Biologia Do Comportamento Nelson
Biologia Do Comportamento Nelson
Biologia Do Comportamento Nelson
Nome da Estudante:
Esperança Olinda de Alves Ntupe
Introdução...................................................................................................................................3
1. Definição de Cultura...............................................................................................................4
2. Cultura Humana......................................................................................................................4
Conclusão..................................................................................................................................11
Bibliografia...............................................................................................................................12
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Introdução
O trabalho em destaque elenca uma gama de abordagens temas como o conceito da cultura
humana, os níveis do desenvolvimento cultural, diferença entre a evolução biogenética da
tradigenética e as funções que desempenham os elementos da cultura. Vale ressaltar nesse
trabalho que a preocupação em conhecer o homem, suas diversas formas de produzir e de sua
organização social tem sido a ocupação e o interesse de muitas disciplinas e ciências.
Ao buscar uma definição operacional de cultura para esta pesquisa, descobre-se como o termo
cultura desdobra-se e redimensionado, formando uma conjuração de significados e
significantes.
É de salientar que para a sua efectivação, foi possível com base a consulta bibliográfica de
obras e pensamentos de alguns autores que ressaltam sobre as temáticas em questão. Porém,
este trabalho encontra-se estruturado em introdução, desenvolvimento, conclusão e a
respectiva bibliografia. Em fim, esta tarefa de carácter avaliativa e científica na se traduz num
dogmatismo, visto que está aberto para que se faça a apreciação, expondo correcções, críticas
e sugestões com vista a sua melhoria.
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1. Definição de Cultura
Para Castro (2005), Tylor é considerado o pai da antropologia cultural ao definir “cultura”.
Ao utilizar cultura e civilização como sinónimos “Tylor distingue-se do uso moderno do
termo cultura (em seu sentido relativista, pluralista e não hierárquico), que só seria
popularizado com a obra de Franz Boas. Cultura, para Tylor, era palavra usada sempre no
singular, e essencialmente hierarquizada em estágios” (Castro, 2005, p. 08).
Diante dessa trajectória, percebe-se que a cultura é todo aquele complexo que inclui o
conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e
capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Ou seja, é o conjunto dos
comportamentos, saberes e saber-fazer característicos de um grupo humano ou de uma
sociedade dada, sendo essas actividades adquiridas através de um processo de aprendizagem,
e transmitidas ao conjunto de seus membros.
2. Cultura Humana
Tylor apud Laraia (2002, p.25), “cultura humana é todo complexo que inclui conhecimentos,
crenças, arte, moral, leis costumes ou qualquer capacidade ou hábito adquirido pelo homem
como membro de uma sociedade”.
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Michaelis – Dicionário de português online. Disponível em
< http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=cultura>
Acesso 16/07/2021.
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Franz Boas mostrou que as culturas humanas não percorrem o continuum simples-complexo,
pretendido pelas teorias ortogenéticas, mas que existem diferentes desenvolvimentos
históricos, resultantes de diferentes processos em que intervieram inúmeros factores e
acontecimentos, culturais e não culturais.
Para Durkheim, a cultura humana é uma dimensão da personalidade social dos indivíduos que
se constituí por meio da interiorização e dos modelos e valores funcionais para a manutenção
da ordem social. Assim, considera os indivíduos como um produto da vida comum do que das
forças da determinação da vida, isto é, tudo é devido, sobremaneira, a acção da sociedade.
Durkheim atribui maior importância aos valores morais e as dimensões do tipo religioso para
a manutenção da coesão social quando se baseia a solidariedade social nos próprios vínculos
sociais que se estabelecem no interior da organização produtiva. (Crespi, 1997)
Geertz (1989, p. 30-31), propõe ainda uma [...] análise cultural é (ou deveria ser) uma
adivinhação dos significados, uma avaliação das conjecturas, um traçar de conclusões
explanatórias a partir das melhores conjecturas e não a descoberta de um Continente dos
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Significados e o mapeamento da sua paisagem incorpórea. Geertz defende ainda, que os seres
humanos são incompletos porque são históricos; a cultura é entendida enquanto um
componente interno essencial da natureza humana, estando, portanto, atrelada tanto ao
contexto biológico como ao contexto evolutivo. Detecta-se na cultura uma diferença ténue,
pois os autores defendem a cultura também como uma ciência, como um documento de
afirmação configurado por expressões sociais.
Vigotski sustenta a ideia de que a aprendizagem da criança inicia-se muito antes de ela ir para
a escola, na interacção com o outro, no processo sócio-histórico-cultural, desde seu
nascimento. Neste contexto, afirma que para elaborar as dimensões do aprendizado escolar
utiliza-se de um conceito capaz de explicar como ocorre esse processo, denominado: zona de
desenvolvimento proximal (Vigotski, 1998, p. 110).
Isso posto, o autor explica como se processam as actividades e como se dão as relações entre
o processo de desenvolvimento e a capacidade de aprendizagem, estabelecendo dois níveis de
desenvolvimento cultural: o real e o potencia.
O nível de desenvolvimento real é a capacidade que o indivíduo possui para realizar suas
tarefas, no quotidiano da sua vida, autonomamente. Segundo o autor, muitos teóricos
passaram anos estudando o desenvolvimento mental da criança, a partir dos dados colectados
nos testes psicológicos sobre aquilo que a criança conseguia realizar sozinha. Segundo
Vigotski (1998a):
O primeiro nível pode ser chamado de nível de desenvolvimento real, isto é, o nível
de desenvolvimento das funções mentais da criança que se estabeleceram como
resultado de certos ciclos de desenvolvimento histórico-cultural já completados.
Quando determinamos a idade mental de uma criança usando testes, estamos quase
sempre tratando do nível de desenvolvimento real. Nos estudos do desenvolvimento
mental das crianças, geralmente admite-se que só é indicativo da capacidade mental
das crianças aquilo que elas conseguem fazer por si mesmas. (p. 111).
O nível de desenvolvimento real vem a ser a capacidade que a criança apresenta para
solucionar actividades ou funções; são as vitórias e as conquistas que consegue em um
determinado período de socialização do seu desenvolvimento, sem o auxílio de outra pessoa.
O próprio nome que recebeu é bem característico: desenvolvimento real, aquilo que a criança
consegue fazer na realidade, naquele momento, indicando que os processos mentais estão em
harmonia e que os ciclos de desenvolvimento já se completaram.
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O outro nível é chamado de desenvolvimento proximal ou potencial, ou seja, são aquelas
acções que a criança não é capaz de realizar sozinha, mas com a ajuda de um adulto ou de
uma criança mais experiente. Este processo pode acontecer em situações em que existam
diálogo, colaboração, trocas de experiências, interacção, imitação, que, para Vigotski, têm um
papel importante a desempenhar no desenvolvimento da aprendizagem da criança.
Assim, com o auxílio de uma outra pessoa mais experiente, a criança é capaz de realizar uma
acção, antes não dominada, mesmo se a acção for permeada pelo uso da imitação, passando a
realizar determinadas acções de acordo com um modelo. No entanto, a criança possui, na
perspectiva de Vigotski, um potencial que possibilitará no futuro internalizar o processo
realizado e resolver sozinha aquela acção que foi imitada ou auxiliada por um outro. Para
Vigotski (1998):
A teoria evolutiva representa uma teoria científica que unifica todo o conhecimento biológico.
O mérito de tal teoria é dado a Charles Darwin, que propõe duas teses enunciadas como: todos
os organismos descendem com modificação a partir de ancestrais comuns, e que o principal
agente de modificação é a acção da selecção natural sobre a variação individual, apresentadas
em seu livro “A Origem das Espécies” (Futuyma, 1992).
Após a descoberta da genética, outros factores que alteravam a composição das populações
foram descobertos, mudando a concepção original de Darwin. A microevolução, portanto, é
investigada por geneticistas de populações (microevolucionistas), que estudam a evolução a
partir das mudanças nas frequências alélicas dos genes de uma população natural, as quais
podem modificar as espécies.
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Segundo Mayr (1998).
Em toda população existem características recessivas e elas não são eliminadas pelas
características dominantes. Um alelo dominante não aumenta sua frequência na população
devido a sua dominância genotípica, porque os diversos alelos em uma população estão em
equilíbrio genético e o porquê deste equilíbrio é explicado por um princípio chamado
equilíbrio de Hardy-Weinberg (Ridley, 2006). O equilíbrio génico, uma vez estabelecido,
deve permanecer desde que não ocorram modificações no património genético, causadas por
mutações (principal fonte de variabilidade genética das populações), deriva genética,
acasalamento selectivo, migrações e selecção natural.
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5. Elementos da Cultura e Suas Funções
A cultura é formada por um conjunto de elementos que a organizam e lhe fornecem estrutura.
Esses elementos são: conhecimentos, crenças, normas, valores e signos.
De acordo com o Dicionário Aurélio, a crença é o “acto ou efeito de crer, aquilo que se crê”
ou qualquer “objecto de convicção íntima”. Numa perspectiva antropológica, a crença
consiste em qualquer forma de aceitação de verdade, cientificamente comprovada ou não.
Seria uma espécie de atitude mental ou comportamental do homem.
Todas as culturas são constituídas a partir das normas, que apesar de resultarem de uma
herança cultural, são, a cada geração, adequadas, aperfeiçoadas, moldadas às necessidades do
grupo naquele momento. As normas determinam desde como devemos sepultar nossos
mortos, ou criar nossos filhos até o que podemos vestir e quando vestir.
Valor é uma palavra “empregada para indicar objectos e situações consideradas boas,
desejáveis, apropriadas, importantes”, é por assim um termo que revela “riqueza, prestígio,
poder, crenças, instituições, objectos materiais” (Marconi e Presotto, 1985, p. 48). Os valores
servem para orientar, estão relacionados ao significado cultural que os grupos e os indivíduos
atribuem a determinados factos, acontecimentos, objectos, comportamentos, ideias, acções e
normas.
A sociedade estipula o que é bom e o que é ruim, o que é bonito e o que é feio, o que é
certo e o que é errado. Assim, na vida em sociedade, as ideias, as opiniões, os factos,
os objectos não são avaliados isoladamente, mas dentro de um contexto social que
lhes atribui um significado, um valor e uma qualidade. Os valores sociais variam no
espaço e no tempo, em função de cada época, cada geração, cada sociedade. Até
pouco tempo atrás, por exemplo, o trabalho doméstico e o cuidado dos filhos eram
considerados tarefas exclusivamente femininas. Actualmente isso não acontece mais,
pelos menos nas grandes cidades (Oliveira, 1996, p. 45).
Os símbolos são criados pelos homens, podemos dizer que são historicamente constituídos,
compõem o património cultural de uma sociedade e são transmitidos de geração a geração.
Por exemplo, pedaços de tecido verde, amarelo, azul e branco, separados podem não
significar nada, mas se reunidos a partir de determinado diagrama podem formar uma
bandeira, assim passam a ser um símbolo, imbuído de sentido e significado. Mas os símbolos
não são imutáveis, podem perder o valor e o sentido.
O símbolo é algo cujo valor ou significado é atribuído pelas pessoas que o utilizam. Qualquer
coisa pode se tornar um símbolo. O homem atribui significado a um objecto, uma cor, um
hino, um gesto, etc., eles então se tornam símbolos de riqueza, de prestígio, de posição social
elevada. Entre nós, a cor que simboliza o luto é o preto. Entre os povos orientais é o branco.
Os símbolos são convenções, cada sociedade ou grupo social pode utilizar-se de formas
diferentes para exprimir o mesmo significado (Oliveira, p. 45-46).
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Conclusão
Como encerramento deste trabalho e não do assunto em questão, percebeu-se que os estudos
antropológicos, na actualidade, ocupam-se da análise de diferentes manifestações culturais
populares, buscam conhecer como esses grupos se organizam e representam suas relações
sociais, suas normas e, como estas contribuem para mudar ou conservar comportamentos,
ideais, costumes. Pensar a cultura humana é entender o sentido híbrido do próprio conceito de
cultura, que se faz multifacetado, mas o mais pertinente.
Relativamente a evolução dos seres vivos, dizer que todos os seres vivos estão sujeitos à
evolução, inclusive o homem, sendo que a força da teoria está presente no nosso dia-a-dia e,
como exemplo de sua manifestação permanente, temos a resistência desenvolvida por
bactérias aos antibióticos e de insectos aos insecticidas. É um conteúdo capaz de construir um
argumento único para disseminar a irrelevância da segregação racial ou de etnia, visão
indispensável a ser desenvolvida junto aos estudantes no mundo contemporâneo.
A cultura explora os recursos do mundo exterior para fornecer materiais e tornar a vida mais
segura, contínua e duradoura. A exploração dos recursos pela cultura se dá ideológica,
sociológica e tecnologicamente.
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Bibliografia
Campomori, Maurício José Laguardia. (2008). O Que é Avançado em Cultura. In: Brandão,
Carlos António Leite (Org). A República dos Saberes: Arte, Ciência, Universidade e Outras
Fronteiras. Belo Horizonte: Ed da UFMG.
Carl, Z. (2004). O Livro de Ouro da Evolução. 2ª. Edição. Rio de Janeiro, Ediouro
Publicações S.A..
Geertz, Clifford. (1989). A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos S.A.
Laraia, Roque de Barros. (2002). Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar.
Ridley, M. (2006). Evolução. 3ª. Edicão. Porto Alegre-RS, Artmed Editora S.A.
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