2a-Serie EM MAT CP Completo Final WEB 21-02
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Currículo
em Ação
MATEMÁTICA
PROJETO DE VIDA
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
2
SEGUNDA SÉRIE
ENSINO MÉDIO
CADERNO DO PROFESSOR
VOLUME 1
1° BIMESTRE
Governo do Estado de São Paulo
Governador
João Doria
Vice-Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Rossieli Soares da Silva
Secretária Executiva
Renilda Peres de Lima
Chefe de Gabinete
Henrique Pimentel Cunha Filho
Matemática....................................................................................11
Situação de Aprendizagem 1......................................................................13
Situação de Aprendizagem 2......................................................................31
Situação de Aprendizagem 3......................................................................44
Inova...............................................................................................67
Projeto de Vida...............................................................................................69
Situação de Aprendizagem 1......................................................................70
Situação de Aprendizagem 2......................................................................77
Situação de Aprendizagem 3......................................................................81
Situação de Aprendizagem 4......................................................................84
Situação de Aprendizagem 5......................................................................88
Situação de Aprendizagem 6......................................................................93
Tecnologia e Inovação....................................................................................98
Situação de Aprendizagem 1 – ................................................................105
Situação de Aprendizagem 2 – ................................................................115
Situação de Aprendizagem 3 – ................................................................121
Situação de Aprendizagem 4 – ................................................................132
INTEGRANDO O DESENVOLVIMENTO SOCIOEMOCIONAL AO TRABALHO PEDAGÓGICO 7
AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS E O
DESENVOLVIMENTO PLENO DOS ESTUDANTES
As competências socioemocionais são definidas como as capacidades individuais que se mani-
festam de modo consistente em padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos. Ou seja,
elas se expressam no modo de sentir, pensar e agir de cada um para se relacionar consigo mesmo e
com os outros, para estabelecer objetivos e persistir em alcançá-los, para tomar decisões, para abra-
çar novas ideias ou enfrentar situações adversas. Elas são maleáveis e quando desenvolvidas de forma
intencional contribuem para a aprendizagem e o desenvolvimento pleno dos estudantes.
Além do impacto na aprendizagem, diversos estudos multidisciplinares1 têm demonstrado que as
pessoas com competências socioemocionais mais desenvolvidas apresentam experiências mais posi-
tivas e satisfatórias em diferentes aspectos da vida, tais como bem-estar e saúde, relacionamentos,
escolaridade e no mercado de trabalho.
MACRO
COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO
COMPETÊNCIA
Curiosidade para Capacidade de cultivar o forte desejo de aprender e de adquirir
aprender conhecimentos, ter paixão pela aprendizagem.
Capacidade de gerar novas maneiras de pensar e agir por meio da
Imaginação experimentação, aprendendo com seus erros, ou a partir de uma
Abertura ao novo criativa visão de algo que não se sabia.
Capacidade de admirar e valorizar produções artísticas, de diferen-
Interesse artístico tes formatos como artes visuais, música ou literatura.
1 Para saber mais, acesse Teixeira e Brandão (2021). Benefícios das competências socioemocionais na vida. Disponível em: https://institutoayrtonsenna.
org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-avaliacao-socioemocional.pdf. Acesso em:
16 nov. 2021.
2 Para conhecê-los, acesse: Primi et al (2016) Development of an Inventory Assessing Social and Emotional Skills in Brazilian Youth. Disponível
em: https://biblio.ugent.be/publication/7280734/file/7280735.pdf?_ga=2.186746408.1483762967.1636490055-
1611021338.1633530040.1636490055-1611021338.1633530040. Acesso em: 16 nov. 2021.
8 CADERNO DO PROFESSOR
MACRO
COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO
COMPETÊNCIA
Capacidade de envolver-se ativamente com a vida e com outras
Entusiasmo pessoas de uma forma positiva, ou seja, ter empolgação e paixão
pelas atividades diárias e a vida.
Engajamento Capacidade de expressar, e defender, suas opiniões, necessidades
com os outros Assertividade e sentimentos, além de mobilizar as pessoas, de forma precisa.
Capacidade de abordar e se conectar com outras pessoas, sejam
Iniciativa Social
amigos ou pessoas desconhecidas, e facilidade na comunicação
Capacidade de gerenciar a si mesmo a fim de conseguir realizar
Responsabilidade suas tarefas, cumprir compromissos e promessas que fez, mesmo
quando é difícil.
Capacidade de organizar o tempo, as coisas e as atividades, bem
Organização
como planejar esses elementos para o futuro.
Capacidade de estabelecer objetivos, ter ambição e motivação para
Autogestão Determinação
trabalhar duro, e fazer mais do que apenas o mínimo esperado.
Capacidade de completar tarefas e terminar o que assumimos e/ou
Persistência começamos, ao invés de procrastinar ou desistir quando as coisas
ficam difíceis ou desconfortáveis.
Capacidade de focar — isto é, de selecionar uma tarefa ou atividade e
Foco
direcionar toda nossa atenção apenas à tarefa/atividade “selecionada”.
Capacidade de usar nossa compreensão da realidade para enten-
der as necessidades e sentimentos dos outros, agir com bondade e
Empatia
compaixão, além do investir em nossos relacionamentos prestando
apoio, assistência e sendo solidário.
Capacidade de tratar as pessoas com consideração, lealdade e
Amabilidade
Respeito tolerância, isto é, demonstrar o devido respeito aos sentimentos,
desejos, direitos, crenças ou tradições dos outros.
Capacidade de desenvolver perspectivas positivas sobre as pesso-
Confiança as, isto é, perceber que os outros geralmente têm boas intenções
e, de perdoar aqueles que cometem erros.
VOCÊ SABIA?
Competência
Situação de
Tema da Situação de Aprendizagem Socioemocional em
Aprendizagem
Foco
1 Matemática Financeira Foco
2 Sistemas de Medidas Tolerância ao Estresse
3 Razões Trigonométricas Persistência
3 Segundo estudo meta-analítico de Durlak e colaboradores (2011), o desenvolvimento socioemocional apresenta melhores resultados quando as situações
de aprendizagem são desenhadas de modo SAFE: sequencial, ativo, focado e explícito. DURLAK, J. A., WEISSBERG, R. P., DYMNICKI, A. B., TAYLOR, R. D., &
SCHELLINGER, K. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning: A meta-analysis of school-based universal interventions. Child
Development, 82, 405-432.
Matemática
MATEMÁTICA 13
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
APROFUNDANDO E APLICANDO ALGUNS CONCEITOS DE
MATEMÁTICA FINANCEIRA
INTRODUÇÃO
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2
Propor ou participar de ações para investigar desafios do mundo contemporâneo e tomar deci-
sões éticas e socialmente responsáveis, com base na análise de problemas sociais, como os voltados
a situações de saúde, sustentabilidade, das implicações da tecnologia no mundo do trabalho, entre
outros, mobilizando e articulando conceitos, procedimentos e linguagens próprios da Matemática.
A competência 2 tem como característica principal promover a inclusão do estudante em sua comu-
nidade local e no mundo globalizado. Nesse sentido, é importante ressaltar o aprimoramento da ca-
pacidade de pesquisa e de investigação por parte do estudante, o que pressupõe a observação dos
desafios presentes em sua comunidade local/global, a elaboração de hipóteses que as descrevam, o
tratamento dos dados associados à situação envolvida, a análise dos resultados obtidos e, por fim, a
tomada de decisão a partir das conclusões obtidas. Ao desenvolver essa competência, pode-se afir-
mar que o estudante avança em relação ao entendimento de que os Projetos de Vida não são apenas
no âmbito profissional, mas também nas dimensões pessoal e social/cidadã.
Habilidade
Pressupostos metodológicos
Predizer, com base no cálculo de juros simples ou compostos, o valor final obtido num determinado
investimento com taxa fixa após um determinado período.
Calcular a taxa de juros final que representa um aumento salarial após sucessivos acréscimos
percentuais (constantes ou variáveis).
Diferenciar, a partir da leitura de panfletos e peças publicitárias, a taxa de juros efetiva envolvida no
parcelamento de um determinado bem de consumo.
Decidir, entre dois sistemas de amortização, qual é o mais adequado para a aquisição de um bem de
consumo de acordo com as receitas mensais de uma família.
Nesta Situação de Aprendizagem, iniciaremos com atividades que retomam conceitos da Matemática
Financeira, bem como o aprofundamento por meio de situações-problema que favoreçam seu uso
no dia a dia.
Você já parou para pensar que utilizar o dinheiro de maneira adequada, gastando mensalmente uma
quantia menor do que se ganha, e economizar parte dessa remuneração, são fatores importantes para
uma vida financeira equilibrada? Por isso, estudar Juros, acréscimos e descontos, que são elementos
fundamentais da matemática financeira, é de extrema importância.
J = Juro
C = Capital
J=C⋅i⋅t
i = Taxa
t = período
Para calcular o montante de uma aplicação no sistema de Juros Simples, usamos a seguinte fórmula:
MATEMÁTICA 15
M=C+J
M = C + (C ⋅ i ⋅ t)
M = C ⋅ (1 + i ⋅ t)
M = Montante
C = Capital
M = C ⋅ (1 + i)t
i = Taxa
t = período
Professor, a ideia principal dessa atividade é retomar alguns conceitos sobre Juros Simples e Juros
compostos, de maneira que o estudante consiga resolver situações parecidas em seu dia a dia.
1.1 Calcule o rendimento de um capital de R$ 750,00, aplicado a regime de juros simples a uma taxa de:
4,5
Dados do problema i = 4,5% a.m = = 0,045 a.m.
100
t = 12 meses
j = C ∙ i ∙ t ⇒ j = 750 ∙ 0,45 ∙ 12 ⇒ j = 405,00
O rendimento de um capital de R$ 750,00, considerando um período de 12 meses a uma taxa de juros
simples de 4,5% a.a., será de R$405,00.
c)
C = R$ 750,00
1,8
Dados do problema i = 0,06% a.d (ao dia) = 0,6 ∙ 30 dias = 1,8%a.m = = 0,08 a.m
100
t = 1 mês
j = C ∙ i ∙ t ⇒ j = 750 ∙ 0,018 ∙ 1 ⇒ j = 13,50
O rendimento de um capital de R$ 750,00, considerando um período de 1 mês a uma taxa de juros
simples de 0,06% a.d., será de R$ 13,50
16 CADERNO DO PROFESSOR
1.2 Fernando aplicou um capital de R$ 540,00, a um regime de juro simples com uma taxa de 0,2%
a.m. Quanto será o juro gerado após 8 meses?
C = R$ 540,00
0,2
Dados do problema i = 0,2% a.m (juros simples) = = 0,002 a.m.
100
t = 12 meses
j = C ∙ i ∙ t ⇒ j = 540 ∙ 0,002 ∙ 8 ⇒ j = 8,64
O juro da aplicação de Fernando será de R$ 8,64.
a) Sendo p o valor de cada parcela, M o montante obtido a partir do saldo devedor C = 4 100 – p, i a
taxa de juros e o tempo em meses t = 1, temos:
M = C + j ⇒ M = C + (C ∙ i ∙ t) ⇒ M = C ∙ (1 + i ∙ t)
p = (4100 - p) ∙ (1 ∙ i ∙ 1) ∙ 2100 = (4100 - 2100) ∙ i =
2100
= 2100 = 2000 ∙ i ⇒ i = ⇒ i = 0,05 ou 5%
2000
b) Calculando o valor do refrigerador com 8% de desconto:
V1 = 4100 ∙ (1 - 0,08) ⇒ V1 = 4100 ∙ 0,92 = 3772
Portanto, o valor do refrigerador com 8% de desconto é de R$ 3772,00
Cálculo do valor a ser economizado por Carlos ao adquirir o refrigerador com desconto de 8%.
Valor a ser pago por Carlos pelo refrigerador: 2 · 2100 = R$ 4.200,00
Subtraindo do Valor a Prazo de R$ 4200,00 o valor à vista de R$ 3772,00, temos:
4200 – 3772 = 428
Ou seja, Carlos economizaria R$ 428,00 comprando o refrigerador à vista.
1.4 Paulo aplicou R$ 700 000,00 a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês. Qual será o valor
obtido por ele após 6 meses de aplicação?
(Professor (a), nessa atividade, sugere-se que o estudante utilize a calculadora.)
MATEMÁTICA 17
C = R$ 700 000,00
M=?
1.5 Determine o valor a ser aplicado hoje, a uma taxa de juros composto de 2% a.m., para que uma
pessoa receba R$ 9 000 ,00 ao final de 6 meses?
C=?
M = 9 000,00
2.1 Faça uma pesquisa sobre o que é o crédito rotativo oferecido por alguns cartões de crédito e
como ele funciona.
A resposta será de acordo com a pesquisa realizada pelos estudantes.
2.2 Luiz Fernando após receber a fatura de seu cartão de crédito no
valor de R$ 432,91, resolveu fazer o pagamento mínimo, fixado
em 15% pelo emissor do cartão, que será de R$ 64,94.
Considerando que a taxa de juros do rotativo e os demais
encargos seja, no total, de 14,90%, qual será o valor a ser pago
por Luiz Fernando na fatura do próximo mês, supondo que não
há outras compras ou taxas a serem cobradas?
14,90 5482,75
∙ 367,97 = ≅ 54,83
100 100
Portanto, para a próxima fatura Luiz Fernando terá que pagar o valor de 367,97 + 54,83 = 422,80 reais.
2.3 Um investidor aplicou um capital (C) de R$ 12 000,00 em dezembro de 2020 a uma taxa de juros
(i) de 2% a.m. Ao final de dezembro de 2021, ele verificou seu extrato. Considerando os montantes
obtidos do regime de juros compostos e do regime de juros simples, qual foi a diferença, em reais,
entre os montantes no mês de dezembro? Na sequência, construa o gráfico que represente os
montantes de acordo com o tempo.
Professor, nessa atividade você pode sugerir que o aluno resolva por meio de planilhas eletrônicas do
Google, ou utilize calculadora científica.
Primeiro o estudante deve calcular o montante a juros simples, e depois o montante a juros
compostos, mês a mês.
Resolução:
Montante (M) a juros simples no mês de dezembro:
M = C ∙ (1 + i)1 ⇒ M = 12000 ∙ (1 + 0,02 ∙ 12) ⇒ M = 14880,00
MATEMÁTICA 19
A tabela a seguir mostra os valores referentes aos montantes calculados sob taxa a juros simples e
compostos em função do período t.
20 CADERNO DO PROFESSOR
Professor, se achar conveniente, você pode solicitar aos estudantes calcular todos os valores constantes
na tabela.
Dicas para o professor:
Professor, caso queira utilizar o recurso de uma planilha eletrônica para efetuar os cálculos dos
montantes a juros simples e compostos, na planilha de cálculo Excel, acesse o QR Code e veja o passo
a passo para realizar os cálculos.
https://drive.google.com/file/d/11f2KfB1PDyr8ghaXB_dAT0pipHk8m32r/
view?usp=sharing
O modelo a seguir mostra a elaboração de uma planilha para efetuar os cálculos dos montantes a juros
simples e compostos na internet por meio da Planilha Google.
https://bityli.com/ULjwo
MATEMÁTICA 21
Instruções Descontos/abatimentos
Para pagamento até 05/11, conceder desconto de 10%
Para pagamento após 16/11, multa de 2% fixa e juro de 1% ao mês.
Não receber após 31/12/2021
Mora/Multa
Outros acréscimos
Sacado
Belos Doces ME – CNPJ 00000111115555
O valor pago pelo atraso no pagamento é com base no sistema de juros compostos. Sabendo
que o valor desse boleto é R$ 1000,00, determine:
Resolução:
Considerar o desconto de 10% para o pagamento até 05/11, temos:
Valor a pagar = 1000 ∙ (1 - 0,1) = 900,00
Portanto, o valor a pagar em 05/11 será de R$ 900,00.
Como consta nas informações do boleto, após 16/11, incidirá uma multa fixa de 2%, então temos: 2%
2
de 1000 = ∙ 1000 = 20,00
100
22 CADERNO DO PROFESSOR
2.5 Fernanda pretende aplicar R$ 14 000,00 por 7 meses seguidos, em algum investimento. Ela está
em dúvida se aplica no sistema de juros simples com taxa de 11% ao ano, ou no sistema de
juros compostos, com taxa de 9% ao ano. Qual das duas opções é a mais rentável?
Represente graficamente.
Professor, nessa atividade, sugere-se que o estudante calcule por meio de planilhas eletrônicas ou
calculadora científica. Para a realização do gráfico, pode se utilizar os aplicativos Geogebra, Excel...
Resolução:
Considerando A o sistema de juros simples e B o sistema de juros compostos, temos:
Sistema de Juros Simples
t = 0 ⇒ MA(0) = 14000 ∙ (1 + 0,11 ∙ 0) = 14000 ∙ 1 = 14000,00
t = 1 ⇒ MA(1) = 14000 ∙ (1 + 0,11 ∙ 1) = 14000 ∙ 1,11 = 15540,00
t = 3 ⇒ MA(3) = 14000 ∙ (1 + 0,11 ∙ 3) = 14000 ∙ 1,33 = 18620,00
Processo análogo para as demais situações.
Sistema de Juros Compostos
t = 0 ⇒ MB(0) = 14000 ∙ (1 + 0,09)0 = 14000 ∙ 1 = 14000,00
t = 1 ⇒ MB(1) = 14000 ∙ (1 + 0,09)1 = 14000 ∙ (1,09)1 = 14000 ∙ 1,09 = 15260,00
t = 2 ⇒ MB(2) = 14000 ∙ (1 + 0,09)2 = 14000 ∙ (1,09)2 = 14000 ∙ 1,1881 = 16633,40
Processo análogo para as demais situações.
t MA(t) MB(t)
0 R$ 14 000,00 R$ 14 000,00
1 R$ 15 540,00 R$ 15 260,00
2 R$ 17 080,00 R$ 16 633,40
3 R$ 18 620,00 R$ 18 130,41
4 R$ 20 160,00 R$ 19 762,14
5 R$ 21 700,00 R$ 21 540,74
6 R$ 23 240,00 R$ 23 479,40
7 R$ 24 780,00 R$ 25 592,55
Fonte: Elaborada pelos autores
A expressão matemática que representa o montante A aplicado a juros simples em função do tempo
será dado por: MA(t) = 1540t + 14000, e a expressão matemática que representa o montante B, em
função do tempo aplicado a juros compostos será MB(t) = 14000 ∙ (1,09)1.
E a representação gráfica de ambas as funções será:
MATEMÁTICA 23
Após realizar todos os cálculos, confira o resultado obtido, digitando os valores informados no
enunciado da atividade, realizando a leitura do QRCODE ou acessando o link, conforme segue:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1AHzDvujqnv8uyz5jtKA9nzlQnL9OL9r
H0uJicqYNUqg/edit?usp=sharing
Existem diferentes tipos de financiamento, neles costumam aparecer alguns elementos como:
• Quantia financiada (valor do credito obtido);
• Juro (quantia paga pelo “aluguel” do credito obtido);
• Taxa de juro (percentual de juro pago no financiamento em certo período de tempo);
• Quantidade de prestações (número de prestações a serem pagas);
• Valor da prestação (quantia paga em cada prestação);
• Saldo devedor (quantia correspondente à dívida total durante o período do financiamento);
• Amortização (parte do valor da prestação paga correspondente à quantia a ser reduzida do
saldo devedor);
• Pagamento parcelado ou em uma única vez?
• Parcelas fixas ou variáveis?
• Amortização constante ou ao fim do período?
Quando se pensa em tomar alguma forma de crédito, deve-se ficar atento aos diferentes sistemas
de amortização da dívida, pois eles responderão às questões acima.
Existem várias modalidades de financiamento, vamos analisar dois dos sistemas mais comuns
de financiamento.
Exemplo
Uma família pretende financiar o restante que falta para a compra de um apartamento que custa R$
250 000,00. Uma instituição financeira oferece aos seus clientes uma modalidade de financiamento pelo
SAC com prestações mensais, com taxas de juros de 0,5% a.m e prazo de 20 anos (240 meses).
Se a família financiar R$ 108 000,00, nas condições apresentadas no prazo máximo de pagamento,
qual será o valor de cada prestação?
MATEMÁTICA 25
Nessa situação:
C 108000
a = = ⇒ a = 450
N 240
Saldo devedor:
S1 = 108000 – 450 = 107550
Assim, o valor da segunda prestação é R$ 987,75 e o saldo devedor após o pagamento dessa
prestação é R$ 107,100,00
26 CADERNO DO PROFESSOR
O gráfico a seguir representa a variação do saldo devedor para o financiamento em 240 meses:
Saldo devedor s(n)
120000
100000
80000
60000
40000
20000
Quantidade de parcelas(n)
rcela
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
3.3 Para adquirir um automóvel, Victor financiou o valor de R$ 36.000,00, a ser quitado em 120
prestações mensais e consecutivas. A primeira prestação, no valor de R$ 1.308,00, venceu um
mês após a contratação do financiamento.
Se o sistema adotado foi o de Amortizações Constantes (SAC), a taxa de juros mensal efetiva
aplicada a essa transação é:
Resolução:
No sistema SAC - Sistema de Amortizações Constantes, a amortização será igual a:
c 36000
a= = = 300
n 120
Ao final do primeiro mês Gabriel pagará R$ 300,00 (amortização) + juros de i em relação ao saldo
devedor de R$ 36.000,00.
p1 = a + j1 = a + i ∙ C
1308 = 300 + i ∙ 36000
1008
i= = 0,0028 = 2,8%
36000
Portanto, alternativa correta “B”.
3.4 Um automóvel foi adquirido no valor de R$150,000.00 a ser pago de acordo com o SAC. A
revendedora ofereceu um financiamento em 30 meses sem entrada, com juros de 1% a.m.
Calcule o valor das amortizações e o valor da primeira parcela.
Resolução:
150000
a= = 5000
30
O valor da amortização do valor do automóvel será de R$ 5.000,00
P = a + (C ∙ j)
P = 5000 + (150000 ∙ 0,01)
P = 5000 + 1500
P = 6.500
O valor da primeira parcela será de R$ 6.500,00
Sistema francês de amortização ou sistema Price
O modelo de amortização por Tabela Price é um dos mais conhecidos. Por ele, o montante total
é amortizado ao longo do contrato e de forma crescente. Assim, o pagamento é feito através de um
conjunto de prestações sucessivas e constantes.
Geralmente, as parcelas são pagas mensalmente em valores iguais, já com os juros embutidos.
Também pode ser chamado de Sistema de Parcelas Fixas ou Sistema Francês.
28 CADERNO DO PROFESSOR
Exemplo:
Um apaixonado por motocicletas observa
uma propaganda que diz: Super Promoção:
entrada de R$ 4 000,00 mais 60 parcelas fixas,
realize seu sonho de ter sua própria motocicleta.
Qual seria o valor de cada prestação?
Nessa situação:
• a quantia financiada é de R$ 6.000,00,
C = R$ 6 000,00; Fonte: encurtador.com.br/wHK36.
Acesso em: 19 ago. 2021
• a taxa de juro é de 2% a.m., i = 0,02;
• a quantidade de prestações é igual a 60, n = 60.
Como as parcelas vão ser iguais o sistema de amortização será o Price que podem ser calculados
da seguinte forma:
C⋅i
p =
1 – (1 + i )–n
120
p = = 172,61
0,6952
Resolução:
s2 = s1 - a2 = 5947,39 - 53,66 = R$ 5 893,73
a3 = p1 - j3 = 172,61 - 117,87 = R$ 54,74
Construa uma planilha eletrônica, tomando como referência o quadro anterior, que apresente o
valor do saldo devedor das 60 prestações.
Professor, disponibilizamos, a seguir, um link em que se apresenta uma planilha, baseada em uma
planilha eletrônica, que pode servir de modelo para o desenvolvimento da atividade proposta.
https://bityli.com/EykCE
3.7 Pesquise, em panfleto de loja ou na internet, algum produto que esteja sendo anunciado sem a
cobrança de juro no pagamento a prazo, e com desconto no pagamento à vista. Com base nas
informações pesquisadas, calcule a taxa de juro que pode ser considerada na compra a prazo
desse produto em relação à compra à vista.
3.8 Quais das informação a seguir, são características de financiamentos no modelo Price.
Resolução:
Informações corretas: “a”, “d”, “e” e “ f”.
Professor, essa atividade foi desenvolvida no caderno da 1ª Série do Ensino Médio – 4º Bimestre.
Valor da nota fiscal no primeiro pagamento:
Dados: M1 = 202,00, n = 1 mês, i = 1% = 0,01, C1 = ?
202
M1 = C1 ∙ (1 + i)n ⇒ 202 = C1 ∙ (1 + 0,01)1 ⇒ 202 = 0,01 ∙ C1 ⇒ C1 = = 200
1,01
O valor da nota fiscal no primeiro pagamento será de R$ 200,00.
Valor da nota fiscal no segundo pagamento:
Dados: M2 = 204,00, n = 2 meses, i = 1% = 0,01, C2 = ?
M2 = C2 ∙ (1 + i)n ⇒ 204 = C2 ∙ (1+ 0,01)2 ⇒ 204 = C2 ∙ 1,012 ⇒ 204 = C2 ∙ 1,0201 =
202
⇒ C2 ≅ 200
1,01
Somando o capital do primeiro mês com o capital do segundo mês, temos:
M = C1 + C2 = 200 + 200 ⇒ M = 400
O valor à vista, em real, que deverá constar na nota fiscal é de R$ 400,00
Portanto, a alternativa “B” está correta.
4.2 (ENEM 2015) Um casal realiza um financiamento imobiliário de R$ 180 000,00, a ser pago em 360
prestações mensais, com taxa de juros efetiva de 1% ao mês. A primeira prestação é paga um
mês após a liberação dos recursos e o valor da prestação mensal é de R$ 500,00 mais juro de
1% sobre o saldo devedor (valor devido antes do pagamento). Observe que, a cada pagamento,
o saldo devedor se reduz em R$ 500,00 e considere que não há prestação em atraso. Efetuando
o pagamento dessa forma, o valor, em reais, a ser pago ao banco na décima prestação é de:
Resolução:
Para calcular quanto será a décima parcela, devemos considerar que o saldo devedor é reduzido em
R$ 500,00.
Sendo assim, quando pagarem a nona prestação, eles terão quitado 9 ∙ R$500 = R$ 4.500,00, e
estarão com uma dívida de R$175 500,00 (180 000 – 4.500).
Com isso, podemos concluir que o valor a ser pago na décima prestação será:
500 + 0,01 ∙ 1755001755 = 500 + 1755 = 2255
Dessa forma, pode-se concluir que, na décima prestação, o valor a ser pago será de R$ 2.255,00.
Portanto, a alternativa “D” está correta.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
O SISTEMA INTERNACIONAL E OUTROS SISTEMAS DE
MEDIDAS LIGADOS AOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS
Competência Específica 1
Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para interpretar situações em
diversos contextos, sejam atividades cotidianas, sejam fatos das Ciências da Natureza e Humanas, das
questões socioeconômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes meios, de modo a contribuir
para uma formação geral.
A competência 1 apresenta a Matemática como um corpo de conhecimentos a serviço de outras
áreas do conhecimento e, por isso, colabora para a formação integral do estudante. O conhecimento
de estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos, sempre levando em consideração o contexto
em que a situação está inserida, está associado ao domínio da competência. A compreensão do que
se deseja determinar de acordo com cada situação exige a combinação de vários conhecimentos
de modo apropriado, para que seja possível colocar esse conjunto de ideias em ação, monitorando
estratégias selecionadas em cada situação e analisando sua eficiência; e a leitura e interpretação de
textos verbais, desenhos técnicos, gráficos e imagens. É uma competência relacionada à preparação
dos jovens para construir e realizar Projetos de Vida. Vale destacar a relação dessa competência com
a Competência Geral 2 da BNCC, no que se refere ao exercício da curiosidade intelectual que utiliza o
conhecimento para investigar, refletir e criar soluções em diferentes situações.
Habilidade
espera a identificação e a leitura das diferentes grandezas e suas unidades que se apresentam no
cotidiano, assim como a realização das conversões mais usuais para solucionar situações diversas.
O desenvolvimento dessa habilidade está diretamente relacionado à construção da Competência Geral
7 do Currículo Paulista do Ensino Médio, no sentido de aprender a argumentar e posicionar-se com
base em fatos e informações de diferentes áreas.
1 Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou muito pequenas, tais como distâncias entre planetas e sistemas solares,
tamanhos de vírus ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros.
MATEMÁTICA 33
Professor, ao longo da leitura realize momentos de parada e reflexão sobre o conhecimento dos alunos
sobre situações cotidianas em que precisamos utilizar as unidades de medidas para realizar ou interpre-
tar as medidas existentes. Buscando reforçar a ideia da importância histórica de uma medida padrão,
recorde os estudantes que a grandeza é tudo que pode ser medido, e que há coisas que não podem ser
medidas. Importante retomar o conhecimento dos estudantes sobre as unidades de medidas padrão e
não padrão, os múltiplos e submúltiplos, por meio do conhecimento cotidiano de receitas caseiras.
Nesse momento, destaque a história do sistema de medida como uma construção histórica humana, e
a importância da existência de um sistema de unidades de medida padronizado mundialmente.
Ao longo da leitura, registre em lousa as palavras desconhecidas, as ideias centrais do texto e os apon-
tamentos dos alunos, utilizando as palavras deles. Ao final, organize as ideias e construa com os alunos
um texto coletivo, como resumo dos conceitos que foram retomados.
2.1 Nessa atividade, você poderá trabalhar em dupla, para realizar a leitura de artigos e colunas, por
meio de sites de divulgação científica e de tecnologia da informação, conforme o quadro a seguir,
realize a leitura de todos o material indicado e responda o que se pede.
http://chc.org.br/coluna/medindo-aqui-e-ali/
Medindo aqui e ali
Acesso em: 09 Ago.2021
http://chc.org.br/artigo/explorando-medidas/.
Explorando medidas
Acesso em: 09 Ago.2021.
http://chc.org.br/coluna/muito-espaco-la-embaixo/.
Muito espaço lá embaixo.
Acesso em: 09 ago.2021
http://chc.org.br/viagem-em-torno-do-sol/.
Viagem em torno do sol.
Acesso em: 09 ago.2021.
http://chc.org.br/experimento-comestivel/.
Experimento comestível.
Acesso em: 09 ago.2021.
http://chc.org.br/artigo/tamanho-astronomico/.
Tamanho astronômico.
Acesso em: 09 ago.2021
Do bit ao Yottabyte:
https://www.tecmundo.com.br/infografico/10187-do-
conheça os tamanhos
bit-ao-yottabyte-conheca-os-tamanhos-dos-arquivos-
dos arquivos digitais
digitais-infografico-.htm. Acesso em 09 ago.2021
[infográfico]
1ª propriedade: Se a é um número real não nulo e m e n são números inteiros, então: am ⋅ an = am + n, desde
que a ≠ 0 se m ≤ 0 ou n ≤ 0.
2ª propriedade: Se a é um número real não nulo e m e n são números inteiros, então: am ÷ an = am - n
3ª propriedade: Se a e b são números reais e m é um número inteiro, então:
(a + b)n = am ⋅ an, desde que a ⋅ b ≠ 0 se m ≤ 0.
4ª propriedade: Se a e b são números reais, com b ≠ 0, e m é um número inteiro, então: (a + b)m = am ÷ an,
desde que a ≠ 0 se m ≤ 0.
5ª propriedade: propriedade: Se m e n são números inteiros e a é um número real, então: (am)n = am ⋅ n, se
m ≤ 0 ou n ≤ 0
Notação científica
Na notação científica, os números são dados na forma a ⋅ 10n, em que a é um número real, maior ou igual a
um e menor do que 10, ou seja, 1 ≤ a ≤ 10, enquanto n é um número inteiro.
Professor, caso tenha percebido concepções equivocadas no exercício anterior, nesse momento ha-
vendo necessidade, questione os alunos sobre os erros encontrados, a fim de colocar em conflito
cognitivo, e realizando os ajustes necessários.
Visando a apresentar a matemática como um conhecimento humano construído, sugerimos que o
professor distribua as unidades de medidas encontradas ao longo da leitura entre os alunos e propo-
nha uma breve pesquisa sobre a história daquela unidade de medida, a ser apresentada oralmente aos
colegas na próxima aula.
Vejam no quadro 1, alguns números gerados em um passeio até o limite da órbita terrestre:
Quadro 1
COLUNA A COLUNA B
1
Tempo (do início ao fim do passeio) hora
5
( ( ) Coeficientes
) Grandezas ( X ) Medidas
c) Existe alguma unidade de medida na tabela 1 que você não conhece? Todas elas fazem parte
do SI?
d) Nem sempre as unidades do SI são utilizadas em nosso cotidiano, muitas vezes, utilizamos
unidades de medidas fora do SI, pois se adequam melhor em situações específicas.
“Em todo caso, quando queremos fazer conversões entre unidades de medida,
precisamos saber de alguma relação de igualdade existente entre elas.”
Propomos no quadro 2, algumas relações de igualdade, você consegue completá-la?
Complete a tabela e, caso não consiga, faça uma pesquisa para auxiliá-lo no preenchimento.
Quadro 2
GRANDEZA RELAÇÃO DE IGUALDADE ENTRE AS UNIDADES DE MEDIDA
Tempo 1 hora equivale a _____ minutos
Comprimento 1 pé equivale a _______ metros
Velocidade 1 m/s equivale a_______km/h
Valor Monetário 1 U$ (dólar) equivale a _______ R$ (reais)
Fonte: Elaborado pelo autor
MATEMÁTICA 37
e) Sabendo das relações entre as unidades de medida do item b), reescreva o Quadro 1 conver-
tendo os valores para as unidades de medida propostas no Quadro 2.
f) Para finalizar, construa um algoritmo ou mapa mental para o processo de conversão de
unidades de medida.
Resolução:
Professor, esse item pode ter mais de uma forma de responder, segue apenas uma sugestão de resolução:
Vide resposta na atividade proposta.
Vide resposta na atividade proposta.
Primeira parte: resposta pessoal. Na segunda parte, a única unidade de medida da tabela que faz parte
do SI é m/s (grandeza velocidade).
Vide respostas na Tabela 2
COLUNA A COLUNA B
Tempo (do início ao fim do passeio) 12 minutos
Comprimento (altura máxima atingida) 100 000 metros
Velocidade (valor máximo atingido) 3690 km/h
Valor Monetário (Preço da passagem) R$ 1 282 500,003
Algoritmo
1º passo: encontrar a relação entre as medidas;
2º passo: relacionar as razões, utilizando a regra de 3 (proporcionalidade);
3º passo: calcular o valor desconhecido.
Mapa mental
Acesse o material indicado no link ou realize a leitura do QRCODE, realize a leitura do conteúdo
exposto e aguarde as orientações de seu professor.
Professor, para o desenvolvimento dos conceitos de medições diretas, indiretas e de razões entre
grandezas, propomos a leitura do texto.
Ao final da leitura, retome com os alunos a distinção entre os conceitos massa e peso. Destaque que
massa é a quantidade de matéria e peso é a medida da força de atração gravitacional sobre um
objeto. Ou seja: p = m · g , sendo assim, são grandezas diretamente proporcionais e, quanto maior
a massa de um corpo, maior será o seu peso. Para se aferir a massa, há uma medição direta, que
consiste em comparar diretamente a grandeza a medir com outra da mesma espécie, e cujo valor se
escolheu para unidade.
Em seguida, destaque que o cálculo do índice de massa corpórea (IMC) é uma medição indireta, pois
a medida da grandeza é obtida por cálculo matemático de outras grandezas medidas diretamente,
como massa (em kg) dividida pela altura (em metros) elevada ao quadrado.
Assim como o IMC, grandezas como densidade, velocidade e aceleração também são exemplos de
grandezas de medição indireta. Dessa forma, questione os estudantes se esses conceitos já foram
abordados nas aulas de Ciências da Natureza.
A Capacidade Térmica é a grandeza que mede a quantidade de calor (energia térmica) necessária
para variar a temperatura de um determinado corpo. Sua medição é feita de forma indireta através da
razão entre a quantidade de calor e a variação da temperatura, por exemplo, se um corpo possui ca-
pacidade térmica de 12 cal/°C, significa que se ele receber 12 calorias do ambiente sua temperatura
aumenta em 1°C, ou, se ele ceder 12 calorias para o ambiente, sua temperatura diminui em 1°C.
Q
Algebricamente, podemos escrever a fórmula C =
Δt
a) Calcule a capacidade térmica de um recipiente de vidro que precisa de 2 kcal para aumentar
sua temperatura em 20°C. (use: 1 kcal = 1000 cal)
b) Se o recipiente do item a) fosse de alumínio, com capacidade térmica de 40 cal/°C, ele es-
quentaria mais rápido? Justifique sua resposta.
c) Como desafio, calcule a quantidade de calor, em kcal, que o recipiente de alumínio do item b)
precisa receber para aumentar sua temperatura em 100°C.
a) Primeiro, vamos converter 2 kcal para calorias (multiplicando por 1000), encontrando o valor de 2000
cal, agora aplica-se a razão, para determinar a capacidade térmica:
202
C= = 100 cal/ºC
1,01
b) Sim, ele esquentaria mais rápido, porque a capacidade térmica do alumínio é menor, necessitando
de menos energia para esquentar (mudar sua temperatura).
c) Temos a informação no enunciado do item b), que a capacidade térmica do alumínio é
C = 40 cal/°C, e temos dado o valor da variação da temperatura T = 100°C, determinamos a quan-
tidade de calor, resolvendo a equação 40 = Q / 100, que implica Q = 40 · 100 = 4000 cal, para
converter para kcal dividimos 4000 ÷ 1000 = 4, e a resposta será 4 kcal.
40 CADERNO DO PROFESSOR
Chamamos de tempo de download, o tempo previsto para transferir uma certa quantidade de
dados que está na internet para algum dispositivo eletrônico (aparelhos móveis em gerais e computadores
pessoais). Ele é calculado pela razão entre o tamanho do arquivo (normalmente em múltiplos de bytes:
KB, MB, GB, TB etc) e a velocidade da conexão com a internet (normalmente em múltiplos de bits por
segundo: Kbps, Mbps, Gbps etc).
Observação: É importante lembrar que nos cálculos, é necessário converter todos os valores
para bytes(B) ou bits(b) para que a resposta esteja correta, dado que 1 byte = 8 bits.
Vamos praticar! Suponha que a velocidade da conexão com a internet seja de 30 Mbps:
c) Escreva uma função que relacione a quantidade de dados transferidos em função do tempo
de download.
Observação: professor, no item d), ao pedir que os estudantes esbocem um gráfico, discuta com eles
a relação de proporcionalidade entre as grandezas envolvidas e o tipo de função gerada.
a) Fazendo a multiplicação: 200 · 1,5 MB = 300 MB, temos que 200 fotos equivalem a 300 MB,
convertendo de bytes (B) para bits (b,) multiplicando 300 MB · 8 = 2400 Mb, encontramos o tamanho
das fotos em bits. E determinamos o tempo pela divisão 2400 ÷ 30 = 80 segundos.
b) Primeiro convertemos de bytes (B) para bits (b), multiplicando 350 MB · 8 = 2800 Mb, encontramos
o tamanho do vídeo em bits. E determinamos o tempo pela divisão 2800 ÷ 30 = 93,33 segundos.
c) A função será do tipo afim, com f(x) = 30 · x, em que f(x) representa quantidade de dados transferidos
e x representa o tempo de download.
d)
(B) 14 (D) 60
Resolução:
85
Massa de um biscoito: = 8,5 g
10
Cálculo das quilocalorias de um biscoito
15g → 90 kcal
8,5g → xkcal
90 ∙ 8,5
x= ⇒ x = 6 ∙ 8,5 = 51 kcal
15
4.2 (ENEM 2019) O Sistema Métrico Decimal é o mais utilizado atualmente para medir comprimentos
e distâncias. Em algumas atividades, porém, é possível observar a utilização de diferentes unida-
des de medida. Um exemplo disso pode ser observado no quadro.
Unidade Equivalência
Polegada 2,54 centímetros
Jarda 3 pés
Jarda 0,9144 metros
Assim, um pé, em polegada, equivale a
Resolução:
Conversão das medidas de pés para jardas:
Pés Jardas
3 → 1
1 → x
1
x= , logo, 1 pé equivale a 1 de jardas
3 3
42 CADERNO DO PROFESSOR
0,9144 1
x= = 0,3048, logo jardas = 1 pé equivale a 0,3048 m ou 30,48 cm
3 3
4.3 (ENEM 2016) - Densidade absoluta (d) é a razão entre a massa de um corpo e o volume por ele
ocupado. Um professor propôs à sua turma que os alunos analisassem a densidade de três cor-
pos: dA, dB e dC. Os alunos verificaram que o corpo A possuía 1,5 vez a massa do corpo B, e
esse, por sua vez, tinha 3/4 da massa do corpo C. Observaram, ainda, que o volume do corpo A
era o mesmo do corpo B e 20% maior do que o volume do corpo C.
(C) dC < dB = dA
Professor, essa atividade tem como objetivo propor ao estudante um resgate dos conhecimentos já es-
tabelecidos, e, ainda, interpretar a situação-problema e extrair todos os dados apresentados, e assim
propor uma resolução plausível da situação apresentada. Na devolutiva da atividade proposta, discuta
as possíveis estratégias obtidas pelos estudantes.
Resolução:
MATEMÁTICA 43
MA = Massa do corpo A
dC = Densidade do corpo C
1 MB 4
MB = ∙ MC ⇒ MC = ⇒ MC = MB ∙ (V)
3 3 3
4
Da equação (IV), temos:
VA
VA = 1,2 ∙ VC ⇒ VC = (VI)
1,2
VB
VC = (VII)
1,2
Densidade do corpo A
MA 1,5 ∙ MB
dA = = = 1,5 ∙ dB (VIII)
VA VB
44 CADERNO DO PROFESSOR
Densidade do corpo C
4
∙ MB
MC 3 4 1,2 MB
dC = = = ∙ MB ∙ = 0,4 ∙ 4 ∙ ⇒ dC = 1,6 ∙ dB (IX)
VC VB 3 VB VB
1,2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS E SUAS APLICAÇÕES
Competência Específica 3
A competência 3, em essência, está relacionada ao chamado “fazer matemático”, ou seja, está intima-
mente ligada à essência da Matemática, que é a ação de resolver situações-problema, a qual é o centro
da atividade matemática. Por esse motivo, deixa claro que os conceitos e procedimentos matemáticos
somente terão significado caso os estudantes possam utilizá-los para solucionar os desafios com que
se deparam. É importante frisar que a referida competência não se restringe apenas à resolução de
problemas, mas também trata de sua elaboração. Isso revela uma concepção da resolução de proble-
mas além da mera aplicação de um conjunto de regras. Outro grande destaque refere-se à modelagem
matemática como a construção de modelos matemáticos que sirvam para generalizar ideias ou para
descrever situações semelhantes. Essa competência tem estreita relação com a Competência Geral 2
da BNCC, no sentido da capacidade de formular e resolver problemas, e com a Competência Geral 4,
que reforça a importância de saber utilizar as diferentes linguagens para expressar ideias e informações
para a comunicação mútua.
Habilidade
Pressupostos metodológicos
• Medir, a partir da posição de três elementos não colineares, a distância (inacessível) entre dois
deles conhecendo as distâncias entre os outros elementos e os ângulos adjacentes a eles.
46 CADERNO DO PROFESSOR
• Utilizar as razões trigonométricas em outras áreas, como na obtenção da força resultante num
corpo em que é aplicado um sistema composto por duas forças de intensidade conhecidas e
o ângulo formado entre elas.
Para retomar alguns conceitos que você já aprendeu, vamos resolver uma situação problema
importante para a garantia de um direito constitucional, que trata da igualdade de todos perante a lei,
o direito à livre locomoção. Para a garantia deste direito, as rampas tornaram-se um importante meio
facilitador de acesso às pessoas com deficiência, e é a trigonometria que dá o suporte para o cálculo
da inclinação adequada a cada tipo de rampa.
A inclinação da rampa é chamada de tangente do ângulo de subida, isto é, a razão entre as distâncias
percorridas vertical e horizontalmente, em cada trecho da rampa. Para que esteja adequada à acessibilidade,
os valores obtidos em porcentagem, devem obedecer à NBR 9050 estando entre 5% e 8,33%.
MATEMÁTICA 47
Vamos pensar sobre o que acontece se a medida do ângulo de inclinação de uma rampa for
muito grande e sobre a importância de se ter uma norma para a construção de rampas?
Desafio: Construa um triângulo retângulo que represente uma rampa em sua escola ou na sua
comunidade, e verifique se sua inclinação está de acordo com a NBR 9050. Caso descubra que não
esteja, discuta com seu professor e colegas se há uma solução que possa torná-la adequada à
NBR 9050.
Resolução: resposta pessoal.
É importante orientar os estudantes para a construção do triângulo retângulo solicitado, usando
instrumentos de desenho como régua, transferidor, esquadro, compasso ou ferramentas digitais,
pois, dessa forma é oportunizada a aplicação de conceitos geométricos fundamentais estudados
em anos anteriores.
A resolução do desafio proposto pode levar bastante tempo, cabendo ao professor planejar
cuidadosamente as condições didáticas necessárias para a realização da atividade.
1.3 Relações métricas no triângulo retângulo - Quando o foco do olhar é a medida de segmentos.
No triângulo ABC, retângulo em A, traçamos a altura AH relativa à hipotenusa BC determinando
BH, projeção ortogonal do cateto AB sobre BC e HC projeção ortogonal do cateto AC sobre BC.
a) Quais triângulos você identifica nesta figura?
b) Recorte duas cópias de cada triângulo identificado no item “a” e encontre o triângulo semelhante
aos triângulos dados no quadro abaixo. Faça seu registro colando os pares de triângulos
semelhantes no espaço reservado.
Ao concluir que os triângulos são semelhantes, sabemos que seus ângulos são congruentes, e a
medida de seus lados, proporcionais. A partir das proporções que envolvem as medidas dos lados e
da altura dos triângulos, podemos estabelecer relações métricas no triângulo retângulo.
1. Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da medida da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto
das medidas das projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa.
HA HC AC h m b h m
Δ HAC ~ Δ HBA = = = = = h2 = m ⋅ n
HB HA BA n h c n h
50 CADERNO DO PROFESSOR
AB AC BC c b a b a
Δ ABC ~ Δ HAC = = = = = b2 = a ⋅ m
HA HC HC h m b m b
AB AC BC c b a c a
Δ ABC ~ Δ HBA = = = = = c2 = ⋅
a n
HB HA BA n n c n c
3. Em qualquer triângulo retângulo, o produto da medida da hipotenusa pela medida da altura relativa à
hipotenusa é igual ao produto das medidas dos catetos.
AB AC BC c b a c a
Δ ABC ~ Δ HAC = = = = = a⋅h= c ⋅ b
HA HC AC h m b h b
Agora vamos estudar algumas relações entre as medidas dos lados e dos ângulos do triângulo
retângulo, são as Relações Trigonométricas.
Usando o software de geometria dinâmica GeoGebra, vamos construir o triângulo retângulo ABC
da figura, a partir de um de seus ângulos agudos.
a) Você já estudou que a soma das medidas dos ângulos de qualquer triângulo é 180°. Assim, o
que podemos afirmar sobre a soma das medidas dos ângulos agudos de um triângulo retângulo?
b) Tomando como base o triângulo ABC, construído anteriormente, observe atentamente o
ângulo, um dos ângulos agudos do triângulo retângulo ABC, o cateto oposto a é o cateto do
triângulo que está oposto a este ângulo e o cateto adjacente à a é o cateto do triângulo que
está adjacente a este ângulo. Considerando o triângulo construído, indique, a hipotenusa do
triângulo e os catetos oposto e adjacente à a.
c) Analogamente para o outro ângulo agudo b, o cateto oposto à b é o cateto do triângulo que
está oposto a este ângulo e o cateto adjacente à b é o cateto do triângulo que está adjacente
a este ângulo. Considerando o triângulo construído, indique a hipotenusa do triângulo e os
catetos oposto e adjacente à b.
52 CADERNO DO PROFESSOR
Resolução:
a) Considerando o triângulo construído no início da atividade, sabemos que: α + β + 90º = 180º.
Resolvendo temos: α + β = 180º - 90º ⇒ α + β = 90º.
b) Hipotenusa: Lado oposto ao ângulo reto: CB, cateto oposto em relação ao ângulo α: BA e Cateto)
adjacente em relação ao ângulo: AC.
c) Hipotenusa: Lado oposto ao ângulo reto: , cateto oposto em relação ao ângulo: β e cateto adjacente
em relação ao ângulo α: CA.
f) Como os triângulos CAB, CA'B' e CA"B" são semelhantes, sabemos que as razões entre as
medidas de lados correspondentes são constantes. São as razões trigonométricas,
chamadas de seno, cosseno e tangente de um ângulo agudo no triângulo retângulo.
Complete o quadro que apresenta as razões trigonométricas para o ângulo a dos triângulos.
Desafio:
b) Resposta pessoal. Professor, é importante conduzir as discussões, de forma a concluir que os va-
lores de seno, cosseno e tangente de um determinado ângulo agudo no triângulo retângulo são cons-
tantes, independente das medidas de seus lados. Informe que isso possibilitou a construção de uma
tabela de seno, cosseno e tangente de ângulos agudos, que pode ser consultada para a resolução de
muitos problemas.
54 CADERNO DO PROFESSOR
É possível calcular a altura da sala de aula, de uma árvore, da caixa d’água, de torres, de
monumentos, de um balão no céu...Você já pensou em como fazer esses cálculos?
Existem diversas ferramentas criadas para obter medidas desconhecidas, o teodolito é uma
delas. Você já viu um teodolito ou já observou algum profissional utilizando um aparelho como esse?
A seguir colocamos a sugestão de um site para pesquisa, a fim de ampliar seus conhecimentos
sobre diferentes tipos de teodolitos e seu uso em diferentes épocas.
http://clubes.obmep.org.br/blog/brincando-com-trigonometria-oficinas-obtendo-
medidas-inacessiveis/. Acesso em: 19 ago. 2021.
Ferramentas como transferidores e teodolitos têm funções parecidas, mas os teodolitos modernos
possuem recursos mais avançados e fornecem mais dados a respeito das medições feitas. Que tal
colocar a mão na massa e realizar um experimento para construir um teodolito caseiro e descobrir uma
altura inacessível? Acesse um roteiro para este experimento.
https://m3.ime.unicamp.br/arquivos/994/a_altura_da_arvore---folha_do_aluno.pdf.
Acesso em: 19 ago. 2021.
Professor, você encontrará materiais de apoio para a realização deste experimento acessando o link,
ou realizando a leitura do QRCODE.
Agora, junte-se com um amigo e elabore uma situação-problema que envolva o cálculo de uma
altura inacessível, por exemplo: medir a altura de uma árvore da escola, da caixa d’água, de um prédio,
No enunciado do problema, inclua dados que você obterá usando instrumentos de medida, como ré-
gua, trena, transferidor e o teodolito caseiro que construiu. (Trocar com um amigo).
Desde a Antiguidade, o problema de obter medidas desconhecidas tem desafiado o ser humano.
Na maioria das vezes, a figura do triângulo surge na modelagem destas situações. Quando o triângulo
não é retângulo, e é necessário calcular uma ou mais medidas dos lados ou dos ângulos, utilizamos
relações trigonométricas conhecidas por lei dos senos e lei dos cossenos.
Vamos apresentar duas situações em que será necessário calcular a medida de distâncias ina-
cessíveis. Como podemos medir sem medir? A que ferramentas matemáticas podemos recorrer?
O proprietário da casa pretende bombear a água do rio Fonte: Elaborado pelos autores.
diretamente para a casa. Ele terá que construir uma rede de
encanamento de quantos metros?
Resolução:
Representamos a situação na figura 1 abaixo, nomeando os vértices dos triângulos. Na figura 2, uma
solução possível é traçar a altura do triângulo ABC relativa ao vértice A, obtendo assim os triângulos
retângulos ADB e ADC. Aplicando o Teorema de Pitágoras no ΔADB e, em seguida, no ΔADC, e
calculando o cos 60º, chegamos nas expressões:
Figura 1 Figura 2
Aplicando o teorema de Pitágoras nos triângulos ADB e ADC (Figura 1), chegamos nas expressões:
a) Vamos agora organizar nossa descoberta. Considerando ainda o triângulo , complete o qua-
dro a seguir, para cada uma das leis apresentadas.
Ângulo α a b, c a2 = b2 + c2 – 2 ∙ b ∙ c ∙ cosα
Ângulo β b a, c b2 = a2 + c2 – 2 ∙ a ∙ c ∙ cosb
Ângulo γ c a, b c2 = a2 + b2 – 2 ∙ b ∙ c ∙ cosg
Fonte: Elaborado pelos autores.
b) A figura mostra o trecho de um rio onde se deseja construir uma ponte AC. De um ponto B a 100
metros A mediu-se o ângulo e do ponto A, mediu-se o ângulo . Calcule o comprimento da ponte.
MATEMÁTICA 57
Δ AHB Δ AHC
h h
senα = senb =
c b
h = c ∙ senα (I) h = b ∙ senb (II)
Igualando (I) e (II), obtemos:
c c
C ∙ senα = b ∙ senb ⇒ =
senb sena
58 CADERNO DO PROFESSOR
100 x 71
= ⇒ 0,5x = 71 ⇒ x ≅ ≅ 142 m
0,5 0,71 0,5
a b c
= =
sen senB senC
Considerando o triângulo na figura abaixo, outros podem ser obtidos a partir dele, por meio de
uma transformação homotética ou homotetia. Nesse tipo de transformação, o tamanho das figuras
pode ser alterado, mas os triângulos obtidos são semelhantes.
• Na semirreta OA', marque o ponto A', de forma que a Fonte: Elaborado pelos autores.
medida de OA' seja o dobro da medida de OA, e o ponto A", de forma que a medida de OA"
seja a metade da medida de ;
b) Observe os triângulos na figura. Eles têm o mesmo formato? O que podemos afirmar sobre
seus tamanhos?
d) Que transformação do triângulo ABC seria obtida se a razão de homotetia fosse igual a 1?
E se a razão de homotetia fosse um número negativo?
Altere o valor da razão de homotetia movendo o controle deslizante. Confirme suas respostas
para esta atividade.
Resolução:
b) São triângulos semelhantes de tamanhos diferentes.
1
c) A razão de homotetia é igual a 2 para o triângulo A'B'C' e para o triângulo A"B"C".
2
d) Os triângulos seriam congruentes se a razão de homotetia fosse igual a 1. Para razão negativa,
o triângulo obtido seria a imagem semelhante invertida do triângulo original em relação ao centro
de homotetia.
e) Professor, na realização deste item, é possível fazer generalizações sobre transformações provoca-
das a partir de razões de homotetia maiores que 1, entre 0 e 1, igual a 1 ou negativas, e ainda verificar
as construções feitas. Sugerimos, também, explorar a ferramenta “Homotetia” disponível em um dos
ícones do GeoGebra.
Pesquise o significado da palavra isometria, e exemplos dos tipos de isometria: reflexão, trans-
lação e rotação. Essas transformações geométricas podem ser facilmente observadas em elementos
da natureza e obras de arte. Você pode fazer o registro de sua pesquisa por meio de texto, figuras,
fotos, vídeo, etc.
Professor, você pode planejar a melhor forma de socializar as pesquisas feitas, mas lembre-se de que
é importante destacar a congruência entre as figuras geradas por isometrias.
60 CADERNO DO PROFESSOR
x 370 370
= ⇒ 2,5x = 370 ⇒ x =
1 2,5 2,5
Fonte: Elaborado pelos autores
MATEMÁTICA 61
3.2 Um alpinista, avista o topo de uma montanha (ponto A) segundo um ângulo de 55° com a
horizontal (Ponto D). Ao caminhar 1600 metros em linha reta, chega à sua base (ponto B), e desse
ponto, avista o topo da montanha, sob um ângulo de 70° com a horizontal. Seu amigo que está
na base do outro lado da montanha (ponto C), enxerga o mesmo ponto do topo, sob um ângulo
de 60° com a horizontal. Esta situação está representada no esquema a seguir, em que AH é a
altura da montanha.
Dados:
sen 15° ≅ 0,26 cos 15° ≅ 0,97 tg 15° ≅ 0,27
sen 55° ≅ 0,82 cos 55° ≅ 0,57 tg 55° ≅ 1,43
sen 70° ≅ 0,94 cos 70° ≅ 0,34 tg 70° ≅ 2,75
sen 60° ≅ 0,87 cos 60° = 0,5 tg 60° ≅ 1,73
Resolução:
3.3 (ENEM 2018) A inclinação de uma rampa é calculada da seguinte maneira: para cada metro me-
dindo na horizontal, mede-se x centímetros na vertical. Diz-se, nesse caso, que a rampa tem in-
clinação de x%, como no exemplo da figura:
A figura apresenta um projeto de uma rampa de acesso a uma garagem residencial cuja base,
situada 2 metros abaixo do nível da rua, tem 8 metros de comprimento.
Depois de projetada a rampa, o responsável pela obra foi informado de que as normas técnicas
do município onde ela está localizada exigem que a inclinação máxima de uma rampa de acesso a uma
garagem residencial seja de 20%.
Se a rampa projetada tiver inclinação superior a 20%, o nível da garagem deverá ser alterado para
diminuir o percentual de inclinação, mantendo o comprimento da base da rampa. Para atender às
normas técnicas do município, o nível da garagem deverá ser
3.4 (ENEM 2019) Construir figuras de diversos tipos, apenas dobrando e cortando papel, sem cola e
sem tesoura, é a arte do origami (ori = dobrar; kami = papel), que tem um significado altamente
simbólico no Japão. A base do origami é o conhecimento do mundo por base do tato. Uma jovem
resolveu construir um cisne usando a técnica do origami, utilizando uma folha de papel de 18 cm
por 12 cm. Assim, começou por dobrar a folha conforme a figura.
(B) 6 3 cm (D) 6 5 cm
Resolução:
3.5 (Aplicações de resultados da Matemática) Chama-se força resultante aquela que, sozinha,
substitui todas as outras que agem sobre um corpo, e o efeito sobre ele continua o mesmo. Duas
forças com o mesmo ponto de aplicação, mas com direções diferentes, uma de intensidade
F1 = 8N e outra de intensidade F2 = 12N, formam entre si um ângulo de 60°, como mostra a
figura. Qual é a intensidade R resultante dessas duas forças?
Dados: sen 60° ≅ 0,87, cos cos 60° = 0,5 e tg 60° ≅ 1,73.
Observação: para ângulos obtusos, podemos
obter os valores de seno e cosseno por meio dos
valores do seno e cosseno do ângulo suplementar:
senα = sen(180°– α)
cosα = – cos(180° – α)
Resolução:
Por se tratar de um paralelogramo, a soma dos ângulos
internos é 360°, e os ângulos opostos são congruen- Fonte: Elaborado pelos autores.
tes. Assim, a medida do ângulo oposto ao vetor da for-
ça resultante é 120º.
64 CADERNO DO PROFESSOR
(A) 1,8 m
(B) 1,9 m
(C) 2,0 m
(D) 2,1 m
(E) 2,2 m
Resolução:
Dados:
1 3 3
sen 30º = cos 30º = tg 30º =
2 2 3
2 2
sen 45º = cos 45º = tg 45º = 1
2 2
Resolução:
No triângulo ABC, o ângulo B mede 45°, pela Lei dos senos, temos:
50
50 BC BC 2 ∙ BC 50
= ⇒ 2 = ⇒ 25 = ⇒ 50 = 2 ∙ BC ⇒ BC = ⇒
sen 45º sen 30º 2 1 2 2
2
50 2
⇒ BC = ∙ ⇒ BC = 25 2
2 2
h 1 h 25 2
sen 30º = = = ⇒ 25 2 = 2h ⇒ h = ⇒ h = 12,5 2
BC 2 25 2 h
4.3 (UNESP 2012) No dia 11 de março de 2011, o Japão foi sacudido por terremoto com intensidade
de 8,9 na Escala Richter, com o epicentro no Oceano Pacífico,
a 360 km a nordeste de Tóquio, seguido de tsunami. A cidade
de Sendai, a 320 km a nordeste de Tóquio, foi atingida pela
primeira onda do tsunami após 13 minutos.
(O Estado de S. Paulo, 13.03.2011. Adaptado.)
Baseando-se nos dados fornecidos, e sabendo-se
que cosα ≅ 0,934, onde α é o ângulo Epicentro-Tóquio-
Sendai, e que 28 ∙ 32 ∙ 93,4 ≅ 215 100, a velocidade média em
km/h, com que a 1ª onda do tsunami atingiu até a cidade de
Sendai foi de:
(A) 10 (C) 100
(B) 50 (D) 250
(E) 600
Resolução:
Considerando o triângulo representado na figura e usando a Lei
dos Cossenos, temos:
x2 = 3202 + 3602 – 2 ∙ 320 ∙ 360 ∙ cosα ⇒ x2 = 102400 + 129600 – 2 ∙ 320 ∙ 360 ∙ 0,934
x2 = 232000 - 2 ∙ 26 ∙ 5 ∙ 23 ∙ 32 ∙ 5 ∙ 0,934
Reorganizando as potências para usar a informação dada no enunciado, temos:
x2 = 232000 – 22 ∙ 52 ∙ 28 ∙ 32 ∙ 0,934 ⇒ x2 = 232000 – 215100 ⇒ x2 = 16900 ⇒ x = 130
13
Do enunciado, temos que a primeira onda atingiu Sendai após h. Assim, a velocidade média Vm,
em km/h, é dada por: 60
130 60
Vm = = 130 ∙ = 10 ∙ 60 = 600 km/h (Alternativa “E”)
13 13
60
Ao final do nosso percurso, esperamos que os estudantes tenham compreendido os conceitos básicos
explorados nesta Situação de Aprendizagem. Ressaltamos que a avaliação do aprendizado dos
estudantes deve ser feita continuamente, tanto ao longo das atividades propostas, como ao final da
Situação de Aprendizagem. Ao elaborar as etapas de avaliação, você, professor, deve balizar-se em
um percurso semelhante ao que foi proposto no desenvolvimento da Situação de Aprendizagem.
Professor, para os estudantes que necessitarem de recuperação, sugerimos que o tipo de construção
dos conceitos propostos nesta Situação de Aprendizagem não seja alterado, mas sim a forma com
que devem ser abordados os conceitos.
Elabore problemas que contemplem habilidades de anos anteriores que dão suporte para o
desenvolvimento da habilidade trabalhada nesta Situação de Aprendizagem. Você poderá recorrer às
questões da AAP, ADE e do SARESP de anos anteriores. Recorra a livros didáticos, selecionando
problemas e agrupando-os de modo a formar sequências de atividades em concordância com a
proposta de construção conceitual desenvolvida nesta Situação de Aprendizagem. Esse trabalho pode
ser realizado por meio de agrupamentos produtivos.
Inova
Projeto de Vida
Tecnologia e Inovação
PROJETO DE VIDA 69
PROJETO DE VIDA
PERCURSO FORMATIVO: O GPS DAS AULAS
Ementa: Compreensão de que realizações futuras dependem das decisões e escolhas feitas no
presente. O componente de Projeto de Vida apoia o desenvolvimento do estudante da 2ª série com
foco em: (I) capacidade de aprender e fazer escolhas em situações favoráveis e desfavoráveis, consi-
derando seu Projeto de Vida e as consequências de suas escolhas e ações; (II) capacidade de se
apropriar e mobilizar estratégias para viabilizar a concretização de seu Projeto de Vida; (III) capacidade
de compreender o Projeto de Vida como um exercício contínuo, que impacta no presente e no futuro.
Situação de Competências
Objetivos
Aprendizagem socioemocionais
1. Conhece a ti Refletir sobre as conquistas, Autoconfiança
mesmo! dificuldades, trajetória de vida
e características pessoais.
2. Zilhões de Estimular a reflexão sobre Imaginação criativa
coisas para si mesmo na busca pelo
escrever sobre autoconhecimento.
mim.
3. Registro é mais Utilizar as informações sobre si Determinação
que memória. mesmo na sistematização do
Plano de Ação e no processo
de autoconhecimento.
4. O meu caminho Agir como fonte de liberdade Responsabilidade
eu mesmo traço! (ação) e protagonista diante da
condução da vida.
5. Não precisa Construir uma narrativa sobre Entusiasmo
ser herói, apenas si mesmo, de acordo com o
protagonista. que se deseja no presente e o
que se projeta para o futuro.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CONHECE A TI MESMO!
Objetivo: Refletir sobre as conquistas, dificuldades, trajetória de vida e
características pessoais.
Competências Autoconfiança
socioemocionais em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências;
Elaboração prévia do professor de um Quizizz para aplicação
junto aos estudantes;
Lápis para circular características pessoais;
Canetas coloridas, fotos de revistas, desenhos e/ou
aplicativos para criação do próprio avatar. Assim como para
desenho do cilindro de ar comprimido.
Professor, mais um ano de aulas de Projeto de Vida (PV) se inicia e, a partir desta aula, os
estudantes seguirão um percurso formativo que contribuirá para o autoconhecimento e aprofundamento
dos conhecimentos desta disciplina.
• O conteúdo de todas as aulas atende também os estudantes novatos na escola, que não tiveram
a oportunidade de ter aulas de Projeto de Vida no ano anterior. Isso porque cada aula foi pensada
para apoiar os estudantes na construção dos seus Projetos de Vida em distintas realidades. Você
notará, portanto, que, no decorrer de cada aula, será mencionado como devem ser mediadas as
atividades para oferecer apoio aos estudantes. Além disso, consideramos que, além dos
estudantes novatos, exista algum estudante veterano que precise de igual apoio, pois, para
alguns, a construção de um Projeto de Vida é uma tarefa muito mais complexa. Dessa forma,
esteja atento a essas situações, para fazer as mediações que serão propostas.
• Nesta aula e nas próximas, os estudantes serão convidados a um mergulho nas profundezas
do seu ser, fazendo uma analogia com o oceano, as destrezas de um mergulhador e
equipamentos necessários para um mergulho. Essas analogias se referem a uma das missões
mais importantes da vida do estudante para realização do seu sonho. A busca pelo
autoconhecimento na construção do Projetos de Vida é fio condutor de todas elas. Dessa
forma, professor, a aula deve ser desenvolvida valorizando a trajetória de vida de cada estudante,
os seus recursos pessoais que dispõem, os desafios e conquistas adquiridas ao longo da sua
jornada. Assim, antes de iniciar a primeira aula, informe sobre essas analogias das aulas. Elas
devem ser sustentadas por você até a última aula;
• Além da analogia com o oceano, esta aula e as próximas foram pensadas seguindo uma lógica
e metodologias dos games, para aplicações na realidade de cada estudante, com a finalidade
de explorar mais os conteúdos e motivá-los na movimentação de seus Projetos de Vida. Assim,
algumas aulas possuem desafios, que consiste em realizar alguma ação para alcançar
determinado objetivo. Em linhas gerais, os desafios que os estudantes terão que cumprir nas
aulas do percurso formativo deste bimestre são:
PROJETO DE VIDA 71
Caso existam estudantes que ainda não pensaram sobre seus sonhos, seja por serem novatos na
escola, ou por terem tido dificuldades na construção do seu Projeto de Vida anteriormente, estimule-
os a pensarem sobre isso e como tarefa de casa, peça que descrevam, apenas para você, os seus
sonhos até a próxima aula.
Seja bem-vindo ao caderno de aulas de Projeto de Vida. Mais um ano se passou e quantas
coisas novas você deve ter aprendido, não é mesmo?
Espera-se que, chegado até aqui, o seu desejo de conhecer-se tenha ficado ainda mais forte,
pois descobrir-se faz parte da construção de um Projeto de Vida, que é tarefa para a vida inteira.
Vale lembrá-lo (a) de que o seu sonho é o ponto de partida para a construção do Projeto de Vida. É
por isso que questões como: o que você sabe sobre você? Como você descreve o seu futuro? são
fundamentais nessa construção, e não importa se para você são questões fáceis ou difíceis, pois o
que vale são as descobertas que foi capaz de fazer, e o quanto elas têm sido úteis na sua vida.
Conhecer-se é uma tarefa complexa, mas extremamente importante. É uma busca inesgotável
para a compreensão da essência e existência humana, o que não deveria ser algo extraordinário
para a maioria das pessoas.
72 CADERNO DO PROFESSOR
Você sabia que o filósofo Sócrates tomava como princípio da sua filosofia a frase: conhece-te a
ti mesmo? Pois é, em meados de 470-399 a.C., Sócrates apontava o conhecimento sobre si
como a base de todos os outros conhecimentos do mundo. É dele o entendimento que só é
possível conhecer verdadeiramente a si mesmo quando abandonamos os nossos preconceitos.
É partindo dos ensinamentos Socráticos que convidamos você a um mergulho nas profundezas
do seu ser. Imagine que existe um mar de informações a seu respeito ainda desconhecido, e que
será necessário navegá-lo a partir de agora, como se explorasse um oceano profundo, que nunca
tentou percorrer. Nesse mergulho, você será convidado a conhecer novas formas de vida nas
profundezas do seu ser. Será um mergulho desafiador, mas a coragem faz parte da sua missão,
pois você sabe que o que tem nessas profundezas é o que o (a) levará a realizar o seu sonho!
Antes de começar o mergulho, você precisa estabelecer um compromisso consigo mesmo (a),
que é manter-se focado (a) no seu sonho. Combinado? Além disso, é importante saber que
existirão alguns desafios na exploração desse oceano, que você terá que vencê-los. Cada um
deles será especificado nas aulas deste caderno, e por seu (sua) professor (a). É muito importante
que consiga vencê-los para que possa, ao final, ter as informações necessárias para dar
continuidade à construção do seu Projeto de Vida. Entendendo isso, podemos nos preparar para
o mergulho? Vamos lá!
Antes de iniciar a atividade: Mar e oceano, você, professor, deve fazer um levantamento prévio
dos conhecimentos dos estudantes sobre o Projeto de Vida. É necessário reforçar a importância de ter
um Projeto de Vida e como se constrói um.
A atividade: Mar e oceano apresentada na sequência busca sensibilizá-los em relação ao
quanto acreditam que se conhecem. Portanto, escute comentários dos estudantes, mas sem exigir
que eles apresentem respostas para a questão apresentada:
Físicas:
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Positivas de personalidades
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Fonte: Freepik
Professor, nessa questão os estudantes devem identificar suas características conforme se
percebem e apenas as positivas de personalidade. Contudo, na próxima questão, são apresentadas
características que, do ponto de vista do estudante, podem ser tanto positivas, como negativas, para
suas reflexões. É importante que eles tomem as respostas dadas nesta questão para o aprofundamento
delas na sequência, conforme este exercício:
c) Ainda sobre você, o que diria em relação a sua personalidade? Reflita sobre isso de acordo com
a descrição apresentada na sequência. Circule com um lápis as características que você se
identifica. Saiba que reconhecer-se é importante para o desenvolvimento pessoal e construção
do seu Projeto de Vida.
Explique que as características de cada bloco de notas são excludentes, ou seja, apenas com
uma delas o estudante pode se identificar. Exemplo: uma pessoa é ou não extrovertida, não pode ser
extrovertida e introvertida ao mesmo tempo.
Bloco 1:
Sou extrovertido(a), pois sou extremamente sociável, gosto de conversar e interagir com outras
pessoas. Não tenho medo de expor minhas opiniões e sou muito comunicativo.
OU
Sou introvertido(a), pois me sinto melhor sozinho(a), me acho menos sociável e interajo menos
com as pessoas. Em geral, não me abro facilmente.
Bloco 2:
Sou sensorial, pois obtenho informações através da observação de fatos e detalhes concretos. Eu
sou uma pessoa realista e prática.
OU
Sou intuitivo(a), pois tenho um perfil imaginativo. Não obtenho informações por meio de fatos, pre-
firo observar e tirar conclusões finais a partir dos meus próprios pensamentos e crenças. Eu sou
criativo(a) e complexo(a).
74 CADERNO DO PROFESSOR
Bloco 3:
Sou pensador(a), pois tomo decisões e julgo as pessoas sempre com base na lógica, pensando
nos prós e contras das situações. Eu sou objetivo(a) e justo(a) e raramente deixo os sentimentos
influenciarem nas minhas decisões. Valorizo a lógica, a justiça e a igualdade entre as pessoas.
OU
Sou sentimental, pois julgo e tomo decisões guiada por meus instintos e pelos sentimentos. Eu
valorizo a harmonia, tenho empatia e aceito bem as exceções.
Sobre essas características, diga para os estudantes que são apenas um parâmetro na imensidão
de tantas outras maneiras de organizá-las para definir a personalidade de uma pessoa, pois existem
diversos estudos que tratam sobre isso, mas o foco desta aula não é para aprofundar sobre isso e, sim,
proporcionar mais caminho para o autoconhecimento.
Depois disso, explique que, nesta aula, a autoconfiança será mobilizada, pois ao se autoconhecer
é possível identificar os seus pontos fortes e saber quem se é. Para tanto, descreva para os estudantes
a definição dessa competência socioemocional.
Autoconfiança é sentir-se bem com o que somos, com a vida que vivemos e manter
expectativas otimistas sobre o futuro. É a voz interior que diz “sim, eu posso”, mesmo se, no
exato momento, as coisas pareçam difíceis ou não estejam indo tão bem.
Antes de seguir para a próxima atividade, explique o 1º Desafio desta aula, que é a criação de um
avatar (desenho de boneco) que seja a própria representação do estudante sobre quem é, de acordo
com as suas características pessoais. Proponha que esse desafio seja realizado dentro de 15 dias.
Professor, conforme a realidade da sua escola, você pode orientar os estudantes a criarem o seu
avatar escolhendo fazê-lo por meio de ferramentas e aplicativos ou, simplesmente, desenhando a mão,
e utilizando colagens de papel e fotografias. Deixe claro que o desafio pode ser adaptado aos recursos
que possuem, de acordo com a criatividade de cada um. A proposta é que todos possam buscar,
nessa criação, maneiras de expressar quem são.
Na sequência, professor, faça um mural com os avatares dos estudantes e o apresente na próxima
aula. É importante que você utilize os avatares como recurso para explorar outros conteúdos nas
próximas aulas, assim como para gerar maior identificação dos estudantes sobre quem são, e engajá-
los ainda mais nas aulas deste bimestre.
Dica de ferramentas para criar um avatar. Disponível em: https://www.appgeek.com.br/
criar-avatar-online/. Acesso em: 20 de out. de 2021.
Na atividade: Cilindro de ar, existe um texto para leitura compartilhada entre os estudantes.
Faça a leitura abrindo espaços para os comentários dos estudantes:
ATIVIDADE 2: CILINDRO DE AR
Texto: SER o que quiser, você pode!
Parte da nossa personalidade é herdada, mas não é totalmente definida pelos nossos genes.
Quer um exemplo disso? Olhe para trás e perceba que parte da sua personalidade permanece e
outra não. Pois é, talvez agora você seja mais responsável com os seus estudos e organizado(a).
Isso é uma comprovação que SER é algo que pode mudar, pois a nossa personalidade pode ser
definida de várias maneiras.
A partir do momento que nascemos estamos incorporando hábitos e experiências que
moldam quem somos. Você já parou para pensar nisso? É verdade, aprender a andar e a falar,
por exemplo, representa mais do que etapas importantes do nosso desenvolvimento. A forma
como aprendemos a fazer isso, como buscamos superar os desafios nesse processo de
aprendizagem, as pessoas com quem nos relacionamos, o ambiente no qual estamos inseridos,
definem muitas coisas sobre nós. Contudo, engana-se quem acha que a nossa forma de SER
não pode ser modificada ao longo do tempo.
A verdade é que existem características suas mais ou menos estáveis, mas elas não
representam necessariamente a sua essência. A essência é fruto das nossas escolhas, pois são as
nossas escolhas que as caracterizam. Além disso, somos livres e responsáveis pelo que fazemos
de nós mesmos. Isso quer dizer que podemos ser o que quisermos e não devemos nos definir
apenas por alguns aspectos.
É por esse motivo que não devemos limitar o nosso sonho às circunstâncias atuais da nossa
vida ou ao que somos hoje. Considere que ao elaborar o seu Projeto de Vida, você é um ser em
constante evolução. Isso pressupõe sonhar sem as barreiras do presente e desejando ser quem
quiser no futuro, pois são as suas escolhas e decisões que definirão o que pode ser.
76 CADERNO DO PROFESSOR
Após a leitura, é importante verificar o que os estudantes entenderam do texto. Certifique-se de que
compreenderam que as características da sua personalidade representam apenas uma parte do que são.
Sobre isso, reforçar que as escolhas são o que definem o que uma pessoa pode ser. Procure mediar
reflexões sobre as escolhas dos caminhos que os levam ao que querem ser, além de como eles enxergam
a sua autoconfiança nesse processo. A partir disso, comente que SER é uma questão de escolha, que
quando uma pessoa tem clareza sobre o que quer, fica muito mais fácil buscar o que é necessário para
isso. Isso ocorre, por exemplo, quando identificam que precisam desenvolver novas habilidades e/ou
trabalharem algumas características da sua personalidade. Professor, é partindo da lógica que todos são
responsáveis pelo que são e gostariam de ser que a próxima questão da atividade deve ser inserida:
a) Partindo das explicações do texto apresentado anteriormente, considere que o cilindro de ar é um
dos equipamentos mais importantes a ser escolhido quando se pensa em mergulhar nas profun-
dezas de um oceano. Geralmente a escolha ocorre por capacidade de ar, o que varia o seu ta-
manho. Além do material, se é de aço ou alumínio e se ele é de alta ou baixa pressão. Partindo
disso, imagine que um dos seus equipamentos de mergulho, o cilindro de ar, é preenchido tam-
bém por suas características pessoais. Assim sendo, quais características você destacaria como
as mais importantes e quais não possui, mas que gostaria de adquiri-las?
Características pessoais destacadas:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Características que gostaria de possuir:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
Professor, sobre as características que os estudantes gostariam de possuir, procure questioná-
los sobre o que levaram em consideração para descrevê-las. Verifique de onde parte a motivação
deles. Será que é mesmo de uma necessidade pessoal para a construção do seu Projeto de Vida?
Antes de concluir a aula, proponha o 2º Desafio do percurso formativo, que consiste no quizizz
para testar os conhecimentos dos estudantes sobre a aula. Assim, caso precise, você pode acessar
os links para aprender a construir o quizizz para os estudantes responderem:
• https://www.significadosbr.com.br/quiz. Acesso em agosto de 2021;
• https://pt.quizur.com/criar-quiz. Acesso em agosto de 2021;
• https://wordwall.net/resource/3037345/o-que-%C3%A9-para-que-serve. Acesso em
agosto de 2021.
Além do 2º desafio, proponha aos estudantes o 3º Desafio, que é um desenho do próprio cilindro
de ar, para a criação de uma loja de cilindros da turma, intitulada: Eu posso ser o que eu quiser!
Lembre-se de fazer também uma roda de conversa, para que comentem o que acharam da aula.
Esteja atento às reflexões trazidas pelos estudantes sobre suas conquistas, dificuldades, trajetória de
vida e características pessoais.
Ao final da aula, espera-se que ela tenha ajudado os estudantes a se conhecerem melhor.
O importante é que eles saibam que, ao se conhecerem, eles podem buscar desenvolver o que
precisam para realizar os seus sonhos.
PROJETO DE VIDA 77
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
ZILHÕES DE COISAS PARA ESCREVER SOBRE MIM
Objetivo: Estimular a prática de registro das reflexões sobre si
na busca pelo autoconhecimento.
Competências socioemocionais Imaginação criativa
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências
Celular ou computador para criação de vídeo sobre
o Diário de Práticas e Vivências.
Professor, esta aula é um convite à criatividade dos estudantes. A proposta é estimular a prática do
registro sobre si mesmo, por meio da criação de um Diário de Práticas e Vivências. Vale ressaltar que esse
Diário é um documento pessoal, do estudante. Portanto, nele, devem ser registradas informações que
eles consideram importantes, e que compõem a sua trajetória na construção do seu Projeto de Vida.
Além dessa analogia, existe outra, a que trata do Diário de bordo do mergulhador. Sobre isso, faça
uma leitura conjunta do texto de apresentação da aula no Caderno do Estudante.
1.1 Sendo assim, imagine que você precise fazer um mergulho para buscar informações
submersas no oceano, que representam uma situação ou algo marcante na sua vida.
Por onde você começaria? Respire fundo e siga cada passo:
Na sequência, leia cada uma das questões, oferecendo tempo para que os estudantes construam
as narrativas:
B. Descreva a situação ou fator que despertou o seu interesse em escrever sobre ele(s). Para
isso, faça o seguinte questionamento: Por que não devo deixar de registrar essa situação?
C. Aproveite para descrever também o que você pensou durante e após a situação vivenciada;
D. Na análise da situação, o que você pode extrair de aprendizado e se achar que deveria, o que
faria de diferente?
A proposta é que cada estudante possa dar um ponto de partida na escrita e possa se organizar por
meio de uma referência, conforme orientações do Passo 1. Contudo, lembre-se: o Diário é do estudante
e, por isso, as orientações podem ser flexibilizadas por eles. Essa mesma lógica, cabe ao Passo 2, sobre
o que pode ser padronizado. Sobre isso, leia as questões realizando pausas, para ouvir os estudantes
sobre o que eles acham das orientações, e para que compartilhem as suas experiências também.
PROJETO DE VIDA 79
a É válido criar seções ou páginas para anotar coisas específicas, como dispor uma marcação
para a descrição de sentimentos e atitudes que foram positivas em determinadas situações.
Ao destacá-las dessa forma, você pode entendê-las melhor e quem sabe, reproduzi-las
intencionalmente para enfrentar situações semelhantes na sua vida. Faça essa descrição com
base na situação relatada no Passo 1 dessa atividade;
b. Você pode criar também capas divisórias no seu Diário Práticas e Vivências, que separem
períodos que consideram um divisor de águas na sua vida. A título de exemplos, pode ter uma
capa com uma foto que representa o seu ingresso no Ensino Médio ou capa com uma frase
que descreva sua vida antes e após a pandemia de COVID 19, por exemplo. Assim sendo,
qual seria a capa que se aplica como divisória, para a situação relatada por você no passo 1?
c. É possível também, criar divisões que padronizam o registro de informações futuras, como
seções para descrição das suas intenções para aquele período, como uma meta a ser
alcançada ao final do mês, por exemplo. Sobre isso, por que não deixar escrito como você
pretende se premiar diante de algumas conquistas pessoais? É possível também manter
espaços para escrever o que se espera do dia e outro para mencionar como você pretende
dedicar tempo para cuidar de você. Que tal experimentar fazer essas divisões daqui para
frente? Explore a sua criatividade.
Professor, explique que as seções podem ser padronizadas, e podem servir para os estudantes
acompanharem diversas coisas interessantes da sua vida também, como os objetivos alcançados, hábitos
em geral e características pessoais, a título de exemplos. Ou seja, a padronização do Diário Práticas e
Vivências deve seguir o interesse dos estudantes, e não tem sentido copiar um esquema padrão de um
colega, ou modelo da internet. A proposta é que criem o padrão das seções do seu Diário. Não tem
sentido criarem, por exemplo, uma sessão para lista de momentos de gratidão, se eles não possuem isso
como prática. A não ser que a intenção do estudante seja estimular o desenvolvimento da gratidão.
b. Considere que tudo o que você escreve em seu Diário é passível de novas reflexões. Assim,
esteja sempre lendo o que escreveu e, se sentir necessidade, volte a escrever tudo novamente.
Partindo disso, reescreva a situação do Passo 1 escolhida por você, mas busque assumir
outro ponto de vista, como se você fosse um artista diante da própria obra, que não se cansa
de pensar sobre o que criou;
c. Crie uma rotina de registro para escrever e que trate sobre como você tem se guiado na
direção dos seus objetivos (de acordo com Plano de Ação do seu Projeto de Vida). Então,
escreva como tem sido o seu progresso diário, não importa quão grande ou pequeno ele
tenha sido. Isso lhe dará oportunidade de crescer e explorar coisas novas. Caso sinta
necessidade, não esqueça de atualizar os seus objetivos do Plano com base no que aprendeu;
d. Considere que realizar o seu sonho levará tempo. Durante esse período, você aprenderá
muitas coisas novas. Devido a isso, pode ser que as circunstâncias e prioridades mudem,
afinal, não podemos ser o que éramos há tempos atrás. Dessa forma, escreva no seu Diário
como a realidade tem se apresentado a você e se suas prioridades mudaram.
Ao final, diga aos estudantes que cada um deve buscar a melhor forma de organizar as informações
no seu Diário de Práticas e Vivências. É por meio da construção do seu Projeto de Vida que os registros
vão tendo significado e adquirindo um padrão de escrita e organização. É possível registrar tudo no
Diário, mas por que não tê-lo também para organizar as rotinas, para que possam estabelecer relações
com suas agendas pessoais e de estudo, bem como, para dar mais intencionalidade à sua vida?
Professor, faça essas reflexões junto aos estudantes.
Para o fechamento desta aula, proponha o 4º Desafio do percurso formativo, que consiste na
criação de um vídeo para apresentação do próprio Diário de Práticas e Vivências. Nesse vídeo, os
estudantes precisarão mostrar as seções que compõem o seu Diário, e explicar como o tem utilizado para
a construção do seu Projeto de Vida. A data para entrega do Desafio deve ocorrer após duas semanas
desta aula, para dar tempo de eles produzirem seus Diários conforme orientações recebidas nesta aula.
Para motivar os estudantes na realização do desafio, diga que será proposta uma votação, para
escolher o melhor vídeo. Assim, professor, crie um Google Forms junto com os estudantes, para elaborar
uma ficha de avaliação dos vídeos. Você pode acordar alguns critérios para avaliação do vídeo, como:
• Nome do Diário de Práticas e Vivências;
• Qualidade do som (bom, regular e ruim);
• Clareza e compreensão;
• Criatividade (animação, musical, legendado, com desenhos e fotos);
• Duração adequada (mínimo de 5 minutos e máximo de 20 minutos);
• Ponto positivo (pedir para que os estudantes destaquem);
• Ponto negativo (pedir para que os estudantes destaquem).
É importante que, para cada um dos critérios, seja estabelecida uma nota máxima de 1 a 3,
por exemplo.
Por fim, informar aos estudantes que possuem o Plano de Ação do seu Projeto de Vida, que o
tenha em mãos na próxima aula, pois terá uma atividade em que será necessário retomá-lo. Para os
estudantes novatos, disponibilize modelo do Plano de Ação, conforme aula da 1º Série: Do sonho à
realidade: A arte do planejamento.
PROJETO DE VIDA 81
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
Nesta aula, a proposta é que os estudantes façam uso dos seus Diários de Práticas e Vivências
com vistas à integração das informações que podem dar sentido ao Plano de Ação dos seus Projetos
de Vida. Ou seja, esta aula estimula um novo olhar dos estudantes em relação às suas narrativas dos
Diários, para que possam refletir sobre o passado, o presente e o futuro. É por isso que explicamos,
para os estudantes, conforme texto introdutório da aula, que o Diário é mais que um caderno de
memória, é um organizador de futuros.
Inicialmente, procure saber dos estudantes como tem sido a utilização dos seus Diários. Para
isso, tome como referência as orientações de construção desse documento abordadas na aula anterior:
Zilhões de coisas para escrever sobre mim. Aproveite este momento para conversar sobre isso, e
para lembrá-los do 3º Desafio proposto na aula anterior. Nessa conversa com os estudantes, professor,
obtenha informações sobre os hábitos de escrita de cada um, e a importância que atribuem aos seus
registros. Tome nota como tem sido esse processo, pois essas informações servirão de base para o
desenvolvimento das atividades propostas nesta aula.
A competência determinação será desenvolvida na medida em que farão esse autorresgate e
reflexão sobre si mesmos. Além de também ser mobilizada durante as etapas da atividade, uma vez
que refletir sobre esses tópicos pode parecer desafiador, mas, com determinação, eles conseguirão ter
uma visão global de pontos importantes para a sua caminhada. Explique aos estudantes o que é a
competência socioemocional determinação.
Determinação diz respeito a objetivos, ambição e motivação para trabalhar duro - é sobre fazer
mais do que apenas o mínimo que se espera. Quando temos determinação, estabelecemos
padrões elevados, e trabalhamos intensamente para fazer progressos. Isso significa nos
motivar e colocar todo o tempo e esforço que pudermos.
Além disso, professor, lembre-se de fazer a analogia entre o Diário de Práticas e Vivências
com o Diário de Bordo de um mergulhador. Sobre isso, veja as explicações do cabeçalho da
atividade: O resgate:
ATIVIDADE 1: O RESGATE
1 Feliz do mergulhador que tem o seu diário de bordo e pode remeter parte das suas conquistas ao
precioso trabalho de registros das suas experiências em suas missões, pois as memórias das
suas descobertas e aprendizados passam a ser fundamentais a cada novo mergulho. Partindo
82 CADERNO DO PROFESSOR
disso, imagine que em um dos seus mergulhos você deixou cair no fundo do mar o seu Diário.
Esse incidente o deixou bastante preocupado(a) por saber que para realizar o seu sonho, seria
necessário resgatar informações que ficaram perdidas neste documento. Sem essas informações
você sabe o quanto será arriscado seguir com o Plano de Ação do seu Projeto de Vida. Partindo
disso, você se vê diante do desafio de resgatar as seguintes informações:
Conforme cabeçalho da atividade, peça para os estudantes imaginarem que realmente perderam
seus Diários no fundo do mar e, como sabem, nele tem informações muito preciosas sobre eles, que
são fundamentais para a construção dos seus Projetos de Vida. A partir disso, procure estimular
reflexões dos estudantes sobre: o que sentiriam ao terem perdido o Diário? Quais registros lamentariam
não ter mais? Por que lamentariam não ter tais registros? É preciso que você, professor, estimule um
olhar dos estudantes sobre suas memórias, e como eles podem fazer uso delas para a construção do
seu Projeto de Vida (PV). A proposta da atividade é que os estudantes possam identificar possíveis
“âncoras” (informações) que devem ser utilizadas como base para a construção do Plano de Ação de
seu PV. Por isso, eles devem resgatar as seguintes informações:
Descreva o seu sonho e o que você pensou que aconteceria na sua vida quando ele fosse realizado?
Resgate 5: O propósito
Descreva algo que você nunca abriu mão, mesmo nas situações mais complicadas de sua vida.
Perceba, professor, que cada resgate possui informações que correspondem às etapas do
Plano de Ação:
• Resgate 1 e 2 - Introdução;
• Resgate 3 - Visão;
• Resgate 4 - Missão;
• Resgate 5 - Valores,
• Resgate 6 - Premissas.
PROJETO DE VIDA 83
Sendo assim, é necessário relembrar o que é o Plano de Ação para os estudantes. Utilize este
momento para fazer isso e, principalmente, para apresentar o Plano aos estudantes novatos da escola,
caso existam na sua escola. Explique em detalhes as etapas do Plano, tomando como referência o seu
estudo prévio das aulas da 1ª Série: A vida é um projeto e Do sonho à realidade: A arte do
planejamento. Após as explicações, convide os estudantes para responderem a atividade:
Professor, oriente os estudantes que possuem o Plano de Ação do seu Projeto de Vida, que o
tomem como referência, fazendo os ajustes que acharem necessários. É provável que, para alguns, os
sonhos tenham mudado, e isso requer um novo Plano de Ação. Considere que essas etapas do Plano
precisam estar bem claras para o estudante, pois é a partir delas que os objetivos, metas e ações serão
definidos. Essa é a oportunidade para que os estudantes que não iniciaram a construção do seu Plano
iniciem o processo.
Para ajudar os estudantes, estabeleça as analogias com o objeto âncora, que, no caso do Projeto
de Vida, se trata de informações base, que têm o papel de situar cada estudante ou dar firmeza ao seu
Projeto de Vida, como uma referência para a trajetória de cada um. Assim, diga aos estudantes que
essas etapas do Plano são como pequenas âncoras, que darão segurança à trajetória deles. A partir
dessa explicação, é possível solicitar aos estudantes que eles pensem em uma âncora maior, que é
constituída por todas essas informações do Plano de Ação.
84 CADERNO DO PROFESSOR
Ao final, em roda de conversa com os estudantes, peça que eles comentem sobre as suas
“âncoras”. Observe, na fala, se eles conseguiram utilizar as informações sobre si mesmo na
sistematização do Plano de Ação. Para isso, você pode perguntar se eles acharam mais fácil preencher
o Plano a partir das correspondências com o objeto da âncora. Espera-se que eles tenham entendido
a importância de utilizar os seus registros, como memórias que dão sentido a cada etapa do Plano de
Ação. Também pontue a importância da determinação para continuarem os seus planos, assim como
as suas âncoras.
Para o fechamento da aula, proponha o 5º desafio, que é a criação de imagem de âncora, que
representa todas as informações base do Plano de Ação do Projeto de Vida, sendo um símbolo de
liberdade para os estudantes. O prazo para a entrega do desenho deve ser até a próxima aula.
Peça apoio dos estudantes para criar os critérios para eleição da âncora mais representativa e
criativa. Um dos critérios pode ser:
Você pode fazer um formulário pelo Google Forms para facilitar a votação. Após a eleição da
âncora, professor, procure utilizá-la, bem como a de todos os estudantes, em fichas de exercícios e
materiais de apresentação dos conteúdos das suas aulas, como forma de mantê-las vivas na memória
dos estudantes. É importante salientar que a proposta do desafio possibilita novas reflexões dos
estudantes sobre os seus Projetos de Vida, como forma de você, professor, valorizar o autoconhecimento
dos estudantes e entendimento sobre o Plano de Ação dos seus Projetos de Vida. Considere que, ao
construir os critérios de eleição da âncora, os estudantes podem, também, identificar-se com as
âncoras dos colegas, e assim se conhecerem melhor.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
O MEU CAMINHO EU MESMO TRAÇO!
Objetivo: Agir como fonte de liberdade (ação) e protagonista diante
da condução da vida.
Competências socioemocionais Responsabilidade
em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências
Professor, esta aula estimula a atitude proativa dos estudantes diante da vida, tomando como
ponto de partida os seus sonhos e seu Projeto de Vida. Para iniciá-la, leia o texto de abertura no
Caderno do Estudante. Conforme o texto, estabeleça a analogia com o mergulho nas profundezas do
ser, como sendo uma trajetória de descobertas vivenciadas pelo próprio estudante, resultado do
protagonismo de cada um diante da vida. Amplie ainda mais a representação feita na aula com o objeto
utilizado para manter a estabilidade de uma embarcação - a âncora. Para isso, explique e certifique-se
de que os estudantes compreenderam o simbolismo com a liberdade de escolha, firmeza e compromisso
em relação ao sonho.
PROJETO DE VIDA 85
É importante que você, professor, explique que, apesar de a âncora ser um objeto que dá estabilidade
a uma embarcação, a sua utilidade depende muito do objetivo que se quer alcançar quando ela é jogada
ao mar, pois pode ser, também, para uma pausa no trajeto, para evitar fortes turbulências numa
tempestade, ou para servir de guia a um mergulhador numa missão arriscada. Ou seja, a sua utilização
está atrelada ao dinamismo da missão de cada um na construção de seu Projeto de Vida.
Seguindo com as analogias com Projeto de Vida, conforme o texto de abertura da aula, peça para
os estudantes pensarem em seus sonhos e as escolhas que fizeram até o momento, que demonstram
firmeza, compromisso e responsabilidade com os seus propósitos de vida. Nesse momento, é
importante estimular as falas dos estudantes sobre o quanto tem sido possível ditar a própria realidade
com vista aos seus sonhos? Escute-os e estabeleça mediações que proporcionem reflexões sobre:
não importam as circunstâncias de vida presente e o tamanho dos desafios que porventura tenham
atravessado, o mais importante é a forma como cada um se posiciona diante da vida.
Aproveite, também, para explicitar que a competência socioemocional em foco é a responsabilidade.
ORIENTAÇÕES
1. Olhe para o ponto A - Descreva como está a sua vida neste momento;
2. Olhe para o ponto B - Descreva como pode ser a sua vida quando estiver no ponto B;
3. Pensando como traçar um percurso entre o ponto A e B, descreva uma ação que
consiga realizá-la em curto prazo, para avançar na direção do ponto B. Escreva a ação
no ponto C. À medida que realizar essa ação, siga estabelecendo uma nova. Para ajudá-
lo(a) nessa tarefa, considere as seguintes questões:
86 CADERNO DO PROFESSOR
Para facilitar a compreensão dos estudantes, desenhe a imagem apresentada na atividade à medida
que explica as orientações para os estudantes. Você pode utilizar a lousa da sala de aula ou aplicativos,
como o Jamboard (quadro branco digital), para fazer isso. Em relação ao ponto A, peça aos estudantes
que descrevam tudo o que vem à mente sobre suas vidas neste momento. Ajude-os nessa descrição,
perguntando como está a sua saúde, os seus relacionamentos, as realizações do seu Projeto de Vida. Em
relação ao ponto B, peça que imaginem a sua vida após a realização de tudo o que sempre desejaram.
Nessa descrição do ponto B, é importante que os estudantes não se limitem a descrevê-lo a partir dos
desafios que vivenciam no presente. Sobre o ponto C, esse ponto exigirá mais dos estudantes, pois eles
precisam olhar não apenas para o que liga os pontos A ao B, mas para uma ação sua que, a médio e longo
prazo, impactam nos objetivos que desejam alcançar. Isso exige visão sistêmica da realidade, de suas
atitudes diárias, prioridades estabelecidas e, o principal: é preciso que sejam protagonistas da própria vida.
Para ajudar ainda mais os estudantes na descrição do ponto C, utilize as questões disponibilizadas
na atividade, que possibilitam a identificação de algum problema que os esteja impedindo de realizar o
que desejam. Procure, dessa forma, dizer aos estudantes que o Projeto de Vida depende do
protagonismo de cada um diante da vida, principalmente na busca de solução para os problemas que
possuem. Assim como, que a realidade de vida de cada um depende da forma como ela é encarada.
É importante dizer aos estudantes que não fazer nada é também uma atitude que reflete uma decisão.
Assim como, que eles são livres para escolherem o que quiserem, e que a liberdade de escolha é,
portanto, o que buscam fazer para dar sentido às suas vidas.
Partindo disso, realize uma leitura, dando pausas para as falas dos estudantes sobre o texto
da atividade.
Segundo a Filosofia a liberdade é um direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a
própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa. Para o psiquiatra Viktor Frankl, o fundador
da logoterapia, uma terapia focada no sentido da vida, a liberdade é marcada pela atitude pessoal
diante do imutável. Isso quer dizer que, para Frankl, todos nós temos a liberdade de escolher para
decidirmos a nossa felicidade.
Quando Frankl se refere ao imutável, ele usa o exemplo de um homem numa prisão, que mesmo
preso, pode sonhar com a sua liberdade, como fazem os prisioneiros de guerra. Nesse sentido, a
escolha da atitude pessoal frente a um conjunto de circunstâncias, para decidir o próprio caminho é
considerada a última das liberdades humanas.
PROJETO DE VIDA 87
A liberdade, portanto, é a possibilidade não apenas de olhar para dentro de nós, mas para fora,
para a transformação que buscamos. Consiste no ser humano enxergar-se para além das circunstâncias
presentes e fazer o que lhe mantém firme em seus propósitos. É o direito de decidir o que quiser, de
buscar o sentido às nossas vidas.
Para Frankl, todo homem saudável, é livre, pode fazer escolhas e ser responsável por ela. Para ele,
a maior responsabilidade de um indivíduo está no que ele faz com a própria vida. Isso nos faz refletir que
liberdade é a capacidade que todos nós temos de encontrar uma direção de algo importante na nossa
vida, “ultrapassamos a nós mesmos”, para romper os obstáculos da nossa vida e viver plenamente.
Professor, para saber mais sobre Victor Frankl, você pode consultar o site: https://www.
ebiografia.com/. Acesso em: 05 de ago. de 2021.
1. Sabendo que a última das liberdades humanas é a escolha da atitude pessoal frente a um conjunto
de circunstâncias, para decidir o próprio caminho. Qual é o seu sonho e como você se enxerga
diante das circunstâncias da sua vida frente ao que deseja realizar?
Nessa questão, os estudantes precisam se posicionar diante de sua vida. A pergunta os coloca
no centro de tudo o que acontece com eles, para que possam rever suas atitudes e escolhas. É
importante, professor, que você esteja atento às dificuldades que alguns estudantes possam ter de se
posicionarem como protagonistas de suas vidas. É importante incentivá-los no desenvolvimento das
ações necessárias. Perceba que a próxima questão retoma ao percurso do ponto A ao B, para que
eles percebam que são responsáveis pelas ações que ditam a sua realidade:
2. Ao responder à questão anterior, reveja a sua trajetória entre o ponto A e B, para refletir sobre a
sua responsabilidade na realização de tarefas/ações que o(a) levará a realizar o seu sonho.
Explique aos estudantes que essa questão exige deles um olhar sincero sobre o que eles fazem
e/ou podem melhorar nas suas ações para conseguir o que desejam, e como estão se enxergando
como responsáveis pelas suas escolhas e atitudes. Na verdade, essa questão exige previamente outras
respostas também, como: será que têm certeza do que querem? Sabem o que é preciso fazer para
alcançar seus sonhos? Estão agindo de acordo com o que dá sentido às suas vidas? Portanto, são
três questões dentro de apenas uma. Fique atento à facilidade com que eles conseguem transitar por
elas para chegar à resposta da atividade. Como forma de estimular ainda mais reflexões para definição
do ponto C, é válido comentar sobre a importância de se manterem firmes diante das circunstâncias
da vida para a realização dos seus sonhos.
Ao final, espera-se que eles tenham conseguido refletir sobre a importância de agir como fonte de
liberdade (ação) na busca dos seus sonhos. Assim como, que a aula tenha possibilitado a eles se
enxergarem como protagonistas de suas vidas. Contudo, professor, como você sabe, isso é um
processo, e precisa ser acompanhado por você. A partir desta aula, fique atento ao desenvolvimento
do protagonismo dos estudantes, pois não é possível conceber um Projetos de Vida sem que eles
sejam protagonistas de suas vidas.
88 CADERNO DO PROFESSOR
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
COMEÇAR DE NOVO: NÃO PRECISA SER HERÓI,
APENAS PROTAGONISTA.
Objetivo: Construir uma narrativa sobre si mesmo, de acordo com o
que se deseja no presente e o que se projeta para o futuro.
Competências
Entusiasmo
socioemocionais em foco:
Material necessário: Diário de Práticas e Vivências.
Professor, esta aula estimula a construção de uma narrativa que valoriza a atuação protagonista
do estudante diante da vida. Essa narrativa parte das histórias que já existem em seus Diários de Prá-
ticas e Vivências, mas que podem ser retomadas sob outro ponto de vista, que é do protagonismo,
independente das vitórias e derrotas que eles relataram na época dos registros dessas histórias. O
objetivo é que, ao reescrever as narrativas, eles façam isso partindo de um olhar mais generoso sobre
as suas realizações, percebendo a sua importância no contexto das experiências que adquiriram, e
das transformações que aconteceram na vida de cada um.
Assim, inicie a aula por meio de uma leitura compartilhada com os estudantes sobre o texto de
abertura da aula, presente no Caderno do Estudante. Perceba que o texto estimula o olhar dos estu-
dantes para o lado humano que existe em cada um de nós, trazendo exemplos de protagonismo, que
é o oposto das narrativas que têm heróis. Também pontue que, nesta aula, o foco será a competência
socioemocional entusiasmo. Explique para os estudantes o que é essa competência:
uma derrota ou vitória, existem pérolas a serem contadas, que deveriam ser mais importantes do que
conseguir uma premiação, ou não, para quem protagonizou uma história.
Ao ler o texto, professor, abra espaço para a fala dos estudantes e, caso eles queiram, para que
possam contar seus exemplos de histórias que se revelaram mais significativas, independente do que
esperavam ter como resultado ou conquista ao final de sua jornada.
Explore a própria imagem de abertura da aula, que apresenta uma jovem mulher com pérolas no
rosto, e pergunte aos estudantes o que ela reflete de sensações e sentimentos neles. Assim como,
pergunte quais as relações possíveis entre a imagem e a mensagem do texto introdutório da aula. Para
ajudá-lo nas relações que os estudantes podem fazer, veja os exemplos:
• a importância de cada pessoa se enxergar (o olhar fixo da jovem pode representar isso), de
expor-se sem receio, de ser responsável pela própria vida (veja a intenção das mãos da jovem
na cabeça);
• O rosto limpo, a princípio, com pouca ou nenhuma maquiagem, pode ser considerado a
sinceridade consigo mesmo, ou serenidade de quem está segura de si;
• A luz que incide na lateral do rosto pode simbolicamente relacionar-se com a liberdade de ser
quem é, sem rótulos e vergonha de ser vista;
• As pérolas que têm coladas no seu rosto podem representar muitas histórias significativas, e
que existem devido ao próprio protagonismo da jovem.
Antes de partir para a atividade, professor, faça uma analogia entre o processo de produção de
uma pérola e o Projeto de Vida. Diga que, assim como o processo de produção de uma pérola, as
narrativas de cada estudante são importantes, por retratarem o protagonismo de cada um diante da
vida. Diga que as pérolas não são o produto ou resultado do que esperavam alcançar a partir do Pro-
jeto de Vida, e sim, a própria narrativa das experiências que tiveram e das transformações que realiza-
ram em suas vidas. Após essas explicações, peça que respondam a atividade: Minhas pérolas.
Professor, é necessário orientar os estudantes que não precisam identificar as três pérolas de
uma vez. Inclusive, é recomendado que eles identifiquem uma de cada vez, para que possam reescre-
ver as histórias sem pressa, fazendo uma análise a partir do ponto de vista trazido na aula. Para que
possam dar objetividade à tarefa, oriente que eles definam um título para a sua pérola. Exemplo: O dia
que decidi recomeçar a minha vida.
Após conclusão da questão, pergunte se algum estudante gostaria de compartilhar uma de suas
pérolas. Para encorajá-los no compartilhamento, diga que não precisam entrar em detalhes sobre a
situação que descreveram, apenas citar o título que deram para pérola. Explore, também, como eles
enxergam o entusiasmo ao falar dessas pérolas.
Você sabia que pérolas cultivadas em cativeiro passam por um longo processo de
amadurecimento? Assim como, você sabe qual é o real motivo que fazem das pérolas um adereço
tão cobiçado? A explicação consiste em objetos que são colocados dentro dela para que possa
iniciar o processo de defesa, que a levará a produção da pérola (nácar ou madrepérola). A produção
de uma pérola é algo que leva anos, pois as outras costumam abrir naturalmente as suas conchas
apenas para se alimentar (receber água e nutrientes) e não para produzir pérolas.
PROJETO DE VIDA 91
Quando em cativeiro, são colocadas fora d’água e vigiadas para quando abrirem as suas
conchas, possa ser colocado um calço para manter entreaberta as suas conchas. Isso é um
processo altamente prejudicial a elas e, muitas não conseguem acumular o nácar dentro da sua
concha e quando não morrem, são descartadas.
Diferente das pérolas produzidas em cativeiro, que levam três anos para serem produzidas, as
pérolas naturais são muito mais valiosas por terem um formato esférico raro e levar ainda mais
tempo para chegarem no tamanho ideal. Nas distintas formas de produção, apenas 5% das pérolas
terão qualidade suficiente para serem envolvidas na produção de grandes joalherias de luxo.
Após a leitura do texto, dê destaque nas suas explicações sobre a longa e desafiante jornada de
uma concha para produzir uma pérola. Diga que poucas pessoas sabem do processo que existe por
trás da beleza delas. Procure saber dos estudantes o que eles sabem sobre isso.
Professor, caso você queira aprofundar o seu conhecimento sobre a produção de pérolas, você
pode acessar os links:
É importante, também, após a leitura do texto, saber dos estudantes o que eles pensam sobre o
processo de defesa da concha para produzir uma pérola. Amplie as reflexões como: será que a pérola
tem mais valor e importância do que a concha que a produziu? Escute-os fazendo as mediações ne-
cessárias para que eles façam algumas analogias com as experiências do seu Projeto de Vida. É ne-
cessário que você, professor, deixe claro para os estudantes que a aula não tem como foco discutir a
comercialização de pérolas. O foco está na importância de cada um valorizar a sua jornada, sendo
protagonistas de suas vidas, sem que, para isso, precisem ser heróis. Sabemos que o herói é comum
em narrativas, porém, em se tratando de Projeto de Vida, os grandes feitos e conquistas não devem
ser de uma visão estereotipada dos estudantes sobre quem são. É preciso romper com os modelos de
heróis típicos das histórias que eles conhecem, pois eles são fictícios. A partir disso, professor, apro-
xime ao máximo o olhar dos estudantes para a sua realidade, suas conquistas, esforço e valor que tem
nas suas narrativas, pois é neles que vão identificar suas atuações protagonistas. Partindo disso, peça
para os estudantes, conforme o texto no Caderno do estudante: O cultivo de pérolas, responderem as
próximas questões.
b) Das suas pérolas descritas na atividade anterior, o que você consegue extrair como processos
importantes de transformação pessoal?
Perceba que as questões propõem um novo movimento de retorno aos registros das narrativas
existentes nos Diários de Práticas e Vivências dos estudantes. Nesse exercício, eles devem identificar
nas suas pérolas, os seus aprendizados, o que essas pérolas impactaram nas suas vidas - gerou algum
92 CADERNO DO PROFESSOR
tipo de transformação pessoal? Qual foi? Das experiências, quais delas são as mais importantes por
enxergarem os seus futuros de outra forma? Como o entusiasmo me ajudou na construção dessas
pérolas? Ao buscarem responder a essas questões, os estudantes são estimulados a se perceberem
tecendo o fio de sua própria história, sendo protagonistas de suas lutas, conquistas e processos de
transformação. Ao final da atividade, é muito importante que os estudantes se percebam como agen-
tes da própria vida.
Para fechamento da aula, proponha o 7º desafio, e último, aos estudantes, que é o desenho de
uma bússola que descreva as suas forças pessoais, ou habilidades que conseguem identificar nas
suas pérolas. Os estudantes, ao criarem as suas bússolas, terão um recurso que potencializa o auto-
conhecimento, e que pode ser utilizado em decisões futuras do seu Projeto de Vida.
• Pontos norte, sul, leste e oeste: devem ser colocadas as forças ou habilidades que identificam
possuir com mais intensidade;
• Pontos noroeste, nordeste, sudeste e sudoeste: devem ser colocadas forças ou habilidades
que identificam possuir com menos intensidade.
Para a criação da bússola, os estudantes podem tomar como referências, também, as suas ca-
racterísticas de personalidade descritas na aula: Conhece a ti mesmo! Solicite que os estudantes pin-
tem a sua bússola usando cores mais fortes para pontos norte, sul, leste e oeste, e cores mais claras
para os pontos noroeste, nordeste e sudeste. Professor, crie um mural com as bússolas dos estudan-
tes e, ao longo dos próximos bimestres, peça que os estudantes refaçam os seus desenhos, para que
possam compará-los com as bússolas anteriores. Diga para os estudantes que a bússola deve mudar
conforme suas necessidades e os caminhos escolhidos para a realização dos seus sonhos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
AVALIAÇÃO FORMATIVA DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
Objetivo: - Promover o autoconhecimento e o desenvolvimento socioemocional com o uso do
instrumento de avaliação formativa por rubricas.
- Propiciar momentos estruturados para o diálogo (devolutiva formativa) entre
professor e estudantes, e estudantes entre si.
- Orientar a elaboração dos Planos de Desenvolvimento Pessoal.
Competências
Competências socioemocionais priorizadas pela SEDUC/SP para a 2º série: Tolerância
socioemocionais
à Frustração, Entusiasmo, Foco, Determinação, Interesse artístico e Respeito.
em foco:
Material Caderno do Estudante.
necessário: Computador, celular ou outro aparelho com acesso à internet.
Caderno “Instrumento de Avaliação Formativa de Competências Socioemocionais
por Rubricas”. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1ww6Nz_
IOKByePDGB3TIYLTRESzUHlqte/view?usp=sharing. Acesso em:
30 de out. de 2021.
No componente Projeto de Vida, a avaliação formativa é uma estratégia central para o desenvol-
vimento intencional das competências socioemocionais. Para isso, é usado um instrumento de avalia-
ção formativa por rubricas. Essa ferramenta apoia o diálogo, o autoconhecimento e o papel ativo dos
jovens em seu crescimento pessoal. A situação de aprendizagem “Avaliação Formativa de Competên-
cias Socioemocionais” acontece a cada bimestre, de modo que os estudantes possam
monitorar e engajar-se ativamente no próprio desenvolvimento socioemocional, contando
com sua pedagogia da presença como mediadora (QR Code 1). O ciclo de avaliação
formativa no 1º bimestre é composto de três missões, e possui os seguintes momentos:
As Missões 1 e 3 apresentam orientações para que você possa adequar a proposta de acordo
com as necessidades de sua turma. Já a Missão 2 (autoavaliação pelo instrumento) possui um passo
a passo estruturado que deve ser seguido à risca. A uniformização de uso do instrumento garan-
te a validade dos resultados e suas interpretações, que serão apresentadas em um relatório com
insumos para as devolutivas formativas a serem realizadas nos próximos bimestres.
94 CADERNO DO PROFESSOR
Caso sua escola não tenha equipamentos ou acesso ao sistema, você pode baixar
o instrumento AQUI (imprimir as páginas necessárias e realizar a avaliação. Você não re-
ceberá o relatório de devolutivas com gráficos e orientações, mas pode empregar sua
criatividade e estratégias analógicas para alcançar uma visão geral da turma para apoiar o
trabalho com o desenvolvimento socioemocional.
Tolerância à Capacidade de usar estratégias efetivas para regular as próprias emoções, como
Frustração raiva e irritação, mantendo a tranquilidade e serenidade frente às frustrações,
evitando assim o mal humor, fácil perturbação ou a instabilidade.
Entusiasmo Capacidade de envolver-se ativamente com a vida e com outras pessoas de uma
forma positiva, alegre e afirmativa, com energia e emoção, sentir “gosto pela vida.”.
Foco Capacidade de focar — isto é, de selecionar uma tarefa ou atividade e direcionar
toda nossa atenção apenas à tarefa/atividade “selecionada.
Determinação Capacidade de estabelecer objetivos, ter ambição e motivação para trabalhar duro,
e fazer mais do que apenas o mínimo que é esperado.
Após a leitura, realize a atividade “Mão na massa: Explorando o instrumento de avaliação forma-
tiva por rubricas”. Mesmo que esse exercício seja um “simulado” para explicar como funciona o instru-
mento de avaliação formativa por rubricas, é importante que você siga as instruções da rubrica e,
também, leia a descrição de cada degrau, para que a turma entenda com clareza os diferentes níveis
de desenvolvimento da competência avaliada. Depois do exercício, convide os estudantes a realizar a
autoavaliação de competências socioemocionais com base em rubricas no sistema informatizado da
Secretaria Escolar Digital, por meio de computadores ou celulares.
96 CADERNO DO PROFESSOR
Informe o tempo que eles terão para responder às rubricas, de forma que concluam a tarefa em um
único encontro. Sublinhe a necessidade de concentração e tranquilidade no processo de autoavaliação.
Durante a autoavaliação
Ao longo de todo o exercício, auxilie os estudantes em suas dúvidas, e oriente-os sobre como
devem incluir os exemplos que justificam as escolhas dos degraus, por meio das células intituladas
“Aplicação 1”, que estão logo após as rubricas nas fichas. Elas serão utilizadas a cada nova rodada
de autoavaliação, sendo uma para cada competência avaliada. Reforce a importância de
escrever justificativas ou de comentar os motivos que os levaram a avaliar-se nos degraus
por eles escolhidos.
Informe que, no próximo encontro, a turma fará a eleição de duas competências socioemocionais tidas
como mais desafiadoras, interessantes ou necessárias para traçar seu Plano de Desenvolvimento Pessoal.
Tenha em mãos o resultado consolidado da turma (de forma analógica ou informatizada), e realize
uma devolutiva coletiva. Essa é uma devolutiva inicial, ou seja, não terá o mesmo formato das devolu-
tivas previstas para os próximos bimestres. Cabe a você, professor: (1) Propor uma roda de conversa,
para que todos possam se ver; (2) Reforçar que os estudantes não estão sozinhos no processo de
desenvolvimento socioemocional, pois podem contar com você e com os demais professores e profis-
sionais da escola, além dos próprios colegas; (3) Promover uma problematização e reflexão sobre as
competências mais e menos desenvolvidas pela turma. Esse exercício pretende promover uma refle-
xão coletiva sobre os resultados da autoavaliação e oferecer aos estudantes a possibilidade de identi-
ficar colegas para apoiá-los ao longo do ano.
(b) O
s estudantes podem escolher as competências menos desenvolvidas pela turma ou podem
escolher uma competência menos desenvolvida combinada com a competência que têm
mais desenvolvida.
Feita a escolha, peça aos jovens para marcar as competências que escolheram priorizar coletiva-
mente no campo “Objetivos” no Caderno de Respostas. Para finalizar, cada estudante elaborará um
Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP). Solicite que abram o Caderno do Estudante na Missão 3, na
atividade “Mão na massa: Construindo meu PDP”.
Procure conhecer quais são as metas que cada estudante construiu ao longo dos próximos en-
contros. Incentive-os a dar atenção às ações que estabeleceram.
98 CADERNO DO PROFESSOR
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Prezado(a) Professor(a),
É com muito prazer que apresentamos o caderno de Tecnologia e Inovação. É composto de Si-
tuações de Aprendizagem e é constituída por um conjunto de atividades que contribuem para o desen-
volvimento das habilidades prevista no Currículo em Ação e nas Diretrizes de Tecnologia e Inovação.
CONCEPÇÃO DO MATERIAL
O material foi pensado de forma que os estudantes possam expor suas ideias de maneira indivi-
dual e em grupo, criar, imaginar e executar, interagindo com os objetos de conhecimento, produzindo,
construindo e ampliando os saberes a partir das atividades mão na massa, de reflexão e produção.
Usar a criatividade para resolver problemas de forma eficiente e satisfatória, compreender de que forma
as tecnologias podem contribuir para sua formação e atuação como cidadãos conscientes dos usos
delas que, quando bem utilizadas, trazem muitos benefícios individuais e sociais, mas que também,
devem ser conscientes dos riscos que elas acarretam, quando usadas indevidamente.
ESTRUTURA/ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL
Nesse espaço apresentamos:
Após esse espaço reservado ao professor, você terá, na íntegra, o conteúdo do Caderno do Aluno.
Ilustração: Malko Miranda
1
Comentários ou conceitos ou uma informação que precisa de atenção.
1 https://pt.pngtree.com/freepng/tungsten-lamp-inspiration-small-icon-cartoon_3955420.html (adaptada).
100 CADERNO DO PROFESSOR
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 (LDBEN), definiu a Educação Espe-
cial, como uma modalidade de educação escolar que permeia todas as etapas e níveis de ensino.
A Resolução do Conselho Nacional de Educação - CNE 02/2001 que regulamentou os artigos 58, 59
e 60 da LDBEN, garante aos estudantes deficientes o direito de acesso e permanência no sistema
regular de ensino, se utilizando da adaptação curricular no contexto da educação especial.
O contexto educacional do século XXI sugere o desenvolvimento integral do(da) estudante, bus-
cando dentre outras coisas, o alinhamento com a Base Nacional Comum Curricular e Currículo Paulis-
ta. Nessa perspectiva, o termo “prática inclusiva” de educação, ou “educação inclusiva”, não é sinôni-
mo do termo “estudante de inclusão”, sendo esse último termo incorreto.
METODOLOGIAS ATIVAS
Fonte: Donatella Pastorino - Arte elaborada pela Somos Educação para palestra sobre “Metodologias Ativas”, ministrada
pela Prof. Débora Garofalo e autorizada para o material por Donatella Pastorino.
ACOLHIMENTO
Prezado(a) professor(a), a proposta do acolhimento é a de despertar a reflexão dos estudantes e
sua presença na web. Esse é o momento para refletirem, pois provavelmente, alguns já estão no mer-
cado de trabalho ou vão iniciar sua carreira profissional. Essa reflexão deve ter a perspectiva de enten-
derem que o Componente de Tecnologia e Inovação poderá contribuir para essas reflexões, além de
possibilitar a vivência de maneira prática.
1º momento: Entregue para os estudantes uma folha do “Anexo - Acolhimento: Minha presença na
web”. Em cada página, há dois mapas iguais; recortar e distribuir um para cada estudante.
Se não for possível fazer as cópias, distribua uma folha de sulfite e projete o mapa para que todos
possam visualizá-lo.
2º momento: No centro do mapa, ele escreve o nome. Cada estudante escreverá nos espaços, com-
pletando as frases. Estabeleça um tempo para esse momento.
3º momento: Se possível, eles se organizam em duplas e conversam sobre o que escreveram. Caso
não seja possível, você pode ler cada uma das frases e os estudantes socializam em uma roda de
conversa, promovendo um momento de interação.
102 CADERNO DO PROFESSOR
4º momento: Fechamento. Converse sobre a presença deles na web sobre comportamentos e atitu-
des atrás da telinha. Explique que toda ação realizada fica registrada nos ambientes virtuais e que eu
no mercado de trabalho, leva-se em consideração esse comportamento.
Esse momento pode ser diversificado de acordo com a turma; é momento para que eles se conheçam,
uma vez que a proposta das atividades é o trabalho colaborativo em grupos.
Oriente-os sobre o componente de Tecnologia e Inovação e a trilha que está prevista para os
primeiros estudos. As atividades estão todas articuladas e, ao final do processo, eles apresentarão o
resultado dessa trilha.
Professor(a), sugerimos que leia as “Orientações sobre a proposta deste bimestre” para ex-
plicar os encaminhamentos desta proposta, que tem como pergunta geradora: ”Como contar uma
história com responsabilidade e ética, utilizando técnicas aprimoradas para elaborar uma narrativa
atrativa e respeitosa?”
Projeto: Construção de uma narrativa a partir de uma história real, utilizando as técnicas de apuração
e planejamento.
Orientação:
Converse com os estudantes que todas as atividades serão desenvolvidas para responder à questão
norteadora; portanto, não devem deixar de realizá-las.
Professor(a), os estudantes, nesse momento, devem ter clareza de que a cada Situação de Aprendi-
zagem concluída, eles deverão aplicar o que aprenderam no projeto.
Sugerimos, que você agende uma data para a apresentação final, que deverá ocorrer somente quan-
do todas as Situações de Aprendizagens forem concluídas; por isso, é importante que esse agenda-
mento esteja articulado com a realidade do tempo e do espaço da sua escola e turma.
Todas as Situações de Aprendizagem se complementam; dessa forma, você poderá também, plane-
jar entregas parciais dos estudantes e assim, poderá acompanhar a evolução e realizar a avaliação
durante o processo.
Ao trabalhar com essa questão, que está próxima da realidade dos estudantes, a proposta é que as
atividades sejam desenvolvidas ora individualmente, ora em grupos, propondo a aprendizagem cen-
trada no aluno, instigando um trabalho de reflexão, colaboração e criação de soluções que estão
propostas em cada atividade e é esse conjunto que dará condições para que respondam a questão,
apresentando o resultado esperado. Avise-os também, que a questão norteadora vai aparecer ao
longo das atividades para que não percam de vista o foco do estudo nesse momento.
Ao final do processo, sugerimos um livro, que poder ser no formato digital e que está disponível em:
https://www.livrosdigitais.org.br/, ou a produção de vídeo, usando a criatividade.
104 CADERNO DO PROFESSOR
Parece simples não? Mas você vai perceber que contar uma história não significa apenas “contar”,
mas fazer isso de forma responsável e ética. A cada atividade, você vai conhecer como são os processos
de publicação de um conteúdo, desde uma simples mensagem como post e compartilhamento e como
podem influenciar sua presença digital, afetando ou não sua credibilidade e idoneidade. Por esse motivo,
ao final da atividade, você desenvolverá um projeto aplicando os conhecimentos de cada Situação de
Aprendizagem. A seguir vamos apresentar o que está previsto para este bimestre, resumidamente:
Situação de Aprendizagem 3 Usar a criatividade para criar seu ID de jornalista para contar uma história.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
SOCIEDADE E NARRATIVAS DA REALIDADE
Olá, sou o RoboTec e acompanharei você nos seus estudos. Esse percurso formativo
conta com quatro pilares principais: ler, escrever, criar e participar. É isso mesmo,
a tecnologia precisa ter esse olhar além do seu uso, sabia? Tudo que você,
compartilha ou busca na internet, antes de ser publicado, passa por esses quatro
pilares; daí a importância de estarmos atentos a tudo o que consultamos e tomamos
como verdade. Então, fique atento!
Ao desenvolver a atividade, será possível refletir sobre o perfil que atrai esses estudantes e como a
qualidade das informações divulgadas, influenciam na sua formação e identidade.
Ressalte que essas personagens produzem conteúdos que envolvem os quatro pilares: ler, escrever,
criar e participar, pois é preciso que sua narrativa, de alguma forma, cause impacto e seja um atrativo
para seu público ao ler as informações. Um público desatento e sem critérios de observação, muitas
vezes, repassa informações como sendo verídicas, e nesse movimento, conseguem uma participa-
ção que pode causar impactos positivos ou negativos.
Assim, quando socializar os resultados da atividade, realize a mediação desse momento dentro do
princípio de se respeitar a opinião do outro, sempre possibilitando que as pessoas possam refletir
sobre suas escolhas e com quem se identificam.
Organização/desenvolvimento: Forme pequenos grupos para que possam conversar sobre o que
acessam ao navegar pela internet. Após esse momento, cada estudante deve anotar apenas um
assunto de sua preferência em cada post-it, no Caderno do Aluno.
Para socializar, conforme os estudantes compartilham suas preferências, anote na lousa com as três
divisões indicadas na atividade, para então ter um perfil do que mais acessam. O foco é que os
106 CADERNO DO PROFESSOR
estudantes reflitam sobre esse acesso: será que sabem qual o objetivo das pessoas que veiculam esses
conteúdos? Verifique se os estudantes acessam sites sobre notícias, moda, música entre outros.
Se quiser ampliar a conversa, destine um momento para que possam falar sobre essas escolhas.
Em seguida, crie um ranking para que possam observar o que têm em comum, em relação às
suas preferências.
Os estudantes devem refletir sobre as informações que leem nesses sites e o que ouvem, se já sou-
beram de notícias veiculadas que não eram verídicas e qual foi a reação deles.
Ilustração: Malko Miranda
1.1 Em pequenos grupos, conversem sobre quais redes sociais, influenciadores digitais e sites que
mais acessam/seguem. Cada um deve anotar apenas um, em cada espaço a seguir.
1.2 Você e seus colegas vão compartilhar suas escolhas com toda turma; em seguida, anote o resul-
tado da turma, organizando um ranking:
1.3 Reflita sobre essas escolhas: em algum momento, você soube de alguma notícia veiculada nes-
sas redes que não eram verídicas? Se sim, qual foi sua atitude?
Conversa com o(a) professor(a): As técnicas para verificação da veracidade dos fatos estão apre-
sentadas em forma de Palavras Cruzadas, incentive os estudantes a preencherem os es-
Ilustração: Malko Miranda
Ao realizar a conferência das Palavras Cruzadas, converse com eles sobre o significado de
cada uma das palavras que constam na cruzadinha. Observe que, ainda que as palavras se refiram
aos procedimentos de checagem que, em geral, os jornalistas adotam, nós enquanto cidadãos, tam-
bém podemos fazer uso de algumas delas ou de todas, quando pesquisamos um fato para relatar a
terceiros. Daí a importância da checagem das informações.
Ao realizar o fechamento, é possível fazer uma síntese das técnicas para apuração de fatos e
histórias, observando que algumas podem ser aplicadas no cotidiano para que não seja disse-
minada a desinformação.
A seguir, indicamos os subsídios para sua conversa com os estudantes durante a conferência das
Palavras Cruzadas.
ENTREVISTA: tem como objetivo conhecer a versão de um fato, a história de vida ou o pensamen-
to, acerca de alguma questão específica, de uma personagem da vida real.
ANÁLISE DOCUMENTAL: ter acesso a fotografias, documentos, registros que comprovem o fato,
produzidos por terceiros.
Uma técnica utilizada é a apuração dos fatos e informações e, somente então, após comprovado
os acontecimentos, elaborar narrativas do fato real.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 109
Para tanto, é necessário saber identificar fontes de informações confiáveis, além de conhecer
mecanismos de apuração da realidade, aos quais os jornalistas recorrem em suas atividades de
trabalho, tais como: realização de entrevistas, pesquisa e análise de documentos e registros, busca
de informações e dados em sites especializados etc..
2.1 Existem várias formas de apurar um acontecimento ou uma questão social. Recorrer a mais de
uma técnica de apuração, enriquece a construção da informação, pois o autor diversifica os me-
canismos para comprovar a veracidade de um fato ou para demonstrar a pluralidade de visões
acerca dele.
Em duplas, completem as Palavras Cruzadas e verifiquem seus conhecimentos sobre o tema:
110 CADERNO DO PROFESSOR
Horizontais Verticais
2. São fontes com testemunhas 1. Tem como objetivo conhecer a versão de um fato acerca de alguma
diretas de um fato. questão específica.
7. Análise de fotografias, registros 3. Levantar informações e certificar que estão corretas.
que comprovem o fato, produzidos 4. Gênero textual.
por terceiros. 5. São fontes a partir de materiais de referências produzidos por
8. Quando o próprio jornalista instituições confiáveis.
testemunha e registra um 6. Levantamento de dados por meio de perguntas fechadas, isto é, de
acontecimento que presenciou. múltipla escolha.
Objetivos: Aplicar e praticar as técnicas de apuração para o desenvolvimento de critérios para verifi-
cação de fatos da realidade.
Organize a quantidade de estações de forma que seja possível todos os grupos passarem por todas
elas, considerando o tempo que você planejou para cada estação. Você tem autonomia para esco-
lher os textos para compor as estações, de acordo com o perfil das suas turmas:
1ª estação: Uma notícia veiculada por um jornal impresso – uma ou duas cópias sobre a mesa para
que os estudantes possam realizar a leitura e fazer suas anotações.
2ª estação: Uma notícia veiculada por meio digital. Nesse caso, os estudantes devem ter acesso ao
link, seja por meio de envio do link ou, se for possível, coloque um computador, notebook ou outro
dispositivo para acessarem a notícia somente no momento da estação. Sugestão:
jornal.usp.br/?p=344869 2
3ª estação: Uma história em quadrinhos, de acordo com a idade dos estudantes, pois também é
uma forma de contar história, por meio de uma narrativa ficcional.
Considere a quantidade de estudantes da turma. Se for o caso, organize duas sequências de esta-
ções iguais, assim os grupos poderão realizar as atividades paralelamente.
Organize também o tempo para a mudança de estações; portanto, não selecione textos extensos,
pois é preciso considerar o tempo para a análise.
Em relação à quantidade de estações, você poderá ampliar ou diminuir esse número; isso dependerá
da sua estratégia.
Essa é uma atividade que poderá ser realizada em outros espaços da escola.
Após o término das estações, realize o fechamento, perguntando aos estudantes: O que essas his-
tórias têm em comum? Espera-se que os estudantes tenham compreendido que todas são narrati-
vas. Nesse momento, você poderá introduzir o conceito da narrativa e delimitar suas principais carac-
terísticas gerais: a narração de um fato, a ação de personagens em um espaço e tempo.
Nesse sentido, as notícias, que você lê ou ouve por diferentes mídias, têm o papel do jornalista que
é um profissional, cuja função principal é contar histórias, narrar para a sociedade o que acontece
ou o que está acontecendo na realidade. Essa tarefa envolve muita investigação - às vezes ele até
atua quase como um detetive. Assim uma de suas características é a curiosidade, a persistência e
a responsabilidade sobre a divulgação de fatos que tenham sua veracidade comprovada.
3.1 A partir dos fatos apurados e concluindo que são verídicos, como você acha que essas histórias
são contadas?
3.2 Você agora participará de um grupo para analisar algumas histórias que foram contadas; assim
seu(sua) professor(a) irá orientar os grupos para realizar essa atividade, fique atento!
Para cada estação, você e seu grupo devem ter foco na análise e registrar suas observações.
Copie o modelo a seguir para cada uma das estações:
112 CADERNO DO PROFESSOR
3.3 Após o término das estações e, considerando os registros realizados pelo grupo, o que essas
histórias têm em comum?
Os estudantes também deverão planejar como será veiculada essa história; assim, devem refletir e
pensar nos seguintes aspectos, que contribuem para os critérios de noticiabilidade:
que são voltados a públicos e temas específicos (como esportes radicais, moda feminina, literatura
etc.), bem como portais e noticiários mais generalistas, que tentam reunir conteúdos mais cotidianos
da realidade municipal, estadual ou nacional (como política, economia, trânsito, saúde pública etc).
Um acontecimento a ser veiculado em um meio de comunicação pode não ser apropriado para outro,
em razão da linha editorial. Por exemplo: um programa de culinária dificilmente abrirá espaço para
notícias sobre política e economia, mas um jornal noturno irá priorizar esse tipo de conteúdo. E é
improvável que uma receita, por mais na moda que esteja, ocupe algum espaço na programação de
um telejornal de grande audiência. Mas às vezes, um mesmo acontecimento pode ser conteúdo de
programas e veículos com linha editorial diferente, mas seu conteúdo não será trabalhado da mesma
forma. Em um jornal, podemos ler a notícia de um crime ou de uma importante lei aprovada na Câ-
mara de Deputados, por exemplo. Num programa de debate, esse conteúdo será abordado de outra
maneira: provavelmente, especialistas serão convidados para analisar e opinar sobre o caso.
O público. Os públicos variam de acordo com o interesse pelo tipo de conteúdo divulgado pelos di-
ferentes meios de comunicação e, também, pela forma como o conteúdo é tratado e transmitido.
Assim, os critérios de noticiabilidade são pensados de acordo com o perfil de pessoas para as quais
determinada mídia e conteúdos são idealizados. Uma revista para um público adolescente e feminino
não abordará os mesmos temas que uma revista especializada em economia e mercado financeiro,
cujo público é composto por empresários(as), gestores(as) e operadores(as) financeiros(as). Então, o
que será notícia em um veículo não será em outro por causa do público ao qual se destina e do inte-
resse das pessoas que terão contato com determinado veículo de comunicação.
A concorrência. Os veículos de comunicação também são empresas que concorrem entre si. Nesse
contexto, a notícia é considerada um produto valioso e tem mais mérito o veículo que a divulga em
primeira mão, antes dos demais, o que demonstra eficiência e rapidez na apuração da informação.
Quando isso acontece, dizemos, no jargão jornalístico, que um determinado veículo “deu um furo”,
por ter veiculado com exclusividade, um assunto de grande relevância para a sociedade. Essa briga
pelo “furo”, faz com que alguns assuntos sejam mais valiosos que outros para ocuparem lugares de
destaque em portais noticiosos ou jornais e revistas.
Objetivo: Definir critérios para a divulgação de informações, a partir da intencionalidade dos estudan-
tes em contar as histórias de vida dos personagens escolhidos.
Organização/desenvolvimento: Como cada estudante deverá pensar em uma pessoa para contar
a história. Inicialmente, a proposta é que seja individual. Outra possibilidade, será de escolherem uma
pessoa pública ou que tenha uma história relevante para a sociedade. Os estudantes poderão ser
organizados em duplas ou trio.
Eles devem selecionar uma ou mais pessoas para realizar a(s) entrevista(s) que tenha(m) relevância
social, considerando as técnicas de apuração.
Organizar a narrativa para divulgar em um veículo de comunicação, conforme o perfil definido por eles.
114 CADERNO DO PROFESSOR
4.1 Agora você terá a oportunidade de conhecer a história real de alguém importante para você, al-
gum familiar, amigo(a), professor(a) ou pessoa da comunidade que você admire.
Para contá-la, será preciso apurar informações, sobre a vida dessa(s) pessoa(s), escolhendo pelo
menos duas técnicas de apuração para levantar informações sobre a vida da pessoa escolhida.
Você pode entrevistá-la, pesquisar registros (como fotografias e vídeos) ou documentos que
comprovem momentos marcantes da vida da pessoa e ainda entrevistar pessoas que a conhe-
ceram ou conhecem. Caso precise de documentos, você poderá solicitá-los às pessoas sobre as
quais levantará as informações e fazer cópias ou fotografá-los. É superimportante que você apre-
sente tudo o que reuniu sobre essa pessoa, conforme data agendada pelos seu(sua) professor(a).
a) Quais aspectos da história de vida que apurou e que considera mais interessantes para serem
divulgados e por quê? Pense na sua intenção ao escolher tais aspectos.
b) Em que tipo de veículo de comunicação essa história teria destaque? Crie um nome para esse
veículo, que pode ser um programa de TV, jornal, revista, página ou canal em alguma rede
social, podcast etc. e diga quais são os principais critérios desse veículo para publicar histórias
de vida.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 115
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
O PENSAMENTO COMPUTACIONAL E NOSSA VIDA
Conversa com o(a) professor(a): A partir das perguntas: “O que é pensamento computa-
cional?” e “Como podemos relacioná-lo às nossas vidas?”, os estudantes deverão dizer o
que lhes vier à cabeça, de forma livre.
O conceito Pensamento Computacional foi criado por cientista da computação para indicar uma ação
que envolve resolver problemas, utilizando o pensamento lógico, a habilidade de decomposição,
abstração, reconhecimento de padrões e do raciocínio por meio de algoritmos.
Objetivo: Discutir sobre o que é o Pensamento Computacional a partir das impressões dos estudantes.
Os estudantes inicialmente formaram uma ideia sobre o que é Pensamento Computacional; de-
pois de socializarem a última atividade, formalize o significado de Pensamento Computacional.
1.1 Ao ouvir a frase: O que é Pensamento Computacional? Registre as primeiras ideias que surgirem:
1.2 Seu(sua) professor(a) irá anotar as respostas de todos os estudantes na lousa. Com seu grupo,
considerando o que foi registrado, escrevam o que é Pensamento Computacional a partir do que
foi discutido:
Conversa com o(a) professor(a): O pensamento computacional tem quatro pilares que
Ilustração: Malko Miranda
O terceiro pilar é a abstração. Ela acontece quando separamos elementos relevantes daqueles que
podem ser ignorados. Por fim, o quarto pilar é o algoritmo, processo de criação de um conjunto de
regras para a resolução do problema.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 117
Compartilhe com os estudantes as ideias principais dos quatro pilares. Se preferir utilize exemplos do
dia a dia.
2.1 Observe a imagem a seguir. Estão apresentados os quatro pilares do Pensamento Computacio-
nal. Anote a(s) palavra(s) que você acha que está(ão) relacionada(s) aos quatro pilares.
Ilustração: Educamídia
Padrão: Observar se no plano, existe um padrão para execução das atividades. Para verificar esse
padrão, os estudantes poderão comparar seus planos e identificar se possuem algum padrão.
Abstração: devem priorizar as atividades mais importantes; abstrair atividades que não contribuem
para o projeto - são aquelas que provavelmente podem consumir tempo e não ter bom resultado.
Algoritmo: Criar um algoritmo para execução do plano, criando um passo a passo das atividades a
serem cumpridas, considerando o tempo investido em cada uma delas, agendando horários; assim
otimiza-se o tempo. 1
Compartilhe os planos. Se achar adequado, você poderá recolher os planos para leitura e dar uma
devolutiva aos estudantes. Ressalte que o plano elaborado deverá ser executado e, ao final, solicite
que avaliem se conseguiram cumprir o que foi planejado.
1 VICARI, Rosa Maria; MOREIRA, Álvaro; MENEZES, Paulo Blauth. Pensamento computacional: revisão bibliográfica. Ver. 2. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, 2018. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/197566/001097710.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
Acesso em: 7 ago. 2020.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 119
3.1 Você vai organizar um plano para executar seu projeto e responder a questão norteadora:
Como contar uma história com responsabilidade e ética, utilizando técnicas aprimoradas
para elaborar uma narrativa atrativa e respeitosa?
Para essa organização, você irá aplicar os 4 pilares do Pensamento Computacional. O desafio
será organizar um bom plano para que você cumpra todas as tarefas até concluir o seu projeto,
proposto na Situação de Aprendizagem 1. Para começar a pensar nessa organização, forme
grupos para organizar as primeiras ideias sobre o plano. Anote suas primeiras decisões no mapa
mental a seguir:
3.2 Para elaborar esse plano de execução do projeto, você precisa consultar um calendário, inserir as
atividades de acordo com as datas que serão realizadas, mesmo que seja uma previsão, pois a
organização dessa agenda é importante.
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
120 CADERNO DO PROFESSOR
3.3 Agora que já pensou nas atividades, é hora de fazer a abstração, priorizando aquelas que são
fundamentais para a realização do projeto:
1ª__________________________________________________________
2ª__________________________________________________________
3ª___________________________________________________________
4ª___________________________________________________________
5ª___________________________________________________________
3.4 Compare até aqui suas atividades com a de outros colegas. É possível encontrar um padrão na
execução das atividades? Se sim, registre aqui esse(s) padrão(ões):
3.5 Após identificar os três primeiros pilares do Pensamento Computacional, você deve criar um al-
goritmo de execução do seu plano; isto é, descrever o passo a passo das atividades para que
sejam realizadas satisfatoriamente, considerando também o tempo que será investido para cada
uma delas. Para sua organização, você poderá registrar detalhadamente cada atividade: organi-
zação dos materiais, horários e com quem falar entre outros detalhes.
Importante: Sempre retome seu plano para verificar se está sendo executado conforme foi planejado.
Compartilhe seu plano no grupo da escola e redes sociais: #TecInovasp.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 121
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AGÊNCIA DE JORNALISMO 1
Conversa com o(a) professor(a): Um dos processos mais complexos é a avaliação. Como
podemos realizá-la com uma atividade tão ampla como essa?
Uma forma útil e significativa pode ser, olhar o processo de desenvolvimento do estudante,
e esse é um processo longo que não é realizado em uma única atividade ou momento.
Considere as competências e habilidades propostas e verifique quais delas foi possível observar em
seus estudantes durante a realização das atividades.
Veja alguns pontos que consideramos interessantes para serem avaliados e adapte-os como gostaria:
1 Atividade desenhada pela Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa. Autoria: Thaís Eastwood. Apoio Criativo: Ellen Regina Romero Barbosa, Gislaine Batista
Munhoz e Eduardo Bento Pereira. Ideação e revisão: Leo Burd e Carolina Rodeghiero. © 2020 by Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa. Material disponível
sob licença da Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual- (CC-BY-SA)
Para saber mais sobre esta atividade visite aprendizagemcriativa.org
122 CADERNO DO PROFESSOR
O tema “Agência de Jornalismo” pode ser explorado em diversas áreas do conhecimento, sendo uma
excelente ferramenta para a expressão criativa a partir da exploração de temas, pois o jornalismo
trata de transformar informações em diferentes formatos de narrativas para compartilhá-las para um
público real, o que envolve curiosidade, investigação, pesquisa, seleção de informações relevantes e
criação de projetos.
Organização/desenvolvimento:
Espaço
Se possível, organize os estudantes em grupos com 4 a 6 pessoas, para que possam trocar ideias
durante a aula e durante o processo de construção do projeto.
Materiais e recursos
Se possível, crie oportunidades para que os estudantes manipulem diferentes materiais e objetos
durante o processo de criação do projeto, em uma abordagem exploratória. Incentive-os a pen-
sarem com as mãos, a experimentarem combinações de materiais com suas ideias, a utilizarem
recursos que não estão acostumados e a se arriscarem. Para isso, disponibilize os materiais que
serão utilizados durante a aula sobre as mesas de cada grupo já no início da atividade (os próprios
estudantes podem ajudar nessa organização). Outros materiais que você considerar de uso mais
restrito podem ficar em uma mesa de uso comum da turma (por exemplo: pistola de cola quente).
A preparação prévia de kits com os materiais que serão utilizados em cada aula, agrupados em
caixas, pode ajudar nessa etapa.
Tecnologias digitais
Essa aula pode, ou não, envolver o uso de tecnologias digitais, como smartphones, computado-
res ou câmeras fotográficas. Por isso, em alguns momentos inserimos um quadro chamado “Plu-
gue essa atividade” como uma possibilidade a ser explorada. No entanto, para que esses recur-
sos não restrinjam a execução da atividade, incentivamos primeiramente, a construção de projetos
com materiais diversos de baixo custo.
METODOLOGIA / IMPLEMENTAÇÃO
Segundo a abordagem pedagógica da aprendizagem criativa, aprendemos melhor quando estamos
envolvidos na criação de projetos que levem em conta as nossas paixão, e que sejam desenvolvidos
em colaboração com os pares e em um espírito de aprender e pensar brincando, explorando livre-
mente diferentes materiais e valorizando o erro como parte da experiência. A partir destes 4 Ps da
aprendizagem criativa, a atividade se desenrola seguindo uma espiral envolvendo: imaginar, criar,
brincar, compartilhar e refletir.
1 https://wakelet.com/
2 https://padlet.com/
124 CADERNO DO PROFESSOR
IMAGINE!
Etapa de apresentação da temática da atividade para seus estudantes, fazendo-os compreender o
contexto em que esta proposta está sendo realizada. Pense nas seguintes questões: o que podemos
apresentar para a turma, para que a atividade fique mais próxima de seus interesses, paixões e reali-
dade? Quais exemplos podemos trazer para que os estudantes compreendam o tipo de produto que
podem criar com a atividade?
Os estudantes podem apresentar suas produções e comentar suas características e suas escolhas.
Lembre a eles que ainda estamos em busca de responder à questão norteadora:
Como contar uma história com responsabilidade e ética, utilizando técnicas aprimoradas para elabo-
rar uma narrativa atrativa e respeitosa?
CAIXA DE FERRAMENTAS
Vamos conhecer melhor o jornalismo e a aprendizagem criativa? Separamos alguns links que podem
ajudá-lo a se aprofundar nesses assuntos.
Veja sugestões de materiais e ferramentas que você pode utilizar nesta atividade:
Materiais
• Tesoura Tinta guache
• Lápis • Embalagens cartonadas (caixa de leite ou suco)
• Borracha • Papelão
• Canetas hidrográficas • Tecidos
• Cola bastão ou líquida • Tampinhas de garrafas (de plástico e de metal)
• Cola quente • Botões
• Papel • Clipes
• Barbante
• Fita adesiva
Se puder, utilize também alguns componentes eletrônicos:
• Bateria 3V • Computador ou celular • LED
IMAGINE!
Conversa com o(a) professor(a): Você pode definir quais perguntas gostaria de trazer
Ilustração: Malko Miranda
para a sua aula neste momento e elaborar outras que considere mais relevantes. Além das
perguntas, pense que em outras estratégias você gostaria de utilizar neste momento para
se aproximar dos estudantes.
Incentive-os a registrarem suas reflexões sobre essas perguntas no espaço destinado para isso no
Caderno do Aluno. Eles podem escrever, anotar palavras-chave, fazer mapas mentais, esquemas,
desenhos e até colagens. Outra possibilidade é os estudantes realizarem anotações coletivas em
cartazes ou papel bobina, para que consigam observar também as reflexões de seus colegas.
126 CADERNO DO PROFESSOR
• Mural: é um mural online com alguns recursos a mais que o Google Jamboard. Disponível
em: https://mural.co/
• Google Slides: o estudante pode criar um slide que represente suas reflexões, com
palavras, textos, imagens, desenhos e até vídeos e sons. Disponível em:
https://www.google.com/slides/about/
1.1 Repare nas diferentes formas que o jornalismo tem de contar histórias. Como você costuma
se informar a respeito do que acontece no mundo? Por que você usa mais de um meio de ter
acesso a essas informações do que outros? O que chama sua atenção nos meios que você
costuma usar?
E quanto a sua voz? Como costuma expressar e comunicar o que é relevante para você? Você
prefere escrever? Postar fotos? Desenhar? Gravar vídeos? Criar podcasts? Que tipos de assuntos
interessam a você?
Pense na importância que a sua voz pode ter quando você compartilha informações ou histórias
e reflita um pouco com seus colegas sobre algumas das questões a seguir:
Quais assuntos serão Quais formatos vamos Qual será o nosso Vamos precisar da ajuda
abordados? usar para nos expressar? público? de pessoas de fora da
turma?
Qual será a Quais histórias e Como conciliar os Qual será o meu papel na
periodicidade? informações vamos interesses de todos da agência?
compartilhar com as turma?
pessoas?
1.2 Use este espaço para registrar suas reflexões! Você pode expressar suas ideias usando palavras,
desenhos ou colagens.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 127
CRIE!
va e o papel do professor é muito importante nesta etapa, pois pode ser decisivo na ma-
neira com que os estudantes percebem o desenvolver de sua criatividade e das habilida-
des trabalhadas. Pense nas seguintes questões: quais estratégias você pode usar para
que os estudantes se sintam livres para criar, de acordo com seus interesses e paixões? O que fazer
para incentivar a criação em grupo? Como abordar os estudantes de forma que procurem por si e
entre si, as respostas e reflexões que os ajudem a trabalhar naquele projeto?
• Leve alguns exemplos de projetos (terminados ou não) que sirvam como inspiração. Você
pode chegar na sala já vestindo o seu ID de jornalista, por exemplo.
• Organize a turma em grupos, mesmo que a criação seja individual, pois eles poderão trocar
ideias e inspirações nesse momento;
• Disponibilize para cada grupo, um pouco de cada material listado no Caderno do Aluno e
incentive-os a pensarem com as mãos, manipulando os materiais e iniciando suas construções.
• Circule pela turma durante essa etapa, observe o que os estudantes estão fazendo e como
você pode ajudar. Caso você observe algum estudante “travado” no processo de criação,
coloque perto dele alguns materiais diferentes, pergunte o que ele pensou em criar e se
precisa de ajuda. Incentive-os a se ajudarem e buscarem inspiração uns nos outros;
Quando o tempo destinado a essa etapa estiver próximo do fim, oriente os estudantes a organizarem
os materiais sobre a mesa e preencherem a ficha de apresentação do projeto. Eles podem organizar
uma espécie de exposição sobre a carteira, dispondo o ID criado, a ficha e outros elementos que
considerarem importantes.
128 CADERNO DO PROFESSOR
Uma observação importante é tranquilizar os estudantes em relação à conclusão do projeto. Eles não
precisam finalizar o projeto nesta aula; então, não tem problema se não tiverem concluído o ID quando
o tempo terminar. A ideia é justamente apresentar o projeto em construção, com as suas falhas e
pontos fortes. Incentive-os a levarem os projetos para casa, onde poderão trabalhar nele com mais
calma e depois trazerem novamente para a sala, para compartilhar essa nova versão.
1.3 Agora que você pensou sobre os seus assuntos de interesse e como gosta de expressar e
comunicar o que é relevante para você, que tal criar o seu ID, como a sua identificação ou
identidade como jornalista, que pode representar você na agência de jornalismo?
PARA INSPIRAR:
Bora criar?!
1.4 Coloque a mão na massa e crie seu ID de jornalista! Se preferir, use este espaço para rascunhar ideias.
COMPARTILHE!
• Você pode propor um momento inicial de galeria de projetos, em que os estudantes caminham
em silêncio pela sala, para conhecer os projetos de seus colegas e deixar observações por
escrito (você pode colocar uma música de fundo para tornar esse momento mais divertido).
Se você optar por esse tipo de organização, lembre-se de disponibilizar pequenos pedaços
de papel para os estudantes anotarem suas observações e deixarem ao lado de cada projeto.
• Outra possibilidade é organizar uma galeria de projetos com apresentação, em que metade
da turma fica no lugar para apresentar o que criou e a outra metade roda a sala para conhecer
os projetos. Depois, invertem-se os papéis.
• Também é possível organizar uma rodada de apresentações dentro do grupo e eleger uma
pessoa de cada grupo para apresentar o que viu para toda a turma.
• Sobre os projetos de seus colegas, convide os estudantes a pensarem sobre as seguintes questões:
• Que novas ideias surgiram a partir dos projetos que conheceram?
• Que projetos gostaria de conhecer e entender melhor?
• Que ajuda poderia dar para os colegas que apresentaram seus trabalhos?
Os feedbacks são importantes para que seja possível avançar na criação de um projeto. No entan-
to, sempre que houver alguma crítica, lembre os estudantes de que elas devem ser específicas,
gentis e úteis.
1.5 É hora de compartilhar sua criação com a turma e conhecer o que seus colegas criaram! Não se
preocupe se você ainda não terminou o seu projeto, pois a intenção é que você compartilhe o que
criou até o momento e o que pretende fazer adiante, além das dificuldades e descobertas viven-
ciadas nesse percurso. Uma forma de iniciar o compartilhamento é criar uma ficha de apresenta-
ção, como no exemplo a seguir:
Motivação: _________________________________________________________________________
Durante esta etapa, compartilhe com seus colegas e com o professor como foi o seu processo de
design e como você conectou suas ideias a esse projeto:
Que formato você escolheu e Por que você criou o seu O que você faria diferente se
que materiais utilizou para a projeto dessa forma? Como tivesse mais tempo ou outros
criação do seu ID de jornalista? ele representa seus interesses materiais disponíveis?
e a forma como você gosta de
se expressar?
Novas ideias e interesses em Projetos que você quer Ideias para os seus colegas
comum conhecer melhor
Como você poderia dar o
Os projetos dos seus colegas Sentiu a necessidade de feedback para os projetos dos
inspiraram novas ideias? conhecer melhor um projeto? seus colegas e ajudá-los de
alguma forma?
Você encontrou pessoas com Por que eles despertaram a sua
interesses parecidos com os curiosidade? Lembre-se: as críticas sempre
seus? devem ser gentis, úteis e
específicas!
Encontrou interesses em comum com seus colegas? Descobriu algo sobre você que não havia pen-
sado antes? Alguma coisa que um colega compartilhou despertou a sua curiosidade? Depois de
conhecer os projetos da turma, você percebeu maior unidade ou diversidade de interesses? Qual
seria o ID da sua sala? Pense nesta pergunta até a próxima aula!
1.6 Utilize este espaço para anotar novas ideias sobre o seu projeto e sobre a inspiração que você
teve ao conhecer um pouco mais sobre os interesses e projetos dos seus colegas:
Agora, com seu ID pronto, comece sua entrevista e não esqueça de registrar esse momento!
132 CADERNO DO PROFESSOR
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
CONSTRUÇÃO DE AUTÔMATOS
Robôs, cyborgues e andróides: você sabe a origem desses termos? Todos têm sua
origem nos autômatos. Origem do latim, a palavra autômato significa “agindo por
vontade própria”. Os autômatos são descritos como máquinas que imitam ações
humanas ou de animais, com o uso de motores a corda e sem o uso da eletricidade.
Combinando engrenagens com arte, escultura e designer, os autômatos foram os
avôs dos robôs modernos.
Durante as atividades de criação e produção, o(a) professor(a) atua como facilitador, incentivando o
trabalho em equipe e a liderança compartilhada; valorizando as intervenções criativas no projeto; fo-
mentando uma atitude maker de investigação, curiosidade e experimentação; disseminando uma
cultura de sustentabilidade e reuso de materiais; instigando a melhoria do projeto e dando sugestões.
Objetivo: Construir estruturas mecânicas com engrenagens, alavancas e articulações para confec-
ção de geringonças móveis, para resolver problemas, por meio da cultura maker.
Retome o que os estudantes aprenderam com essa construção e diga que todo esse conhecimento
poderá ser aplicado a qualquer momento durante as atividades práticas. Para agradecerem a(s)
pessoa(s) que participou(participaram) da entrevista, eles poderão dar como lembrança, um autôma-
to que represente a história dela(s). A criatividade será por conta deles!
CAIXA DE FERRAMENTAS
Tinkerê. Manual sobre construção de autômato. O Tinkerê é uma iniciativa não formal de um grupo
multidisciplinar de educadores e pesquisadores brasileiros que estuda, discute e explora experiências
de aprendizagem permeadas pelo conceito “tinkering” - atividades exploratórias mão na massa, brin-
cantes e espontâneas. Disponível em: https://www.tinkere.org.br/blank Acesso em: 13 set. 2020.
Tinnkering – Arte e Tecnologia. Guia com uma abordagem teórica e prática em projetos mão na
massa Disponível em: https://issuu.com/evoluir/docs/guia_educador_tinkering. Acesso em:
13 set. 2020.
Especial Mão na Massa Porvir. Site com relatos de experiências e projetos mão na massa funda-
dos em uma cultura de investigação e criatividade. Disponível em: https://maonamassa.porvir.org/.
Acesso em: 13 set. 2020.
Aprendizagem Criativa. Site da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, Grupo Lifelong Kindergar-
ten e MIT Media Lab sobre aprendizagem criativa com ideias e sugestões de projetos. Disponível em:
https://aprendizagemcriativaemcasa.org/. Acesso em: 13 set. 2020.
FILMR (Disponível para sistema operacional IOS e ANDROID): Criado por brasileiros, o aplicativo
oferece interface simples e recursos de edição intuitivos além de seu pequeno tamanho (29 MB).
FilmoraGo (Disponível para sistema operacional IOS e ANDROID): Aplicativo para edições sim-
ples, conta com sobreposições, filtros, texto, músicas e temas. É possível exportar vídeos em HD e
tem compartilhamento nas redes sociais.
Conversa com o(a) professor(a): A partir da questão inicial, organize a turma para assis-
Ilustração: Malko Miranda
tir ao vídeo: Aprenda a diferença agora! Android, geminoid, autômato, robô e cyborg, dis-
ponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Yb6Tev-pWdI. Acesso em 13 set.
2020. O vídeo apresenta a diferença entre autômato, robô, cyborg, android e geminoid.
Com essa diferenciação, os estudantes poderão compreender a ideia de autômato. Após o vídeo os
estudantes devem comparar o que assistiram com suas ideias iniciais. Oriente os estudantes para
registrarem os pontos importantes, pois utilizarão essas anotações.
Sugerimos, como abordagem inicial, uma escuta ativa sobre o conhecimento dos estudantes sobre
máquinas mecânicas: conhecem alguma? Em quais áreas elas são utilizadas? Como funcionam?
Quando surgiram?
Tais questões podem trazer à tona um universo de máquinas e mecanismos que permeiam toda
nossa época e, que às vezes, não nos damos conta delas e de sua importância para a configuração
de nosso modo de viver.
Objetivo: identificar as diferenças entre: android, geminoid, autômato, robô e cyborg.
Organização/desenvolvimento: Os estudantes, organizados em grupos pequenos, devem discutir
o que sabem sobre o assunto. Socialize os registros antes e depois do vídeo para que eles possam
compreender a diferença entre autômatos e as demais máquinas.
Resposta: Atividade 1.1:
Autômato: Máquina que imita ações humanas ou de animais com o uso de motores a corda, sem o
uso da eletricidade.
Robô: O termo robô tem origem tcheca e significa “trabalho forçado”. É um conjunto de dispositivos
eletromecânicos ou biomecânicos capazes de realizar trabalho autônomo ou pré-programado. Pode-
mos encontrar essas máquinas no campo da medicina, em tarefas domésticas, na área industrial e
vários outros ramos de atividade.
Cyborg: A palavra cyborg é uma contração do termo “organismo cibernético”. É um humano formado
por partes orgânicas e mecânicas ou orgânicas e eletrônicas. A ideia de cyborg traz a possibilidade
de adaptação do homem a ambientes complexos, ampliação ou aprimoramento de capacidades
humanas e substituição de peças.
Android: Andróides são robôs na forma humana. Pela composição da palavra “andro” refere-se ao
ser humano, enquanto “droide” refere-se a um robô.
Geminoid: São andróides que se assemelham a um modelo humano específico. Seus corpos são
construídos a partir da medição precisa de modelos humanos
A partir do que registram, realize um fechamento com ênfase nos autômatos que serão o foco nessa
Situação de Aprendizagem.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 135
1.2 Em seguida, você assistirá a um vídeo que trata desse assunto. Seu(sua) professor(a) organizará
esse momento. Após assistir ao vídeo, compare com o que você escreveu na atividade anterior.
Conversa com o(a) professor(a): Em projetos mão na massa, nem sempre o produto é o
Ilustração: Malko Miranda
processo mais rico. Quase sempre, as aprendizagens acontecem mais na fase de criação,
investigação e na troca entre todos, durante a condução do projeto. O erro nesse tipo de
atividade contribui para o desenvolvimento da investigação e levantamento de hipóteses.
Os estudantes vão construir um autômato. Para isso, sugerimos que assistam ao vídeo: How to make
your first automaton. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=QU2CzClTtjk. Acesso
em: 13 set. 2020.
Você poderá escolher outro vídeo que achar adequado para sua turma. Como provavelmente será a
primeira experiência dos estudantes, indicamos que façam um autômato mais simples e depois
136 CADERNO DO PROFESSOR
poderão construir outros com movimentos mais complexos. No Caderno do Aluno está descrito o
passo a passo desse primeiro modelo.
Se possível, realize parcerias com outras áreas do conhecimento, como por exemplo, em Língua
Portuguesa, a literatura pode ser fonte de inspiração na construção de modelos mecânicos que
representem um certo período literário; outra opção é a reprodução de parte ou de cenas de obras
representativas daquilo que os estudantes estão estudando. Também esta é uma oportunidade
para a produção de uma narrativa digital. De modo parecido, em história, pode-se construir modelos
que representem períodos históricos, acontecimentos ou figuras históricas representativas do
assunto estudado em sala de aula, a disciplina de Arte é, também, um palco rico para o diálogo
entre esses saberes.
Organize um workshop para apresentação dos autômatos, se possível para os demais estudantes da
mesma série.
2.1 Seu primeiro desafio será a construção de um autômato, a partir o modelo aqui apresentado.
Organizados em grupos, o primeiro passo será o planejamento dessa construção:
Ferramentas Materiais
• Lápis • Caixa de papelão (pequena ou média)
• Grampeador • EVA (6 mm de espessura) Opcional
• Tesoura • Palitos de churrasco
• Cola quente • Canudos de papel ou plástico
• Régua • Fita crepe
• Material reciclável
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 137
1. Remova a parte superior da caixa de papelão. 3. Encontre o centro de três dos quatro lados
2. Com a parte do papelão removido, recorte da caixa, conforme indicado na figura.
quatro triângulos e cole-os na parte sem a
tampa, nos cantos da caixa para estabilizá-la.
Veja alguns modelos de formato de came. 6. Fure o came no centro. Insira um palito de
churrasco e o encaixe dento da caixa, passan-
do por um furo.
ATENÇÃO: antes de fixar com a cola quente, é
preciso acertar as posições dos cames.
7. No furo superior da caixa, insira um peda- 8. Por esse canudo, passe um palito de chur-
ço de canudo. Fixe o canudo na caixa com rasco, de forma que o palito fique estabilizado.
cola quente. Fixe com a cola quente, o seguidor do came
Atenção: Cuidado para não derreter o canudo, na ponta do palito.
caso esteja usando o de plástico. Importante: caso o seguidor do came fique
muito leve, ele pode não gerar atrito suficiente
para se mover adequadamente. Uma solução
é adicionar algum peso nele. Cole um pedaço
de borracha escolar ou pequenas arruelas ou
porcas para aumentar seu peso.
2.3 Teste seu mecanismo. Veja se os cames estão alinhados e fazendo o movimento adequado e,
então, fixe todo o mecanismo com cola quente.
Agora para finalizar a parte mecânica, vamos fazer uma manivela para girar o autômato.
9. Recorte um retângulo de papelão. Insira-o no 10. Insira outro pedaço de palito de churrasco
final do palito de churrasco, fixe-o com cola na outra borda do retângulo de papelão e fixe-
quente e corte a sobra do palito. -o com cola quente.
Faça teste com diferentes formatos de cames ou invente o seu. Também é possível adicionar
várias engrenagens no autômato, tornando-o mais complexo.
2.4 Desafio: construa um autômato para presentear seu entrevistado da proposta da Sequência de
Aprendizagem 1. Não esqueça de registrar esse momento.
Parabéns por chegar até aqui. Agora, na data agendada, você deverá entregar sua narrativa confor-
me combinado com o(a) professor(a), para publicarem no livro digital, ou o vídeo para apresentação
para seus colegas. Seu(sua) professor(a) fará essa organização.
Pesquisa_Professor
sua colaboração, acessando o link a seguir e fazendo a avaliação do material.
Agradecemos sua participação!
https://forms.gle/pVa5r9miynrLxunDA
140 CADERNO DO PROFESSOR
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SÃO PAULO. Currículo da Cidade: Ensino Fundamental: Tecnologias para Aprendizagem. São Paulo: SME/COPED, 2017.
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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 141