DRC Consideracoes Sobre Dialise
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DRC Consideracoes Sobre Dialise
Diálise – Indicações
A escolha da modalidade de terapia dialítica e o momento ideal para iniciá-
la envolve parâmetros objetivos/técnicos bem como parâmetros subjetivos.
Essa subjetividade está relacionada à percepção do médico a respeito do
paciente e do próprio paciente quanto à sua situação.
Trata-se de uma fase que gera no paciente e nos seus familiares ansiedade e
angústia , já que envolve relevantes mudanças na rotina pessoal e familiar,
além de dúvidas a respeito do futuro , da qualidade de vida e da sobrevida.
Quanto mais informação adequada e em linguagem acessível o paciente
obtiver da equipe de saúde, melhor será a aderência ao tratamento, menor o
nível de ansiedade e mais positiva a relação equipe-paciente / médico-
paciente.
ESTADO NUTRICIONAL:
Diversos estudos têm demonstrado uma relação direta entre mortalidade e
concentração sérica de albumina. A mortalidade se eleva em vigência de
concentrações plasmáticas de albumina abaixo de 3,5 a 4 mg/dL.
Segundo dados do United States Renal Data Systems (USRDS) existe uma
correlação entre a concentração de albumina plasmática no início da terapia
dialítica e a sobrevida do paciente.
O risco relativo de mortalidade para pacientes que iniciam a terapia com
hipoalbuminemia é maior do que o risco verificado naqueles com níveis
séricos de albumina normal, podendo atingir o dobro do risco se
albumina inferior a 2,5g/dL.
Outro parâmetro considerado marcador do estado nutricional é a
concentração sérica de creatinina. O nível de creatinina reflete não somente
a função renal mas, é influenciado pela massa muscular do paciente.
Dessa forma, dados do USRDS mostram que pacientes com massa muscular
reduzida no início da terapia dialítica apresentam maiores taxas de
mortalidade.
Outros possíveis marcadores do estado nutricional : concentração
plasmática de transferrina, somatomedina C, pré-albumina e colesterol.
Nutrição
O controle dietético dos pacientes renais crônicos é especialmente
importante. Esses indivíduos são altamente susceptíveis ao acúmulo de
metabólitos nitrogenados tóxicos, distúrbios hidroeletrolíticos , ácido-
básicos, osteominerais, metabólicos bem como à desnutrição
especialmente nos estágios 4 e 5 da doença.
Com a finalidade de minimizar a lesão renal e retardar as complicações da
doença renal crônica, algumas medidas devem ser estabelecidas a fim de
ofertar uma dieta adequada a esse paciente.
Para um balanço nitrogenado ideal é recomendada uma quantidade de 0,6
g/kg/dia de proteína, sendo no mínimo 50% proveniente de fontes de alto
valor biológico. Essa medida tem se mostrado benéfica em pacientes a
partir do estágio 3 da doença.
Dietas com alta restrição de proteína (0,3 g/kg/dia) suplementada com
aminoácidos e cetoácidos pode ser estabelecida para pacientes com TFG <
25 mL/min, entretanto essa dieta tem menor aderência ,maior custo, maior
risco de desnutrição e consequentemente maior risco de morte prematura.
Medidas que priorizem o controle da pressão arterial e do perfil lipídico são
absolutamente necessárias.
A ingestão de sódio e fósforo também deverão ser reduzidas. O potássio
deverá ser monitorado. O mesmo se fará em relação ao cálcio, acido úrico
,uréia , ferro, vitamina D3, etc. O manejo da ingestão de líquidos é sempre
individualizado.
Ajustes e/ou alterações tanto na dieta quanto na medicação são
frequentemente necessários , ao longo do tratamento.
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Coordenadora :
milagresrosangela@gmail.com