Patologias Geradas Por Infiltrações em Edificações Parte2
Patologias Geradas Por Infiltrações em Edificações Parte2
Patologias Geradas Por Infiltrações em Edificações Parte2
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
Segundo Bauer (2004), as estruturas estão sujeitas a uma série de fatores que poderão
comprometer sua durabilidade e até mesmo sua estabilidade, desde a fase de projeto até ao
longo de sua vida útil.
Helene (1994), ainda cita que o concreto pode ter uma vida útil extremamente longa,
desde que receba a manutenção periódica, haja vista que as inconformidades decorrentes da
falta de manutenção ou inexistência de proteção contra os diversos fatores, podem gerar
patologias de intensidade e incidência significativas, acarretando altos custos para correção,
comprometendo e reduzindo a capacidade resistente, podendo levar ao colapso parcial ou total
da estrutura.
Todo solo contém umidade, inclusive o rochoso, segundo Verçosa (1987). Em muitos
casos, a umidade tem pressão suficiente para romper a tensão superficial da água, e neste
caso, quando houver uma estrutura porosa (terra, areia), a água do subsolo sobe por
capilaridade e permeabilidade até que haja equilíbrio. Esta pressão varia, se tornando maior,
dada à proximidade do lençol freático do terreno. Segundo o mesmo autor, se uma parede
porosa (tijolos, argamassa de cal) entrar em contato com o terreno, a água continua a subir
pela capilaridade da parede, umedecendo-a. Por esta razão, nunca se deve encostar terra
diretamente sob os tijolos, reboco ou concreto, pois absorvem esta umidade.
A umidade do subsolo tem por agravante trazer consigo sais que podem despregar as
argamassas, além de manchá-las.
Segundo a Vedacit (2016) em seu manual técnico, a água existente no solo pode subir
pelas paredes a quase um metro, provocando o descascamento da pintura, desplacamento do
reboco e surgimento de mofo, não sendo o problema solucionado com a pintura e sim com a
análise da causa da infiltração /ou umidade. A ascensão da água nas paredes se dá pelos
capilares.
Segundo Verçoza (1987), são oriundos da descontinuidade dos materiais utilizados na
construção civil, formando uma rede de espaços vazios que vão sendo preenchidos pela água,
à medida que esta se desloca dentro do material.
Os materiais de construção absorvem a água capilar quando estes estão em contato
direto com a umidade, seja provinda do solo, atmosfera ou da própria obra. Segundo Yazigi
(1997), isso ocorre, principalmente, em fachadas e em regiões em contato com o solo e sem
impermeabilização. A água é conduzida através de canais capilares existentes no material,
pela tensão superficial. Caso a água seja absorvida permanentemente pelo material de
construção e não seja eliminada pela ventilação, será transportada gradualmente para cima
pela capilaridade. Este é o mecanismo típico da umidade ascendente em paredes.
23
Segundo Venturini (2009), umidade de infiltração é aquela que passa de uma área para
outra através de pequenas trincas.
Yazigi (1997) cita que se o local, em contato com o solo, sem a devida
impermeabilização correta, absorverá água pelo material de construção através de seus poros,
podendo se agravar, caso a umidade seja submetida a certa pressão, como no caso do fluxo de
água em pisos com desnível.
Segundo a NBR 9575/2003, umidade por condensação ocorre quando a água com
origem na condensação de vapor d'água está presente no ambiente sobre a superfície de uma
estrutura. É necessário levar em consideração que a temperatura do ar e a temperatura das
paredes de uma edificação podem ser muito distintas, provocando tal condensação quando a
umidade relativa do ar for mais elevada em virtude da redução da temperatura. Isso ocorre,
pois as paredes inferiores da edificação possuem temperaturas mais baixas que as exteriores
(Yazigi 1997).
24
Água sobre pressão é a água que atua em caixas d'água, reservatórios enterrados,
subsolos, exercendo pressões hidrostáticas.
Capilaridade Paredes
Vazamentos de rede de água e
Paredes, terraço, pisos e telhados.
esgoto
Paredes, forros, pisos, banheiros, cozinhas e
Condensação
garagem.
Fonte: (KLEIN, 1999)
Ao atravessar uma barreira, a água pode causar uma mancha que, dependendo da sua
quantidade, poderá ocasionar goteiras. Segundo Verçoza (1987), tal fenômeno é consequência
de inconformidades na execução de uma obra, o que gera retrabalho futuro. A umidade
permanente na estrutura deteriora qualquer material e compromete a obra.
Verçoza (1987) cita que, também a madeira, apodrece devido ao mofo e bolor, fungos
vegetais, cujas raízes ácidas penetram na madeira e as corroem que por sua vez, também se
aderem na alvenaria, escurecendo as superfícies e com o tempo vão desagregando-as. Esta
patologia não se manifesta em locais secos, sendo decorrentes, exclusivamente, da umidade.
2.3.3 Ferrugem
À oxidação do ferro e do aço dá-se o nome de ferrugem que ocorre pela transformação
lenta de um metal em seus óxidos. A umidade favorece o aparecimento da ferrugem. Segundo
Verçoza (1987), nesse sentido, deve-se optar por um concreto impermeável.
Caso a umidade se infiltre no concreto, a armadura poderá enferrujar, aumentando seu
volume e quebrando o cobrimento do concreto armado. Uma das consequências mais sérias é
a reação do concreto com a água, quando o mesmo possui substâncias que se tornam
oxidantes em contato com esta.
27
Como exemplo podemos citar o cloreto de cálcio, utilizado como aditivo acelerador
de pega, que ao contato com a água, gera ácido clorídrico, que coroe com extrema rapidez a
armadura, podendo gerar, inclusive, a ruptura da estrutura.
2.3.4 Eflorescência
São formações de sais nas superfícies das paredes, provindos do seu interior e trazidos
pela umidade. As eflorescências causam maus aspectos, manchas e descolamento da pintura.
Ulsamer (1989) cita sua aparência como manchas, geralmente brancas, encontradas em
superfícies de alvenaria, o que complementa Verçoza (1987), que o sintoma piora quando elas
se alojam entre os tijolos e reboco, fazendo estes descolar.
Em resumo, as eflorescências aparecem quando a água que atravessa uma parede
contem sais solúveis, presentes nos tijolos, areia, concreto ou argamassa. Pode ser combatida
evitando a penetração da água nas paredes.
Bauer (1994) cita alguns sais causadores da eflorescência como nitratos alcalinos,
carbonatos de cálcio, hidróxidos de cálcio, cloretos de cálcio, sais de ferro e sulfoaluminato de
cálcio.
2.3.5 Criptoflorescência
2.3.6.1 Eflorescências
Manchas esbranquiçadas que surgem na pintura, provocadas pela lixiviação dos sais
solúveis das argamassas e alvenarias. Os principais sais encontrados nas argamassas podem
ser classificados como carbonatos (cálcio, magnésio, potássio, sódio), hidróxidos de cálcio,
sulfatos (cálcio, magnésio, potássio, sódio), cloretos (cálcio, magnésio) e nitratos (potássio,
sódio, amônia);
2.3.6.2 Desagregamento
2.3.6.3 Saponificação
2.3.6.4 Bolhas
2.3.6.5 Destacamento
É provocado pela reação dos saís das eflorescências lixiviados até a interface das
pinturas, prejudicando a sua aderência;
2.3.6.6 Bolor
Segundo Storte (2004), algumas patologias geradas pelo processo construtivo, podem
provocar danos ou rompimento da impermeabilização. Dentre as patologias, as manifestações
mais frequentes são:
Ainda segundo o mesmo autor, as trincas são muito importantes pelos seguintes fatos:
• Aviso de um eventual problema estrutural ou de estado perigoso;
• Comprometimento da estanqueidade da edificação;
• Constrangimento psicológico dos usuários da edificação.
As principais causas das trincas são:
2.4.1.3 Sobrecargas
Segundo Storte, (2004), o concreto retrai quando seca e se expande quando absorve água. A
mistura de água e cimento produz varias reações uma vez que tais produtos são compostos de
materiais cristalinos e de grande quantidade de gel (tobermorita). A variação do traço do
concreto provoca maior ou menor retração, tendo a quantidade de água, relação direta com
esta retração. Para reduzir a retração algumas medidas podem ser tomadas:
2.4.1.6 Aderência
Segundo a NBR 9575/2003, em seu item 3.68, o projeto executivo reúne um conjunto
de informações gráficas e descritivas, com detalhamento de todos os sistemas de
impermeabilização empregados na edificação. O projeto executivo de impermeabilização
deve ser desenvolvido após o projeto de arquitetura e se divide em duas etapas, de acordo com
a NBR 9575/2003:
34
2.5.2.1 Desenhos
2.5.2.2 Textos
• Os coletores devem ter diâmetro que garanta a manutenção da seção nominal dos
tubos prevista no projeto hidráulico após a execução da impermeabilização, sendo o diâmetro
nominal mínimo de 75 mm. Os coletores devem ser rigidamente fixados a estrutura. Este
procedimento também deve ser aplicado aos coletores que atravessem vigas invertidas;
• Deve ser previsto nos planos verticais, encaixe para embutir a impermeabilização, para
o sistema que assim o exigir, a uma altura mínima de 20 cm acima do nível do piso acabado
ou, 10 cm do nível máximo que a água poderá atingir;
• Nos locais limites, entre áreas externas impermeabilizadas e as internas, deve haver
diferença de cota de no mínimo 6 cm e ser prevista a execução de barreira física no limite da
linha interna dos contra marcos, caixilhos e batentes, para a perfeita ancoragem da
impermeabilização, com declividade para a área externa. Deve-se observar a execução de
arremates adequados com o tipo de impermeabilização adotada e selamentos adicionais nos
caixilhos, contra marcos, batentes e outros elementos de interferência;
• Toda instalação que necessite ser fixada na estrutura, no nível da impermeabilização,
deve possuir detalhes específicos de arremate e reforços da impermeabilização;
• Toda a tubulação que atravesse a impermeabilização deve ser fixada na estrutura e
detalhes específicos de arremate e reforços da impermeabilização;
• As tubulações de hidráulica, elétrica, gás e outras que passam paralelamente sobre a
laje devem ser executados sobre a impermeabilização e nunca sob ela. As tubulações
aparentes devem ser executadas no mínimo de 10 cm acima do nível do piso acabado, depois
de terminada a impermeabilização e seus complementos;
• Quando houver tubulações embutidas na alvenaria, deve ser prevista uma proteção
adequada para fixação da impermeabilização;
• As tubulações externas as paredes devem ser afastadas entre elas ou afastadas dos
planos verticais de no mínimo 10 cm;
• As tubulações que transpassam as lajes impermeabilizadas devem ser rigidamente
fixadas à estrutura;
• Quando houver tubulações de água quente embutidas, deve ser prevista uma proteção
adequada, para execução da impermeabilização;
• Todo encontro entre planos verticais e horizontais deve possuir detalhes específicos da
impermeabilização;
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LOCAIS DE APLICAÇÃO
Movimentação
Indicado para locais não Forte exposição solar
sujeitos à: Variações térmicas
Vibração
Reservatórios, piscinas
Caixas d'água
Fundações
Subsolos
Compreende argamassas e
Pisos
concretos impermeáveis em:
Paredes de encosta
Muros de arrimo
Paredes expostas à chuva
2.7.2.1.2 Cristalizantes
O produto utiliza a própria água da estrutura para se cristalizar, cita Denver (2016),
eliminando a necessidade de rebaixamento do lençol freático, sem alteração da potabilidade
da água.
Segundo Sika (2016), este aditivo é uma solução aquosa de silicato modificado que,
misturado com água e cimento é um produto com alta alcalinidade e se transforma em um
hidrosilicato, que por sua vez, tem como principal característica ser um cristal insolúvel em
água, que preenche os poros da argamassa.
O mesmo fabricante ainda cita que o produto é utilizado como aditivo líquido de pega
ultra rápida e pasta de cimento, com inicio de pega entre 10 a 15 segundos e fim entre 20 a 30
segundos, possuindo ainda alta aderência e grande poder de tamponamento.
De acordo com Denver (2016), este produto é indicado para tamponamento de
infiltrações e jorros de água sob pressão em subsolos, poços de elevadores, cortinas, galerias e
outras estruturas submetidas à infiltração pelo lençol freático. Porém, sendo uma solução
temporária, garante tempo para permitir que a impermeabilização definitiva seja executada.
A figura 10, exemplifica a sequência de aplicação:
pequenos recalques, sem se romper, sendo indicada para lajes de cobertura, terraços, jardins
elevados, dentre outros.
LOCAIS DE APLICAÇÃO
Movimentação
Forte exposição solar
Indicado para locais não sujeitos à:
Variações térmicas
Vibração
Lajes de cobertura
Terraços
Calhas de concreto
Áreas de serviço
Abóbadas
Reservatórios elevados
Fonte: (VEDACIT, 2016)
A) Aplicação a frio:
São aplicados com trincha, rolo ou broxa, como se fosse uma pintura do seguinte modo:
B) Aplicação a quente:
A aplicação da manta asfáltica na modalidade quente é realizada por mão de obra
especializada, pois requer a utilização de caldeira. Moraes (2002) cita que cuidados devem ser
tomados em áreas com pouca ventilação devido aos riscos de manipulação e ao risco de fogo.
Segundo o fabricante, Denver (2016), estas membranas são utilizadas em baldrame,
fundações de concreto como bloqueador de umidade em contra pisos que irão receber piso de
madeira e primer para mantas asfálticas.
Membranas asfálticas, segundo Sabbatini (2006), são divididas pelo tipo de asfalto
utilizado, sendo divididas em três tipos:
• Emulsão asfáltica: são resultantes da dispersão de asfalto em água através de agentes
emulsificantes. São produtos baratos e de fácil aplicação em áreas e superfícies onde ocorrem
empoçamentos ou retenção de água. É aplicado a frio e normalmente sem adição de
estruturantes;
50
• Ótima flexibilidade;
• Resistente a intempéries, raio ultravioleta e nevoa salina;
• Coloração branca reflete raios UV e proporciona bom acabamento.
São mantas compostas por duas lâminas de PVC que segundo Cimino (2002),
possuem espessura final entre 1,2mm a 1,5mm e uma tela trançada de poliéster. A manta de
PVC é utilizada principalmente em piscinas, cisternas, reservatórios de água e caixas d'água.
Podendo ser de diversos formatos, tanto planos como curvos.
Ainda segundo o autor, as emendas são realizadas por termofusão com equipamentos
específicos conforme figuras 20 e 21, realizando o controle da temperatura e velocidade de
deslocamento, garantindo uniformidade e a qualidade da solda.
Como as soldas são duplas, paralelas e com um vazio entre elas, é possível testar,
durante a instalação, a estanqueidade através de um teste de pressão ou vácuo.
A utilização do isolante térmico, segundo Yazigi (1987), tem por objetivo evitar
oscilações bruscas na temperatura, reduzindo com isso a influência da temperatura nas
deformações da construção, além de melhorar o conforto térmico, bem como, se aplicado
sobre a impermeabilização, aumenta sua vida útil. Segundo o autor deve atender aos seguintes
critérios:
• Ser estável, resistente às cargas atuantes;
• Não sofrer movimentação ou desagregação que possa transmitir algum dano à
impermeabilização;
• Ser indeteriorável;
• Baixa absorção de água;
• Compatibilidade físico-química com o impermeabilizante.
Ainda segundo o autor, a função do isolante térmico é de aumentar a resistividade de
uma superfície frente ao fluxo de calor, retardando ao máximo a passagem desse calor para
dentro do ambiente. A condução do calor pode ser definida como a transferência de energia
entre dois sistemas, com diferentes temperaturas, onde o fluxo se dá do sistema mais quente
para o mais frio.
O fluxo pode ser transferido das seguintes maneiras:
• Condução: calor é transmitido molécula por molécula em um mesmo corpo;
55
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Etapa 1
Etapa 2
4 ESTUDOS DE CASOS
• Caracterização da obra:
A obra em questão está sendo edificada em dois pavimentos, em terreno com aclive,
onde será analisada a impermeabilização de seus muros de arrimo.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
espessura das camadas e áreas com baixa aderência à manta, além de pontos suscetíveis à
absorção de água;
o Ausência de preparação do substrato a receber a membrana de emulsão asfáltica;
o Execução da impermeabilização sobre poeira, o que compromete sua aderência;
o Inexistência do projeto de impermeabilização.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
60
• Caracterização da obra:
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
• Caracterização da obra
Figura 28 - Parede interna de muro de arrimo com manchas decorrentes de ascensão capilar 1
Fonte: o autor.
Figura 29 - Parede interna de muro de arrimo com manchas decorrentes de ascensão capilar 2
Fonte: o autor.
64
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
65
Fonte: o autor.
66
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
o Falhas na construção, sendo estas, juntas não seladas em esquadrias, trincas e fissuras,
calhas mal dimensionadas, assim como problemas em telhados, além de problemas em
tubulações.
o Falhas na escolha do sistema impermeabilizante, assim como nos materiais empregados,
sendo necessário analisar cada elemento estrutural a fim de determinar o sistema ou
material no qual se adeque as características do mesmo, sejam elas por movimentações,
exposição solar, cargas atuantes sobre a impermeabilização, dentre outras.
o Falhas na execução, caimentos insuficientes, preparação inadequada do substrato,
impermeabilização realizada sobre poeira, o que compromete a aderência, assim como
falhas em emendas. Falhas estas promovidas por mão de obra desqualificada.
o Falhas de utilização, provocadas pelo próprio uso da edificação sendo estes por
perfurações sem reparos apos instalações diversas, reformas, ou mesmo durante a
construção da edificação com a locação inadequada de entulhos, podendo provocas
perfurações na impermeabilização.
o O primeiro passo para a prevenção de possíveis problemas com a umidade nas edificações
está na elaboração de um projeto de impermeabilização executado por um profissional
qualificado, conjuntamente com os demais projetos. Tais projetos devem prever todas as
imposições por elementos estruturais e suas devidas soluções, definindo assim, os
sistemas de impermeabilização mais adequados aos elementos analisados;
o O segundo passo se dá na fiscalização da própria edificação, garantindo à qualidade da
construção dos elementos estruturais sujeitos a impermeabilização;
o O terceiro passo está na escolha dos materiais e de fornecedores de produtos normatizados
e reconhecidos;
68
6.1 Análise dos elementos sujeitos a infiltrações nos estudos de caso analisados
Fonte: o autor
• Fundação
• Muro de arrimo (Face em contato com o solo)
• Revestimento interno do muro
Fonte: o autor
70
• Fundação
• Impermeabilização das paredes
Fonte: o autor
• Fundação
• Muro de arrimo
• Revestimento das paredes
• Laje
• Áreas molhadas (Banheiro/cozinha)
• Telhados
• Esquadrias
• Trincas
6.2.1.1 Fundação
71
Para baldrames e sapatas, deve-se como preparo prévio limpar toda a superfície e
chapisca-la com um adesivo de alto desempenho para argamassas e chapiscos (Bianco),
aguardando 3 dias para secagem e aplicação do revestimento, que deve ser feito sobre o traço
1:3 (cimento e areia peneirada), com adição em sua água de aditivo impermeabilizante
(Vedacit), com uma camada mínima de revestimento de 1,5cm sobre o chapisco e possuir no
mínimo 15 cm de altura , aguardando o tempo de secagem, conforme prescrito no manual de
aplicação do fabricante vedacit.
O substrato deve estar limpo, seco, regular, rígido e com cantos arredondados,
chapiscado com um adesivo de alto desempenho para argamassas e chapiscos (Bianco),
aguardando três dias para secagem e aplicação da camada de regularização sobre o traço de
1:3 (cimento e areia média peneirada), com adição na água de aditivo impermeabilizante para
concretos e argamassas (Vedacit) na proporção de dois litros para cada 50 kg de cimento.
Aguardar a secagem da argamassa por no mínimo três dias.
ser direcionada de modo que aqueça o substrato e a face de aderência da manta, pressionando
a manta do centro as bordas com a função de eliminar a presença de bolhas de ar, trabalhando
no sistema semi-aderido a manta é fixada apenas nas extremidade e emendas, que devem ser
sobrepostas em no mínimo em 10cm.
Colher de pedreiro, bloco de espuma, rolo de lã, trincha ou brocha, maçarico a GLP.
6.2.1.3.1 Reboco
A argamassa polimérica deve ser aplicada na forma de pintura com broca ou trincha
em 3 a 4 demãos cruzadas, observando o consumo de 850 g/m²/demão e o intervalo de 6 horas
entre cada demão. Este procedimento deve ser realizado apenas no lado interno do muro.
6.2.1.3.3 Ferramentas utilizadas
6.2.2.1 Fundação
Conforme 6.2.1.1.1
Conforme 6.2.1.1.2
Conforme 6.2.1.2.1
6.2.2.2.2 Reboco
Conforme 6.2.1.3.1
75
6.2.3.1 Fundação
Conforme 6.2.1.1.1
Conforme 6.2.1.1.2
6.2.3.1.3 Ferramentas utilizadas
Conforme 6.2.1.2.1
Conforme 6.2.1.2.2
Conforme 6.2.1.2.3
Conforme 6.2.1.2.4
Conforme 6.2.1.3.1
Conforme 6.2.3.1.2
6.2.3.3.1 Reboco
Conforme 6.2.1.3.1
Conforme 6.2.2.2.3
6.2.3.4 Laje
rala sendo diluída em no máximo 10% com água limpa, aguardando secagem de 8 horas entre
as demãos.
Aplicar as demãos subsequentes de modo que garanta o recobrimento total da laje,
sendo recomendado pelo fabricante um consumo mínimo de 3 litros por m², sempre
respeitando o tempo de secagem entre demãos.
Nas platibandas a impermeabilização deve subir 30 cm no encaixe previsto para
regularização, em pontos como juntas, ralos, cantos, arestas e tubos deve-se executar um
reforço entre a 1ª e 2ª demãos com tela de poliéster estruturante para impermeabilização.
(Vedatex)
O concreto deve estar seco, limpo de impurezas, deve possuir caimento mínimo de 1%
direcionado aos ralos, cantos e arestas devem arredondados com raio mínimo de 5cm,
verificar a existência de trincas e realizar o tratamento prévio.
A argamassa polimérica deve ser aplicada na forma de pintura com broca ou trincha
em 3 a 4 demãos cruzadas, observando o consumo de 850 g/m²/demão e o intervalo de 6 horas
entre cada demão. Ao redor de ralos e juntas de concretagem deve ser reforçado entre a 1 e 2
demãos com estruturante a base de poliéster.
79
Brocha ou trincha
6.2.3.6 Telhados
6.2.3.7 Esquadrias
6.2.3.8 Trincas
Cuidados com a eliminação de possíveis trincas geradas por dilatação, onde pode ter
ocorrência de infiltração, seja por percolação ou oriundas da atmosfera.
80
Fonte: o autor
81
Fonte: o autor
Fonte: o autor
82
Fonte: o autor
Memorial descritivo
6.3.2.1 Objetivo
6.3.2.3 Desenhos
6.3.2.4.1 Fundação
O revestimento deve ser preparado pelo traço 1:3 de cimento: areia, com adição de
VEDACIT na proporção de 2 litros para cada 50kg de cimento, com uma camada mínima de
1,5 cm de espessura e 15 cm de altura, aguardando no mínimo 3 dias para aplicação da
membrana de emulsão asfáltica.
6.3.2.4.1.5 Preparo do produto
Produto pronto para o uso. Misturar o produto antes da aplicação, utilizando ferramenta
limpa a fim de evitar a sua contaminação.
NEUTROL é aplicado sob a forma de pintura com brocha, trincha, rolo de lã baixa ou
vassoura de cerdas macias em demãos, respeitando o consumo por m², com intervalo mínimo
de 8 horas entre demãos.
6.3.2.4.1.7 Aplicação
6.3.2.4.1.8 Consumo
6.3.2.4.1.9 Estocagem
Estocar o produto em local coberto, fresco, seco e ventilado, fora do alcance de crianças,
animais e longe de fontes de calor.
86
6.3.2.4.1.10 Desenho
Figura 40 – Detalhe 01
Fonte: o autor
6.3.2.4.2 Assentamento
6.3.2.4.2.6 Aplicação
A alvenaria deve se iniciar com o assentamento dos blocos com argamassa impermeável
sobre o traço 1:3 de cimento: areia, adicionando a água 2 litros de VEDACIT para cada 50
kg de cimento. Utilizar essa argamassa no assentamento da parede até um metro acima do
piso de referência.
6.3.2.4.2.7 Consumo
6.3.2.4.2.8 Estocagem
Estocar o produto em local coberto, fresco, seco e ventilado, fora do alcance de crianças,
animais e longe de fontes de calor.
88
6.3.2.4.2.9 Desenho
Figura 41 – Assentamento
Fonte: o autor
6.3.2.4.3 Revestimento
6.3.2.4.3.7 Aplicação
A manta asfáltica será aplicada na face externa em contato com a terra do muro de arrimo,
onde a superfície para aplicação do primer NEUTROL deve estar totalmente seca. Aplicar a
1ª demão mais escassa para penetração, esfregando bem o material sobre o substrato, as
demãos subsequentes devem ser mais fartas, respeitando o consumo por m² para função
exercida para o produto e o tempo de secagem entre demãos. Iniciar a aplicação da manta
VEDAMAX POLIÉSTER II posicionando e alinhando os rolos de manta asfáltica no
sentido oposto ao fluxo de água na área de aplicação a partir da parte mais baixa para as
partes mais altas de forma que as emendas das mantas obedeçam ao sentido do fluxo da água.
91
Com o auxílio do maçarico, executar a colagem da manta asfáltica, aquecendo o lado inferior
da manta e, ao mesmo tempo, a superfície imprimada, pressionando-a do centro para as
bordas a fim de evitar a formação de bolhas de ar. As emendas devem ter sobreposição
mínima de 10 cm.
A argamassa polimérica de base acrílica VEDATOP será aplicada na face interna do
muro de arrimo, onde poderá ser aplicado com broxa ou trincha sobre 3 a 4 demãos cruzadas,
respeitando o consumo por m², tendo um intervalo de 6 horas entre cada demão, as paredes
tratadas com este sistema podem receber qualquer tipo de revestimento, exceto pintura à base
de solvente.
A pintura impermeável elástica de base acrílica VEDAPREN PAREDE será aplicada nas
paredes externas com exceção do muro de arrimo até um metro acima do piso de referencia,
devendo ser aplicado com rolo de lã alta ou trincha sobre 2 a 3 demãos, respeitando o
consumo por m², tendo um intervalo de 6 horas entre cada demão. A primeira camada deve
ser diluído em 10% de água para proporcionar melhor penetração do produto seguida pelas
demais camadas sem diluição, aguardando a secagem após a última demão do produto por no
mínimo três dias, antes de efetuar aplicação de tinta látex/acrílica, textura ou grafiato.
6.3.2.4.3.8 Consumo
6.3.2.4.3.9 Estocagem
6.3.2.4.3.10 Desenhos
Figura 42 – Detalhe 02
Fonte: o autor
Figura 43 – Detalhe 03
Fonte: o autor
93
Figura 44 – Detalhe 04
Fonte: o autor
Figura 45 – Detalhe 05
Fonte: o autor
94
limpo e seco, deve-se colocar primeiramente a água para facilitar a mistura e aguardar cerca
de 10 minutos antes de aplicar. Após misturado deve ser aplicado em no máximo em 1 hora.
Argamassa polimérica de base acrílica é aplicada com auxilio de brocha, trincha, rolo de
lã, ou vassoura de cerdas macias.
6.3.2.4.4.7 Aplicação
6.3.2.4.4.8 Consumo
6.3.2.4.4.9 Estocagem
6.3.2.4.4.10 Desenho
Figura 46 – Detalhe 06
Fonte: o autor
Figura 47 – Detalhe 08
Fonte: o autor
97
6.3.2.4.5 Laje
VEDAPREN é uma manta líquida, de base asfalto elastomérico e aplicação a frio sem
emendas, pronta para uso e moldada no local. Cobre a estrutura com uma proteção
impermeável e apresenta ótimas características de elasticidade, flexibilidade e aderência,
tendo uma grande durabilidade.
VEDATEX é uma tela constituída de fios 100% poliéster. É utilizada como estruturante
para materiais de impermeabilização, flexíveis e rígidos, possibilitando a formação de
membrana e aumento da resistência a tração.
A base deve estar limpa, seca, caso haja falhas ou fissuras na base as mesmas devem ser
tratadas e corrigidas antes da regularização. Para piso a regularização deve ser feita com
argamassa desempenada no traço 1:3 cimento: areia, prevendo caimento mínimo de 1% em
áreas externas em direção aos coletores de água. No rodapé executar o arredondamento dos
cantos e arestas com raio mínimo de 5 cm. Recomenda-se deixar uma área com altura mínima
de 30 cm com relação à regularização do piso.
98
Produto pronto para uso. Misturar o produto antes da aplicação, utilizando ferramenta
limpa a fim de evitar a sua contaminação.
6.3.2.4.5.7 Aplicação
6.3.2.4.5.8 Consumo
Emulsão asfáltica modificada com elastômeros VEDAPREN - lajes até 100 m² - mínimo
3 L/m²
99
6.3.2.4.5.9 Estocagem
Estocar o produto em local coberto, fresco, seco e ventilado, fora do alcance de crianças,
animais e longe de fontes de calor.
6.3.2.4.5.10 Desenho
Fonte: o autor
Figura 49 – Detalhe 08
Fonte: o autor
Análise realizada com base na obra Alameda do café, tendo como ponto de partida a
inexistência de qualquer tipo de sistema impermeabilizante, o que provocou diversas
patologias na edificação. Sendo comparados os custo referentes à implantação da
100
impermeabilização da obra com caráter preventivo e protetivo durante sua execução, assim
como os custos para correção das patologias geradas pela falta do mesmo, bem como as
soluções a se implementar para correção do problema gerado.
Sendo feito a partir do levantamento destes dados, o comparativo em percentual
avaliando a diferença entre a implantação da impermeabilização na edificação durante sua
execução e posteriormente após aparecimento das patologias prejudiciais a mesma.
Os custos dos materiais impermeabilizantes levantados foram baseados em pesquisas
no mercado de Varginha, assim como locações de equipamentos e mãos de obra de alguns
serviços. Os produtos foram sugeridos dada a facilidade em se encontrar no mercado, não
impedindo a adoção de qualquer outro similar.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7.1 Conclusões
REFERÊNCIAS
ABATTE, V. Ralo é ponto vulnerável a infiltrações. Téchne, São Paulo, n. 71, p.70-71, fev.
2003.
BAUER, L. A. Falcão. Materiais de Construção. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC S.A., 2004. V.2.
CICHINELLI, G. A evolução das membranas moldadas in loco. Téchne, São Paulo, n. 87,
p. 32-34, jun. 2004.
HELENE, Paulo R. L.; Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto.
São Paulo: Pini, 1994.
KLEIN, D. L. Apostila do curso de patologias das construções. Porto Alegre, 1999 - 10º
Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias.
NAKAMURA, J. Rígida e estanque. Téchne, São Paulo, n. 115, p. 28-33, out. 2006.
RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3 ed. São Paulo: Pini Ltda, 1996. 168p.
REVISTA EQUIPE DE OBRA: Impermeabilização. São Paulo: Pini, n. 53, 28 des. 2010
SAYEGH, S. Cimentos e polímeros contra a umidade. Téchne, São Paulo, n. 56, p. 42-44,
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SILVA, D.O.; OLIVEIRA, P.S.F. Impermeabilização com mantas de PVC. Téchne, São
Paulo, n. 111, p. 76-80, jun. 2006.
VERÇOZA, Enio Jose. Impermeabilização na construção. Porto Alegre, Sagra, 1987, 151p.
VIEIRA, E. Impermeabilização com argamassa aditivada. Téchne, São Paulo, n.99, p. 76-
78, jun. 2005.
YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. 10. ed. São Paulo: Pini, 1997. 772 p.
106
NBR 8521 Emulsões asfálticas com fibras de amianto para impermeabilização 1984
Subtotal 1 -
2 Materiais
Subtotal 2 -
3. Ferramentas/equipamentos
3.1 Esquadro Unid. 2,00 10,00 20,00
3.2 Prumo Unid. 2,00 10,50 21,00
3.3 Nível de mão Unid. 2,00 12,50 25,00
3.4 Mangueira de nível Mt 15,00 2,50 37,50
3.5 Régua de alumínio Unid. 1,00 20,00 20,00
3.6 Desempenadeira lisa Unid. 2,00 9,00 18,00
3.7 Rolo de lã com suporte Unid. 6,00 28,00 168,00
3.8 Trincha Unid. 4,00 8,50 34,00
3.9 Colher de pedreiro Unid. 2,00 12,50 25,00
3.10 Enxada Unid. 2,00 23,00 46,00
3.11 Pá de bico Unid. 1,00 18,00 18,00
3.12 Bloco de espuma Unid. 6,00 4,50 27,00
Subtotal 3 459,50
4 Outros
-
Subtotal 4 -
SUBTOTAL GERAL 459,50
BDI (%)
CUSTO UNITÁRIO 459,50
109
Unid: Diária
Subtotal 1 -
2. Materiais
-
Subtotal 2 -
3. Ferramentas/equipamentos
3.1 Maçarico Dia 3,00 50,00 150,00
Subtotal 3 150,00
4 Outros
Subtotal 4 -
SUBTOTAL GERAL 150,00
BDI (%)
CUSTO UNITÁRIO 150,00
Unid: M³
Subtotal 2 363,37
3. Ferramentas/equipamentos
-
Subtotal 3 -
4 Outros
-
Subtotal 4 -
SUBTOTAL GERAL 417,00
BDI (%)
CUSTO UNITÁRIO 417,00
Unid.: M²
Subtotal 2 5,85
3. Ferramentas/equipamentos
0,00
Subtotal 3 -
4 Outros
-
Subtotal 4 -
SUBTOTAL GERAL 12,97
BDI (%)
Unid: M³
Unid: m²
Subtotal 2 24,39
3. Ferramentas/equipamentos
0,00
Subtotal 3 -
4 Outros
-
Subtotal 4 -
SUBTOTAL GERAL 35,12
BDI (%)
CUSTO UNITÁRIO 35,12
Unid.: m²
Unid: m²