Introd Urg Emerg 7PO
Introd Urg Emerg 7PO
Introd Urg Emerg 7PO
e emergências
Conceitos Fundamentais
Emergência - condição de agravo à saúde com risco iminente de morte, necessidade de avaliação e tratamento imediato.
Urgência: condição de agravo à saúde com potencial risco de morte, necessidade de prioridade de atendimento o mais
breve possível.
Não urgente ou atalho: condição de agravo à saúde sem potencial risco imediato de morte, podendo ser atendido sem
mortalidade.
Classificação de risco - é o processo pelo qual se determina a prioridade do tratamento de pacientes com base na gravidade
do seu estado.
Acolhimento - não é um espaço ou um local, mas uma postura ética e humanizada instituída pela Política Nacional de
Humanização (PNH) - HumanizaSUS nas ações de atenção e gestão nas unidades de saúde que favorece uma relação de
confiança e compromisso entre equipes e serviços (MS, 2009). Desse modo é diferenciado de triagem, pois se constitui
numa ação de inclusão que não se esgota, mas que deve ocorrer em todos os locais de saúde.
O acolhimento deve ser uma postura e prática que não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, mas o
compartilhamento de saberes, angústias e intervenções de todos os profissionais de saúde durante o atendimento das
necessidades do paciente nos diversos níveis de complexidade. É um modo de operar os processos de trabalho em saúde
assumindo uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas adequadas aos usuários.
A classificação de risco é uma ferramenta que, além de organizar a fila de espera e propor outra ordem de atendimento que
não a ordem de chegada, tem também outros objetivos importantes, como: garantir o atendimento imediato do usuário
com grau de risco elevado; informar o paciente que não corre risco imediato, assim como a seus familiares, sobre o tempo
provável de espera; promover o trabalho em equipe por meio da avaliação contínua do processo; dar melhores condições
de trabalho para os profissionais pela discussão da ambiência e implantação do cuidado horizontalizado; aumentar a
satisfação dos usuários e, principalmente, possibilitar e instigar a pactuação e a construção de redes internas e externas de
atendimento.
O Acolhimento com Avaliação de Risco configura-se, assim, como uma das intervenções potencialmente decisivas na
reorganização das portas de urgência e na implementação da produção de saúde em rede, pois extrapola o espaço de gestão
local afirmando, no cotidiano das práticas em saúde, a coexistência das macro e micropolíticas.
Estas duas tecnologias, Acolhimento e Avaliação/Classificação de Risco, portanto, têm objetivos diferentes, mas
complementares, podendo, dada a singularidade dos serviços, coexistirem ou funcionarem separadamente no contexto
físico, mas jamais díspares no processo de trabalho.
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A classificação de risco é atividade realizada por profissional de enfermagem de nível superior,
preferencialmente com experiência em serviço de urgência, e após capacitação específica para a atividade proposta
(MS, 2009).
Para a organização dos espaços e seus usos e para a clareza no atendimento, são utilizados EIXOS e ÁREAS que evidenciam
os níveis de risco dos pacientes.
Eixo vermelho - este eixo está relacionado à clínica do paciente grave, com risco de morte, sendo composto por um
agrupamento de três áreas principais: a área vermelha, amarela e verde.
Área Vermelha- é nesta área que está a sala de emergência, para atendimento imediato dos pacientes com risco de morte,
e a sala de procedimentos especiais invasivos.
Área Amarela- composta por uma sala de retaguarda para pacientes já estabilizados, porém que ainda requerem cuidados
especiais (pacientes críticos ou semicríticos).
Área Verde- destinada a pacientes não críticos, em observação ou internados aguardando vagas nas unidades de internação
ou remoção para outros hospitais retaguardas. Essa área é composta pelas salas de observação, que devem ser divididas
por sexo (feminino e masculino) e idade (crianças e adultos), a depender da demanda.
eixo azul - é o eixo dos pacientes aparentemente não-graves. o arranjo do espaço deve favorecer o acolhimento do cidadão
e a classificação do grau de risco. esse eixo é composto por ao menos três planos de atendimento.
Plano 1- espaço para o acolhimento, espera, recepção, classificação do risco e atendimento administrativo.
Plano 2- área de atendimento médico, lugar onde os consultórios devem ser planejados de modo a possibilitar a presença
do acompanhante e a individualidade do paciente.
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(BRASIL, 2012)
A classificação de risco vem sendo utilizada em diversos países, inclusive no Brasil. Para essa classificação foi desenvolvida
diversos protocolos, que objetivam, em primeiro lugar, não demorar em prestar atendimento àqueles que necessitam de
uma conduta imediata. Por isso, todos eles são baseados na avaliação primária do paciente, já bem desenvolvida para o
atendimento às situações de catástrofes e adaptada para os serviços de urgência.
Uma vez que não se trata de fazer um diagnóstico prévio nem de excluir pessoas sem que tenham sido atendidas pelo
médico, a classificação de risco é realizada por profissional de enfermagem de nível superior, que se baseia em consensos
estabelecidos conjuntamente com a equipe médica para avaliar a gravidade ou o potencial de agravamento do caso, assim
como o grau de sofrimento do paciente.
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De acordo com o MS (2009), a construção de um protocolo de classificação de risco pode ser baseada na literatura, mas
precisa ser adaptado ao perfil de cada serviço e ao contexto de sua inserção na rede de saúde, levando em consideração,
dentre outros aspectos, os seguintes:
Capacidade instalada de acordo com o número de atendimentos diários a serem prestados nestas unidades;
Fluxos internos, movimentação dos usuários, locais de espera, de consulta, de procedimentos, de reavaliação e
“caminhos” entre eles;
Pactuação interna e externa de consensos entre as equipes médicas, de enfermagem e outros profissionais;
De acordo com o MS (2004), o Protocolo de Classificação de Risco se dará nos seguintes níveis:
Recomenda-se o uso preferencial de cores, e não de números, para a classificação de risco (exemplo no caso de quatro
níveis de classificação, do mais grave ao menos grave: vermelho, amarelo, verde, azul).
Recomenda-se identificar a classificação na ficha de atendimento, e não diretamente no usuário (pulseira, por exemplo),
uma vez que a classificação não é permanente e pode mudar em função de alterações do estado clínico e de reavaliações
sistemáticas;
A classificação de risco é dinâmica, sendo necessário que, periodicamente, se reavalie o risco daqueles que ainda não
foram atendidos ou mesmo daqueles cujo tempo de espera após a classificação é maior do que aquele que foi estabelecido
no protocolo;
Azul- prioridade 3 - consultas de baixa complexidade - atendimento de acordo com o horário de chegada.
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Encaminhamento para Área Vermelha:
Um exemplo de Protocolo para Classificação de Risco - Cartilha da PNH Acolhimento e Classificação de Risco (MS, 2004):
Vermelho Amarelo
Politrauma grave: lesão de um ou mais órgãos e sistemas;
(ECG <12);
Politraumatizado com ECG entre 13 e 15; sem alterações
Queimadura com mais de 25% ASC;
de SV;
Trauma cranioencefálico grave (ECG<12);
Cefaleia intensa de início súbito ou progressiva,
Comprometimento da coluna vertebral;
acompanhada de sinais ou sintomas neurológicos,
PCR;
parestesias, alterações do campo visual, dislalia, afasia;
IAM;
Trauma cranioencefálico (ECG 13 a 15);
Anafilaxia ou reações alérgicas associadas à IR;
Diminuição do nível de consciência; dor torácica;
Desconforto respiratório grave;
Febre alta;
Perfuração no peito, abdome e cabeça;
Intoxicação exógena sem alterações de SV;
Intoxicação exógena ou tentativa; ECG<12;
Náuseas/vômito e diarreia persistente com sinais de
Complicações de diabetes (Hipo ou hiperglicemia);
desidratação grave; Alterações de SV (FC <50 ou > 140;
Hemorragias não controláveis;
PAS <90 ou >240; PAD >130; T< 35
Alterações de SV (pulso >140 ou <45; PAS < 80mmHg;
ou 40).
FR >34 ou <10);
Fraturas anguladas e luxações;
Fratura da 1° e 2°, 9°, 10°, 11° costela ou mais de três
costelas.
Verde Azul
Idade superior a 60 anos; Queixas crônicas sem alterações agudas;
Gestantes com complicações da gravidez; Procedimentos como: curativo, troca ou requisição de
Deficientes físicos; receitas médicas, avaliação de resultado de exames,
Retorno com período inferior a 24h devido a não melhora solicitações de atestados médicos
do quadro; Asma fora da crise;
Sangramento vaginal sem alterações de SV;
Dor abdominal sem alterações de SV; Abscessos;
Intercorrências ortopédicas;
Distúrbios neurovegetativos.
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Atenção: O Protocolo de Manchester é DIFERENTE do protocolo sugerido pelo MS!
Considerando o crescimento da demanda por serviços na área de urgência e emergência nos últimos anos, devido ao
aumento do número de acidentes e da violência urbana e a insuficiente estruturação da rede assistencial, objetivando
aprofundar o processo de consolidação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, aperfeiçoar as normas já
existentes e ampliar o seu escopo e ainda a necessidade de melhor definir uma ampla política nacional para esta área, com
a organização de sistemas regionalizados, com referências previamente pactuadas e efetivadas sob regulação médica, com
hierarquia resolutiva e responsabilização sanitária, universalidade de acesso, integralidade na atenção e equidade na
alocação de recursos e ações do
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Sistema de acordo com as diretrizes gerais do Sistema Único de Saúde e a Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS-
SUS 01/2002, o Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS N. 2.048/2002.
Esta portaria visava estruturar os Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência de forma a envolver toda a rede assistencial,
desde a rede pré-hospitalar, (unidades básicas de saúde, programa de saúde da família (PSF), ambulatórios especializados,
serviços de diagnóstico e terapias, unidades não hospitalares), serviços de atendimento pré-hospitalar móvel (SAMU,
Resgate, ambulâncias do setor privado, etc.), até a rede hospitalar de alta complexidade, capacitando e responsabilizando
cada um destes componentes da rede assistencial pela atenção a uma determinada parcela da demanda de urgência,
respeitados os limites de sua complexidade e capacidade de resolução. Estes diferentes níveis de atenção devem relacionar-
se de forma complementar por meio de mecanismos organizados e regulados de referência e contra referência, sendo de
fundamental importância que cada serviço se reconheça como parte integrante deste Sistema, acolhendo e atendendo
adequadamente a parcela da demanda que lhe acorre e se responsabilizando pelo encaminhamento desta clientela quando
a unidade não tiver os recursos necessários a tal atendimento.
A elaboração dos referidos planos deve estar baseada na proposta de estruturação das redes regionalizadas de atenção,
segundo as seguintes atribuições / complexidade / distribuição:
- Municípios que realizam apenas a atenção básica (PAB): devem se responsabilizar pelo acolhimento dos pacientes com
quadros agudos de menor complexidade, principalmente aqueles já vinculados ao serviço.
- Municípios Satélite, que realizam a atenção básica ampliada (PABA): devem desempenhar a mesma função dos
municípios PAB, além de contar com área física específica para observação de pacientes, até 8 horas.
- Municípios Sede de Módulo Assistencial, que realizam a atenção básica ampliada (PABA) e os procedimentos
hospitalares e diagnósticos mínimos da média complexidade (M1): devem contar, além das estruturas já mencionadas
acima, com Unidades Não Hospitalares de Atendimento às Urgências e/ou Unidades Hospitalares Gerais de Tipo I. Neste
nível assistencial, devem ser constituídos os
Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel, de caráter municipal ou modular, e/ou Serviço de Transporte Intra-
hospitalar, para garantir o acesso aos serviços de maior complexidade dos polos microrregionais, macrorregionais e
estaduais.
- Municípios Polo Microrregional, que realizam procedimentos médios da média complexidade (M2): devem contar, além
das estruturas já mencionadas acima, com Unidades Hospitalares Gerais de Tipo II. Neste nível assistencial, devem ser
estruturados Serviços de Atendimento Pré-hospitalar Móvel municipais ou microrregionais, dependendo das densidades
populacionais e distâncias observadas.
- Municípios Polo Regional, que realizam os demais procedimentos mais complexos da média complexidade (M3): devem
contar, além das estruturas já mencionadas acima, com Unidades Hospitalares de Referência Tipo I e II. Neste nível devem
ser estruturadas as Centrais Reguladoras Regionais de Urgências, que vão ordenar os fluxos entre as micro e macro regiões,
devendo o transporte inter-hospitalar ser garantido pelo Serviço de Atendimento Pré-hospitalar móvel do micro/macro
região solicitante.
- Municípios Polo Estadual, que realizam procedimentos de Alta Complexidade: devem contar, além das estruturas já
mencionadas acima, com Unidades Hospitalares de Referência Tipo III. Devem também ter estruturadas as Centrais
Estaduais de Regulação, que vão ordenar os fluxos estaduais ou interestaduais da alta complexidade.
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7 - Salas de Estabilização: após a estruturação da rede assistencial acima mencionada, devem ser cuidadosamente
observados os claros assistenciais ainda existentes, devidos a grandes distâncias, como ao longo das estradas e em
regiões muito carentes, e nestas localidades devem ser estruturadas salas ou bases de estabilização, que devem ser
estruturadas com, no mínimo, o mesmo material e medicamentos especificados para a atenção primária à saúde e que
devem contar com retaguarda ininterrupta de profissional treinado para o atendimento e estabilização dos quadros de
urgências mais frequentes.
Define-se Ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de
enfermos. As Ambulâncias são classificadas em:
TIPO A – Ambulância de Transporte: veículo destinado ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que não
apresentam risco de vida, para remoções simples e de caráter eletivo.
TIPO B – Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida
conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de
necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino.
TIPO C - Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes
ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas).
TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em
emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve
contar com os equipamentos médicos necessários para esta função.
TIPO E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de
pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo
Departamento de Aviação Civil - DAC.
TIPO F – Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou
fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao atendimento de pacientes conforme sua gravidade.
Os Veículos de Intervenção Rápida, também chamados de veículos leves, veículos rápidos ou veículos de ligação médica
são utilizados para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas
ambulâncias do Tipo A, B, C e F.
Outros veículos incluem os veículos habituais adaptados para transporte de pacientes de baixo risco, sentados (ex pacientes
crônicos) que não se caracterizem como
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veículos tipo lotação (ônibus, peruas, etc.). Este transporte só pode ser realizado com anuência médica.
Em 2003 o Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS N. 1.863, que teria como objetivo instituir a Política Nacional de
Atenção às Urgências, a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de
gestão, a política composta pelos sistemas de atenção às urgências estaduais, regionais e municipais, deve ser organizada
de forma que permita:
- Desenvolver estratégias promocionais da qualidade de vida e saúde capazes de prevenir agravos, proteger a vida, educar
para a defesa da saúde e recuperar a saúde, protegendo e desenvolvendo a autonomia e a equidade de indivíduos e
coletividades;
- fomentar, coordenar e executar projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde, de caráter
urgente e transitório, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas
vítimas, a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção, atenção e
mitigação dos eventos;
- Contribuir para o desenvolvimento de processos e métodos de coleta, análise e organização dos resultados das ações e
serviços de urgência, permitindo que a partir de seu desempenho seja possível uma visão dinâmica do estado de saúde da
população e do desempenho do Sistema Único de Saúde em seus três níveis de gestão;
- Integrar o complexo regulador do Sistema Único de Saúde, promover intercâmbio com outros subsistemas de
informações setoriais, implementando e aperfeiçoando
permanentemente a produção de dados e democratização das informações com a perspectiva de usá-las para alimentar
estratégias promocionais;
- Qualificar a assistência e promover a capacitação continuada das equipes de saúde do Sistema Único de Saúde na
Atenção às Urgências, em acordo com os princípios da integralidade e humanização.
O artigo 3 da Portaria MS N.1863/03 define que a Política Nacional de Atenção às Urgências, deve ser instituída a partir
dos seguintes Componentes Fundamentais:
adoção de estratégias promocionais de qualidade de vida, buscando identificar os determinantes e condicionantes das
urgências e por meio de ações transetoriais de responsabilidade pública, sem excluir as responsabilidades de toda a
sociedade;
organização de redes loco regionais de atenção integral às urgências, enquanto elos da cadeia de manutenção da vida,
tecendo-as em seus diversos componentes:
- Componente Pré-Hospitalar Fixo: unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família, equipes de agentes
comunitários de saúde, ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapias, e Unidades Não-Hospitalares de
Atendimento às Urgências, conforme Portaria GM/MS nº 2048, de 05 de novembro de 2002.
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– Componente Pré-Hospitalar Móvel: - SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgências e os serviços associados de
salvamento e resgate, sob regulação médica de urgências e com número único nacional para urgências medicas – 192;
– componente Hospitalar: portas hospitalares de atenção às urgências das unidades hospitalares gerais de tipo I e II e das
unidades hospitalares de referência tipo I, II e III, bem como toda a gama de leitos de internação, passando pelos leitos gerais
e especializados de retaguarda, de longa permanência e os de terapia semi-intensiva e intensiva, mesmo que esses leitos
estejam situados em unidades hospitalares que atuem sem porta aberta às urgências;
– Componente Pós-Hospitalar: modalidades de Atenção Domiciliar, Hospitais-Dia e Projetos de Reabilitação Integral com
componente de reabilitação de base comunitária;
instalação e operação das Centrais de Regulação Médica das Urgências, integradas ao Complexo Regulador da Atenção no
SUS;
capacitação e educação continuada das equipes de saúde de todos os âmbitos da atenção, a partir de um enfoque
estratégico promocional, abarcando toda a gestão e atenção pré-hospitalar fixa e móvel, hospitalar e pós-hospitalar,
envolvendo os profissionais de nível superior e os de nível técnico, em acordo com as diretrizes do SUS e alicerçada nos
polos de educação permanente em saúde;
Posteriormente o Ministério da Saúde instituiu através da Portaria GM/MS nº 1.600, de 07 de julho de 2011 a Rede de
Atenção às Urgências e Emergências (RUE), considerando que o atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser
prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS, possibilitando a resolução integral da demanda ou
transferindo-a, responsavelmente, para um serviço de maior complexidade, dentro de um sistema hierarquizado e regulado.
A portaria GM/MS N. 1.600/11 revogou a portaria N. 1863/03.
Modelo de atenção de caráter multiprofissional com atuação profissional e gestora visando o aprimoramento,
qualificação e educação permanente, monitoramento da qualidade da assistência;
Articulação interfederativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária, responsável e compartilhada.
Composição da RUE:
- Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde - tem por objetivo estimular e fomentar o desenvolvimento de ações de saúde
e educação permanente voltadas para a vigilância e prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e
das doenças crônicas não transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da sociedade visando
a promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde.
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- Atenção Básica em Saúde - tem em por objetivo a ampliação do acesso, fortalecimento do vínculo e responsabilização e o
primeiro cuidado às urgências e emergências, em ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento a outros
pontos de atenção, quando necessário, com a implantação de acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades.
- Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências - tem como
objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática,
obstétrica, pediátricas, psiquiátricas, entre outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo
necessário, garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e
integrado ao SUS. Pode se referir a atendimento primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de
atendimento secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro
atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a outro
serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento.
- Sala de Estabilização - ambiente para estabilização de pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a
assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para
posterior encaminhamento à rede de atenção à saúde pela central de regulação das urgências. Não se caracteriza como
novo serviço de saúde para assistência a toda demanda espontânea, mas sim para garantir a disponibilidade de
atendimento para estabilização dos agravos críticos à saúde.
- Força Nacional de Saúde do SUS - objetiva aglutinar esforços para garantir a integralidade na assistência em situações de
risco ou emergenciais para populações com vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso, pautando-se pela
equidade na atenção, considerando-se seus riscos.
- Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas - O Componente Unidades de
Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas está assim constituído:
as Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) e o conjunto de Serviços de Urgência 24 Horas não hospitalares devem
prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza
clínica e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e realizando
a investigação diagnóstica inicial, definindo, em todos os casos, a necessidade ou não, de encaminhamento a serviços
hospitalares de maior complexidade.
- Hospitalar - será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas enfermarias de retaguarda, pelos leitos de
cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias.
- Atenção Domiciliar - é compreendido como o conjunto de ações integradas e articuladas de promoção à saúde, prevenção
e tratamento de doenças e reabilitação, que ocorrem no domicílio, constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde
que acontece no território e reorganiza o processo de trabalho das equipes, que realizam o cuidado domiciliar na atenção
primária, ambulatorial e hospitalar.
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Abordagem Sistemática em Emergência
Para realizar com sucesso o princípio necessário para um determinado paciente e escolher a melhor prioridade para
implementar o princípio, habilidades de pensamento crítico são tão importantes quanto ou até mais importantes que as
habilidades manuais que serão utilizadas para realizar a intervenção. Logo as informações precisam ser rapidamente
processadas, analisadas e integradas para oferecer o melhor atendimento ao doente.
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De acordo com o PHTLS (2017), os 10 passos do pensamento crítico para a abordagem sistemática em emergência incluem:
1- Avaliação da situação
2- Avaliação do doente
3- Avaliação dos recursos disponíveis
4- Análise das possíveis soluções
5- Escolha da melhor resposta para manejar a situação e o doente
6- Desenvolvimento do plano de ação
7- Início do plano de ação
8- Reavaliação da resposta do doente ao plano de ação
9- Ajustar o plano de ação conforme as respostas do doente
10- Continuar os passos 8 e 9 até que esta fase de atendimento seja concluída.
Avaliação primária:
No doente traumatizado multissistêmico grave, a prioridade do tratamento é a identificação e o tratamento rápidos das
condições que colocam a vida em risco. A avaliação primária começa com uma visão geral simultânea ou global das
condições dos sistemas respiratório, circulatório e neurológico do doente para identificar problemas externos significativos
óbvios relacionados à oxigenação, circulação, hemorragia ou deformidades macroscópicas.
Esta etapa inicial do atendimento de emergência é INESPECÍFICA, ou seja, deve ser adotada em QUALQUER situação em
que o paciente apresente risco iminente de morte. Ela deve durar no máximo 2 minutos e objetiva SUSTENTAR AS
FUNÇÕES VITAIS, seguindo os seguintes passos na ordem das PRIORIDADES:
A (air way) – estabelecimento de vias aéreas (VAS) e estabilização de coluna cervical; Obs.: Suspeitar de lesão de coluna
cervical em todo paciente traumatizado INCONSCIENTE. Estabilizar coluna cervical e extricação cuidadosa.
No Atendimento Pré-Hospitalar (APH), antes de dar início ao atendimento primário à vítima, o enfermeiro deverá realizar
a avaliação da cena e garantir condições de Segurança para que a equipe desenvolva o atendimento no local.
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“X” Controle de hemorragias exsanguinantes
Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez
que epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de
tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves.
No Atendimento Pré-Hospitalar (APH), antes de dar início ao atendimento primário à vítima, o enfermeiro deverá realizar
a avaliação da cena e garantir condições de Segurança para que a equipe desenvolva o atendimento no
Causas de obstrução de VAS: queda da língua (principal causa), corpos estranhos, vômitos, secreção e sangue. Causas
graves: reações alérgicas com edema de glote e infecções de trato respiratório superior com edema.
Intervenções:
Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo (manobra de Chin-Lift) é a manobra mais eficaz de abertura de
VAS para evitar a queda da língua (exceto no trauma medular);
Elevação da mandíbula ou mento ou golpe mandibular (Manobra de Jaw-Thrust): estabilização da coluna cervical para
abertura de VAS na suspeita de TRM;
Compressão abdominal subdiafragmática (manobra de Heimlich): remoção de corpos estranhos em pacientes conscientes
Exploração manual de orofaringe (varredura digital): remoção corpos estranhos visíveis em ADULTOS INCONSCIENTES
Cânula orofaríngea (cânula de Guedel): medir o tamanho da comissura labial ao lobo da orelha;
Intubação endotraqueal: proteção e VAS e instalação de ventilação mecânica, em especial nos casos de inconsciência
(Glasgow 8). Não deve ser realizada em casos de edema de glote e trauma extenso de face. No trauma de base de crânio,
a via nasal é contraindicada.
Cricotireoideostomia: punção ou incisão na membrana cricotireóidea para acesso à via aérea nos casos em que a intubação
não é possível = NÃO DEVE SER UTILIZADA POR MAIS DE 72H.
Traqueostomia: via aérea cirúrgica contraindicada em situações de emergência por ser mais difícil e demorada.
Cateter nasal ou máscara facial de não-Reinalação com bolsa de O2 e fluxo de 10- 15l/min é suficiente para atender às
demandas iniciais
Ventilação bolsa auto inflável ou reanimador manual (Ambu): bolsa ventilatória que pode ser acoplada a máscara ou tubo
endotraqueal, ventila o paciente com um volume de 700 ml, quando acoplada em fonte de O2 e com reservatório oferta
FiO2 90-100%, sem reservatório 40%. Complicações: Distensão gástrica, broncoaspiração e barotrauma.
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Manobra de Sellick = compressão da cartilagem cricoidea durante a ventilação para abrir melhor a glote melhorando a
ventilação e evitando distensão gástrica, não fazer em pacientes com lesão cervical ou vômitos.
Combitubo: dispositivo com duas luzes e dois balões para ventilação artificial em pacientes ARREATIVOS e com respiração
deficiente. Vantagens: ventilação eficaz sem laringoscopia, proteção de via aérea de broncoaspiração, ausência de
manipulação de coluna cervical.
Obs.: Devido aos riscos a ventilação boca-a-boca não está mais recomendada na ausência de máscaras de bolso (pocket
masck)
Devido ao risco de hemorragias, é importante avaliar a presença de choque e iniciar o mais rapidamente possível a terapia
de reposição volêmica. Choque é uma condição em que há insuficiente suprimento sanguíneo para satisfazer as
necessidades corporais.
Manifestações Clínicas:
• Taquicardia
• Pulso rápido e filiforme (taquisfigmia)
• Taquipneia
• Cianose
• Oligúria
• Pele pálida fria e úmida (pegajosa)
• Enchimento capilar lentificado (>2")
• Alterações no nível de consciência
• Dor anginosa
• Pulso radial impalpável (PAS <80mmHg)
• Hipotensão arterial (sinal tardio)
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CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Tratamento: Reposição volêmica. Duas cânulas intravenosas periféricas calibrosas (coletar amostra de sangue para tipagem
e exames laboratoriais) para infusão de soluções eletrolíticas CRISTALÓIDES isotônicos (Ringer lactato, NaCl 0,9%) =
permanecem maior tempo no plasma do que as soluções de glicose, após 24h tendem a extravasamento para o terceiro
espaço; %); COLÓIDES são moléculas grandes que mantém o líquido no interior do vaso (voluven [hidroxietilamido], isocel e
Gelafundin [gelatina sintética], dextrano [antiagregante plaquetário - não usar em casos de hemorragia], albumina). Quando
a perda sanguínea é superior a 20-30% da volemia, usar sangue total ou plasma com Concentrado de hemácias.
O tratamento imediato para as hemorragias externas consiste em compressão firme e direta. Quando o sangramento é
arterial, pode-se comprimir diretamente a artéria antes da lesão para reduzir o fluxo sanguíneo (compressão digital ou
indireta). Embora a aplicação de torniquetes em extremidade seja descrita frequentemente na literatura como último
recurso (p.ex. no caso de amputações traumáticas), de acordo com o PHTLS (2017) os torniquetes são muito eficazes no
controle de hemorragias graves e devem ser utilizados quando a hemorragia não puder ser controlada com outros métodos.
No caso da hemorragia interna, o paciente é avaliado continuamente e os sinais de choque hipovolêmico são monitorados,
a reposição volêmica e hemotransfusão são iniciados precocemente até que o paciente possa ser transportado para o centro
cirúrgico.
A posição de trendelemburg modificada é recomendada no choque hipovolêmico. A elevação das pernas promove o retorno
venoso. Elevação dos MMII em um ângulo de aproximadamente 20°, os joelhos ficam retos, o tronco fica horizontal e a
cabeça fica ligeiramente elevada.
Atenção: Monitorar em hemorragias = PA, FC, FR, Temp., coloração, oximetria de pulso, estado neurológico, gasometria
arterial, hematócrito, DU horário (CVD) e PVC (importante para guiar a reposição volêmica).
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"D" Disfunção Neurológica
Após a avaliação e correção, na medida do possível, dos fatores envolvidos no fornecimento do oxigênio e da circulação, a
próxima etapa da avaliação primária é o exame da função cerebral a fim de determinar o nível de consciência. O
rebaixamento do nível de consciência pode representar uma destas quatro possibilidades: hipóxia/hipoperfusão cerebral;
lesão do sistema nervoso central; intoxicação por drogas/álcool; distúrbio metabólico (diabetes, PCR, convulsão).
A pontuação da Escala de Coma de Glasgow (ECG) é a melhor ferramenta utilizada para avaliação do nível de consciência
em emergências, sendo preditiva do desfecho clínico do doente, especialmente o componente melhor resposta motora.
Também fornece uma referência da função cerebral basal para avaliações neurológicas seriadas.
Variação da pontuação da Escala de Glasgow é 1 a 15 pontos, sendo que valores mais baixos implicam em maiores
alterações de consciência. Diante do escore menor que 8, há indícios de comprometimento grave da consciência e da
vigência do coma, sendo indicada a aplicação de uma via aérea definitiva como forma de garantia da permeabilidade das
vias aéreas.
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O Sistema mnemônico AVDI também é frequentemente utilizado para descrever o nível de consciência do doente:
A – Acordado, Alerta: o indivíduo emite respostas coerentes (nome, endereço, detalhes do acidente...). Geralmente a vítima
mantém contato visual com o socorrista e atende normalmente aos estímulos visuais, auditivos e táteis.
V – Verbal: nesse estágio a vítima ainda atende ao estímulo verbal dado pelo socorrista (comando de voz), no entanto, pode
apresentar-se confusa e emitir palavras desconexas. Devemos considerar que essa vítima poderá perder a consciência a
qualquer momento, portanto ela deve ser estimulada a manter-se acordada.
D – Doloroso: nesse estágio a vítima não atende mais aos estímulos verbais do socorrista, apesar de poder emitir sons ou
gemidos, mas sem capacidade de contato visual direto. Realiza-se um estímulo doloroso (sobre o esterno, trapézio ou leito
ungueal) para obter qualquer resposta da vítima (localizar a dor, reagir com caretas, movimentos, gemidos...). É bom
lembrar que em muitos casos, a vítima estará em um estado de semiconsciência e poderá até mesmo ouvir e sentir o que
acontece ao seu redor. Dessa forma, o socorrista também deverá estimular o retorno da vítima ao estado de resposta verbal,
incentivando a melhora do seu nível de consciência.
I – Irresponsivo ou Inconsciente: nesse estágio o indivíduo não responde nem mesmo ao estímulo doloroso. Isso, por si só,
já caracteriza uma situação crítica.
A remoção das roupas da vítima para exposição é essencial para identificar todas as lesões. Entretanto, embora a
exposição seja de suma importância, a hipotermia é um problema grave no tratamento do doente traumatizado. Sendo
assim, de acordo com o PHTLS (2017), deve-se remover apenas as roupas necessárias para determinar a presença ou
ausência de uma condição de lesão.
Avaliação secundária:
A avalição secundária é a avaliação da cabeça aos pés do doente, realizada apenas após o término da avalição primária com
identificação e tratamento de todas as lesões que colocam a vida em risco e início da reanimação. O objetivo da avaliação
secundária é identificar as lesões ou condições que ainda não foram encontradas na avaliação primária, logo, uma vez a
avaliação primária sendo bem realizada, a avaliação secundária tratará de problemas de menor gravidade.
Também faz parte da segunda etapa do atendimento de emergência a abordagem ESPECÍFICA, que objetiva DIAGNOSTICAR,
MONITORIZAR e TRATAR especificamente após a estabilização vital (abordagem primária). Inclui:
- Histórico e exame físico: além dos sinais vitais, deve ser obtido um histórico rápido sobre o doente por meio do método
mnemônico SAMPLE: Sintomas; Alergias; Medicamento; Passado médico e cirurgias anteriores; líquidos e alimentos
ingeridos na última refeição; Eventos que precederam a lesão.
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• Outras intervenções necessárias
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Questões
1. (FEPESE - 2017 - SES-SC – Enfermeiro) Assinale a alternativa correta quanto à classificação de risco.
a) É atividade realizada somente por médico, preferencialmente com experiência em serviço de urgência, e após
capacitação específica para a atividade proposta.
b) É atividade realizada por técnico de enfermagem ou enfermeiro, preferencialmente com experiência em serviço de
urgência, e após capacitação específica para a atividade proposta.
c) É atividade realizada por médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem, preferencialmente com experiência em
serviço de urgência, e após capacitação específica para a atividade proposta.
d) É atividade realizada por enfermeiro, preferencialmente com experiência em serviço de urgência, e após
capacitação específica para a atividade proposta.
e) É atividade realizada por médico, enfermeiro ou assistente social, preferencialmente com experiência em serviço
de urgência, e após capacitação específica para a atividade proposta.
2. (FAURGS - 2017 - HCPA ) Segundo a PNH, a classificação de risco dá-se nos seguintes níveis:
a) vermelho – amarelo – verdes – azuis.
b) roxo – amarelo – azuis – branco.
c) vermelho – branco – verdes – azuis.
d) amarelo – azuis – branco – verdes.
e) vermelho – amarelo – verdes – roxo.
4. (MS CONCURSOS - 2019 - Prefeitura de Sonora - MS – Enfermeiro) O Acolhimento e Classificação de Risco levam a
tomada de decisões do profissional de saúde a partir de:
a) Um atendimento pré-hospitalar feito adequadamente, consequentemente um exame primário e secundário de
excelência, facilitando o entendimento clínico da paciente ao chegar à unidade de saúde que dará continuidade ao
atendimento.
b) Um atendimento humanizado, priorizando cada paciente por suas necessidades, mostrando que a enfermagem
aplica a visão holística.
c) Uma escuta qualificada, associada ao julgamento clínico embasado em protocolo fundamentando cientificamente.
d) Atendimento qualificado, através de fluxogramas baseados em fundamentações científicas.
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5. (UFU-MG - 2018 - UFU-MG - Técnico em Enfermagem) Segundo o Ministério da Saúde, “a Classificação de Risco é
um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o
potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.”
Relacione a cor utilizada durante a classificação de risco com nível de prioridade para atendimento de pacientes.
a) 1 e I, 2 e III, 3 e IV, 4 e II
b) 1 e II, 2 e I, 3 e IV, 4 e III
c) 1 e III, 2 e IV, 3 e II, 4 e I
d) 1 e IV, 2 e III, 3 e I, 4 e II
6. (FADESP - 2020 - UEPA - Técnico de Nível Superior – Enfermagem) De acordo com o Ministério da Saúde (2013),
dentre as estratégias prioritárias na Rede de Atenção à Urgência e Emergência destacam-se
a) qualificação das portas hospitalares de urgência e emergência e da emergência, estratégicas para a RUE, e da
atenção ao paciente crítico ou grave por meio da qualificação das unidades de terapia intensiva.
b) regulação dos leitos de retaguarda clínicos; criação das unidades de isolamentos e de hospitais especializados em
atenção psiquiátrica e para idosos.
c) qualificação da atenção por meio da organização das linhas de cuidados, como psiquiátrica, obstétrica,
oftalmológica, cardiovascular e traumatológica.
d) definição da atenção domiciliar organizada por intermédio das equipes de enfermagem de atenção domiciliar
(ENAD) e das equipes de enfermagem de apoio (ENAP).
7. (CS-UFG - 2018 - UFG – Enfermeiro) A Rede de Atenção às Urgências é constituída por diferentes componentes, os
quais têm como objetivo o acolhimento com classificação de risco, resolutividade e acesso humanizado e integral
aos usuários em situação de urgência/emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. Desse modo, a
Rede de Atenção às Urgências
a) estabelece condições de garantia da universalidade, equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas
em situações cirúrgicas, gineco-obstétricas, pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos,
violências e acidentes), excetuando casos psiquiátricos cujo atendimento é feito de forma exclusiva em unidades
específicas.
b) define o Plano de Ação Regional e o Plano de Ação Municipal que serão orientadores para a execução das fases de
implementação da Rede de Urgência e Emergência, assim como para o monitoramento e a avaliação da
implementação da Rede pelo Grupo Condutor Estadual e pelo Ministério da Saúde.
c) prevê os indicadores que deverão ser analisados nos Comitês Gestores Estaduais da Rede de Atenção às Urgências,
segundo critérios nacionais, buscando-se construir um quadro descritivo completo da atenção estadual às
urgências, apontando aspectos positivos, dificuldades, limites e necessidades a serem enfrentadas .
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d) estabelece a contratualização dos Pontos de Atenção, meio pelo qual o gestor avalia os resultados obtidos no
processo de atenção à saúde, com os pontos de atenção à saúde da Rede de Atenção às Urgências sob sua gestão,
de acordo com o Plano de Ação Regional e os Planos de Ação Municipais.
9. (IBFC - 2017 - EBSERH - Enfermeiro - Saúde do Trabalhador - (HUGG-UNIRIO)) Sobre a Política Nacional de Atenção
às Urgências, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta de cima para baixo. ( ) A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a
finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso
humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e
oportuna. ( ) A Rede de Atenção às Urgências deve ser implementada, imediatamente, em todo território nacional,
independente dos critérios epidemiológicos e de densidade populacional. ( ) O acolhimento com classificação do
risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda
Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de atenção. ( ) A Rede de Atenção às
Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica. A sequência correta é:
a) V,V,V,V
b) V,F,V,F
c) F,V,F,V
d) V,F,F,F
e) V,F,V,V
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10. (INSTITUTO AOCP - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Técnico de Enfermagem 40H) A Rede de Atenção às Urgências
tem como objetivo reordenar a atenção à saúde em situações de urgência e emergência de forma coordenada entre
os diferentes pontos de atenção que a compõe, de modo a melhor organizar a assistência, definindo fluxos e as
referências adequadas. Considerando o exposto, constitui-se como uma das diretrizes do Componente Hospitalar
a) o conhecimento da realidade da população por meio de diagnósticos epidemiológicos geograficamente localizados.
b) o atendimento priorizado, mediante a Classificação de Risco segundo grau de sofrimento, urgência e gravidade do
caso.
c) a humanização da atenção, centrada no cuidado específico do problema de saúde do usuário naquele momento.
d) o desenvolvimento de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, atuando direta e indiretamente no
processo de saúde/doença da população, respeitando os princípios de integralidade, equidade e universalidade
pessoal.
11. (NUCEPE - 2019 - FMS - Técnico em Enfermagem) A Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) objetiva
ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência, nos serviços
de saúde, de forma ágil e oportuna, em todo o território nacional, respeitando-se os critérios epidemiológicos e de
densidade populacional. Não são componentes da RUE:
a) promoção, prevenção e vigilância em saúde.
b) sala de estabilização.
c) serviço de atendimento móvel às urgências
d) atenção terciária.
e) Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 Horas.
12. (IBGP - 2017 - CISSUL - MG - Técnico de Enfermagem) Segundo a Portaria GM/MS n. 2.048/2002, são competências
e atribuições que o técnico de enfermagem deve ter para o atendimento pré-hospitalar móvel, EXCETO:
a) Realizar manobras de extração manual de vítimas.
b) Determinar o local de destino do paciente após seu atendimento e sua estabilização
c) Prestar cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave, sob supervisão direta ou à distância do
profissional enfermeiro.
d) Participar dos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde em urgências.
13. (CONSULPAM - 2019 - Prefeitura de Quadra - SP – Enfermeiro) O tratamento de um doente vítima de trauma grave
exige avaliação rápida das lesões e adoção de medidas terapêuticas de suporte de vida. Deseja-se, portanto
abordagem sistematizada. Para isto, o Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma (PHTLS), propõe, atualmente, a
seguinte sequência de cuidados ao doente traumatizado:
a) A: Vias Aéreas; B: Respiração; C: Circulação.
b) C: Compressões; A: Vias Aéreas; B: Ventilações.
c) A: Vias Aéreas; B: Respiração; C: circulação, D: Disfunção, estado neurológico.
d) X: Hemorragias Externas Graves; A: Vias Aéreas; B: Respiração; C: circulação, D: Disfunção, estado neurológico; E:
Exposição/controle do ambiente.
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14. (IBGP - 2017 - CISSUL - MG - Técnico de Enfermagem) Durante o atendimento a uma vítima de queda de grande
altura, observou-se que a vítima estava com sangramento ativo na cavidade oral e via aérea obstruída. Assinale a
alternativa que apresenta a ação ADEQUADA para o atendimento desse paciente.
a) Manobra de Chin Lift e aspiração da cavidade oral
b) Manobra de hiperextensão e aspiração da cavidade oral.
c) Oferecer O2 suplementar e lateralização da cabeça para saída de sangue na cavidade oral.
d) Instalação de cânula orofaríngea e lateralização da cabeça para saída de sangue na cavidade oral.
15. (Prefeitura de Imperatriz - MA - 2019 - Prefeitura de Imperatriz - MA - Técnico em Enfermagem) A Escala de Coma
de Glasgow é um instrumento utilizado na avaliação neurológica para determinar o nível de consciência e detectar
precocemente alterações. Permite avaliação objetiva da função cerebral, principalmente em avaliações
neurológicas seriadas. São itens avaliados por essa escala, EXCETO:
a) Abertura ocular;
b) Melhor resposta verbal;
c) Abertura oral;
d) Melhor resposta motora.
16. (FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2018 - Prefeitura de Pará de Minas - MG – Enfermeiro) Considere que um paciente
deu entrada numa unidade de saúde após sofrer queda de altura. Avaliado o nível de consciência utilizando a escala
de coma de Glasgow, apresentou as seguintes respostas: abertura ocular ao estímulo doloroso, resposta verbal com
palavras inapropriadas, resposta motora com flexão anormal. Qual é o Glasgow desse paciente?
a) 6.
b) 7.
c) 8.
d) 9.
17. (FGV - 2018 - TJ-SC – Enfermeiro) Senhora Marta, 48 anos, diabética e hipertensa, foi internada na UTI com quadro
de insuficiência hepática, que se agravou, levando-a a um estado de coma. Durante a avaliação, o enfermeiro
verificou que a paciente apresentava: abertura ocular após pressão no leito ungueal; gemidos em resposta ao
estímulo verbal; e flexão lenta do membro superior ao nível do cotovelo como resposta motora. Considerando os
parâmetros da Escala de Coma de Glasgow (e suas modificações), o escore atingido corresponde a:
a) 5 pontos;
b) 7 pontos;
c) 9 pontos;
d) 10 pontos;
e) 11 pontos.
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Gabarito
1. D 2. A 3. D 4. C
5. D 6. A 7. B 8. A
9. E 10. B 11. D 12. B
13. D 14. A 15. C 16. C
17. B
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