Microfones
Microfones
Microfones
Omnidirecional
O prefixo “omni” exprime o sentido de “tudo” ou “todo”. No quesito microfones, os
omnidirecionais tem uma captação de som de 360°. Ou seja, ele é capaz de captar todos os
sons ao seu redor.
Esse padrão não possui zonas de cancelamento de som e é capaz de captar bastante
detalhes do ambiente. Normalmente ele é utilizado em gravações acústicas, que acontecem
em salas com preparação e controle dos sons ambientes, ou em gravações de diálogos,
como em filmes ou entrevistas.
Figura 8 ou bidirecional
O número 8 é utilizado para expressar o formato da captação deste modelo, como podemos
ver na imagem abaixo. O modelo figura 8, também conhecido como bidirecional, capta sons
que estão logo à frente ou atrás do microfone, ignorando sons nas laterais e próximos da
região central.
É um modelo bastante utilizado para captar reflexões de sala, quando se deseja captar a
interação do som com o ambiente, ou para gravar diálogos, como em podcasts e
entrevistas.
Tamanho do diafragma do microfone
O diafragma é o grande responsável pela conversão de ondas sonoras em ondas elétricas.
Ele é um material fino e bastante sensível, localizado no interior dos microfones, que vibra
ao entrar em contato com as ondas sonoras. Essa vibração gera a energia cinética que é,
então, transformada em energia elétrica.
O tamanho do diafragma vai impactar na sensibilidade do microfone, níveis de pressão que
ele suporta, seus limites de alcance de frequência e seu nível de ruído interno.
Diafragma pequeno
Normalmente, os modelos de microfones que possuem diafragma pequeno são conhecidos
como pencil mic (microfone caneta), por conta de seu modelo cilíndrico e fino. Microfones
desse tipo são utilizados para aguentar altas pressões sonoras, com capacidade de captar
altas frequências (agudos).
É um modelo bastante utilizado para gravar fontes sonoras mais agudas, como violões e
chimbal. Entretanto, por conta da sua sensibilidade a esse tipo de frequência, ele não é
indicado para gravação de outros tipos de fontes sonoras, como sons de bateria.
Vale também ressaltar que esse modelo de diafragma gera bastante ruído interno no
microfone, o que pode atrapalhar determinados tipos de gravações.
Diafragma médio
Considerados como modelos “híbridos”, microfones de diafragma médio carregam a
capacidade de captar sons “cheios” dos modelos de diafragma grande, sem perder a
sensibilidade a sons agudos do diafragma pequeno.
Microfones deste tipo são relativamente recentes, portanto não possuem uma presença de
mercado tão grande quanto os outros dois modelos. São microfones bastante modernos
que estão ganhando cada vez mais espaço em gravações e apresentações.
Diafragma grande
Este é um modelo sensível a todas as vibrações sonoras. Inclusive, quanto maior for o
diafragma, maior sua sensibilidade às vibrações e, portanto, maior a captação de detalhes
sonoros do microfone.
Esse tipo de diafragma com alta sensibilidade confere bastante fidelidade e naturalidade
aos sons captados. Isso faz desse modelo um dos mais utilizados em estúdios, por
exemplo. Ele pode ser aplicado na gravação de praticamente qualquer fonte sonora, desde
baterias até vozes e instrumentos acústicos.
Microfone dinâmico
Esse é o modelo mais popular dos três, e a maioria das pessoas já viu um desses em
alguma ocasião na vida. Ele possui um ótimo custo-benefício e é utilizado em estúdios
profissionais, home studios e apresentações ao vivo, comprovando sua versatilidade e o
motivo de ser tão popular.
Uma das características de destaque desse tipo de microfone é a sua capacidade de
aguentar pressões elevadas, o que os torna ótimos para captar sons mais “altos”, como no
caso de baterias e percussões. Por isso, dizemos que os dinâmicos possuem as melhores
taxas de sound pressure level (SPL - nível de pressão sonora).
Outro ponto importante é o cancelamento de sons e ruídos que vão além de seu ângulo de
captação. Ou seja, ele ignora sons que estejam muito distantes ou nas regiões fora do seu
padrão de captação.
Este modelo de microfone não necessita de nenhuma fonte de energia externa para
funcionar, basta conectá-lo à caixa de som, computador, mesa de áudio ou outro receptor e
começar a usá-lo.
Microfone condensador
O primeiro ponto a ser mencionado sobre microfones condensadores é que, para funcionar,
eles necessitam de uma fonte de energia externa, conhecida como phantom power (energia
fantasma, em tradução livre), que pode ser proveniente de uma interface, fonte ou até
mesmo pilhas. Isso acontece por conta do tipo de diafragma que este microfone possui.
Neste modelo, o diafragma é fino e condutivo e fica localizado próximo à uma placa de
metal, tornando-se um tipo de capacitor elétrico e necessitando dessa fonte de energia
externa.
O ponto forte de microfones condensadores é sua alta sensibilidade a sons, o que o torna
capaz de captar muitos detalhes sonoros. Além disso, há modelos de condensadores com
praticamente todos os tipos de polaridades, o que os tornam aplicáveis a inúmeras
situações de captação de áudio.
Por ser um microfone bastante sensível, o mais indicado é que ele seja utilizado em
ambientes com maior controle acústico. Dessa forma, não haverá muitos ruídos, ecos ou
sons indesejados na gravação.
No geral, os principais usos de microfones condensadores são em estúdios, principalmente
para gravações de vozes, e como overheads em baterias (microfones que ficam
posicionados acima da bateria).
Microfone condensador Rode NT1-A
Microfone de fita (Ribbon)
Este é um tipo de microfone mais antigo e que foi bastante popular nas décadas de 1950 e
1960, principalmente em emissoras de rádio. Entretanto, ele tem voltado a ganhar certa
relevância entre produtores musicais por conta do seu som com um certo tom “vintage”.
O diafragma deste modelo possui uma fita de metal bastante fina capaz de captar não
apenas a movimentação do ar da fonte sonora, mas também a velocidade desse
movimento.
Os microfones de fita são bastante sensíveis a agudos, sendo ótimos para gravar guitarras
por exemplo. Esse não é um modelo muito encontrado por aí, mas costuma ser utilizado em
situações em que se busca uma sonoridade mais característica, com o aspecto “vintage”
que mencionamos.
Um dos fatores que fez com que os microfones de fita não seguissem tão populares foi a
sua fragilidade. Antigamente, a vida útil de um modelo desses era bastante curta, o que
levava as pessoas a optarem por outros tipos. Mas hoje em dia já é possível encontrar
modelos mais resistentes, com uma durabilidade maior.