Ast - Auxiliar de Segurança Do Trabalho 2019
Ast - Auxiliar de Segurança Do Trabalho 2019
Ast - Auxiliar de Segurança Do Trabalho 2019
Auxiliar de Segurança do
Trabalho
Objetivo do Curso
O objetivo do Curso é ensinar sobre medidas técnicas, médicas educacionais, empregadas para
prevenir acidentes, eliminando condições inseguras no ambiente de trabalho com a implantação
de novas práticas.
Agora vocês fazem parte desse seleto grupo que executa suas ações de maneira responsável, sem
colocar em risco sua integridade física e a dos demais colegas, zelando pelo sucesso de seu grupo
de trabalho e da empresa onde exerce suas atividades. Juntamente com os conhecimentos básicos
apresentados, você será convidado a explorar com mais profundidade os conteúdos de interesse,
navegando por sites indicados no material didático.
Segurança do Trabalho
A Segurança do Trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas, visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a
capacidade de trabalho das pessoas envolvidas.
SESMT e CIPA
Conceito Prevencionista
É qualquer ocorrência não programada, inesperada que interfere e/ou interrompe o processo
normal de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultânea, danos materiais
e/ou lesões ao homem.
Conceito Legal
Acidente do trabalho é todo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal, perturbação funcional doença que cause a morte, perda ou redução
permanente ou temporária de condições para o trabalho.
Este tipo de acidente é consagrado no meio jurídico como definição do infortúnio do trabalho
originado por causa violenta, ou seja, é o acidente comum, súbito e imprevisto.
Doença do trabalho
Acidente de trajeto
É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou vice-
versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado,
em horários e trajetos compatíveis.
Incidente
Quando ocorre um acidente sem danos pessoais, diz incidente. Para os profissionais
prevencionistas é tão ou mais importante que o acidente com danos, pois indica uma condição de
futuro acidente devendo, portanto, ser analisado, investigado e sugeridas medidas para evitar sua
repetição.
Para a empresa: Tempo perdido pelo trabalhador durante e após o acidente, interrupção na
produção, diminuição da produção pelo impacto emocional, danos às máquinas, materiais ou
equipamentos, despesas com primeiros socorros, despesas com treinamento para substitutos,
atraso na produção e aumento de preço no produto final.
Para o Estado: Acúmulo de encargos assumidos pela Previdência Social, aumento dos preços
prejudicando o consumidor e a economia e aumento de impostos e taxas de seguro.
Segundo a FUNDACENTRO o custo com acidente no Brasil pode chegar a R$ 32 bilhões por
ano.
Definições básicas
Dias perdidos
São os dias em que o acidentado não tem condições de trabalho por ter sofrido um acidente que
lhe causou incapacidade temporária. Os dias perdidos são contados de forma corrida, incluindo
domingos e feriados, a partir do primeiro dia de afastamento (dia seguinte ao do acidente) até o
dia anterior ao do retorno ao trabalho.
É aquele em que o acidentado, recebendo tratamento de primeiros socorros, pode exercer sua
função normal no mesmo dia, dentro do horário normal de trabalho, ou no dia imediatamente
seguinte ao do acidente, no horário regulamentado.
Incapacidade temporária
É a perda total da capacidade de trabalho por um período limitado de tempo, nunca superior a um
ano. É aquele em que o acidentado, depois de algum tempo afastado do serviço, devido ao
acidente, volta executando suas funções normalmente.
Incapacidade parcial e permanente
Empregado
É toda a pessoa física que presta serviço de natureza não eventual ao empregador, sob a
dependência deste e mediante remuneração.
É um formulário que deve ser preenchido quando ocorrer qualquer tipo de acidente de trabalho
(mesmo nos casos de doença profissional e acidentes de trajeto).
O acidente de trabalho deverá ser comunicado à empresa pelo acidentado imediatamente, quando
possível.
Isso está baseado na necessidade de que os fatores ocasionais do acidente devem ser investigados
o mais rapidamente possível, para que todas as medidas de correção e prevenção sejam
prontamente tomadas, além de imediatamente se efetuarem os primeiros socorros ao acidentado.
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deve ser emitida pela empresa do acidentado em
até 24 (vinte e quatro) horas após o acidente. Em caso de morte, a CAT deve ser emitida
imediatamente, e a morte comunicada à autoridade policial.
Caso a empresa não emita a CAT, ela poderá ser emitida pelo próprio acidentado, por seus
dependentes pelo médico que atendeu o acidentado, pelo sindicato da categoria ou por qualquer
autoridade pública, independentemente de prazo.
Este tipo de acidente é consagrado no meio jurídico como definição do infortúnio do trabalho
originado por causa violenta, ou seja, é o acidente comum, súbito e imprevisto.
São várias as causas dos acidentes, sejam do trabalho, do trajeto, ou por doenças profissionais.
Essas causas são basicamente separadas em dois grupos a saber:
Ato inseguro
É o que depende do ser humano, que, de maneira consciente ou não, provoca danos ao trabalhador,
aos companheiros e às máquinas e equipamentos.
Exemplos: improvisações, agir sem permissão, não usar equipamento de proteção individual
(EPI), etc.
Condições inseguras
São as condições que, presentes no ambiente de trabalho, comprometem a integridade física e/ou
a saúde do trabalhador, bem como a segurança das instalações e dos equipamentos.
Exemplos: falta de proteção em máquinas, defeitos em máquinas e edificações, instalações
elétricas, falta de espaço, agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho, etc.
Normas Regulamentadoras – NR
Além da Constituição Federal e das legislações trabalhistas previstas na CLT, a legislação básica
que rege a Segurança do Trabalho está contida nas Normas Regulamentadoras.
Objetivos
Reconhecer os agentes presentes no ambiente de trabalho que podem trazer prejuízo à saúde e à
qualidade de vida do trabalhador na empresa.
Higiene do trabalho
É a ciência que tem como objetivo reconhecer, avaliar e controlar todos os fatores ambientais de
trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos trabalhadores.
Riscos ambientais
Para alguns autores, os agentes ergonômicos e os agentes mecânicos, apesar de não estarem
contemplados na NR 9 como riscos ambientais, devem ser avaliados num ambiente de trabalho,
pois também são considerados agentes causadores de danos à saúde do trabalhador.
Agentes físicos
São representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como ruído, calor, frio,
vibração e radiações que, de acordo com as características do posto de trabalho, podem causar
danos à saúde do trabalhador. Os agentes físicos têm seus limites de tolerância estabelecidos pela
NR 15.
O ruído é considerado um som capaz de causar uma sensação indesejável e desagradável para o
trabalhador.
Níveis sonoros, quando acima da intensidade, conforme legislação específica, podem causar
inúmeros danos à saúde do trabalhador. O primeiro efeito fisiológico de exposição a níveis altos
de ruído é a perda de audição na banda de frequência de 4 a 6 kHz.
Outros efeitos causados pelo ruído alto nos seres humanos: aceleração da pulsão, fadiga,
nervosismo, etc.
A melhor maneira de se atenuar a exposição ao ruído são as medidas de controle coletivo, ou seja,
controlar o ruído diretamente na fonte geradora e na sua trajetória. Quando isso não for possível,
deve-se recorrer ao uso de protetores auriculares (EPI).
Como medidas de controle, podem se citar a substituição: do equipamento por outro menos
ruidoso, a lubrificação, o isolamento acústico e a manutenção.
Calor
Sobrecarga térmica é a quantidade de energia que o organismo deve dissipar para atingir o
equilíbrio térmico.
São medidas de controle para atenuar a exposição ao calor: Aclimatação (adaptação lenta e
progressiva do indivíduo a atividades que o exponham ao calor), limitação do tempo de exposição,
educação e treinamento, controle médico e medidas de conforto térmico (ventilação, exaustão),
etc.
Frio
O corpo humano, quando exposto a baixas temperaturas, perde calor para o meio ambiente. Se as
perdas de calor forem superiores ao calor produzido pelo metabolismo do trabalhador, haverá a
vasoconstrição na tentativa de evitar a perda excessiva do calor corporal, e o fluxo sanguíneo será
reduzido em razão direta da queda de temperatura sofrida.
Se a temperatura interior do corpo baixar de 36°C, ocorrerá redução das atividades fisiológicas,
diminuição da taxa metabólica, queda de pressão arterial e a consequente queda dos batimentos
cardíacos, podendo-se chegar a um estado de sonolência, redução da atividade mental, redução
da capacidade de tomar decisões, perda da consciência, coma e até a morte.
Vibrações
São medidas de controle para atenuar a exposição a vibrações a redução das vibrações das
máquinas por meio de dispositivos técnicos que limitam, tanto a intensidade das vibrações, como
a transmissão das vibrações, como é o caso dos calços e sapatas de borracha.
Radiações ionizantes
São provenientes de materiais radioativos como é o caso dos raios alfa, beta e gama ou produzida
artificialmente em equipamentos.
Os raios alfa e beta possuem menor poder de penetração no organismo, portanto, oferecem menor
risco.
Os raios x e gama possuem alto poder de penetração no organismo, podendo produzir anemia,
leucemia, câncer e alterações genéticas.
Do ponto de vista do estudo das condições ambientais, as radiações ionizantes de maior interesse
de uso industrial são os raios x, gama e beta, e de uso não industrial são os raios alfa e nêutrons,
cada um com uma faixa de comprimento de onda.
As radiações não ionizantes são radiações eletromagnéticas cuja energia não é suficiente para
ionizar os átomos dos meios nos quais incide ou os quais atravessa. São consideradas pela
legislação como não ionizantes, as radiações infravermelhos, micro-ondas, ultravioleta e laser.
Os efeitos das radiações não ionizantes sobre o organismo humano dependem dos seguintes
fatores: tempo de duração da exposição, intensidade da exposição, comprimento de onda da
radiação e região do espectro em que se situam.
a) Raios infravermelhos
Trabalhos com solda elétrica, com solda oxiacetilênica, trabalhos com metais e vidros
incandescentes, isto é, que ficam da cor laranja e emitem luz quando superaquecidos; e também
nos fornos e fornalhas. Em trabalhos a céu aberto, o trabalhador fica exposto ao sol, que é uma
fonte natural emissora de raios infravermelhos.
b) Micro-ondas
c) Ultravioleta
d) Laser
Esta sigla, em inglês, vem de “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation” que,
em português, pode ser traduzido por: amplificação da luz por emissão estimulada de radiação.
O laser é um feixe de luz direcional convergente, isto é, que se concentra em um só ponto. É muito
utilizado em indústrias metalúrgicas para cortar metais, para soldar e também em equipamentos
para medições a grandes distâncias.
O seu maior efeito no homem é sobre os olhos, podendo causar grandes estragos na retina, que é
a membrana sensível do olho, em alguns casos irreversíveis, pode provocar cegueira.
Pressões anormais
São locais de trabalho onde o trabalhador tem de suportar a pressão do ambiente diferente da
atmosférica. As pressões anormais podem causar embolia, aneurisma, derrame. Estão
relacionadas a serviços de mergulho, construção de túneis ou de fundações submersas, de pontes,
escavações de áreas de alicerces.
Umidade
Está presente em locais de trabalho onde o trabalhador desenvolve sua atividade em ambiente
alagado ou encharcado, com umidade excessiva, capaz de produzir danos à saúde, tais como
problema de pele e fuga de calor do organismo.
Agentes químicos
Os agentes químicos são substâncias compostas ou produtos que podem penetrar no organismo
humano pela via respiratória na forma de gases e vapores, poeiras, fumos, névoas, neblinas, ou
que pela natureza da atividade de exposição possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo
humano através da pele ou por ingestão.
• Agentes químicos com limite de tolerância – gases e vapores: são as substâncias químicas, cujos
limites de tolerância estão previstos no anexo 11, da NR 15.
• Agentes químicos de avaliação qualitativa: produtos químicos cujas atividades e operações são
consideradas insalubres em decorrência de inspeção no local de trabalho e definidas pelo anexo
13, da NR 15.
• Poeiras minerais: são os aerodispersóides: fumos, poeiras, fibras, fumaças, névoas e neblinas,
representadas por partículas sólidas ou líquidas em dispersão no ar, com limites de tolerância
definidos pelo anexo 12, da NR 15.
a) Poeiras: São partículas sólidas com diâmetros maiores que 0,5 µ (meio mícron),
dispersas no ar por ação mecânica, ou seja, por ação do vento, de lixadeiras, serviços de
raspagem e abrasão, polimento, acabamento, escavação, colheita, etc.; podem causar
pneumoconioses (estado mórbido decorrente da infiltração de poeiras instaladas que
conferem endurecimento (fibrose ao pulmão) ou ainda alergias e irritações nas vias
respiratórias.
c) Névoas: São partículas líquidas dispersas no ar por ruptura mecânica, ou seja, por
ação do vento, de jatos de esguicho, de “spray’, névoas de pinturas, névoas de ácido
sulfúrico, etc. Podem provocar efeitos diversos, conforme a natureza do líquido disperso
(pinturas a pistola).
d) Neblinas: São partículas líquidas dispersas no ar com diâmetro menor que 0,5µ,
originadas da condensação de gases provenientes de algum processo térmico como o,
cozimento de produtos alimentícios. Podem causar os efeitos da umidade (ver riscos
físicos), ou outros efeitos diversos, em razão da natureza do líquido que foi evaporado.
Por exemplo, uma neblina de ácidos pode se formar dentro de um galpão de
galvanização (tratamento superficial de metais), irritando os olhos, a pele e as vias
respiratórias das pessoas.
Seus efeitos estão relacionados à natureza de sua composição, podendo ser corrosivos,
cáusticos, irritantes, alergênicos, etc. Como exemplo podem-se citar os ácidos, os álcalis
(soda), detergentes, desumidificantes, sabões e outros.
b) Via cutânea (pele): Por contato com a pele que absorve a substância tóxica.
A pele tem várias funções; entre elas a principal é a proteção contra as agressões externas.
Há vários grupos de substâncias químicas que penetram principalmente, pelos poros.
Uma vez absorvida, a substância tóxica entra na circulação sanguínea, provocando
alterações, as quais poderão criar quadros de anemia, alterações nos glóbulos vermelhos
e problemas da medula óssea.
Os poucos casos encontrados são decorrentes de maus hábitos como roer as unhas ou
limpá-las com os dentes, fumar ou alimentar-se nos locais de trabalho.
Agentes biológicos
Esses micro-organismos, em sua maioria, são invisíveis a olho nu. São capazes de
produzir doenças, deterioração de alimentos, mau cheiro, etc. Apresentam muita
facilidade de reprodução.
Agentes ergonômicos
Agentes mecânicos
Os agentes mecânicos geram riscos que, pelo contato físico direto com a vítima,
manifestam sua nocividade.
Esses agentes são responsáveis por uma série de lesões nos trabalhadores como cortes,
fraturas, escoriações, queimaduras. As máquinas desprotegidas, pisos defeituosos ou
escorregadios, os empilhamentos de materiais irregulares são exemplos de fatores de
risco.
Acidentes podem ocorrer devido à confusão causada pelo mau aproveitamento do espaço
no local de trabalho gerado por:
• Materiais maldispostos.
É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem física exercem influências
de ordem psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no
comportamento humano conforme as condições em que se apresentam.
A falta de proteção pode estar presente em correias, polias, correntes, eixos rotativos, etc.
Nesses elementos podem aparecer pontos de agarramento, ou seja, locais do maquinário
que prendem a pessoa pelas mãos ou pelas roupas, puxando-as contra o mecanismo,
causando ferimentos diversos.
Para cada tipo de serviço deve haver uma ferramenta apropriada e em boas condições de
uso. O improviso cria uma série de condições que levam ao acidente, como exemplos de
improviso: fixar um prego utilizando-se da lateral de um alicate, abrir uma lata com uma
chave de fenda.
5 - Iluminação inadequada
6 - Eletricidade
A maioria dos materiais à nossa volta pode se tornar inflamável ou explosivo, dependendo
de seu estado. Além dos combustíveis e explosivos bastante conhecidos como gasolina,
querosene, madeira, papel, tecidos, dinamite, existem outros menos tradicionais como
limalha de aço, farinha de trigo, açúcar, poeira vegetal e outros.
Quando pulverizadas, essas substâncias podem formar uma mistura inflamável com o ar.
8 - Armazenamento inadequado
Uma pilha de materiais malfeita pode desabar, atingindo pessoas ou até paredes, fazendo
ruir um edifício.
Para cada tipo de material há um modo adequado de armazenamento, que deve ser feito
por pessoas treinadas e habilitadas, seguindo as recomendações previstas nas normas
regulamentadoras e outras normas estabelecidas pela empresa.
Legislação
• com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de
tolerância.
Inspeção de segurança
São vistorias e observações que se fazem nas áreas de trabalho para descobrir situações
de risco à saúde e integridade física do trabalhador. As inspeções de segurança são fontes
de informações que auxiliam na determinação de medidas que previnem a ocorrência dos
acidentes de trabalho. Devem ser aplicadas em toda extensão para proporcionar
resultados compensadores.
Quando bem processadas e envolvendo todos os que devem assumir sua parte de
responsabilidade, as inspeções atingem seus objetivos, que são:
• Inspeções de rotina: feitas pela CIPA e pelos setores de segurança e manutenção a partir
de prioridades estabelecidas, visando à melhor organização do trabalho. Também são
assim classificadas, as inspeções feitas pelos próprios trabalhadores em suas máquinas e
ferramentas.
• Inspeções eventuais: não têm data ou período determinados; podem ser feitas por vários
técnicos e visam solucionar problemas considerados urgentes.
• Inspeções oficiais: são aquelas realizadas por agentes de órgãos oficiais e das empresas
de seguro.
• Inspeções especiais: são realizadas por técnicos especializados com aparelhos de teste
e medição. Por exemplo, as medições de ruído ambiental, de temperatura, etc.
Periodicidade
Mapa de riscos
Mapa de riscos é uma representação gráfica dos pontos de riscos encontrados em cada
setor. É uma maneira fácil e rápida de representar os riscos de acidentes do trabalho.
É utilizado para indicar todos os pontos de riscos que a CIPA encontrar e, tornar possível
sua visualização no ambiente por todos os trabalhadores do local, pelo Serviço de
Segurança e Medicina do Trabalho, pela administração da empresa e até mesmo por
visitantes.
Classificação dos riscos
Prevenção e combate a incêndios
Objetivos
Fogo é a consequência de uma reação química denominada combustão que libera só calor
ou calor e luz. Para que haja combustão ou incêndio, devem estar presentes três elementos
interligados: o primeiro é o combustível, ou seja, aquilo que vai queimar e transformar-
se; o segundo é o calor que faz começar o fogo; o terceiro é o oxigênio, um gás que existe
no ar que respiramos e que é chamado comburente. Nos locais de trabalho existem esses
três elementos essenciais ao fogo: ar (comburente) madeiras, papéis, álcool, etc.
(combustível) e chamas de maçarico, lâmpadas, cigarros acesos (calor). Faltando um dos
três elementos do triângulo, não haverá fogo.
Técnicas de prevenção de incêndio
A proteção contra incêndios começa com as medidas que a empresa e todos que nela
trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo. Conclui-se que a palavra de
ordem é prevenir e, sendo necessário, combater o fogo com rapidez e eficiência.
Existem algumas maneiras básicas de evitar, combater e eliminar incêndios:
• Manutenção adequada.
• Instalação elétrica apropriada: fios expostos ou descascados devem ser evitados, pois
podem ocasionar curtos-circuitos que serão origem de focos de incêndio.
• Pisos antifaísca: em locais onde há inflamáveis, os pisos devem ser antifaísca porque
um simples prego no sapato poderá ocasionar um incêndio.
• Ordem e limpeza: os corredores com papéis e estopas sujas de óleo, graxa pelo chão,
são lugares onde o fogo pode começar a se propagar, dificultando a sua extinção.
• Instalação de para-raios: os incêndios ocasionados por raios são bem comuns. Todas
as edificações devem possuir proteção adequada, instalando-se um sistema de para-
raios.
Combate a incêndios
Mesmo que as medidas prevencionistas sejam adequadas, saber como combater o fogo
também é importante. Os incêndios, em seu início, são muito mais fáceis de se
controlarem. Quanto mais rápido o ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de
reduzi-las. A principal preocupação no ataque consiste em romper o triângulo do fogo:
o combustível, o comburente e o calor.
Extintores:
• Extintor de espuma.
•. Manter a calma, para evitar o pânico; ninguém deve tentar ser herói.
• A brigada deve intervir e, orientada pelo chefe, isolar a área e dar combate ao fogo.
• A brigada não tem todos os recursos e não domina todas as técnicas de combate ao
fogo. Portanto, deve ser chamado, imediatamente, o Corpo de Bombeiros (193).
• Antes de dar combate ao incêndio, deve ser desligada a entrada de força e ligada a
emergência.
•. Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter molhadas
as roupas, cabelos e calçados.
•. Não corra nem salte, evite quedas que podem ser fatais.
•. Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação.
Parece difícil pensar que alguém vá se preocupar com teorias sobre tipos de incêndio,
quando estiver numa situação de risco. Entretanto, esse é um conhecimento muito
importante e útil porque somente conhecendo a natureza do material que queima,
poderemos descobrir a forma correta de extingui-lo e utilizar o agente extintor
adequado.
O sistema hidráulico é constituído por hidrantes, que são dispositivos existentes em redes
hidráulicas, facilmente identificáveis pela porta vermelha com visor e chuveiros
automáticos, que são sistemas de encanamento de água acionados automaticamente,
quando ocorre elevação da temperatura, evitando a propagação do fogo.
•. Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas,
prateleiras.
Equipamentos de proteção
É dever dos empregados usar os EPIs recomendados pela empresa e zelar por sua
conservação.
São equipamentos instalados no local de trabalho que servem para proteger mais de uma
pessoa ao mesmo tempo. Exemplos: biombos, exaustores, ventiladores, paredes acústicas
e térmicas, iluminação de emergência, alarmes, extintores, etc.
Art. 167 – O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
A empresa deve também treinar o empregado para utilizar corretamente o EPI tornando
seu uso obrigatório, e responsabilizando-se por sua substituição sempre que as condições
assim o requererem.
De um modo geral, os EPI devem ser limpos e desinfetados cada vez em que há troca de
usuário, bem como, também oferecer-lhe lugar próprio para guardá-lo após seu uso.
Riscos: impacto de partículas sólidas ou líquidas, irritação por gases, vapores, poeiras,
fumos, fumaças, névoas, neblinas, radiação luminosa com intensa queimadura.
Protetores faciais: visam dar proteção à face e ao pescoço, contra impacto de partículas
volantes e respingos de líquidos prejudiciais e, também, a dar proteção contra
ofuscamento e calor radiante, onde necessário. Classificam-se em cinco tipos básicos:
visor de plástico incolor, visor de plástico com tonalidade, visor de tela, anteparo de tela
com visor plástico, anteparo aluminizado com visor e máscara para soldador.
Proteção respiratória
Protetores: máscaras com filtros químicos, máscaras com filtros mecânicos e máscaras
com filtros combinados.
Proteção auricular
Riscos: cortes e atritos, projeção de partículas, golpes, abrasão, calor radiante, respingos
de material fundente (em fusão), respingos de ácidos, substâncias nocivas e umidade.
Protetores: sapatos, botinas, botas, chancas (calçado com solado de madeira), sapatão de
aço corrugado (protetor metálico), protetor do dorso do pé (metálico), perneira (perneira
com polaina ou tala), caneleiras, confeccionados em couro, borracha, PVC, neoprene,
neolite, tecido, madeira, aglomerados e aço.
Sinalização de segurança
Objetivos
A Norma Regulamentadora – NR 26 tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas
nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de
segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias
para a condução de líquidos e gases, e advertindo contra riscos.
O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração,
confusão e fadiga ao trabalhador.
• Bombas de incêndio.
Amarelo
Branco
• Zonas de segurança.
Preto
Azul
O azul será utilizado para indicar “Cuidado! ”, ficando o seu emprego limitado a avisos
contra uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer fora de serviço
(Figura). Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos
pontos de comando, de partida ou fontes de energia dos equipamentos.
• Canalizações de ar comprimido.
Verde
• Canalizações de água.
• Chuveiros de segurança.
• Localização de EPI.
• Emblemas de segurança.
• Dispositivos de segurança.
Laranja
• Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas.
Púrpura
A cor púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações
eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares.
• Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais
radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade.
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias
de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.
Cinza
Alumínio
Marrom
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluido não
identificável pelas demais cores.
Sinalização
Sinalização de interdição
• Forma arredondada.
• Pictograma sobre fundo branco, bordado com tarja vermelha e uma diagonal, também
vermelha
Sinalização de alerta
• Forma triangular.
Sinalização de obrigação
• Forma arredondada.
Nessa aula foi apresentado a simbologia usada para demarcar lugares em que se apresenta
qualquer risco na segurança do trabalhador. Cores e desenhos são muito usados para a
identificação imediata do tipo de risco, pois assim, é possível providenciar os cuidados
necessários.
Primeiros socorros
Objetivos
A recuperação de uma vítima de um acidente depende da rapidez com que ela recebe os
primeiros atendimentos. Para tanto, é necessário conhecer um pouco sobre esses
procedimentos. Lembramos que o socorro final deve sempre ser prestado por equipe
médica especializada e que os primeiros socorros são apenas procedimentos para manter
a vítima estável até a chegada dos especialistas.
O restabelecimento da vítima de um acidente, seja qual for sua natureza, dependerá muito
do preparo psicológico e técnico da pessoa que prestar o atendimento.