Obrasescolhidas 07 Viei
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COLECÇÃO
DF. CLÁSSICOS
SA' QA COSTA
LIVRARIA
SÁ DA COSTA
EDITORA
LISBOA
TtiS^/t fr Trft »w^ »^* VVi
ifcVfrM
OBRAS
ESCOLHIDAS
PREFÁCIOS E NOTAS
DE ANTÓNIO SÉRGIO
E HERNÂNI CIDADE
VOLUME vn
OBRAS Y&RIAS (V)
e
P. António Vieira
OBRAS ESCOLHIDAS
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Autores portugueses Autores estrangeiros
A venda :
A seguir :
0
P. António Vieira
OBRAS ESCOLHIDAS
com prefácios e notas de
António Sérgio
e Hernâni Cidade
VOLUME VII
^gfcW CF WflCf^
MAY 3 1990
Propriedade da
LIVRARIA SA DA COSTA Editora
1 9 5 3
Composto e Impresso
GRÁFICA SANTELMO
Rua 3. Bernardo. B4
LISBOA
PREFACIO
VII
ordem da sua
rival —
a dominicana es- —
quece o que motiva desunião, para dar re-
levo ao que afirma e suscita convergência.
Ê o pregador barroco, enamorado do jogo
das ideias subtis e das formas brilhantes, não
obstante raro deixar de aproveitar o jogo
para comunicar alguma coisa de mais subs-
tancial —um pouco da riqueza da sua alma,
de tão viva e sentida experiência humana.
Ê o poeta capaz de voos que não surpreen-
dem apenas pela elegância da forma perfeita,
senão também pelo estremecimento verdadei-
ramente lírico que os suscita —
e transmi-
tem. E também não falta, aqui e além, a
aresta fina da sua ironia, mesmo quando se
dirige aos mais altos poderes. No caso pre-
sente — Memorial feito ao Príncipe Regente
— a ironia afia seu gume na amargura de
áulico desgraciado
Ei-lo quase todo — meio astrólogo, teólo-
go, missionário, orador, poeta, patriota, áu-
lico, e em todos estes aspectos, com o encan-
to aliciante da expressão, o interesse huma-
no, ia dizer, o espectáculo emocionante da
sua vida espiritual e anedótica, a lição mais
de uma vez paradigmática da sua grande al-
ma vigorosa, na inteligência e na vontade.
E este católico que traja a roupeta inaciana
vm
e se mantém cuidadosamente dentro das bali-
zas do dogma, depois de o termos visto na
destemida defesa dos Cristãos-novos, aqui o
topamos discorrendo livremente sobre uma
devoção que a sua inteligência culta repelia.
Este áulico habituado às fórmulas da vene-
ração inspiradora de hiperbólicas lisonjas, ei-
-lo erecto na sua dignidade, que um humor
levemente mordaz sabia defender.
*
, * *
IX
fim e não por acaso havia de ter sido man-
dado e mostrado. O fim é que «os mortais,
entrando dentro de si mesmos e levantando
o pensamento ac Autor e Governador do Uni-
verso, rever enceiem seu poder e temam seus
juízos. » Não criara Deus no princípio do
Mundo esses mensageiros dos seus avisos,
como lhe ensina S. João Damasceno, sem que
lho desminta a astronomia do tempo; pro-
du-los sempre que seja necessário, depois
que cessou a voz dos Profetas, manifestar por
eles, por essa «.linguagem universal de maior
majestade e horror», os avisos decretórios
que a todos interessa conhecer.
Mas se os cometas são apenas enviados
para grandes avisos, aos planetas — ou estre-
las, como então se diz — não nega Vieira in-
fluência e poder sobre os acontecimentos do
Mundo — e nisto ainda ele está com muitos
dos homens mais cultos do seu tempo, que
com tal influência conciliam a doutrina da li-
berdade humana, como os católicos nossos
contemporâneos com ela conciliam todas as
forças que se exercem sobre a vontade — ata-
vismos de raça ou família, tanto como dispo-
sições de temperamento ou condições de am-
biente moral ou físico. Neste mesmo escrito
(p. 18) se refere ele à conjunção de Saturno
x
e Júpiter, ocorrida em 1683, da qual «todos
os matemáticos antigos esperam grande mu-
dança de domínios.» Mas se por mais de uma
vez P. Vieira recorre a provas astrológicas em
e
XI
risconsulto em sua Lusitânia liberata, onde
aliás não faltam citações de profecias astroló-
gicas de matemáticos, entre as quais as do
mesmo Dr. Manuel Bocarro Francês, em que
Vieira se apoia.
Em face de tudo isto, já podemos ver que
ê apenas aparente a repulsa a que ele parece
condenar a chamada Astrologia Judiciária, na
pág. i deste volume, chamando-lhe inútil, in-
trutuosa e vã. Assim a considera certamente
em suas abusões, não no princípio sobre que se
fundamenta: os cometas mensageiros de avi-
sos divinos; os planetas e estrelas elementos
que influem sobre os destinos dos homens,
embora não lhes anulando a liberdade essen-
cial, nem actuando sem permissão ou determi-
nação da Providência divina.
O que Vieira, como os matemáticos antigos
a quem cita, vê anunciado pela Voz de Deus
ao Mundo, são alterações nas altas esferas que
o comandam, quedas e ascensões de imperan-
tes, pois os golpes dos cometas são sobretudo
fulminados às cabeças «...e veja [o Mundo]
se está aparelhado e disposto em toda a parte
para grandes mudanças e novidades, assim
pela pouca ou nenhuma justiça das coroas que
o governam, como pelos poucos fiadores com
que se acham as vidas dos mesmos príncipes:
XII
uns sem nenhuma sucessão, outros com um só
sucessor e outros sem esperança de o ter, bas-
tando que falte uma destas colunas, para que
se mude o sistema do mundo político.»
(Pág. i8).
f
Se a política internacional entra assim tão
vivamente nas preocupações de Vieira, é so-
bretudo porque ela anima de realidades con-
cretas a grande perspectiva da velha utopia
que o levara aos cárceres da Inquisição e de
que não se desprendia ainda, trinta anos pas-
sados sobre a sua amarga decepção (Vià. vol.
an%erior) Ao interpretar a Voz de Deus a Por-
.
XIII
agigantada estatura de quantos tinham assom-
brado o Mundo-»; repetira-se 15 anos depois,
no cometa que lhe provoca o presente escrito.
A todos os seus contemporâneos cumpria pre-
parar-se para o castigo com que Deus havia
de purgar a Portugal, neste tão enfermo corpo
de viciosos humores com que está corrupto.»
(Pág. 33).
O mesmo dever corre à Baía. «Deus que
com a espada na mão ( o cometa tinha a forma
de espada) lhe está bradando ao coração e aos
ouvidos», já em 1618 lhe tinha enviado aná-
logo aviso, que se verificou na longa miséria
da guerra e da ocupação.
Vieira, mesmo falando do Céu, tem os olhos
na Terra — escreveu Castilho, no paralelo,
todo feito de contrastes, entre ele e Bernardes.
Apenas lembramos a frase do aliás artificiosís-
simo paralelo, para chamar a atenção para
quanto, no trecho respeitante à Baía, alude a
realidades históricas que lhe são contempo-
râneas. As muralhas de que a cidade se havia
cingido, as minas que com tanto afã tinha pro-
curado, o salitre que se ia buscar ao Sertão
— tudo isto põe de manifesto como, nos
escritos de Vieira, mesmo nos que mais pare-
cem sugeridos por interesses transcendentes
estão sempre à vista os aspectos concretos do
XIV
mundo a que ele tem por tantos laços presos o
coração e o cérebro.
xv
Mas cumpria-lhe defender tnais directamen-
tea atitude de Heraclito, e então, feita, para
tal,a necessária transição, ei-lo que nisso se
empenha, confiado, pelo merecimento da cau-
sa, «que será tão justa a sentença, que Demó-
crito saia chorando e Heraclito rindo.»
Não é preciso dizer que Vieira, tomando a
defesa de Heraclito, regressa a si próprio, à
sua larga experiência da vida, que de modo
nenhum lhe fora motivo de riso, como o im-
plicava a sua mesma situação na terra onde
falava, espécie de exílio que o abrigava con-
tra a perseguição de inimigos poderosos e a
indiferença da corte para cuja formação tanto
contribuíra. Eis o que ele nos diz, em elegante
movimento oratório
«Que é este mundo, senão um mapa univer-
sal de misérias, de trabalhos, de perigos, de
desgraças, de mortes? E à vista de um tea-
tro imenso, tão trágico, tão funesto, tão la-
mentável, aonde cada reino, cada cidade e
cada casa continuamente mudam a cena,
aonde cada sol que nasce é um cometa, cada
dia que passa um estrago, cada hora e cada
instante mil infortúnios que homem haverá
,
XVI
ciam ignorâncias ; Heraclito chorava, porque
todas lhe pareciam misérias». Conclui, com
a sua habitual agilidade mental: «Logo,
maior razão tinha Heraclito de chorar que De-
mócrito de rir; porque neste mundo há mui-
tas misérias que não são ignorâncias e não há
ignorância que não seja miséria [...] todas as
ignorâncias que se cometem no mundo, as que
se fazem, as que se dizem, as que se cuidam,
todas são misérias, porque todas se cometem
por erro do entendimento ou por desordem da
vontade, e este erro e esta miséria não só é
miséria, mas a maior miséria, porque direita-
mente se opõe à luz e ao império da razão,
na qual consiste toda a nobreza e felicidade
do homem.»
E é sempre com esta força persuasiva que
o discurso prossegue até o fim, não sem que
lhe ocorra ainda o célebre verso virgiliano
Sunt lacrimae rerum. que assim comenta
. .
XVII
se resiste, e ninguém mais esmeradamente
cultiva do que o autor destes conceitos,
que no mesmo discurso ocorrem, de puro gos-
to barroco, com suas simetrias e correspondên-
cias, tudo requebros formais que implicam
aquilo mesmo que fica explicito — o cuidado
que ele punha na captação do seu público:
nA primeira introdução e disposição de
quem quer persuadir, ensinada e usada de to-
dos os oradores, é conciliar a benevolência do
teatro [...] O agricultor, para colher os fru-
tos, rega as plantas; o impressor, para im-
primir as letras, molha o papel. E assim o
deve fazer com lágrimas quem quer impri-
mir os seus afectos e colher o frirto das suas
persuasões.»
*
*
XVII í
nuppella, por sua mais paciente e longa aten-
ção, aqui afirmamos o nosso mais vivo re-
conhecimento.
Cremos que, na medida em que uma tra-
dução pode revelar o interesse da substância
ou fazer adivinhar a beleza da forma do ori-
ginal, a que publicamos dos poemas de Vieira
poderá informar desta quase desconhecida fa-
ceta do seu multiforme espirito.
Quase desconhecida, mas adivinhável. Há
trechos em seus sermões que são de pura es-
sência poética, e em maior abundância outros
que põem a toda a evidência o artista não ape-
nas apto para a subtileza intelectual, mas de
permeabilíssima sensibilidade ante os valores
estéticos das coisas como das expressões que
melhor as revelem ou transfigurem em beleza.
Eram, aliás, mais gerais do que se pensa a
aptidão e o gosto pela poesia entre os prosa-
dores seiscentistas. E já não falamos de
D. Francisco Manuel de Melo ou Francisco
Rodrigues Lobo, de Jacinto Freire de Andra-
de ou Manuel de Faria e Sousa, menos obri-
gados a continência e reserva perante a lição,
em geral pagã, dos poetas do Lácio. Referi-
mo-nos a religiosos como Fr. Bernardo de
Brito e até aos de compleição bem mística,
como esse melífluo Bernardes, com justa fa-
XIX
ma de infinitamente mais atento às coisas do
Céu do que às da Terra. Este último não sa-
bemos se compôs versos latinos; sabemos que
os traduziu em preciosos versos portugueses,
de lavra que denuncia esmeros artísticos de
quem no original apurava o gosto, de quem,
nas belas formas que ele cria directa ou indi-
rectamente criadas por Deus —
formas da
Vida ou da Arte —
complacentíssimamente
regalava de volúpia ouvidos e olhos.
De Vieira, além dos há versos em
latinos,
português e espanhol. Em italiano
não se sabe
se os terá composto, apenas se não poderá du-
vidar de que seria capaz de os compor, pois
dominava suficientemente a língua mais que
todas musical, para poder nela pregar nos púl-
pitos mais afamados de Roma.
Em latim não se contentou o seu virtuosis-
mo de escrever prosa perfeita, e desde os 18
anos, em que lhe foram confiadas as Cartas
ânuas que a sua província mandava ao Geral
da Companhia. Compôs os versos que vão
adiante e cuja beleza, originalidade e graça
não julgamos impossível adivinhar através da
tradução. Graça e finura nos epigramas que
permutou com P.' Mestre Luís de Sá, que em
férias de lente de prima de Teologia neles se
deleitava em sua quinta da Alegria, nus mar-
xx
gens do Mondego. Dali mandava em presen-
tes vários —
papéis cheios de versos latinos
ou cabazes cheios de peixe do rio o sinal—
da sua simpatia aos Jesuítas instalados na re-
sidência de Vila Franca, um pouco a jusante
da sua; e entre eles, com mais rendidas home-
nagens, ao maior de todos
e
—
P. Vieira a —
suavizar-lhe um exílio da Corte, já sob vigi-
lância da Inquisição, que em breve o faria
recolher aos seus cárceres.
Poesia de fresca inspiração romântica e de
fina forma parnasiana, como aquela em que
canta o mês de Março. Não a há no século tão
expressiva do sentimento da natureza, quase
extinto no tempo em que os escritores se com-
praziam sobretudo no mundo das formas da
imaginação que sobrepunham ao mundo das
,
XXI
re-se ainda no trecho, de tão fresco sabor vir-
giliano
«Saltam (os cabritos) álacres, e com festi-
vas cabriolas erguem as altas cabeças para o
combate (o ardor lhes basta a suprir os chi-
fres) ; sustentam-se sobre as extremidades das
patas, atiradas para trás, e é numa tensão de
todo o corpo que combatem. A testa bate na
testa do adversário —
e ressoa a pancada
inerme. Assistem em roda os pais barbudos,
e com suas expressões atentas açulam as iras.
Mas já o pastor obriga os contendores, fati-
gados, a abandonar o campo e com a voz,
como medianeira, faz-se a paz, e os combates
terminam em grato jogo.'»
Do grau de perfeição técnica e linguística
destas composições asseguram-nos latinistas
de competência muito superior à nossa. É a
suficiente para não hesitarmos em publicá-
-las, convictos de que, longe de marear a
glória do escritor, têm antes o mérito de mais
lhe matizar a polícroma irradiação.
XXII
assim como o latino. Trabalho difícil, quanto
a este, pois raríssimas vezes a citação em
Vieira é acompanhada de qualquer indicação
de proveniência, sendo mais de uma vez ne-
cessário descobrir o próprio autor, sob de-
signações genéricas como — o poeta...
Não se tratando, embora, de edição crítica,
fez-se toda a diligência possível para que fos-
sem autênticamente e integralmente de Vieira,
em substância e forma, as páginas que se vão
ler.
Lisboa, XI-Q52.
Hernâni Cidade
xxiii
VOZ DE DEUS AO MUNDO, A PORTUGAL
E À BAIA
Juízo do cometa que nela foi visto em
27 de Outubro de 1695 e continua até
hoje, 9 de Novembro do mesmo ano
VOZ DE DEUS
Não se este juízo astronómico, porque não
chama
é nosso intentoexaminar ou definir a natureza, a
matéria, o nascimento, o lugar, as instâncias, os
aspectos, os movimentos, nem algumas das outras
5 circunstâncias em que curiosamente se empregam as
observações da astronomia, e muito menos a dura-
ção e ocaso deste prodigioso meteoro, pois ainda
estão pendentes. Também
se não chama astrológico
este juízo, porque, reputando nós, com os mais sá-
io bios e prudentes professores da mesma arte, quão
inútil, infrutuosa e vã seja aquela parte da astro-
logia, que com o nome de judiciária costuma entre-
ter os discursos e enganar as esperanças ou fantasias
dos homens, não só seria crime contra a Providência
15 do Altíssimo, mas desprezo de seus avisos tão mani-
festos, diverti-los a considerações ociosas, em que
se confundam e percam os efeitos próprios e saudá-
veis que deve e pode produzir em nós uma causa
tão notável e tão notória.
i
Voi. vii - n. j
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.« ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.* ANTÓNIO VIEIRA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO /V ANTÓNIO VIEIRA
II
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÂ DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P." ANTÓNIO VIEIRA
0
cometa do ano de 480 antes de Cristo (que,
como dizemos, foi o primeiro de que há notícia nas
histórias) anunciou a guerra e exércitos de Xerxes
10 contra a Grécia, a qual começou com o maior e mais
estrondoso aparato que viu o Mundo, e acabou com
igual infelicidade. O cometa do ano de 346 também
influiu as guerras em que Potideia no Ilírico foi
expugnada por Parmenião, general de El-rei Filipe
15 de Macedónia, e Tebas, pátria de Hércules, famo-
síssima metrópole da Beócia, totalmente arrasada
por Alexandre, seu filho, com morte de noventa mil
homens e trinta mil prisioneiros. A guerra de Esti-
1-6. Tradução:
Geórgicas, I, 487-492.
*3
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
crinemque timendi
Sideris et terris mutantem Regna cometem.
Iratoque vocati
A Jove fa tales in regna injusta comete.
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
ló
OBRAS ESCOLHIDAS DO P* ANTÓNIO VIEIRA
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Vot VII - Fl. 2
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P." ANTÓNIO VIEIRA
4-5. O
passo Aggiguntur, etc, tem sua tradução na
frase do texto que imediatamente o precede.
5. Vid. pág. 37.
9-10. Trad.: Os presságios da morte deste foram o sur-
gir de uma estrela com cabeleira que chamam cometa.
Suetónio, Divus Claudius, 4.6.
14-16. Trad.: A cada passo o vulgo, como se ele já esti-
vesse banido, inquiria sobre quem seria o eleito. Tácito,
Annalium Lib. XIV, 22.
19-21. Augusto César (63 A.C.-14); Vitélio (11-59);
Juliano Apóstata (331 ou 32-363) foram imperadores
romanos, como Teodósio, já acima referido.
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÂ DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
Trad.: Assim
6. com tais indícios, os meus fados
chamam por mim.
18. Vid. pág. 13.
22
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*3
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
*5
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÃ DA COSTA
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.''
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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^COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÃ DÁ COSTÁ
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P." ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P< ANTÓNIO VIEIRA
E Manílio:
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OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÂ DÀ COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
4. Foi em
434 que este flagelo de Deus, como foi
chamado, invadiu as terras do Império do Oriente e do
Ocidente, tendo sido Santa Genoveva que o afastou de
Paris, como o Papa Leão I o afastou de Roma.
12-14. O texto é precedido da sua tradução.
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
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VOZ APOLOGÉTICA
Proémio
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P. r ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Primeira parte
CAPITULO I
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P. - ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
CAPITULO II
63
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÂ DA COSTA
66
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. c ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
CAPITULO III
68
OBRAS ESCOLHIDAS DO P; ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÂ DA COSTA
70
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
71
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
(Naz. sup.)
72
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.< ANTÓNIO VIEIRA
73
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
CAPÍTULO IV
74
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
75
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
76
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
2. Trad.: Emudece.
18-19. Trad.: Bem-aventurados, no caminho, os que
andam na lei do Senhor. Salmo CXVIII, 1.
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
tf
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. c ANTÓNIO VIEIRA
79
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
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OBRÀS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
8t
Vol. VII - FL 6
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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OURAS ESCOLHIDAS DO P.
r
ANTÓNIO VIEIRA
21-28. Trad.: Posto que «per se» não tenha sido neces-
sária aos pais de Cristo a circuncisão do Menino, contudo,
uper accidens», para evitar o escândalo, com razão poderia
83
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTONIO VIEIRA
CAPITULO V
8-5
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
86
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
8?
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
4. Ecles., III, z.
7-8. Ib., V, 4.
24-25. Trad.: Dobrado num lugar à parte. S. João,
XX, 7.
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OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÔNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P. c ANTÓNIO VIEIRA
CAPITULO VI
Ç2
OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
93
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
94
OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
95
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
96
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
97
Vol. VII - Fl. 7
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
08
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. ANTONIO VIEIRA c
CAPITULO VIII
99
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
100
OBRAS ESCOLHIDAS DO P: ANTÓNIO VIEIRA
IOT
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
J02
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. 1 ANTÓNIO VIEIRA
J03
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
104.
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
105
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
TOÔ
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ' ANTÓNIO VIEIRA
IO/
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
CAPÍTULO IX
WH
OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
ZOO
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
IIO
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. c ANTÓNIO VIEIRA
in
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
CAPITULO X
Que depois da vinda do Espirito Santo não con-
tinuou a Senhora a Via Sacra de Jerusalém por
toda a vida
112
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
114
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
"5
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÂ DA COSTA
II 7
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Il8
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
Iiç
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
120
OBRAS ESCOLHI DAS DO 1
J
. AN 1 ONIO VI LI KA
121
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
CAPÍTULO XI
122
OBRAS ESCOLHIDAS DO P* ANTÔNIO VIEIRA
™3
PARECER
sobre a distinção que se deve admitir
entre as três divinas Pessoas
Primeiro argumento
Nota —
Diz o editor Seabra que deste erudito Parecer
declara o P.° André de Barros não se ter encontrado o
restante. Mas nas Vozes Saudosas, onde afirma ser feita a
declaração e estar impresso o Parecer, não se encontra
nem uma nem outra cousa, fi o 3. 0 vol. das Cartas
(MDCCXLVI) que o insere.
124
OBRAS ESCOLHIDAS DO P: ANTÓNIO VIEIRA
Segundo argumento
I2 5
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
126
OBRAS ESCOLHIDAS DO P: ANTÓNIO VIEIRA
127
LÁGRIMAS DE HERACLITO
defendidas em Roma contra o riso
de Demócrito
128
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
I2Q
Vol. VII — FI. 9
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
5 é o riso. O
riso é o sinal do racional, o pranto é o
uso da razão. Para confirmação desta que julgo
evidência, não quero mais prova que o mesmo
Mundo, nem menor prova que o Mundo todo.
Quemconhece verdadeiramente o Mundo, precisa
10 mente há-de chorar; e quem ri ou não chora, não o
conhece.
Que é este Mundo, senão um mapa universal de
misérias, de trabalhos, de perigos, de desgraças, de
mortes? E à vista de um teatro imenso, tão trágico,
15 tão funesto, tão lamentável, aonde cada reino, cada
cidade e cada casa continuamente mudam a cena,
aonde cada sol que nasce é um cometa, cada dia
que passa um estrago, cada hora e cada instante
mil infortúnios; que homem haverá (se acaso é
20 homem) que não chore? Se não chora, mostra que
não é racional; e se ri, mostra que também são
risíveis as feras.
Mas se Demócrito era um homem tão grande en»
tre os homens e um filósofo tão sábio, e se não só
25 via esteMundo, mas tantos mundos, como ria?
ele ria, não deste nosso Mundo,
Poderá dizer-se que
mas daqueles seus mundos.
E com razão; porque a matéria de que eram com-
postos os seus mundos imaginados, toda era de riso.
30 É certo, porém, que ele ria neste Mundo, e que se
ria deste Mundo. Como, pois, se ria ou poderia
rir-se Demócrito do mesmo Mundo e das mesmas
cousas que via e chorava Heraclito? A mim, Se-
nhores, me parece que Demócrito não ria, mas que
no
OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
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Mneid. I, 462.
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MEMORIAL FEITO AO PRÍNCIPE RECENTE
DOM PEDRO
sobre os seus serviços e os de seu irmão
juntamente
Senhor: —
Foi Vossa Alteza servido mandar que
Gonçalo Ravasco acostasse ao seu requerimento
certidão das mercês que se fizeram a seu pai, Ber-
nardo Vieira Ravasco. E porque esta interlocutória
5 é mais própria da razão e justiça de Vossa Alteza,
apresenta o P.° António Vieira, por parte do dito
Bernardo Vieira Ravasco, outras duas certidões:
—uma das mercês que se lhe desfizeram e outra
das mercês que se lhe não fizeram.
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OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
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MEMORIAL PARA SUA ALTEZA
Senhor. — Representa a Vossa Alteza o P. e An-
tónio Vieira, que o desembargador Simão Álvares
de la Penha, proprietário do ofício de provedor da
Fazenda de Pernambuco, casado com D. Leonarda
5 de Azevedo, sua irmã, se perdeu no mar com cinco
filhos, vindo do Brasil para este Reino, e sendo
seus legítimos herdeiros o pai, irmão e sobrinhos
do dito padre, o ofício se vendeu por quinze mil cru-
zados; e vinte mil cruzados que chegaram a Por-
ro tugal da fazenda dos defuntos, pertencentes aos
ditos herdeiros, se tomaram por empréstimo para a
Fazenda Real, de que em nove anos se lhes não
tem pago cousa alguma.
Representa mais que Rui de Carvalho Pinheiro,
75 proprietário dos ofícios de escrivão da Câmara e
Órfãos da Baía, foi privado dos ditos ofícios, e sua
Majestade El-rei D. João fez mercê da propriedade
deles a D. Catarina Ravasco, irmã do dito padre,
com obrigação que Rui de Carvalho Pinheiro,
20 filho do defunto, casasse, como casou, com ela:
e porque ambos são mortos sem filhos,
r 57
MEMORIAL RECOMENDANDO
A PEDRO TEVE BARRETO
158
APROVAÇÃO É CENSURA
feita por ordem de Sua Alteza à 3. a parte da
«História de S. Domingos» da Província de Por-
e
tugal, reformada pelo P. Frei Luís de Sousa
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
l6 3
CENSURA
in opere P. Didaci Lopes, Societatis jesu,
Tradução:
Li e examinei atentamente, por ordem da Real Mesa
Censória, a «Harmonia da Sagrada Escritura», elaborada
pelo Rev. Sr. P. e Diogo Lopes, da Companhia de Jesus.
Ê obra, na verdade, de indefesso trabalho e imensa apli-
cação, e, segundo a minha própria experiência pessoal,
de proveito na actividade oratória. Avultam nela as anti-
gas imagens de quantas coisas são objecto de narrativa
histórica, dispostas como estão por nova ordem, anima-
das de novas cores, e não sem voz e movimento (o que
constitui maravilha deste pincel), porquanto os seus di-
tos e feitos são pesados na balança censória, sob o
venerável juízo de vinte e quatro doutores, que a Igreja
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
Antonius Vieira.
António Vieira
VERSOS LATINOS
Tradução:
A P1XIDE OU A CORTIÇA EUCARÍSTICA
P. e António Vieira, com eximia cultura, tanto nas letras
divinas como nas humanas, cantava harmoniosamente,
derramando de sua boca pura melodia, a pixide fabricada
de cortiça e, segundo todas as leis da arte da escultura,
imaginada e executada pelo P. e Sebastião de Novais, da
Companhia de Jesus
Para onde me arrebata a Musa? Porventura Apolo, por
muito tempo abandonado, manda reacender os motejados,
extintos fogos da juventude, a flama que arrefece com a
idade? É a forma de cortiça que, por sua beleza, levou o
velho vate a conceber na mente cansada os furores aónios,
a retomar a lira suspensa e o plectro quebrado e a relem-
brar num carme as fontes esquecidas.
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Vol. VII — Fl. 12
CATHARIN/E LUSITAN/È
Britânicas Reginas
Tradução:
A CATARINA LUSITANA,
Rainha da Grã-Bretanha,
o P. e António Vieira
Nota —
A biografia de Vieira mostra mais de um rasgo
da sua afeição por D. Catarina, filha de D. João IV, que
por seu turno vivamente estimava o dedicado servidor de
seu pai.
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Sed quid
sollicitis juvat indulgere querellis?
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OBRAS ESCOLHIDAS DO PS ANTÓNIO VIEIRA
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
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DESCRIPTIO MENSIS MARTI
a R. do admodum Patre Antonio Vieyra
Tradução:
DESCRIÇÃO DO MÊS DE MARÇO
pelo muito Rev. do Padre António Vieira
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P: ANTÓNIO VIEIRA
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Reverendis. mo Patri Aloysio de Saa, cister-
Fr.
ciensis Famílias Ornamento, in Sacra
illustri
Rescribit Elegia
Tradução:
Ao Rev. mo Padre Fr, Luis de Sá, ornamento ilustre da
família cisterciense, doutor na Sagrada Teologia, antigo e
sapientíssimo Lente de Prima de Teologia, Decano e
frequentemente emérito Vice-reitor da Universidade, des-
tinado para coisas maiores em Deus,
Responde a Elegia
A carta que me enviaste, preclaro Padre, foi-me, na
verdade, oportuna, pois me deu a saúde que costuma
trazer, ao oferecer-me os grandes e apropriados presentes.
Porventura mais fértil do que o mar, traz-me ela os man-
jares que o mar agora me não poderá trazer. Está, porém,
errada no endereço, pois me chama mestre, quando eu
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P. ANTÓNIO VIEIRA e
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Vol. VII — FI. 13
EPIGRAMAS
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OBRAS ESCOLHIDAS DO P.< ANTÓNIO VIEIRA
Tradução:
Reverendíssimo P. D. Ludovico de Sa
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
Tradução:
Tradução:
TÇÓ
OBRAS ESCOLHIDAS DO P:'ANTÓNIO VIEIRA
Tradução:
Tradução:
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÃ DA COSTA
Tradução:
Tradução:
iç8
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÔNIO VIEIRA
100
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
Tradução:
Epigrama:
SACRATUR EPIGRAMMA
Ad illud epistola: — «Dá o Mondego essas desculpas
em três línguas».
Tradução:
200
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
EPIGRAMMA
Ad ília verba epistoles: — «Dá o Mondego essas des-
culpas em três línguas».
Tradução:
201
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
Tradução:
EPIGRAMMA
Ad illud epistoles: —
«A tinta é branca, porque é a
própria água do Mondego».
2D2
EPIGRAMAS SOBRE O MESMO ASSUNTO,
publicados na ed. das «Cartas», III vol. (1746)
Tradução:
Ao Rev. mo P. M. Fr. Luis de Sd, ao visitar Vila Franca
Eidem
quod ViUam Francam inviserit, et múnus cutn car-
minibus miserit ex villa sua vulgo «da Alegria»
Tradução:
Ao mesmo,
porque, tendo visitado Vila Franca, da sua casa de campo,
vulgarmente chamada «da Alegria», enviou um presente
acompanhado de versos
Quando, ilustre Luís, vens à nossa vila e da tua me
envias duplas dádivas, fazes, com tua munificência e com
tua presença, tais milagres, que uma e outra vila trocam
seus nomes, pois os teus dons fazem da tua a Vila Franca
e esta nossa, contigo, que é senão Vila da Alegria?
204
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. e ANTÓNIO VIEIRA
Eidem
Tradução:
Ao mesmo,
ao escrever, ao Mondego, em três línguas — português,
castelhano e latim
205
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SA DA COSTA
Eidem
La e tu
nuntium
Tradução:
Ao mesmo,
ao perguntar em discurso trilingue por que razão o Mon-
dego levara o braço direito à cruz que se ergue em
Vila Franca
Eidem
Tradução:
Ao mesmo,
ao passo da epistola de Sua Rev. ma : «Pois quê? Saul entre
os profetas?!»
207
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Eidem,
Tradução:
Ao mesmo,
ao passo da epistola: «Sc bebesse pela concha de Vieira,
viera mui concho.»
208
OBRAS ESCOLHIDAS DO P." ANTÓNIO VIEIRA
Eidem,
Tradução:
Ao mesmo,
ao passo da epistola: «Vão essas queixas em três línguas,
porque aqui vai o Mondego já trilingue.»
20Ç
Vol. VII - Fl. 14
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÀ DA COSTA
Eidem,
Tradução:
Ao mesmo,
sobre o passo da epístola: «Vão essas queixas em três
línguas...»
mo
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. r ANTÓNIO VIEIRA
Eidetn,
Tradução:
Ao mesmo,
ao passo da epístola: «Oferece o Mondego o que pode
ser não possa dar o mar»
211
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Eidem et in idem
Tradução:
212
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
Eidem et in idem
Tradução:
213
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DÁ COSTA
Eidem et in idem
Eidem
In ittud epistoles «.Como serrano e do monte me
entendi com o Mondego»
Cum te Sylvanum memoras, Deus ipse videris;
Numina enim Sylvas incoluere suas.
5 Amphrisi ad Sylvas latuit semotus Apollo,
Et Mondae ad Sylvas alter Apollo lates.
Adde, quod ille polum stellata prole parentum
Jactat, et astra tibi dant meliora genus.
Tradução:
Ao mesmo,
àquilo da epistola: «Como serrano e do monte me
entendi com o Mondego.»
214
OUTROS EPIGRAMAS
In morte D. M atice de Atayde
Tradução:
Na morte da Snr. a D. Maria de Ataíde
Não queiras atentar em versos sem graça, em face do
túmulo. Sob o túmulo todo se esconde o engenho. Vive
de novo, para escreveres; não durmas no triste mausoléu,
pois só tu podes escrever coisas dignas do teu túmulo.
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COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Tradução:
Tradução:
II
216
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÓNIO VIEIRA
Tradução:
II
Tradução:
Tradução:
Tradução:
2l8
OBRAS ESCOLHIDAS DO P.' ANTÔNIO VIEIRA
Tradução:
Tradução:
2IQ
VERSOS EM PORTUGUÊS E CASTELHANO
SONETO
que mandou Bernardo Vieira a seu irmão
o Padre Vieira
221
DÉCIMAS
Quarteto
Decimas
222
COLECÇÃO DÊ CLÁSSICOS SA DA COSTA
II
III
22$
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
H4.
APÊNDICE
MARTIUM MENSEM
a R. admodum P. M. Antonio Vieyra, Oratorum
225
Vol. VII — Fl. 15
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Tradução:
O MÊS DE MARÇO
pelo tn. t0 Rev.*0 P. M. António Vieira, o mais erudito dos
oradores, o mais culto dos poetas; idílio dado e retribuído,
confessa-se, por voto de reciprocidade
226
OBRAS ESCOLHIDAS DO P. ANTÓNIO VIEIRA
e
Sextilha Heróica
227
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
228
I
Tradução:
22Q
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
Tradução:
Nota: —
Estes dois epigramas insere-os igualmente o
códice 456-A da Biblioteca da Academia das Ciências, onde
o leitor pode ver toda a série de composições metrificadas
em torno da cruz mutilada, pela cheia do Mondego — as
do Dr. Luís de Sá e as dos companheiros de Vieira.
230
ÍNDICE
Pág.
Voz de Deus ao Mundo, a Portugal e à Baia
Voz de Deus i
Versos latinos
Pixis, seu Córtex eucharisticus . 168
Catharinae Lusitaniae Britanicae Reginae 179
Descriptio Mensis Martii 184
Elegia a Fr. Luís de Sá 189
Epigramas 194
Epigramas sobre o mesmo assunto 203
Outros epigramas 215
Versos em português e castelhano 220
Apêndice 225
231
CORRECÇÕES E ADITAMENTOS
233
COLECÇÃO DE CLÁSSICOS SÁ DA COSTA
234