Redes Aula3
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AULA 3
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Figura 1 – Modelo OSI
Cada camada tem sua função especifica e seu conjunto de protocolos que
trabalham nela. Um dos principais benefícios de um modelo de camadas é a
identificação de problemas. Como cada camada tem sua função, se soubermos
qual função está errada, saberemos a camada e, por consequência, saberemos
onde ajustar para suprimir o defeito.
As funções de cada camada são as seguintes:
1.1.1 Camada de aplicação
Essa camada tem a responsabilidade de ser a interface da rede com o
usuário. O conteúdo dessa camada tem vários protocolos que são comumente
necessários para o usuário. Os protocolos mais usados nessa camada são:
HTTP
SMTP
FTP
SNMP
DNS
TELNET
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O protocolo HTTP (Hypertext Transfer Protocol) é usado no navegador da
internet (por exemplo, o Internet Explorer), enquanto o protocolo SMTP (Simple
Mail Transfer Protocol) é usado na troca de mensagens via e-mail. O FTP (File
Transfer Protocol) é destinado à transferência de arquivos, e o SNMP (Simple
Network Management Protocol) é um protocolo para gerenciamento de
dispositivos em rede IP. O DNS (Domain Name System) é um protocolo que
traduz os endereços IP para um sistema de nomes. O TELNET é o protocolo que
permite uma aplicação entre cliente e servidor para permitir a comunicação e o
controle entre dois computadores da rede.
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1.1.5 Camada de rede
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2.1 Padrão RS232
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O RS-232 é normalmente utilizado entre um DCE e DTE, mas temos
casos de uso entre dois DTEs como modem nulo. O exemplo colocou o modem
como DCE, mas se tivermos a comunicação de um mouse serial e um
computador, quem será o DCE vai ser o computador, então devemos sempre
lembrar que o equipamento DCE fornece clock e o DTE recebe esse sinal e
utiliza como velocidade de transmissão. Na Figura 3 temos a pinagem dos
conectores DCE e DTE respectivamente.
Figura 3 – Pinagem
Para saber o que cada pino faz é só consultar a RFC 1659, que fala sobre
o padrão RS232.
Quando vamos usar o padrão RS232, temos que saber alguns
parâmetros, como sua taxa de comunicação, que também é chamado de baud
rate, que é a taxa de transmissão de bits por segundo. Taxas comuns são 2400,
4800 e 9600bps (bits por segundo). E outro parâmetro que devemos saber o que
é bit 0 e o que é bit 1. No RS232 o bit 0 é uma tensão entre +5V e +15V para a
saída e +3V e -15V para entrada, entretanto o bit 1 é uma tensão negativa entre
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-5V e -15 para a saída e -3V e -15V para a entrada. O último parâmetro é alcance,
normalmente tem o alcance de 15m, porém a distância verdadeira é interligada
à taxa de transmissão ao cabo utilizado e aos ruídos provocados pelo ambiente
e outros cabos, ou seja, essa distância pode diminuir. Esse valor de distância é
um limitador para poder usar esse padrão de forma industrial
2.2 RS485
Como vimos, apesar de o RS-232 ser uma interface muito utilizada para
fazer a comunicação serial entre equipamentos industriais, esse padrão tem
suas limitações. O RS-485 opera com velocidades de 10Mbps e foi criado nos
anos 80.
Conforme o RS-485.txt fornecido no sistema operacional Linux padrão, o
RS-485 é administrado pela Telecommunication Industry Association (TIA), que
é responsável pelo setor de comunicação da Electronic Industries Alliance (EIA),
e este último é credenciado pelo American National Standards Institute (ANSI).
O padrão RS-485 trabalha de modo multiponto e foi implementado para
conectar até 32 dispositivos, ou se quiser estender esse número podem-se
comunicar 255 equipamentos usando repetidores apropriados.
Se lembramos do RS-232, os sinais são referenciados pelo terra. Este tipo
de transmissão é usual em pequenas distâncias, mas tem a existência de
problemas de interferência, pelo ruído da indústria e a resistência do cabo. No
padrão RS-485 não é dessa forma. Nesse caso, são usados dois fios que
normalmente são chamados de uma nomenclatura específica para a qual
usaremos fio A e fio B daqui para frente. O valor do nível lógico é constituído pela
diferença de d.d.p (diferença de potencial) entre esses dois fios, portanto pode
ser chamado de modo de operação diferencial.
Os equipamentos que transmitem fornecem tensões diferenciais entre -
1,5 e -6 Volts no fio A comparado com o fio B para construir o nível lógico 1
(MARK).
Os equipamentos que transmitem fornecem tensões diferenciais entre
+1,5 e +6 Volts no fio A comparado com o fio B para construir o nível lógico 0
(SPACE).
Os receptores analisam a ddp entre os fios A e B e interpretam tensões
acima de 0,2 volts como nível lógico 0. Tensões abaixo de -0,2 volts são
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interpretados como nível lógico 1. As ddp entre os fios A e o terra ou B e o terra
(modo comum) devem estar entre -7 e +12volts.
Um transmissor RS-485 tem um terceiro estado que é chamado de Tri-
state. Tal estado é chamado de estado desabilitado e pode ser iniciado por um
pino de controle no CI. Este estado (alta-impedância) permite que um dispositivo
seja habilitado por vez em uma rede. Na Figura 4 temos um exemplo desse sinal
medido por um osciloscópio.
2.3 RS422
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A grande desvantagem desse padrão é a quantidade de fios aumentar o
custo e a quantidade de dispositivos plugados serem menor.
TEMA 3 – ASi
No início dos anos 90, foi elaborado um sistema de barramento para redes
de sensores e atuadores por um grupo de empresas que o chamaram de
Actuador Sensor Interface (AS-i).
Esse tipo de rede proporciona a interconexão de atuadores e sensores,
através de um tipo de rede de custo baixo, e que pode trabalhar no chão de
fábrica poluído eletromagneticamente. Na Figura 5 temos uma comparação
entre a rede ASI e uma arquitetura simples com CLP (Controlador Lógico
Programável)
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Com comprimentos máximos de cabos de até 100m (se tiverem
repetidores pode chegar a 300m), não requer terminadores em sua topologia.
Normalmente tem classe de proteção IP67 e tempo de ciclo menor que 5m. A
rede ASI pode reduzir o custo de cabos por volta de cinquenta por cento se for
comparada com outras redes clássicas, conforme demonstrado na Figura 6. Um
exemplo de rede convencional está demonstrado no item a da Figura 6 e uma
rede ASI está demonstrado no item b da mesma figura.
3.1 Topologia
A rede ASI pode ser montada em várias topologias, aliás, essa é uma das
grandes vantagens da rede ASI, inclusive podendo adicionar módulos novos
(atuadores e sensores) a qualquer momento mesmo que a rede esteja
energizada. Na Figura 7 temos alguns exemplos de topologias usadas na rede
ASI.
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Figura 7 – exemplos de topologias ASI
3.2 Conectividade
Esse tipo de rede tem dois tipos de conexão com a sua unidade de
controle principal. A primeira maneira é ligarmos o mestre da rede diretamente a
um CLP (controlador lógico programável) ou um computador, lembrando que a
rede ASI é um padrão aberto, ou seja, pode ser desenvolvido por qualquer
fabricante. Essa conexão está exemplificada na Figura 8 do lado esquerdo.
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E no lado direito temos um jeito de interligar gateways da família ASI com outras
tecnologias diferentes no mercado.
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Figura 9 – Exemplo de um sistema FF
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4.2 Níveis de protocolo
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• Entre 2 e 6 instrumentos alimentados pela mesma fiação de
comunicação, numa ligação com segurança intrínseca;
• Entre 1 e 16 instrumentos alimentados pela mesma fiação de
comunicação, numa ligação sem segurança intrínseca (Herminji, [s.d.])
4.2.2 Topologia
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4.2.3 Camada do usuário
TEMA 5 – PROFIBUS
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Figura 12 – Comunicação Industrial Profibus
Profibus DP
Profibus FMS
Profibus PA
FINALIZANDO
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Nesse sentido, devemos nos atualizar constantemente e sempre
acompanhar os novos rumos das redes industriais. O primeiro passo para isso é
conhecer os tipos de redes que dominam o mercado mundial.
Assim, vimos na aula de hoje os seguintes assuntos: o modelo OSI,
padrões de interface, redes industriais como: ASInterface, Foundation Fieldbus
e Profibus.
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REFERÊNCIAS
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MORAES, R. EEL7030 – Microprocessadores. GpqCOM – UFSC, [s.d.].
Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/362107/> Acesso em: 9 mar.
2018.
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