Historia Das Sociedades
Historia Das Sociedades
Historia Das Sociedades
2º Ano
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Índice
Introdução..........................................................................................................................5
Conclusão........................................................................................................................10
Referencias Bibliográficas...............................................................................................11
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Introdução
Neste presente trabalho de campo desta cadeira, abordamos os assuntos inerentes as
Origens da Modernidade e a Epistemologia sobre a Sociedade: (o século XVII) Sistema
Cultural Africano Pré-Colonial.
Antes a civilização africana, a civilização humana teve maior subsídio na sua evolução
cultural, a partir da descoberta e utilização do ferro.
Descrevendo as rotas deste metal até à África, o ferro foi difundido a partir do oriente
(há 1200 a.c.) e, mais tarde chegou ao Egipto; no século seguinte espalhou-se pelo norte
de África. Do Sudão o ferro subdividiu-se em dois ramais: um que se dirigiu para a
região dos grandes lagos e o outro para a grande floresta equatorial. Em seguida as duas
rotas unificaram-se e tomaram o rumo sul, onde teriam dado lugar ao surgimento de
novas formações políticas e etnolinguísticas.
Em segundo lugar, e embora sujeito a maior controvérsia, supõe-se também que foi essa
a via por onde os aspectos da antiga cultura egípcia, em especial os conceitos de realeza
divina e administração hierárquica, alcançaram os povos negros e influenciaram o seu
desenvolvimento.
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Ele era o representante dos deuses para o controlo do uso da terra de que o povo
dependia, determinava as épocas das sementeiras e colheita, ocupando o papel central
nas grandes cerimónias apropriadas a cada época. Pensava-se que a fertilidade do solo, a
queda regular de chuvas, e, portanto, todo o bem-estar da comunidade, estavam
dependentes dele e da sua contínua prosperidade; a sua falta de saúde era um desastre
que ou tinha de ser dissimulado ou por vezes terminava com o seu assassínio ritual.
Quando morria era enterrado com grande pompa juntamente com as mulheres e
comitiva. Na sua corte havia geralmente um lugar importante para uma grande rainha ou
rainha-mãe, que era a mulher principal da família real e não a esposa. Abaixo do rei
havia uma hierarquia de grandes funcionários que se ocupavam da corte e que
impunham a ordem e os tributos aos súbditos das comunidades clânicas e aldeãs. As
mercadorias mais importantes do comércio a longa distância, como ouro, marfim, cobre
e sal eram em regra monopólios reais, e o palácio real era o centro principal dos maiores
artesãos do país, tais como ourives, cinzeladores de metais raros, tecelões e músicos.
Este modelo tem sido identificado por etnógrafos e historiadores através da África
negra: por exemplo, nos reinos lacustres da África oriental, nos estados de Zimbábue e
de Monomotapa na região austral e na África ocidental, em monarquias como as de
Kanem e Benin; há evidentemente alguma afinidade com a monarquia divina do antigo
Egipto, embora não se saiba exactamente até que ponto, visto que à situação do antigo
Egipto foi dada por vezes uma interpretação conhecida por analogia com outras partes
de África segundo a moderna pesquisa etnográfica.
o início, ou se ela resultou de uma evolução interna que mais tarde sofreu a influência
egípcia. Mas se os principais conceitos de realeza e governo foram a partir do vale do
Nilo, é razoável supor que a difusão se deu a partir de Kush em vez do Egipto, pois
existem poucos vestígios da difusão da influência do antigo Egipto a partir do deserto a
oeste e este do Nilo, com a única grande excepção da propagação do culto de Amon-Rã
para oeste ao longo das rotas caravaneiros que atravessavam os oásis, como Siwa, até ao
noroeste de África.
Um deles é o reino Shilluk, cujo poder atingiu a norte o que se supõe serem os limites
meridionais da autoridade de Meroé. Mas o reino de Shilluk desenvolveu-se apenas por
volta do século XVI, o que significa cerca de doze séculos depois da destruição de
Meroé, e deu-se ao que parece, à invasão e conquista por parte de um ramo dos Luos,
um grupo nilótico vindo do sul. Porém, a maioria dos Luos – como em geral em todos
os povos nilóticos, permaneceram sem pátria; o outro exemplo antigo de realeza divina
num contexto nilótico resultou da conquista, mais ou menos no mesmo período, de
agricultores de língua banto pelos Luos, mais a sul na região que hoje é Uganda.
Aí, no reino bunioro, torna-se bastante evidente que um reino meridional dos Luos se
apropriou de um sistema monárquico que já estava implantado no país, em vez de
introduzir a realeza divina entre os bantos. Se se quiser considerar a hipótese da difusão
a partir de Meroé, é mais plausível que esse tipo de monarquia se difundiu através do
Nilo azul, influenciando os sidamas, povo de língua cushítica habitante da região
sudoeste do planalto etíope, cujos reinos Kaffa e Enarea, ou seus precursores, devem ter
sido por sua vez influenciados pela África banto.
Este facto pode ter ocorrido através de um substrato cushítico dominado por imigrantes
bantos. Só uma explicação deste tipo pode esclarecer como um conjunto de crenças e
práticas originárias do vale do Nilo podiam ter chegado a tempo de influenciarem, por
volta do século XII ou ainda anteriormente, os reinos bantos do Zimbabwe-
Monomotapa. Mas isto é uma simples conjuntura. Realmente wexstem provas
consistentes de contactos merísticos com o mundo exterior, além do Egipto, somente
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para lestes onde, como se viu, a influência meroítica acabou por ser apagada pela
potência rival de Axum. Há alguns vestígios muito tênues da propagação da influência
Núbia para ocidente através do Sudão até cerca do lago Chade e daí até Kanem. Mas,
segundo as possibilidades de datação este facto não parece relacionar-se com a antiga
Meroé, mas com os reinos cristãos que se constituíram em seu lugar a partir do século
VI d.C.
Não há, portanto, nada que sugira uma forte influência de Meroé sobre os reinos do
Sudão ocidental, o primeiro dos quais, o antigo Gana, se encontrava no extremo
ocidental e decerto existia já no século VIII; todos eles tinham importantes relações
exteriores não com o leste mas com o norte, através do sara, por intermédio dos
Berberes nómadas do deserto.
Com efeito, parece mais razoável pensar que, por toda a África e particularmente nos
vales dos rios, a realeza divina possa ter resultado de uma evolução mais ou menos
natural a partir do desenvolvimento da agricultura. À medida que uma comunidade
aumentava e se tornava e cada vez mais dependente das colheitas que os seus campos
produziam e da água que os alimentava, deve ter havido maior necessidade de um
controlo unificado das suas vidas. Desde que surgiu a crença universal na necessidade
de prestar culto aos espíritos da terra e da água, tornou-se mais importante a mediação
dos antepassados no mundo dos espíritos.
Conclusão
Antes a civilização africana, a civilização humana teve maior subsídio na sua evolução
cultural, a partir da descoberta e utilização do ferro. O uso do ferro influenciou todos os
aspectos da humanidade: o aspecto económico, sociopolítico e cultural. O sistema
cultural africano, particularmente o da África propriamente dita (África negra), inicia e
se consolida a partir desta época vindo a atingir a África subsariana no século III d.c.
Segundo Fage 1995:48, do ponto de vista africano, é preferível considerar o reino de
Meroé como um país onde as tradições egípcia e negra se puderam encontrar e fundir, e
onde as regiões interiores do Sudão puderam contactar com o mundo greco-helenísticos
e romanos e com comércio e a cultura do mar vermelho e do oceano Índico.
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Referencias Bibliográficas
BARATA, Óscar Soares. Introdução as Ciências Sociais. Vol 1. 10ª ed.viseu, Bertrand
Editora. 2002
BARATA, Óscar Soares. Introdução as Ciências Sociais. Vol 2. 10ª ed. viseu, Bertrand
Editora. 2002
MARTINEZ, Francisco Lema. O Povo Macua e a sua Cultura. Lisboa, IICT, 1989
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