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Historia Das Sociedades

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

As Origens da Modernidade e a Epistemologia sobre a Sociedade: (o século


XVII) Sistema Cultural Africano Pré-Colonial

Nome da estudante: Virgínia Marcelino Chiombo; Código do Estudante:


708200577

Licenciatura em Ensino de História


Historia das Sociedades II

2º Ano

Tete, Maio, 2021


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organizacionais  Discussão 0.5
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 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Categorias Indicadores Padrões Classificação Categorias
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução..........................................................................................................................5

As Origens da Modernidade e a Epistemologia sobre a Sociedade: (o século XVII)


Sistema Cultural Africano Pré-Colonial............................................................................6

O Sistema Cultural Africano no Período Pré-colonial......................................................6

Conclusão........................................................................................................................10

Referencias Bibliográficas...............................................................................................11
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Introdução
Neste presente trabalho de campo desta cadeira, abordamos os assuntos inerentes as
Origens da Modernidade e a Epistemologia sobre a Sociedade: (o século XVII) Sistema
Cultural Africano Pré-Colonial.

Antes a civilização africana, a civilização humana teve maior subsídio na sua evolução
cultural, a partir da descoberta e utilização do ferro.

No desenrolar deste perceberemos que o dirigente de cada sociedade, o descendente


directo do antepassado fundador do grupo, o homem que primeiro os guiara no
desbravamento da terra e discutira a sua utilização com os espíritos, tornou-se o
primeiro intermediário com o outro mundo, e deste modo foi investido de qualidades
sobrenaturais. Se estes factos aconteceram e se repetiram, a realeza faraónica deve ser
encarada como uma evolução ocorrida no antigo Egipto que pode ter sido difundida daí
para o resto de África, como um exemplo mais sofisticado do desenvolvimento geral
africano, resultante das condições específicas do baixo Nilo e do delta.
6

As Origens da Modernidade e a Epistemologia sobre a Sociedade: (o século XVII)


Sistema Cultural Africano Pré-Colonial

O Sistema Cultural Africano no Período Pré-colonial


Antes a civilização africana, a civilização humana teve maior subsídio na sua evolução
cultural, a partir da descoberta e utilização do ferro. O uso do ferro influenciou todos os
aspectos da humanidade: o aspecto económico, sociopolítico e cultural.

Descrevendo as rotas deste metal até à África, o ferro foi difundido a partir do oriente
(há 1200 a.c.) e, mais tarde chegou ao Egipto; no século seguinte espalhou-se pelo norte
de África. Do Sudão o ferro subdividiu-se em dois ramais: um que se dirigiu para a
região dos grandes lagos e o outro para a grande floresta equatorial. Em seguida as duas
rotas unificaram-se e tomaram o rumo sul, onde teriam dado lugar ao surgimento de
novas formações políticas e etnolinguísticas.

O sistema cultural africano, particularmente o da África propriamente dita (África


negra), inicia e se consolida a partir desta época vindo a atingir a África subsariana no
século III d.c. Segundo Fage 1995:48, do ponto de vista africano, é preferível considerar
o reino de Meroé como um país onde as tradições egípcia e negra se puderam encontrar
e fundir, e onde as regiões interiores do Sudão puderam contactar com o mundo greco-
helenísticos e romanos e com comércio e a cultura do mar vermelho e do oceano Índico.

Dois aspectos de Kush-Méroe têm sido considerados como particularmente


significativos para a história de África subsariana. Como vimos, pensa-se que a Núbia
deve ter sido uma das principais vias por onde o conhecimento da metalurgia do ferro
atingiu os povos negros. Os enormes montes de escória ainda hoje visíveis na antiga
Meroé revelam sem dúvida alguma que aí existiu um centro importante de metalurgia
do ferro, a ponto de influenciar pelo menos os povos vizinhos do Sudão oriental.

Em segundo lugar, e embora sujeito a maior controvérsia, supõe-se também que foi essa
a via por onde os aspectos da antiga cultura egípcia, em especial os conceitos de realeza
divina e administração hierárquica, alcançaram os povos negros e influenciaram o seu
desenvolvimento.
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Afirma-se frequentemente que as formas de organização monárquicas desenvolvidas


entre os povos negros subsarianos e que aparentemente existiam já no primeiro milénio
d.C. revelam um modelo comum. O rei quando não era propriamente um deus, era
considerado como descendente dos deuses, e era por isso separado dos homens comuns
por uma série de rituais. Ele era raramente visto em público, geralmente dava audiências
atrás de uma espécie de cortina, comunicava essencialmente através de porta vozes e
não podia ser visto a realizar simples actos mundanos como comer e beber.

Ele era o representante dos deuses para o controlo do uso da terra de que o povo
dependia, determinava as épocas das sementeiras e colheita, ocupando o papel central
nas grandes cerimónias apropriadas a cada época. Pensava-se que a fertilidade do solo, a
queda regular de chuvas, e, portanto, todo o bem-estar da comunidade, estavam
dependentes dele e da sua contínua prosperidade; a sua falta de saúde era um desastre
que ou tinha de ser dissimulado ou por vezes terminava com o seu assassínio ritual.

Quando morria era enterrado com grande pompa juntamente com as mulheres e
comitiva. Na sua corte havia geralmente um lugar importante para uma grande rainha ou
rainha-mãe, que era a mulher principal da família real e não a esposa. Abaixo do rei
havia uma hierarquia de grandes funcionários que se ocupavam da corte e que
impunham a ordem e os tributos aos súbditos das comunidades clânicas e aldeãs. As
mercadorias mais importantes do comércio a longa distância, como ouro, marfim, cobre
e sal eram em regra monopólios reais, e o palácio real era o centro principal dos maiores
artesãos do país, tais como ourives, cinzeladores de metais raros, tecelões e músicos.

Este modelo tem sido identificado por etnógrafos e historiadores através da África
negra: por exemplo, nos reinos lacustres da África oriental, nos estados de Zimbábue e
de Monomotapa na região austral e na África ocidental, em monarquias como as de
Kanem e Benin; há evidentemente alguma afinidade com a monarquia divina do antigo
Egipto, embora não se saiba exactamente até que ponto, visto que à situação do antigo
Egipto foi dada por vezes uma interpretação conhecida por analogia com outras partes
de África segundo a moderna pesquisa etnográfica.

Contudo, tem-se argumentado que o modelo egípcio foi difundido no resto do


continente através de Kush, o seu posto avançado a sul, uma vez que a primeira
monarquia divina conhecida em África é do antigo Egipto. Isto levanta naturalmente a
questão de saber se as origens da monarquia em Kush eram de inspiração egípcia desde
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o início, ou se ela resultou de uma evolução interna que mais tarde sofreu a influência
egípcia. Mas se os principais conceitos de realeza e governo foram a partir do vale do
Nilo, é razoável supor que a difusão se deu a partir de Kush em vez do Egipto, pois
existem poucos vestígios da difusão da influência do antigo Egipto a partir do deserto a
oeste e este do Nilo, com a única grande excepção da propagação do culto de Amon-Rã
para oeste ao longo das rotas caravaneiros que atravessavam os oásis, como Siwa, até ao
noroeste de África.

Há poucos vestígios da extensão da influência meroíta acima do Nilo branco, onde os


povos Nilo-sarianos nada sabiam da civilização urbana e pouco de comércio a longa
distância. São necessárias outras explicações para as duas principais manifestações de
governo monárquico, com reis sagrados, que foi registado entre esses povos nilóticos.

Um deles é o reino Shilluk, cujo poder atingiu a norte o que se supõe serem os limites
meridionais da autoridade de Meroé. Mas o reino de Shilluk desenvolveu-se apenas por
volta do século XVI, o que significa cerca de doze séculos depois da destruição de
Meroé, e deu-se ao que parece, à invasão e conquista por parte de um ramo dos Luos,
um grupo nilótico vindo do sul. Porém, a maioria dos Luos – como em geral em todos
os povos nilóticos, permaneceram sem pátria; o outro exemplo antigo de realeza divina
num contexto nilótico resultou da conquista, mais ou menos no mesmo período, de
agricultores de língua banto pelos Luos, mais a sul na região que hoje é Uganda.

Aí, no reino bunioro, torna-se bastante evidente que um reino meridional dos Luos se
apropriou de um sistema monárquico que já estava implantado no país, em vez de
introduzir a realeza divina entre os bantos. Se se quiser considerar a hipótese da difusão
a partir de Meroé, é mais plausível que esse tipo de monarquia se difundiu através do
Nilo azul, influenciando os sidamas, povo de língua cushítica habitante da região
sudoeste do planalto etíope, cujos reinos Kaffa e Enarea, ou seus precursores, devem ter
sido por sua vez influenciados pela África banto.

Este facto pode ter ocorrido através de um substrato cushítico dominado por imigrantes
bantos. Só uma explicação deste tipo pode esclarecer como um conjunto de crenças e
práticas originárias do vale do Nilo podiam ter chegado a tempo de influenciarem, por
volta do século XII ou ainda anteriormente, os reinos bantos do Zimbabwe-
Monomotapa. Mas isto é uma simples conjuntura. Realmente wexstem provas
consistentes de contactos merísticos com o mundo exterior, além do Egipto, somente
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para lestes onde, como se viu, a influência meroítica acabou por ser apagada pela
potência rival de Axum. Há alguns vestígios muito tênues da propagação da influência
Núbia para ocidente através do Sudão até cerca do lago Chade e daí até Kanem. Mas,
segundo as possibilidades de datação este facto não parece relacionar-se com a antiga
Meroé, mas com os reinos cristãos que se constituíram em seu lugar a partir do século
VI d.C.

Não há, portanto, nada que sugira uma forte influência de Meroé sobre os reinos do
Sudão ocidental, o primeiro dos quais, o antigo Gana, se encontrava no extremo
ocidental e decerto existia já no século VIII; todos eles tinham importantes relações
exteriores não com o leste mas com o norte, através do sara, por intermédio dos
Berberes nómadas do deserto.

Com efeito, parece mais razoável pensar que, por toda a África e particularmente nos
vales dos rios, a realeza divina possa ter resultado de uma evolução mais ou menos
natural a partir do desenvolvimento da agricultura. À medida que uma comunidade
aumentava e se tornava e cada vez mais dependente das colheitas que os seus campos
produziam e da água que os alimentava, deve ter havido maior necessidade de um
controlo unificado das suas vidas. Desde que surgiu a crença universal na necessidade
de prestar culto aos espíritos da terra e da água, tornou-se mais importante a mediação
dos antepassados no mundo dos espíritos.

O dirigente de cada sociedade, o descendente directo do antepassado fundador do grupo,


o homem que primeiro os guiara no desbravamento da terra e discutira a sua utilização
com os espíritos, tornou-se o primeiro intermediário com o outro mundo, e deste modo
foi investido de qualidades sobrenaturais. Se estes factos aconteceram e se repetiram, a
realeza faraónica deve ser encarada como uma evolução ocorrida no antigo Egipto que
pode ter sido difundida daí para o resto de África, como um exemplo mais sofisticado
do desenvolvimento geral africano, resultante das condições específicas do baixo Nilo e
do delta. Deste modo, pode ter sido um modelo muitíssimo influente, especialmente via
Meroé, a tal ponto que outras monarquias divinas, podem ter sido levadas a adoptar ou
adaptar algumas das suas características, por vários meios indirectos.
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Conclusão
Antes a civilização africana, a civilização humana teve maior subsídio na sua evolução
cultural, a partir da descoberta e utilização do ferro. O uso do ferro influenciou todos os
aspectos da humanidade: o aspecto económico, sociopolítico e cultural. O sistema
cultural africano, particularmente o da África propriamente dita (África negra), inicia e
se consolida a partir desta época vindo a atingir a África subsariana no século III d.c.
Segundo Fage 1995:48, do ponto de vista africano, é preferível considerar o reino de
Meroé como um país onde as tradições egípcia e negra se puderam encontrar e fundir, e
onde as regiões interiores do Sudão puderam contactar com o mundo greco-helenísticos
e romanos e com comércio e a cultura do mar vermelho e do oceano Índico.
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Referencias Bibliográficas
BARATA, Óscar Soares. Introdução as Ciências Sociais. Vol 1. 10ª ed.viseu, Bertrand
Editora. 2002

BARATA, Óscar Soares. Introdução as Ciências Sociais. Vol 2. 10ª ed. viseu, Bertrand
Editora. 2002

BERNADINI, Bernardo. Introdução aos Estudos Antropológicos. Lisboa, Edições 70,


1978

GODINHO, Neitorino Magalhães. A História Social: Problemas, Fontes e Métodos.


Lisboa, Edições cosmos, 1967

MARTINEZ, Francisco Lema. O Povo Macua e a sua Cultura. Lisboa, IICT, 1989
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