APPs Urbanas
APPs Urbanas
APPs Urbanas
OCUPAÇÃO/INTERVENÇÃO EDIFICAÇÃO
“Na hipótese de áreas urbanas consolidadas, e não sendo o caso de áreas de interesse
ecológico relevante e situação de risco, será admitida a flexibilização das disposições
constantes no art. 4º da Lei n.12.651/2012, desde que observado o limite mínimo
previsto no disposto no inc. III do art. 4º da Lei n.6.766/79 (quinze metros) para as
edificações futuras; e o limite previsto no art. 65, §2º, da Lei n.12.651/2012 (quinze
metros) para a regularização de edificações já existentes.”
Enunciado 04
HIPÓTESES DE DIREITO ADQUIRIDO
* Enunciado 02/MPSC
REQUISITOS
(art. 47, II, da Lei n. 11.977/2009)
- esgotamento sanitário
Enchentes e Inundações
Deslizamentos
v
Poluição do solo/água
v
- IDENTIFICAÇÃO DE ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE AMBIENTAL
DIAGNÓSTICO SÓCIOAMBIENTAL COMO
PRESSUPOSTO DE APLICABILIDADE
DAS NORMAS URBANO-AMBIENTAIS
• Uso e Ocupação do Solo
• APP
Universidades, ONGs etc
• Perímetros Urbanos podem realizar o
• Área de Expansão Urbana Diagnóstico
• Área de Risco
Sócioambiental, com
posterior homologação pelo
• Áreas Prioritárias órgão ambiental municipal
• Unidade de Conservação competente
• Regularização Fundiária
§2o O estudo técnico referido no § 1o deverá ser elaborado por profissional legalmente
habilitado, compatibilizar-se com o projeto de regularização fundiária e conter, no mínimo,
os seguintes elementos:
I – caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada;
II – especificação dos sistemas de saneamento básico;
III – proposição de intervenções para o controle de riscos geotécnicos e de inundações;
IV – recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de regularização;
V – comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental,
considerados o uso adequado dos recursos hídricos e a proteção das unidades de
conservação, quando for o caso;
VI – comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores propiciada pela
regularização proposta; e
VII – garantia de acesso público às praias e aos corpos d´água, quando for o caso.
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA - APP
Interesse Específico (RESIDUAL)
(Art. 65 da Lei n. 12.651/2012)
Por analogia, estende-se o disposto no artigo acima para fins da regularização ambiental
de INTERESSE SOCIAL.
ESTUDO TÉCNICO (ELEMENTOS)
Define se a área é urbana consolidada, de interesse ecológico ou de risco
(Art. 65, §1º da Lei 12.651/2012)
I - a CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-AMBIENTAL, SOCIAL, CULTURAL E ECONÔMICA da área;
II - a IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS AMBIENTAIS, DOS PASSIVOS E FRAGILIDADES
AMBIENTAIS e das restrições e potencialidades da área;
III - a especificação e a AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFRAESTRUTURA URBANA E DE
SANEAMENTO BÁSICO IMPLANTADOS, outros serviços e equipamentos públicos;
IV - a IDENTIFICAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO DE
MANANCIAIS na área de influência direta da ocupação, sejam elas águas superficiais ou
subterrâneas;
V - a ESPECIFICAÇÃO DA OCUPAÇÃO CONSOLIDADA existente na área;
VI - a IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS CONSIDERADAS DE RISCO DE INUNDAÇÕES E DE
MOVIMENTOS DE MASSA ROCHOSA, tais como deslizamento, queda e rolamento de blocos,
corrida de lama e outras definidas como de risco geotécnico;
VII - a indicação das FAIXAS OU ÁREAS EM QUE DEVEM SER RESGUARDADAS as
características típicas da Área de Preservação Permanente com a devida proposta de recuperação
de áreas degradadas e daquelas não passíveis de regularização;
VIII - a AVALIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS;
IX - a comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental e de
habitabilidade dos moradores a partir da regularização; e
X - a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela população às praias e aos corpos
d’água, quando couber.
DISTINÇÃO NECESSÁRIA:
- Área consolidada
- Lote consolidado
- Edificação/Obra
consolidada/finalizada
II – Planta reconhecida como área urbana
consolidada
III – Área urbana NÃO consolidada
Lotes dentro dos 30m e construções irregulares
Retificação, Canalização Aberta e
Canalização Fechada/Tamponamento
como fica a APP ???
FONTE: Cartilha Regularização Fundiária Urbana – Como aplicar a Lei Federal n. 11.977/2009 – Ministério das Cidades
DECISÃO TJSC - 2014
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. OBRIGAÇÃO
DA CONCESSIONÁRIA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM
EXIGIR "HABITE-SE" ANTES DE EFETUAR A LIGAÇÃO DE
ÁGUA. LEGALIDADE. PREPONDERÂNCIA DO DIREITO AO MEIO
AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO. EXIGÊNCIA
APENAS PARA NOVAS HABITAÇÕES. MULTA COMINATÓRIA.
REDUÇÃO. REFORMA DA SENTENÇA APENAS NESTE PONTO.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
"Aquele que constrói residência sem licença do município, clandestinamente, não tem
direito de vê-la atendida por serviços públicos - v.g. distribuição de energia elétrica,
de abastecimento de água e de coleta de esgoto. A hipossuficiência dos infratores
não justifica o desprezo à lei, a tolerância com o ato ilícito. A atuação do Estado em
favor deles deve se conformar com o ordenamento jurídico, com o interesse público."
(TJSC, Reexame Necessário em Mandado de Segurança n. 2007.034923-3, de
Araranguá, rel. Des. Newton Trisotto, j. 23-09-2008).
Fonte: Ap. Cível n. 2013.033706-2, Xanxerê, Rel. Des. Sérgio Roberto Baasch Luz,
julgado em 24/06/2014)
DECISÃO TJSC - 2015
AMBIENTAL E URBANÍSTICO. CONSTRUÇÃO DE PRÉDIOS
RESIDENCIAIS. RECUO EM RELAÇÃO A CURSO D'ÁGUA (RIO
DAS ANTAS). ÁREA URBANA CONSOLIDADA. EXISTÊNCIA DE
INÚMERAS OUTRAS CONSTRUÇÕES EM SITUAÇÃO IDÊNTICA
NA MESMA REGIÃO. OBSERVÂNCIA DA LEI DE PARCELAMENTO
DO SOLO URBANO (15 METROS). RECURSO PROVIDO PARA
CONCEDER A SEGURANÇA. PRECEDENTES.
Fonte: Ap. Cível em MS n. 2015.015459-8, Criciúma, Rel. Des. Subst. Paulo Henrique
Moritz Martins da Silva, julgado em 26/05/2015)
DECISÃO TJSC – 2013
APELAÇÃO CÍVEL EM MANDADO DE SEGURANÇA. LICENÇA
AMBIENTAL PARA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR.
TERRENO SITUADO NAS PROXIMIDADES DE RIO, MAS EM REGIÃO
INTENSAMENTE URBANIZADA. ÁREA DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE DESCARACTERIZADA. APLICAÇÃO DO RECUO MÍNIMO
DE 15 METROS (LEI N. 6.766/79), NÃO O DE 30 METROS (LEI N.
12.651/12). PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.
PRECEDENTES. SENTENÇA CONCESSIVA DE SEGURANÇA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO.
continuidade
DECISÃO TJSC – 2013
A aplicabilidade do Código Florestal em áreas urbanas consolidadas é matéria
reiteradamente discutida pelas Câmaras de Direito Público desta Corte, que têm
decidido no sentido de afastar a incidência daquele Código naqueles casos. Da
mesma forma, é assente que não é o caso de se aplicar o Código Estadual de Meio
ambiente, porquanto, além de haver discussão acerca de sua constitucionalidade no
STF (ADI n. 4252), é o caso de aplicar-se, na hipótese, o art. 4º, III, da Lei de
Parcelamento de Solo Urbano (Lei n. 6.766/79).
EMBASAMENTO LEGAL:
Código Florestal - Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei municipal não
desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta
concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação
específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal.
Código Florestal - Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas verdes
urbanas, com os seguintes instrumentos:
[...]
II - a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões urbanas