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CCV RT2 Civ Out1 004 00

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CONSÓRCIO CONSTRUTOR VIRACOPOS – CCV

AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS


SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE PROJETO EXECUTIVO
PRIMEIRA ETAPA DA EXPANSÃO

FUNDAÇÕES DAS ESTRUTURAS – CRITÉRIOS DE PROJETO

(DOCUMENTO INTERNO)

00 Aprovado CO FAK JAMP 21/10/13

0A EMISSÃO INICIAL CO FAK JAMP 23/11/12

Rev. Descrição Exec Ver. Aprov. Data

REVISÕES

THEMAG: INTERTECHNE:
Elaborador CO Ulisses Pollastrini Vargas Jussara Garrelhas
Gerente de Projeto Gerente de Projeto
FAK
Verificador Dieter Herweg Lourenço J. N. Babá
Responsável Técnico Responsável Técnico
CREA 0600593800 CREA RJ 36084/D
JAMP
Supervisor Ulisses Pollastrini Vargas 23/11/12
Gerente de Projeto Data

AMPLIAÇÃO AEROPORTO VIRACOPOS


Código ABVSA (Unificado) Rev.
ABV.GRL-00.103.RT.0004 00.E
Código CCV (Cliente) Rev.
CCV-RT2-CIV-OUT1-004 00
Código Projetista Rev.
7097-01-GL-520-RT-02418 00
AMPLIAÇÃO AEROPORTO VIRACOPOS

CONSÓRCIO CONSTRUTOR VIRACOPOS – CCV

AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS


SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE PROJETO EXECUTIVO
PRIMEIRA ETAPA DA EXPANSÃO

FUNDAÇÕES DAS ESTRUTURAS – CRITÉRIOS DE PROJETO

(DOCUMENTO INTERNO)

ÍNDICE

1. OBJETO .............................................................................................................................................. 3
2. GENERALIDADES .............................................................................................................................. 3
3. CARGA ADMISSÍVEL DAS ESTACAS............................................................................................... 4
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 7

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AMPLIAÇÃO AEROPORTO VIRACOPOS

CONSÓRCIO CONSTRUTOR VIRACOPOS – CCV

AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS


SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE PROJETO EXECUTIVO
PRIMEIRA ETAPA DA EXPANSÃO

FUNDAÇÕES DAS ESTRUTURAS – CRITÉRIOS DE PROJETO

(DOCUMENTO INTERNO)

1. OBJETO
O presente documento trata dos critérios adotados no desenvolvimento dos projetos
de fundação das estruturas da Ampliação do Aeroporto de Viracopos, restringindo-se
aos aspectos geotécnicos. Cabe salientar que a referência básica para execução
desses critérios baseiam-se na norma NBR-6122:2010 - “Projeto e execução de
fundações”, da ABNT.

2. GENERALIDADES
Os tipos de fundações das estruturas são definidos, tecnicamente, em função das
características dos solos existentes no local e das grandezas das cargas. De uma
maneira geral, o subsolo no local é constituído de camadas superficiais de aterro e
solo coluvionar de baixa resistência e alta deformabilidade, podendo ter regiões com
características colapsíveis. A camada de solo coluvionar de baixa resistência pode
atingir até mais de 10,0m de espessura. Sob esse solo existe solo residual (de
alteração de rocha) constituído de argilas siltosas ou arenosas e/ou areias siltosas ou
argilosas, bem mais resistentes que as camadas superficiais, conforme indicam as
investigações geotécnicas realizadas no local (sondagens a percussão com medidas
de índices de resistência SPT ou ensaios de cone CPT). O nível d’água apresenta-se,
normalmente, a grandes profundidades da superfície do terreno, podendo atingir até
mais de 20,0m. Assim, as fundações adotadas, de uma maneira geral, são fundações
profundas, em estacas. Os tipos de estacas foram definidos, tecnicamente, em função
das características do terreno e das cargas nos pilares, conforme exposto acima.
Diante de várias alternativas tecnicamente possíveis, a definição final foi fixada
obedecendo-se ao critério econômico e procurando atender aos problemas de prazo.
Assim, de uma maneira geral, as estacas definidas foram: hélice contínua, escavadas
de grande diâmetro (estacões) e estacas pré-moldadas de concreto.

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3. CARGA VERTICAL ADMISSÍVEL DAS ESTACAS


No desenvolvimento do projeto foi adotado o método dos valores admissíveis,
segundo a NBR-6122:2010.
A carga vertical (axial) admissível das estacas admitida no projeto é determinada pela
carga de ruptura da estaca dividida por um fator de segurança global (verificação do
estado-limite último – ELU) e verificação do estado limite de serviço – ELS (recalques,
etc.), segundo a NBR 6122:2010.
Foram adotados métodos semi-empíricos para estimativa da carga de ruptura das
estacas, devidamente aferidos por provas de carga realizadas na obra, através de
sondagens com ensaios de resistência à penetração dinâmica SPT ou de ensaios de
cone com medida de pressão neutra CPTU. Normalmente, foi adotada, para cálculo da
carga admissível, a sondagem mais próxima ou fazendo-se uma interpretação geral do
perfil geológico-geotécnico. Além dos coeficientes de segurança globais fixados pela
NBR:6122:2010, foram empregados, também, os coeficientes de segurança
recomendados nos métodos de cálculo empregados.
Prevê-se, a execução de provas de carga em estacas na fase de elaboração ou
adequação do projeto. Nesse caso, conforme a NBR-6122:2010, as provas de carga
devem ser estáticas, com carregamento lento, especificadas na fase de projeto e
executadas no início da obra e que sejam levadas até uma carga, no mínimo, duas
vezes a carga admissível prevista em projeto (para especificação da prova de carga
estativa, ver documento específico CCV-ET2-ETC-OUT1-001). Nesse caso o fator de
segurança a ser utilizado na determinação da carga admissível é 1,6. Eventualmente,
quando em uma mesma região representativa for realizado um número maior de
provas de carga, a resistência característica pode ser reduzida em função do número
de provas de carga, conforme especificado na referida norma.
O estado limite de serviço (ELS) normalmente é verificado limitando-se os recalques,
ou seja, os recalques estimados devem ser menores ou iguais ao recalque aceitável
pela estrutura em questão.
Cabe observar, no entanto, que essa eventual redução dos comprimentos das estacas
somente poderá ser aplicada se executada antes da elaboração do projeto. Assim,
devido à rapidez da obra, nos locais executados antes do término da execução e
análise interpretativa das provas de carga, o dimensionamento será feito com os
fatores de segurança rotineiros de obra. Os estaqueamentos executados após a
interpretação das provas de carga poderão ser alterados mediante uma revisão do
projeto ou a elaboração do projeto nessa fase.
Para avaliação da capacidade de carga das estacas, utilizando os índices SPT, foi
utilizado o método de Décourt e Quaresma, conforme apresentado em Décourt
(1996/1998). A memória de cálculo dos comprimentos das estacas será apresentada
em documentos específicos.
A capacidade de carga ou carga de ruptura da estaca (Pr) é estimada por:

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Pr  Pp  Pl

onde:
Pp é a parcela da carga de ruptura da ponta da estaca;
Pl é a parcela da carga de ruptura lateral, no fuste da estaca.
Décourt (1996/1998) fornece as seguintes expressões para as duas parcelas da carga
de ruptura, em função do índice de resistência à penetração do ensaio SPT:

Pp    K  Ap  N p

N 
Pl     l  1 p  L
 3 

onde:
Ap: área transversal da ponta da estaca.
p: perímetro da estaca.
L: comprimento da estaca.
Np: média dos índices N do ensaio SPT na ponta da estaca, um metro abaixo e um
metro acima da ponta.
Nl: média dos índices N do ensaio SPT ao longo do fuste da estaca, desprezando-se
os índices considerados na média do Np.
K: coeficiente que depende do tipo de solo na ponta da estaca.
: coeficiente que depende do tipo de estaca e do tipo de solo.
: coeficiente que depende do tipo da estaca e do tipo de solo.
Os valores sugeridos de ,  e K estão tabelados (Décourt, 1996/1998) e
apresentados na memória de cálculo específica para os diferentes locais.

Segundo as recomendações de Décourt (1982), os índices SPT superiores a 50 serão


considerados iguais a 50 e os índices SPT menores que 3 serão considerados iguais a
3.

A carga admissível da estaca (Pad) é dada pelo menor dos dois valores:

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Pp  Pl
2 (NBR-6122:2010)
Pad 
Pp Pl
 (Décourt, 1982)
4 1,3

Para o cálculo da capacidade de carga das estacas, no caso de utilização de ensaios


CPTU, poderá ser empregado o método Unicone (Eslami e Fellenius, 1997, citado em
Fellenius, 2009 e na Synthesis 368 - NCHRP, 2007), com adaptações, de modo a
uniformizar com os resultados de provas de carga e ensaios SPT.
De uma maneira geral, foram desprezados eventuais atritos negativos nas estacas na
camada de solo potencialmente colapsível, tendo em vista a proteção superior com
solo compactado menos permeável (trocas de solo) e sistemas de drenagem a serem
executados no local, impedindo a saturação do terreno. Em casos particulares,
poderão ser reconsiderados.
Além dessas verificações, no caso específico de estacas escavadas, a carga
admissível deve ser limitada, também, ao máximo de 1,25 vezes a resistência do atrito
lateral calculada na ruptura. Essa condição vem do conceito que a resistência lateral
calculada na ruptura deve ser, no mínimo, 80% da carga admissível, devido à
dificuldade de limpeza da ponta da estaca (ou seja, uma parcela de, no máximo 20%
da carga admissível, pode ser suportada pela ponta da estaca), segundo a NBR-
6122:2010. Esse critério foi adotado, também, nas estacas tipo hélice contínua.
As cargas admissíveis das estacas tipo hélice contínua, em alguns casos, podem ser
fixadas em função da limitação dos comprimentos máximos devido às características
dos equipamentos.
Quando o efeito do vento for a variável principal, os valores da carga admissível em
estacas podem ser majorados em até 30%, fazendo-se a verificação estrutural do
elemento de fundação, segundo a NBR--6122:2010. Essas considerações serão
analisadas particularmente caso a caso.

4. ESFORÇOS HORIZONTAIS NAS ESTACAS


Os esforços horizontais atuantes nas estacas são provenientes principalmente de
estorços devido ao vento e devido a empuxos de terra desbalanceados (galerias dos
eixos TA e TK e na contenção entre o TPS e o Pier B, próxima ao eixo T22).
Os momentos fletores provenientes dos esforços horizontais são normalmente
avaliados pelo método de viga em meio elástico, considerando o modelo de Winkler,
onde o deslocamento horizontal de um elemento carregado é independente da carga e
dos deslocamentos dos elementos adjacentes. Assim, o solo pode ser substituído por
uma série de molas às quais se impõe um comportamento dado pela curva de pressão
(p) em função do deslocamento horizontal (y). Apesar de simplificado, esse modelo
tem sido largamente empregado e fornecido bons resultados práticos. Há vários
métodos que adotam esse modelo, por exemplo, método analítico de Miche (para
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estacas flexíveis) ou método numérico de Matlock e Reese (válido para estacas com
diferentes valores de rigidez). Esses métodos estão apresentados em Alonso (2003) e
Velloso e Lopes (2011). A verificação da segurança à ruptura do solo, com relação aos
esforços horizontais, em geral, é feita comparando-se as tensões horizontais atuantes
com as tensões resistentes (diferença das tensões passivas e ativas), considerando-
se uma largura de contribuição da estaca igual a três vezes o diâmetro da estaca.
Os valores dos parâmetros adotados (módulos de reação horizontal, coesão e ângulo
de atrito do solo) são apresentados na memória de cálculo.
Os valores dos módulos de reação horizontal poderão ser adotados ou reavaliados em
função de provas de carga realizadas previamente na obra.

5. REFERÊNCIAS
- ABNT NBR-6122:2010: Projeto e execução de fundações.
- ABNT NBR-12131:2006: Estacas - Prova de carga estática – Método de
ensaio.
- Alonso, U.R. (1989/2003) – Dimensionamento de Fundações Profundas –
Editora Edgard Blucher – 169p.
- Décourt, L. (1982) – Prediction of the Bearing Capacity of Piles Based
Exclusively on N Values of the SPT – Proc. ESOPT II, p.19-34 - Amsterdam.
- Décourt, L. (1996/1998) – Análise e Projeto de Fundações Profundas -
Fundações – Teoria e Prática – Capítulo 8 - ABMS/ABEF – Editora PINI –
p.265-301.
- Fellenius, B. H. (2009) – Basics of Foundation Design – Eletronic Edition,
March 2009.
- National Cooperative Highway Research Program – NCHRP (2007) –
Synthesis 368 – Cone Penetration Test - Transportation Research Board –
Washington D.C.
- Velloso, D.A. e Lopes, F.R. (2011) – Fundações – Critérios de Projeto –
Investigação do Subsolo – Fundações Superficiais – Fundações Profundas –
Editora Oficina de Texto – 568p.

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