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Aula 3 - CRQ

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Universidade do Vale do Itajaí

Leis de Velocidade.
Reações Reversíveis e Irreversíveis.

Professora: Gizelle I. Almerindo


Disciplina: Cinética de Reatores Químicos

Itajaí, 07 de março de 2017.

1
Modelos de Lei de Potência e Leis de Velocidade Elementar

A dependência da
velocidade de reação
com as Pode-se até postular Uma das formas
concentrações das a partir da teoria gerais + comuns de
espécies presentes é, mas os experimentos dependência é dada
quase sem nenhuma são necessários para pelo MODELO da LEI
exceção, comprovação! DE POTÊNCIA!
determinada
experimentalmente!

2
Modelos de Lei de Potência

Uma das formais Ou seja, a lei de velocidade é o


gerais + comuns de produto das concentrações das
dependência é dada espécies reagentes individuais, cada
pelo MODELO da LEI uma delas elevada a uma potência.
DE POTÊNCIA! EXEMPLO:

Os expoentes conduzem ao
conceito de ordem de reação!
3
ORDEM DE REAÇÃO

Portanto, a ordem de uma reação refere-se às potências às quais as


concentrações são elevadas na lei cinética.

 Ordem  em relação ao reagente A;


 Ordem  em relação à B;
 ORDEM GLOBAL DA REAÇÃO (n):

n=+

4
UNIDADES

 Para –vA são sempre escritas em termos de concentração por unidade de tempo;

 Para kA variam de acordo com ordem da reação!!


–vA versus kA

EXEMPLO:

A  P (ordem de reação n)

As unidades da constante de velocidade específica são:

5
UNIDADES

Logo, as leis de velocidade correspondentes à reação de ordem zero, de


1ª, 2ª e 3ª ordem, juntamente com as unidades típicas para as k
correspondentes são:

ORDEM ZERO (n = 0):

6
ORDEM UM (n = 1):

ORDEM DOIS (n =2):

ORDEM TRÊS (n =3):

7
REAÇÃO ELEMENTAR vs COEFICIENTE ESTEQUIOMÉTRICO vs
POTÊNCIAS NA LEI DE VELOCIDADE

O que é mesmo reação elementar

Exemplo:
Reação bimolecular entre um radical livre de oxigênio e a molécula
de metanol
O + CH3OH  CH3O + OH
Os coeficientes estequiométricos nesta
reação são idênticos às potências na Lei
de Velocidade. Sendo assim, a lei de
velocidade para o consumo de oxigênio
molecular é:

1ª ordem em relação a cada!


PORTANTO, podemos dizer que tanto a reação
quanto a lei de velocidade são ELEMENTARES. 8
Teste 2
Questão 1(ENADE 2014)


9
Questão 2

A equação estequiométrica de uma reação é: A + 2B  R. Calcule

a ordem da reação.

Questão 3

Uma reação cuja equação estequiométrica é 1/2A + B  R + 1/2S tem a


seguinte equação cinética:
-vA = k[A]0.5[B]

Deduza a equação cinética para esta reação se a equação estequiométrica esta


escrita na forma A + 2B  2R + 2 S

Levenspiel, O. Ingeniería de las reacciones químicas. Espanha: Reverté, 2 ed., 1990. 638 p. 10
Questão 4

Ano: 2009
Banca: CESPE
Órgão: SEDUC-CE

O estudo cinético das reações nada mais é do que o estudo das taxas das
reações. A respeito de cinética química, JULGUE

A lei de velocidade é uma característica da reação determinada teoricamente.

( ) CERTO ( ) ERRADO
Questão 5

Ano: 2011
Banca: IF-SP
Órgão: IF-SP

Dada a equação: 2 NO (g) + Cl 2 (g) ⇆ 2 NOCl (g)

Podemos afirmar que seus constituintes estarão em equilíbrio químico quando:

a) em sistema fechado, as reações opostas acontecerem a velocidades


diferentes.

b) em sistema aberto, as reações opostas acontecerem a velocidades


diferentes.

c) em sistema fechado, as reações esgotarem os reagentes na formação do


produto.

d) em sistema aberto, as reações opostas acontecerem a velocidades iguais.

e) em sistema fechado, as reações opostas acontecerem a velocidades iguais.

12
REAÇÕES ELEMENTARES E NÃO
ELEMENTARES

Muitas reações têm os coeficiente estequiométricos idênticos às


ordens de reação, porém as reações são NÃO ELEMENTARES.

Rotas envolvendo intermediários ativos e


reações em série.

Diz-se que SEGUEM UMA LEI DE VELOCIDADE DE REAÇÃO


ELEMENTAR quando as ordens de reação são idênticas aos coeficientes
estrequiométricos das espécies reagentes para a reação assim como
13
ela está escrita.
REAÇÕES NÃO ELEMENTARES
MAS QUE SEGUEM UMA LEI DE
VELOCIDADE ELEMENTAR

Exemplo:

Não é elementar!!!!

Mas segue uma lei de


velocidade elementar!!

14
Resumindo... Muitas reações envolvendo múltiplas etapas e
vias apresentam as potências nas leis de velocidade que
concordam de forma SURPREENDENTE com os coeficientes
estequiométricos.

IMPORTANTE LEMBRAR: as leis de velocidade de


reação são determinadas pela observação
experimental.

A afirmação de que uma reação segue uma dada lei de velocidade


de reação, da forma como é escrita, nos dá uma rápida ideia da
estequiometria da reação e então podemos escrever a forma
matemática da lei de velocidade.

15
Qual reação não segue as leis de velocidade de reações
elementares

16
Qual reação não segue as leis de velocidade de reações
elementares

17
Isso porque as ordens de reação não correspondem aos
coeficientes estequiométricos das reações, na forma em que elas
foram escritas.

18
LEIS DE VELOCIDADE NÃO ELEMENTARES

Reações
Reações

Deve-se ESTUDÁ-LAS porque um grande número de reações


tanto homogêneas quanto heterogêneas não segue leis simples de
velocidade de reação.

19
LEIS DE VELOCIDADE NÃO ELEMENTARES

Um grande número de reação heterogêneas e homogêneas não seguem


leis simples de velocidade.

Reações Homogêneas:
A ordem global não tem que ser necessariamente um número inteiro,
nem tem que ser inteiro em relação a quaisquer dos componentes
individuais.

Síntese do fosfogênio:

1ª ordem

Ordem 3/2

20
Global 5/2
LEIS DE VELOCIDADE NÃO ELEMENTARES

Algumas vezes...expressões complexas que não podem ser separadas em


porções somente dependentes da T e [ ].

Decomposição do óxido nitroso:

21
Analisando...

 kN2O e k´ são fortemente dependentes da T;

 NÃO PODE-SE falar de uma ordem global de reação;

 PODE-SE falar em ordens de reação sob certas condições limites;

[O2] muito baixas

Reação “aparentemente” de
1ª ordem em relação ao
N2O e de ordem global 1
2º termo é desprezível 22
Condições limites:

[O2] suficientemente grande de modo que o valor 1 no denominador seja


insignificante com o 2º termo

Ordem da reação aparente de -1 em relação ao O2 e 1 em relação


ao N2O.
Ordem global = 0

Expressões de velocidade muito comuns para reações em fase líquida e fase


gasosa promovidas por catalisadores sólidos. 23
Mas...
Também ocorrem em sistemas de reações homogêneas com intermediários
reativos:

Ocorre via um mecanismo envolvendo radicais livres, e a lei de velocidade


é:

24
REAÇÕES REVERSÍVEIS

 As LEIS DE VELOCIDADE para reações reversíveis PRECISAM ser todas


reduzidas à relação termodinâmica que relaciona as concentrações das
espécies reagentes no equilíbrio.

 No equilíbrio, a velocidade de reação é igual a zero para todas as espécies


(isto é, -vA  0).

 Para a reação geral

Relação de equilíbrio
C=[ ]
termodinâmico:

25
Unidade de KC: (mol/dm3)d+c-b-a
MAS COMO ESCREVER AS LEIS DE VELOCIDADE PARA
REAÇÕES REVERSÍVEIS

26
Ilustrando...

Considerações em fase gasosa: elementar e reversível.

Simbolicamente:

As constantes de velocidade específica de reação direta e reversa (kB e –kB), são


definidas em relação ao benzeno.

ki, precisa ser definida com relação a uma espécie em particular!


27
O benzeno está sendo consumido pela reação direta

Na qual a velocidade de consumo de benzeno é

Se multiplicarmos ambos os lados desta equação por -1, obtemos a


expressão para a velocidade de formação de benzeno para a reação
direta:

28
Para a reação reversa entre bifenila (D) e o H2,

A velocidade de formação de benzeno é dada por

Tanto a constante de velocidade kB quanto –kB são definidas em


relação ao benzeno!!

29
A velocidade líquida de formação do benzeno é a soma das velocidades
de formação a partir da reação direta e da reação inversa:

líquida

30
Obtemos, então, a velocidade de consumo de benzeno:

Mas podemos expressar melhor esta equação!!!

 Multiplicando ambos os lados por -1;

 Fatorando para eliminar kB.

31
Ainda, substituindo:

KC: constante de
equilíbrio com base
nas concentrações

Obtem-se:

32
PORTANTO...

33
CONSTANTE DE EQUILÍBRIO E
TEMPERATURA

De acordo com o princípio de Le Châtelier, nas reações exotérmicas


o equilíbrio é deslocado para a esquerda (K e Xe diminuem) à medida
que a temperatura aumenta.

34
E a Lei de Velocidade em relação a formação da bifenila (vD)

Precisa ter a mesma dependência funcional as concentrações das espécies


reagentes como ocorre com a velocidade de consumo de benzeno (-vB). A
velocidade de formação da bifenila é:

Utilizado aquela relação estequiométrica:

35
...pode-se obter a relação entre as várias velocidades específicas de
reação, kB, kD:
Substituiu kD

Comparando as equações

Vemos que a relação entre a velocidade específica da reação quanto à


kB e kD é:

36
Mas o que nos diz 

A necessidade de definir a constante de velocidade, k, em relação a uma


espécie em particular.

37
Finalmente, é necessário verificar se a Lei de Velocidade dada pela equação

é termodinamicamente consistente no equilíbrio.

Lembrando...

A termodinâmica nos indica que:

38
Verificando a Lei de Velocidade...

No equilíbrio, -v  0, e a Lei de Velocidade acima torna-se:

Rearranjando, obtemos, como esperado, a expressão de equilíbrio:

Quadro

Que é idêntica à equação obtida da termodinâmica!


39
Em resumo, NO EQUILÍBRIO, a lei de velocidade precisa ser
reduzida a uma equação que seja consistente com o
equilíbrio termodinâmico.

40
Questão 6
(Fogler, H.S. Cálculo de Reatores)

Escreva a Lei de Velocidade para as seguintes reações, assumindo que


cada reação segue uma lei de velocidade elementar.

41
REFERÊNCIAS

FOGLER, H.S. Cálculo de Reatores. O Essencial da Engenharia das Reações


Químicas. Rio de Janeiro: LTC, 1a ed., 2014. 569 p.

LEVENSPIEL, O. Ingeniería de las reacciones químicas. Espanha: Reverté, 2


ed., 1990. 638 p.

DOS SANTOS, A.M.N. Reactores Químicos, Vol.1, Lisboa: Fundação Calouste


Gulbenkian, 1990. 589p.

LOGAN, S.R. Fundamentals of Chemical Kinetics, England: Longman, 1996.


262 p.

42

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