Processos de Usinagem - Seguranca
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Segurança
Acidente de trabalho
Nesse sentido, é importante observar que um acidente não é simples obra do acaso e
que pode trazer conseqüências indesejáveis. Em outras palavras: acidentes podem ser
previstos. E, se podem ser previstos, podem ser evitados!
Quem se dedica à prevenção sabe que nada acontece por acaso e que todo acidente
tem uma causa definida, por mais imprevisível que pareça ser.
Vale lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em
casa, no lazer, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de
um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias.
Pode-se dizer que grande parte dos acidentes do trabalho ocorre porque os
trabalhadores encontram-se despreparados para enfrentar certos riscos.
Trocando em miúdos: qualquer acidente que ocorrer com um trabalhador, estando ele
a serviço de uma empresa, é considerado acidente do trabalho.
Doença profissional
Você já deve ter passado pela experiência de pegar uma forte gripe, de colegas de
trabalho, por contágio. Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de
trabalho, não é considerada doença profissional nem do trabalho, porque não é
ocasionada pelos meios de produção.
Por outro lado, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem proteção
auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado
junto a uma grande prensa, isso caracteriza doença do trabalho.
A lista das doenças profissionais e do trabalho é bastante extensa e pode sofrer novas
inclusões ou exclusões, à medida que forem mudando as relações entre o homem e o
trabalho. Para saber mais sobre esse assunto, procure se informar junto ao serviço
especializado em segurança, na sua empresa. Seja curioso, interessado. Não se
acomode.
Mas a legislação também enquadra como acidente do trabalho os que ocorrem nas
situações apresentadas a seguir.
João está amparado pelo conceito legal de acidente do trabalho, embora o ferimento
não tenha resultado diretamente do exercício de suas atividades profissionais, pois ele
estava a serviço da empresa. Em decorrência do acidente, João sofreu lesão corporal.
Supondo-se que volte a andar normalmente, após a retirada do curativo, não se pode
dizer que tenha havido perturbação funcional. João não se enquadra na categoria de
segurado especial, pois consta que era funcionário contratado da empresa.
Importante
Todo acidente do trabalho, por mais leve que seja, deve ser comunicado à empresa,
que deverá providenciar a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), no prazo
máximo de 24 horas. Caso contrário, o trabalhador perderá seus direitos e a empresa
deverá pagar multa.
O conceito legal tem uma aplicação mais “corretiva”, voltada basicamente para as
lesões ocorridas no trabalhador, enquanto o conceito prevencionista é mais amplo,
voltado para a “prevenção” e considera outros danos, além dos físicos.
Muitas vezes, pior que o acidente em si, são as suas conseqüências. Todos sofrem:
Sofre, enfim, o próprio país, com todo o conjunto de efeitos negativos dos acidentes do
trabalho.
Os danos causados pelos acidentes são sempre bem maiores do que se imagina à
primeira vista.
Por exemplo: Um trabalhador desvia sua atenção do trabalho por fração de segundo,
ocasionando um acidente sério. Além do próprio trabalhador são atingidos mais dois
colegas que trabalham ao seu lado. O trabalhador tem de ser removido urgentemente
para o hospital e os dois outros trabalhadores envolvidos são atendidos no ambulatório
da empresa. Um equipamento de fundamental importância é paralisado em
conseqüência de quebra de algumas peças.
Além disso, a remoção do acidentado para o hospital traz novos riscos. A pressa do
motorista da ambulância, para chegar o mais rápido possível ao hospital, poderá criar
condições desfavoráveis à sua segurança e à dos demais ocupantes do veículo e de
outros veículos na rua.
Um acidente do trabalho tem, muitas vezes, uma força ainda maior do que
simplesmente causar os danos que se observam na ocorrência do acidente em si.
Acidente zero!
Prevenir quer dizer ver antecipadamente; chegar antes do acidente; tomar todas as
providências para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer. Para atingir essa
mentalidade prevencionista é necessário saber ouvir, orientar e ensinar.
Por que prevenir os acidentes? Porque prevenir é mais econômico e sensato que
corrigir.
Baptista (1974), afirma que Heinrich, em seu livro Industrial Accident Prevention
(Prevenção do Acidente Industrial), sugere que a lesão sofrida por um trabalhador, no
exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma seqüência de cinco fatores:
O que podemos fazer para evitar que os acidentes ocorram? Uma maneira é controlar
os fatores que antecedem o acidente.
Não é possível interferir nas características genéticas de uma pessoa, mas é possível
influenciar sua conduta proporcionando um ambiente social rico em exemplos
positivos. A educação e o treinamento do trabalhador para o exercício de suas funções
são recursos importantes para reduzir o risco de acidentes.
É por isso que toda empresa deve ter uma CIPA - Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes.
Inspeções de segurança
• Sinalização do risco – é a medida que deve ser tomada quando não for
possível eliminar ou isolar o risco. Por exemplo: máquinas em manutenção
devem ser sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar
devem ser devidamente sinalizados.
Quando não for possível adotar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a
proteção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, deve-se utilizar os
equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI.
Os EPI não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a proteção
coletiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.
Existem EPI para proteção de praticamente todas as partes do corpo. Veja alguns
exemplos:
Observação
Não é qualquer EPI que atende a legislação e protege o trabalhador. Apenas aqueles
que têm o número do CA e a marca do fabricante gravada no produto é que oferecem
proteção efetiva. Cabe ao trabalhador zelar pela própria segurança, recusando os EPIs
que não tenham o CA e a identificação do fabricante.
A lei determina que os EPI sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho, mediante
certificados de aprovação (CA). As empresas devem fornecer os EPI gratuitamente aos
trabalhadores que deles necessitarem. A lei estabelece também que é obrigação dos
empregados usar os equipamentos de proteção individual onde houver risco, assim
como os demais meios destinados a sua segurança.