Álvaro de Campos
Álvaro de Campos
Álvaro de Campos
Álvaro de Campos surge quando Fernando Pessoa sente “um impulso para escrever”. O
próprio Pessoa considera que Campos se encontra “no extremo oposto, inteiramente oposto,
a Ricardo Reis”, apesar de ser como este um discípulo de Caeiro.
Para Campos a sensação é tudo. O eu do poeta tenta integrar e unificar tudo o que
tem ou teve existência ou possibilidade de existir. Álvaro de Campos é quem melhor
procura a totalização das sensações, mas sobretudo das percepções conforme as sente, ou
como ele próprio afirma “sentir tudo de todas as maneiras”.
A obra de Álvaro de Campos, onde está presente a nostalgia do “céu azul!-o mesmoda
minha infância,//Eterna verdade vazia e perfeita!”, passa por três fases:
sensações (“Opiário”, motivado por uma viagem de Campos ao Oriente, foi escrito
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A futurista e sensacionista – nesta fase, Álvaro de campos celebra o triunfo da
heróica. Campos atordoado pelo mistério das sensações que busca compreender
Campos apresenta-se como um vaso vazio que a empregada deixou cair na escada.