúdio e sua Ser capaz de utilizar diferentes técnicas / RUMSEY, F. (1996). The Audio
importância na gravação das vozes / estratégias de gravação de vozes Workstation Handbook. London:
consoante as circunstâncias e os Focal Press.
11.4. Uso criativo dos efeitos reverb e
resultados desejados.
delay na gravação de vozes
CASTARÈDE, Marie-France (1998).
11.5. Especificidades da equalização de A Voz e os seus Sortilégios. Lisboa:
vozes Caminho.
15. Acústica
15.1. A acústica de estúdio: materiais Perceber a influência da acústica em Pesquisa e análise em torno das HENRIQUES, L. (2002). Acústica
utilizados no controle da qualquer processo de captação de som. características acústicas de vários materiais Musical. Lisboa: Fundação Calouste
reverberação e no isolamento de de isolamento de som. Gulbenkian.
certos sons Adaptar a prática às contingências
acústicas do espaço em questão.
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1. Programação, programas e
informação na Rádio
1.1. Características do meio: dimensão do Desenvolver de um conjunto de Organizar uma emissão ou programa de CRISEL, Andrew (1994).
áudio, audiosfera e características da conhecimentos sobre o meio Rádio, rádio e conhecer os recursos que se podem Understanding Radio. London:
mensagem áudio analisando as suas características e utilizar para a emissão radiofónica. Routledge.
especificidades.
1.2. Particularidades da rádio face aos
restantes media BELAU, Angel Faus (1981). La
Radio:Iintroduccion a un Medio
1.3. Emissão de rádio: a definição da Desconocido. Madrid: Latina
programação e a estrutura do Universitária.
programa; tipos de programas
1.4. Estilos de programação
1.5. A forma e o conteúdo da informação:
redacção, actualização,
especificidades e organização dos
conteúdos informativos
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2. Rádio criativa
2.1. Estética da linguagem radiofónica: o Realizar trabalhos dos vários géneros; Escrever para rádio: destacar as leis da BALSEBRE, Armand (1996). El
discurso radiofónico produzir, editar e montar emissões de rádio escrita radiofónica ao nível da informação, Lenguage Radiofónico. Madrid: Ed.
no âmbito do drama e do humor. programas de entretenimento, informação e Cátedra.
2.2. A redacção; o processo criativo e o publicidade: unidade de tempo, ritmo, rigor
rigor do texto do texto.
2.3. Estrutura e características do teatro
radiofónico
2.4. Técnicas de redacção para os
géneros drama e humor
4. Publicidade na rádio
4.1. Publicidade na rádio: estrutura e Compreender a especificidade da Escolher um produto e documentar-se sobre TUBAU, I. (1995). Periodismo Oral.
organização da publicidade comunicação comercial. o mesmo para criar um anúncio publicitário. Barcelona: Paidós.
Produzir um documento sonoro a partir dos
4.2. Técnicas de redacção de anúncios dados recolhidos.
publicitários Redigir e estruturar peças publicitárias; MACCOY, Quincy (1999). No Static,
organizar voz e sons; editar e montar as a Guide to Creative Radio
4.3. Técnicas de sonorização e peças em equipamento analógico e digital. Programming. São Francisco:
montagem de anúncios publicitários BackBeat Books.
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1. Especificidades da gravação ao
vivo
1.1. Som directo à mesa de mistura e Entender as especificidades da gravação Visita de estudo. JORGE, Eduardo (2001). Som ao
som captado por microfone em áudio ao vivo. Vivo. Lisboa: Plátano Edições.
palco, consoante o instrumento em
Desenvolver as capacidades de
causa
coordenação e adaptação para o trabalho NISBETT, Alec. (1995). The Sound
1.2. Microfones e pick-ups de captação em equipa. Studio. London: Focal Press.
em palco
Solucionar situações imprevistas partindo
1.3. Posicionamento dos instrumentos de conhecimentos já adquiridos.
em palco
1.4. Equalização, dinâmica e efeitos em
som ao vivo
2. Monição de retorno
2.1. A monição de retorno enquanto Entender as características próprias do Visita de estudo. NISBETT, Alec. (1995). The Sound
munição específica para músicos som de retorno. Studio. London: Focal Press.
em palco
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AVALIAÇÃO
3.2. Estabelecimento de standards de Aperceber-se da sistematização gradual ALTMAN, Rick [ed.] (1992). Sound
produção das bandas sonoras dos das técnicas e procedimentos de Theory-Sound Practice. London:
filmes tratamento do som no cinema. Routledge.
www.filmsound.org
5. O musical
5.1. A importância decisiva da música Entender as características próprias da Visionamento de obra(s) emblemáticas deste GRILO, João M. (1997). A Ordem no
no contexto do filme musical banda sonora do musical. período, seguido de análise e debate. Cinema: Vozes e Palavras de
Ordem no Estabelecimento do
5.2. Backstage musical Cinema de Hollywood. Lisboa:
5.3. Integrated dance musical Relógio d’Água.
5.4. Consequências a extrair do filme
musical e a aplicar noutros géneros
de cinema
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9. Protocolos de transferência da
informação áudio: OMF e AAF
MacDONALD, Ronan (2004). Home
9.1. O OMF e o AAF: importação e Conhecer e utilizar os formatos de Exercícios de importação e exportação de Recording Handbook. London:
exportação exportação de áudio OMF e AAF. projectos áudio em Pro Tools. Flame Tree publishing.
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1. Linguagem musical
1.1. Linguagem musical – significação Conhecer os aspectos técnicos Audição comentada. MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
dos aspectos técnicos fundamentais da linguagem musical. Música I. Lisboa: Gradiva.
2. Notação musical
2.1. Pauta: linhas; espaços e linhas e Conhecer os aspectos técnicos Exercícios práticos. MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
espaços suplementares fundamentais da linguagem musical. Música I. Lisboa: Gradiva.
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4. Escalas e tonalidades
4.1. Escala diatónica. Intervalos de tom Conhecer os aspectos técnicos Audição e reconhecimento de intervalos MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
e de meio-tom fundamentais da linguagem musical. ascendentes e descendentes e acordes Música I. Lisboa: Gradiva.
maiores e menores.
4.2. Tonalidade. Escalas maiores e
menores. Acordes maiores e Exercícios práticos. MICHELS, Ulrich (2007). Atlas de
menores Música II. Lisboa: Gradiva.
4.3. Intervalos diatónicos simples: 2ª maior;
2ª menor; 3ª maior; 3ª menor; 4ª justa;
4ª aumentada; 5ª justa; 5ª diminuta;
6ª maior; 6ª menor; 7ª maior; 7ª menor;
7ª maior e 8ª justa.
5.2. Afinação:
lá central – 440 hz
relação entre a afinação e as
tessituras dos respectivos
instrumentos.
6. Composição, orquestração e
arranjos
6.1. Instrumentos musicais segundo a Familiarizar-se com a contextualização Audição comentada de determinadas peças BELL, D. (1994). Getting the Best
forma de produção do som histórica da produção musical dos sons. musicais. Pedro e o Lobo é um bom exemplo Score for your Films. Los Angeles:
para a percepção do lugar dos instrumentos Silman-James Press.
instrumentos de cordas Reconhecer a vertente de linguagem da num determinado contexto.
música durante as audições.
instrumentos de sopro Exercícios práticos. GORBMAN, C. (1987). Unheard
instrumentos de percussão Melodies: Narrative Film Music.
London: BFI.
6.2. Composição, orquestração e arranjos
fases do processo de criação musical
1. Medieval
1.1. A importância da dimensão religiosa Identificar os principais compositores do Audição comentada. MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
na criação musical da época período medieval. Música I. Lisboa: Gradiva.
Trabalho de grupo: investigação sobre um
compositor e/ou período da história da
música. MICHELS, Ulrich (2007). Atlas de
Música II. Lisboa: Gradiva.
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3. Barroco
3.1. A música barroca face ao contexto Identificar os principais compositores do Audição comentada. MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
histórico período barroco. Música I. Lisboa: Gradiva.
Trabalho de grupo: investigação sobre um
compositor e/ou período da história da música. MICHELS, Ulrich (2007). Atlas de
Música II. Lisboa: Gradiva.
4. Clássico
4.1. A consolidação dos géneros ainda Identificar os principais compositores do Audição comentada. MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
hoje adoptados: sonata, quarteto, período clássico. Música I. Lisboa: Gradiva.
Trabalho de grupo: investigação sobre um
lied, sinfonia
compositor e/ou período da história da MICHELS, Ulrich (2007). Atlas de
música. Música II. Lisboa: Gradiva.
5. Romântico
5.1. Contextualização do romantismo Identificar os principais compositores do Audição comentada. MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
musical face aos principais período romântico. Música I. Lisboa: Gradiva.
acontecimentos da época Trabalho de grupo: investigação sobre um
compositor e/ou período da história da
música. MICHELS, Ulrich (2007). Atlas de
Música II. Lisboa: Gradiva.
6. séc. XX / contemporaneidade
6.1. Dodecafonismo, serialismo e Identificar os principais compositores do Audição comentada. MICHELS, Ulrich (2003). Atlas de
música atonal período contemporâneo. Música I. Lisboa: Gradiva.
Trabalho de grupo: investigação sobre um
6.2. Introdução de elementos eléctricos compositor e/ou período da história da MICHELS, Ulrich (2007). Atlas de
e electrónicos de produção de sons Reconhecer a diversidade de abordagens à música. Música II. Lisboa: Gradiva.
criação musical emergentes a partir do séc.
6.3. O estúdio como ferramenta do XX.
compositor
AVALIAÇÃO
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4. FONTES
4.1. Bibliografia
ABEL, R. & ALTMAN, R. [ed.] (2001). The Sounds of Early Cinema. Bloomington: Indiana
University Press.
Análise histórica detalhada do período pré-1928. Contextualização com outras áreas do cinema.
ALBERT, P., TUDESQ, A. J. (1981). História da Rádio e Televisão. Lisboa: Ed. Notícias.
Traça a história da rádio, desde os primórdios da TSF, abordando a evolução técnica do meio e
o seu papel nas duas Guerras Mundiais.
BEAUCHAMP, Robin (2005). Designing Sounds for Animation. Oxford: Focal Press.
Manual muito interessante e muito detalhado sobre os vários aspectos envolvidos na
sonoplastia para animação.
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BELL, D. (1994). Getting the Best Score for your Films. Los Angeles: Silman-James Press.
Interessante estudo sobre a temática da voz. Desde os aspectos mais técnicos até aos mais
teóricos. A voz e a suas imensas possibilidades.
Uma das obras sobre a questão do Som no cinema de um dos autores que mais tem escrito
sobre o assunto. Interessantes análises de casos concretos.
Ensaio que pretende tratar o impacto de algumas tecnologias recentes no campo da música.
Obra bastante detalhada sobre a utilização da música no cinema. Interessante abordagem das
várias mudanças ao longo da história do cinema.
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Obra com uma análise muito detalhada e muito interessante sobre o filme musical.
Manual técnico respeitante às questões que se prendem com a dimensão acústica da produção musical.
Análise da rádio actual e suas tendências. O papel da rádio e dos restantes meios de
comunicação na sociedade moderna. A rádio na passagem para o digital.
Manual prático sobre técnicas de tratamento do Som. Enfoque na questão do Som para
espectáculos.
Obra que faz uma abordagem histórica à utilização da música por parte do cinema.
Colectânea de várias entrevistas com sonoplastas. Análises detalhadas de muitos exemplos concretos.
MacDONALD, Ronan (2004). Home Recording Handbook. London: Flame Tree publishing.
MAIA, M. (1996). A Invasão dos Marcianos + 3 Fantasias Radiofónicas. Lisboa: SPA/D. Quixote.
A história da emissão na rádio que transmitiu a adaptação portuguesa de The War of the Worlds,
o programa de Orson Wells de 1938. O trabalho de Matos Maia ao nível do teatro radiofónico.
MEDITSCH, Eduardo (1998). Rádio e Pânico: a Guerra dos Mundos 60 anos Depois.
Florianópolis: Insular.
Colecção de textos sobre a adaptação do livro «A Guerra dos Mundos» de H.G. Welles, por
Orson Wells em 1938. O teatro radiofónico e principais recortes de linguagem. Importância do
Som e do silêncio.
Um completo e sucinto manual que cobre os aspectos mais importantes da história da música,
da sua composição e da sua execução.
Obra que cobre os vários aspectos da captação e edição de Som em estúdio. Descrição
detalhada dos principais tipos de equipamentos destinados à manipulação de Som.
RONA, Jeff (2000). The Reel World: Scoring for Pictures. San Francisco: Miller Freeman Books.
Obra que trata do tema da composição de música para cinema. São abordados procedimentos
de carácter musical, propriamente dito, bem como aspectos de organização e agenciamento
dos compositores face aos agentes e ao mercado.
Análise dos principais procedimentos em torno do áudio digital. Indicações úteis acerca de
alguns softwares.
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SONNENSCHEIN, David (2001). Sound Design. Studio City: Michael Wiese Productions.
Um manual com várias indicações sobre sonoplastia para cinema. Interessantes análises de
casos concretos.
THÉBERGE, Paul (1997). Any Sound You Can Imagine. Hanover: Wesleyan University Press.
Uma história das tecnologias do Som e da música, desde o fim do séc. XIX até aos nossos
dias. Referencias à importância de determinados dispositivos técnicos da área do Som e da
música no contexto cultural.
WEIS, E. & BELTON, J. [ed.] (1985). Film Sound. New York: Columbia University Press.
Colectânea de artigos sobre os vários aspectos relacionados com o Som no cinema. Análise de
alguns filmes e autores. Abordagens teóricas bem como técnicas também.
BIANCO, Nélia. E tudo vai mudar quando o Digital chegar, s/d. Consultado a 20 de
Fevereiro de 2005, http://www.bocc.ubi.pt/pag/bianco-nelia-radio-digital.pdf
Este artigo aborda questões relativas ao desenvolvimento tecnológico e suas implicações na
rádio. Perspectiva a realidade brasileira.
CORDEIRO, Paula. Rádio e Internet: novas perspectivas para um velho meio. 2004.
Consultado a 20 de Fevereiro de 2005,
http://www.bocc.ubi.pt/pag/cordeiro-paula-radio-internet-novas-perspectivas.pdf
Sistemas multimédia na rádio e as transformações operadas pela tecnologia.
Bridge Ratings Podcasting to Hit Critical Mass in 2010. Bridge Ratings (November, 2005).
Bridge Ratings. Consultado a 20 de Fevereiro de 2005,
http://www.bridgeratings.com/press_11.12.05.PodProj.htm
How to make Music Radio more appealing to the next generation. Bridge Ratings
(December, 2005). Bridge Ratings. Consultado a 20 de Fevereiro de 2005,
http://www.bridgeratings.com/press_120105-12-24%20Listening.htm
The iPOD Generation. OFCOM, July 2004, OFCOM. Consultado a 20 de Fevereiro de 2005,
http://www.ofcom.org.uk/research/radio/reports/ipod_gen/ipod.pdf
Youth are leading the transition to a fully wired and mobile nation. Pew Internet and
American Life Project (July, 2005). PIP. Consultado a 20 de Fevereiro de 2005,
http://www.pewinternet.org/pdfs/PIP_Teens_Tech_July2005web.pdf.
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www.audiodirectory.nl
www.dolby.com
www.dplay.com
www.editorsguild.com
www.filmsound.org
www.hearnet.net
www.marblehead.net
www.midi.org
www.rhizome.org
www.soundspeedmovie.com
www.soundtoys.net
4.5. Filmografia
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