Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Redes Aula 5

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 20

REDES INDUSTRIAIS

AULA 5

Prof. Juliano De Mello Pedroso


CONVERSA INICIAL

Quando se quer uma solução completa para a automação de um


processo industrial, tem-se que prover uma estratégia de gestão industrial de
forma clara e a garantia de que todos os esforços serão impulsionados para se
chegar a um objetivo comum.
Além dos níveis que atuam no chão de fábrica, existem outros níveis de
gerenciamento, gestão e supervisão que devem ser estudados, assim como
tecnologias que crescem amplamente no ambiente industrial, por exemplo, as
redes sem fio.
Assim teremos nessa aula os seguintes temas: gerenciamento de redes
industriais, software de supervisão, manutenção de redes industriais, redes
wireless, aplicações de redes sem fio.

TEMA 1 – GERENCIAMENTO DE REDES INDUSTRIAIS

Falaremos a seguir dos níveis mais altos da pirâmide, os quais são


caracterizados por ter que trabalhar com uma quantidade muito maior de
dados. Na Figura 1 temos a pirâmide da automação; trabalharemos com os
níveis 3, 4, 5 dessa figura.

Figura 1 – Pirâmide da automação

Fonte: Goeking, 2010.

2
Nesses niveis são feitos o gerenciamento e a supervisão da rede
industrial, na verdade de todo o processo em si.
A seguir, falaremos de cada um desses niveis. Alguns autores e
fabricantes alteram a posição de alguns desses gerenciamentos, por dividir
algumas etapas ou por agregá-las, mas o importante é saber o foco de cada
uma delas.

1.1 Nível 3

Nesse nível, é feita a supervisão de processos, que são constituídos por


diversos sistemas de controle, além de CLPs, computadores industriais e
CNCs. Como exemplos desses sistemas de controle temos softwares
supervisórios e SCADA (Supervisory Control And Data Acquisition).
Normalmente uma empresa usa um sistema de aquisição e um sistema
de supervisão, o que podce ocorrer em softwares separados ou juntos.
Sistemas de supervisão e softwares de aquisição de dados são usados
atualmente em diversas áreas, tanto na indústria quanto no meio científico. O
foco principal é trazer ao usuário as medidas ou parâmetros dos processos
automatizados. Ultimamente é notório o aumento do desenvolvimento desses
tipos de sistemas, e diversos fatores contribuem para esse crescimento. O
primeiro deles é o grande avanço da eletrônica moderna, o qual possibilita o
aumento das capacidades e velocidades dos processadores digitais de sinal,
elemento principal de um sistema de tratamento de sinais.
O aumento do custo benefício dos computadores pessoais também
contribui para o desenvolvimento dos sistemas supervisórios e de aquisição de
dados.
A seguir, temos a grande quantidade de linguagens de desenvolvimento
na área de software, que trazem diversos benefícios e algumas características
para esses sistemas. Além de tudo isso, o desenvolvimento de tecnologias
novas permitem que os equipamentos usem a internet e o padrão de redes
sem fio.
A grande questão a ser feita é: qual é o beneficio que softwares
supervisórios e sistemas de aquisição de dados trazem para a indústria? Na
verdade, a resposta a essa pergunta é bem simples: esses sistemas ajudam a
melhorar os níveis de qualidade, cortar custos operacionais, aumentar o
desempenho e melhorar a excelência operacional.
3
1.2 Nível 4

Neste nível, temos o gerenciamento da produção. Aqui são usados


sistemas como MES (Manufaturing Execution System), LIMS (Lab Information
System), PIMS (Process Information Management System), APS (Advanced
Planning and Scheduling), MMS (Maintenance Management System), MAS
(Asset Management System) com a função de coordenar a produção, suportar
as atividades produtivas e cuidar da obtenção e alocação de recursos para as
atividades no processo produtivo.
Esses sistemas têm diversas funções, tais quais:

 MES – esse sistema tem como função monitorar e controlar todos os


níveis do processo produtivo em tempo real. Trata-se de um grupo
de equipamentos (sotfware e hardware) que relaciona o que foi
planejado com o que está sendo executado, em tempo real. Esse
sistema também tem interligação com o software ERP (Entreprise
Resource Planning)
 LIMS – é um laboratório baseado em software e sistema de
gerenciamento de informações com recursos que suportam as
operações de um laboratório moderno. As principais características
incluem, mas não estão limitadas a: suporte de fluxo de trabalho e
suporte de dados, arquitetura flexível e interfaces de troca de dados,
que “suportam plenamente seu uso em ambientes regulados”. Os
recursos e usos de um LIMS evoluíram ao longo dos anos a partir de
amostras de simples rastreamento para uma ferramenta de
planejamento de recursos corporativos que gerencia vários aspectos
da informática de laboratório. A definição de LIMS é um pouco
controversa: os LIMSs são dinâmicos porque os requisitos do
laboratório estão evoluindo rapidamente e laboratórios diferentes
muitas vezes têm diferentes necessidades. Portanto, uma definição
de trabalho de um LIMS depende, em última instância, da
interpretação dos indivíduos ou grupos envolvidos.
 PIMS – Um sistema de informação de gerenciamento de projetos
(PMIS) é a organização coerente das informações necessárias para
que uma organização execute projetos com sucesso. Um PMIS é
tipicamente uma ou mais aplicações de software e um processo

4
metódico para coletar e usar informações do projeto. Esses sistemas
eletrônicos “ajudam [para] planejar, executar e fechar metas de
gerenciamento de projetos”. Os sistemas PMIS diferem em alcance,
design e recursos, dependendo dos requisitos operacionais de uma
organização.
 APS – esse tipo de sistema, que trabalha em conjunto com o ERP
de forma complementar, controla recursos, tomando em conta a
capacidade real dos suprimentos, bem como suas especificidades.
Isso contempla: ferramentas, mão de obra, estoque. Esse sistema
pode levar em consideração cliente, produto e regra de negocio.
 MMS – é um de gerenciamento de manutenção e manutenção
generalizada para manutenção de plantas, computadores e
equipamentos de fabricação. As organizações podem otimizar a
utilização do equipamento, reduzir o tempo de inatividade do
equipamento e aumentar a disponibilidade de informações em
tempo real em toda a organização. Composto por um software que
tem diversas ferramentas de controle de manuntenção assim como
dados de todas as ações preventivas e corretivas.
 MAS - O gerenciamento de ativos, amplamente definido, refere-se a
qualquer sistema que monitore e mantenha coisas de valor para
uma entidade ou grupo. Pode ser aplicado tanto a ativos tangíveis
(como edifícios) quanto a ativos intangíveis (como capital humano,
propriedade intelectual, ágio e / ou ativos financeiros). A gestão de
ativos é um processo sistemático de desenvolvimento, operação,
manutenção, atualização e eliminação de ativos de forma
econômica.

1.3 Nível 5

O gerenciamento corporativo de processo auxilia a estabelecer critérios


e ferramentas para avaliar a maturidade da gestão, em conjunto com outros
setores da indústria, de modo a melhorar as condições da indústria. Alguns
desses benefícios são: aumento da organização de diversos níveis e escalas,
corte de custos, melhor aproveitamento do tempo, melhoria na produção e no
atendimento.

5
Nesse nível, o sistema implementado é o ERP (Enterprise Resource
Planning), que, traduzido, seria sistema de gestão empresarial, uma ferramenta
corporativa que tem a função de controlar os dados de uma empresa,
melhorando o poder de tomada de decisão.
É composto por módulos que contemplam os processos dentro da
empresa, porém o uso de um software ERP não significa que mudará todos os
processos rapidamente. Há vários aspectos que devem ser levados em
consideração, tais como: envolvimento dos usuários, apoio da direção,
planejamento adequado, expectativas realistas e etc.

TEMA 2 – SOFTWARE DE SUPERVISÃO

Entre os anos 1970 e 1980 aconteceu o surgimento dos


microprocessadores e, com isso, o microcomputador assumiu um papel muito
importante em vários níveis da indústria. É nesse momento que entram em
cena os softwares supervisórios, que têm a função de supervisionar um
processo industrial colhendo informações, podendo armazená-las em um
banco de dados, os quais provêm de diversas partes da planta automatizada,
de atuadores, sensores, capturados através dos controladores (CLPs, IHMs
etc.) e enviados como variáveis de processo para o supervisório.
Os sistemas supervisórios contêm um ou mais computador, que
executam softwares específicos de monitoramento, operação, controle remoto
em tempo real, de um processo produtivo ou de uma planta automatizada.
Conforme a fabricante Elipse, um software supervisório recebe dados
dos CLPs num tipo de comunicação chamada OPC (OLE for Process Control,
sendo que OLE significa Object Linking and Embedding), e guarda em um
banco de dados SQL (Structured Query Language), através de uma tecnologia
chamada ADO (ActiveX Data Object) utilizando scripts do supervisório.
Os sistemas supervisórios, à medida que foram evoluindo, ganharam
uma interface gráfica mais amigável e também são chamados de SCADA
(Supervisory Control and Data Aquisition). Na Figura 2, temos uma arquitetura
genérica de um sistema SCADA.

6
Figura 2 – Arquitetura de um sistema SCADA

Fonte: Santos; Henriques, 2015.

Esse tipo de arquitetura tem um barramento central por onde trafegam


vários protocolos interagindo entre os dispositivos, mesmo que esses sejam de
fabricantes diferentes.
Os elementos do chão de fábrica (ou elementos de campo) têm a
responsabilidade de adquirir as informações e enviar essas variáveis de
processo real relacionadas a processos monitorados, fazendo a conversão de
dados físicos, como temperatura e vazão, para sinais que o CLP processe.
A partir do momento em que o CLP processar as informações, ou seja,
executar todas as funções programadas pelo usuário, ele as envia para o
computador central, o qual, munido do software de supervisão, recebe as
informações do CLP relacionadas com os eventos do processo em questão.
Esses eventos podem ser diversos: uma válvula aberta, variáveis em
determinadas porcentagens, circuito ligado ou desligado.
Quando o valor repassado pelo CLP ao supervisório está fora dos
padrões estabelecidos pelo usuário, o supervisório interpreta como um alarme
e o repassa ao usuário, o qual, por sua vez, pode enviar informações para o
processo industrial através do supervisório.
Na Figura 3, temos um exemplo de um processo industrial num software
supervisório.

7
Figura 3 – Exemplo um software supervisório

Fonte: Supervisório, 2015.

A seguir, temos vários sistemas supervisórios disponíveis no mercado:

 Elipse, da Elipse Software;


 FactoryTalk View SE, da Rockwell Automation;
 iFIX, da General Electric;
 Indu Soft Web Studio, da InduSoft;
 Process View, da SMAR;
 Scada BR (open source), da MCA Sistemas;
 SIMATIC Wincc, da Siemens;
 Vijeo Citect, da Schneider Electric
 Wondewarein touch da Invensys.

TEMA 3 – MANUTENÇÃO DE REDES INDUSTRIAIS

A manutenção de qualquer equipamento no ambiente industrial é um


dos gargalos da produção. Quanto mais um equipamento ficar parado, maior é
o prejuízo decorrente.
Existem dois tipos principais de manutenção: a corretiva e a preventiva.
A manutenção preventiva ocorre antes que a falha aconteça, até mesmo
que diminua a incidência de falhas, e tem como função prevenir falhas em

8
equipamentos, maquinas ou processos industriais. É considerada uma das
maneiras mais eficazes de se evitar a interrupção do processo produtivo, com a
vantagem de ser programada e amenizar custos de compra de novos itens.
Já a manutenção corretiva, como o nome já diz, tem o intuito de corrigir
um erro já apresentado. Nesse momento, o processo pode ser prejudicado.
Nas redes industriais, podemos ter problemas em várias etapas, desde a
concepção até à plena produção.
A primeira preocupação que o engenheiro deve ter são as escolhas
adequadas na etapa de planejamento. Em redes industriais, deve-se ater a
todos os detalhes que serão essenciais para o projeto, por exemplo, escolher
bem as características técnicas de todos os equipamentos. Se escolher um
CLP com uma quantidade menor de entradas e saídas digitais, isso pode
causar transtornos futuros; escolher um CLP que tenha muito mais funções que
as necessárias também prejudica o projeto.
Depois de um bom planejamento, temos a etapa de montagem. Nesse
momento, o acompanhamento de uma pessoa especializada é essencial.
Analise a Figura 4. Ali, temos um cabo de uma rede Profibus passando junto ao
cabeamento elétrico. Erro de montagem. Analise nessa figura também que não
temos identificações adequadas, apenas um pedaço de fita crepe com
inscrições que dificilmente são traduzidas após a montagem.
Na Figura 5, temos a montagem de um equipamento de rede montado
de ponta cabeça, outro erro de falta de acompanhamento e conferência.

Figura 4 – Cabeamento Profibus instalado incorretamente

Fonte: Aguiar, S.d.

9
Figura 5 – Equipamento de ponta cabeça

Fonte: Aguiar, S.d.

Na montagem não se pode cair na armadilha da improvisação, ou seja,


colocamos um projeto em fase de testes para funcionar e ele vira um produto
que se usa de forma permanente. Dessa maneira, aumenta-se muito a
probabilidade de haver manutenções corretivas. Na Figura 6, temos uma
instalação improvisada.

10
Figura 6 – Ligações improvisadas

Fonte: Aguiar, S.d.

Temos também a falta de certificação no fim da instalação, ou seja, a


empresa ou o profissional que está fazendo o serviço tem que se certificar
usando como base uma série de legislações e normas atualizadas na área de
cabeamento estruturado, assim como o próprio funcionário tem que estar
certificado na sua profissão.
Por fim, no momento em que o projeto estiver a pleno vapor, temos
vários equipamentos considerados “inteligentes”, ou seja, dispositivos que têm
autodiagnóstico, o que possibilita a interação com programas supervisórios e
programas de manutenção preventiva e proativa. Nesse caso, os profissionais
devem estar observando as mensagens de erro, alarmes ou estatísticas
operacionais que permitem a antecipação de falhas.

TEMA 4 – REDES WIRELESS (SEM FIO)

A inserção da tecnologia sem fio no ambiente industrial traz vários


benefícios ao processo automatizado, por exemplo: tempo de instalação
reduzido, instalação facilitada, não precisa passar fiação, locais com dificuldade
de acesso.
A partir do momento em que a produção tem aumentado, novos projetos
vêm aparecendo, e, em grandes plantas industriais com áreas produtivas
enormes, a tecnologia sem fio tem se encaixado como uma luva. Com esse

11
aumento do uso da tecnologia sem fio, diminuem também as dúvidas em
relação à confiabilidade das informações, capacidade de transmissão de
dados, segurança dos dados, qualidade do serviço.
A seguir serão tratadas algumas tecnologias para exemplificar a
tecnologia sem fio (wireless).

4.1 Bluetooth

A tecnologia bluetooth foi desenvolvida na década de 90 por uma


companhia chamada Ericson com o intuito de criar um tipo de rede sem fio
seguro, de custo baixo e com pouco alcance para conectar acessórios.
Para acontecer a transferência de dados entre equipamentos, não há
necessidade de se configurarem redes ou permissões, pois o equipamento
emissor faz uma varredura para achar outros equipamentos disponíveis.
A distância depende da classe utilizada. Pode-se conferir na Tabela 1
um comparativo entre essas classes

Tabela 1 – Comparativo entre classes

Classe Potência máxima Alcance


permitida (mW/dBm) aproximadamente

Classe 1 100mW Até 100m


(20dBm)

Classe 2 2,5mW Até 10m


(4dBm)

Classe 3 1mW 1m
(0dBm)

Fonte: Evolução, S.d.

A tecnologia bluetooth utiliza frequência de transmissão de 2,4GHz a


2,485GHz padronizada e não licenciada e utilizam um grupo de rede
identificado como Piconet. Esse tipo de tecnologia tem a comunicação mestre e
escravo, sendo um mestre e sete escravos no máximo. Padronizado pela
norma 802.15.1

4.2 MiWi Protocol

Tecnologia sem fio padronizado pela Microchip na norma 802.15.4, tem


como foco apresentar conexões simples de curta distância, de taxa pequena de

12
transmissão e pequenas distâncias. A vantagem está no processador mais
simples, por consequência mais barato. Existem redes dessas cujos
componentes podem ultrapassar 5 anos de uso com pilhas AA.
Trabalham com frequência 2,4GHz, 915MHz, 868MHz e 433MHz.

4.3 Isa-SP100

O padrão ISA-SP100 é desenvolvido pela ISA (International Society of


Automation) para funções industriais com redes sem fio, com o foco em
ambientes severos ou hostis e suas aplicações.
Pelo motivo de haver redes com diferentes características e diferentes
tempos de operação de cada equipamento na indústria, foram divididas em
classes de acordo com o nível temporal e subdivididas de acordo com sua
aplicabilidade. Na Tabela 2, temos essas classes.

Tabela 2 – Categoria, classes e aplicações ISA-SP100

Categoria Classe Aplicação Descrição


0 Ação emergencial Restrição temporal sempre crítica
Segurança
1 Sistema de controle de Restrição temporal normalmente
malha fechada crítica
Controle 2 Sistema de controle de Restrição temporal quase
malha fechada desprezível
3 Sistema de controle de Restrição temporal sempre crítica
malha aberta
4 Alerta Aplicações com consequências
operacionais de curto prazo
Monitoramento 5 Registro Eventos menos urgentes
Fonte: Cassiolato, [s.d.a].

4.4 Zigbee

A tecnologia Zigbee foi planejada com o foco de se ter alto rendimento


de energia e versatilidade de aplicações. Trabalha com a norma 802.15.4 e
utiliza frequência de transmissão 2,4GHz em 16 canais distintos. Usa-se a
frequência de 915MHz (América) e 868MHz (Europa)
Utiliza topologias estrela, árvore e malha com alcance variando de 10m
até 100m. As condições climáticas influenciam muito nessa característica. As
velocidades podem ser de 20Kbps, 40Kbps, 250Kbps com segurança baseada
no AES (Advanced Encryption Standard) -128.

13
Uma vantagem notória é o número de nós que pode passar o valor de
64000.

4.5 Wireless HART

Esse protocolo de comunicação é baseado no protocolo HART (Highway


Addressable Remote Transducer).
A tecnologia Wireless HART é um tipo de rede sem fio normalmente em
malha, com vários nós, os quais podem ser pontos de acesso ou podem ser
roteadores, que têm o papel de fornecer caminho para outras redes. Esse tipo
de tecnologia é usado em aplicações industriais críticas. Na Figura 7, temos um
esquema exemplificando a rede Wireless Hart.
Os elementos principais são dispositivos de acesso, gateway e
gerenciador de rede.

Figura 7 – Wireless HART

Fonte: Cassiolato, S.d.

14
4.6 6lowPAN

A sigla 6loWPAN significa IPv6 over Low power Wireless Personal Area
Networks, que representa um grupo de trabalho que implanta o IPv6 em redes
da norma 802.15.4. Tem a característica de baixo consumo de energia e
normalmente funciona em dispositivos embarcados (smatphones, sensores,
automação predial, transporte, medidores de energia inteligentes.)

TEMA 5 – APLICAÇÕES DE REDES SEM FIO

As tecnologias wireless não têm o objetivo de substituir as redes


cabeadas; elas apenas auxiliam quando a rede precisa de mobilidade. Os
fatores alto custo de implementação, dificuldade de se implementar segurança
e problemas com os pontos de acesso são alguns dos estigmas criados sobre
a tecnologia sem fio. Mas os padrões anteriormente citados diminuem esses
mitos.
Porém escolher uma tecnologia de rede wireless exige cuidado com o
ambiente de transmissão, interferências eletromagnéticas e ambientes hostis.
Na Figura 8, temos uma noção de quais são as fatias de mercado de
cada tecnologia sem fio.

Figura 8 – Tecnologias sem fio

Fonte: Cassiolato, S.d.

Agora veremos uma sequência de equipamentos que são exemplos de


aplicações em redes sem fio industriais.
Na Figura 9, temos um rádio bluetooth que serve para automatizar um
sensor remoto utilizando uma entrada digital.

15
Figura 9 - Rádio bluetooth industrial

Fonte: Bluetooth, S.d.

Na Figura 10, temos um driver microcontrolado DC/DC sem fio da


Microchip, que faz o controle de luminárias led através do protocolo MiWi.

Figura 10 – Driver com o protocolo MiWi

Fonte: PIC16F1788, S.d.

Na Figura 11, temos um exemplo da rede sem fio Wireless HART


industrial completa. Os sensores de chão de fábrica são sem fio.

16
Figura 11 – Rede Wireless HART

Fonte: Design... S.d.

Na Figura 12, temos dois equipamentos 6loWPAN: o da esquerda é um


nó e o da direita é um gateway. Com equipamentos assim se tem a condição
de implementar a internet das coisas, pois não temos mais endereços IPV4 e
temos que partir para a solução IPv6.

Figura 12 – Nó e Gateway 6loWPAN.

Fonte: Gascón; Kramp, S.d.

17
FINALIZANDO
O mercado atual exige que a indústria coloque em prática sempre o que
houver de melhor com o objetivo de aumentar a lucratividade e a agilidade no
processo industrial. Nesse sentido, é inevitável o aumento da gestão industrial
usando novas ferramentas de hardware e software, tais como software de
controle e gerenciamento de redes industrias, assim como softwares
supervisórios e de aquisição de dados.
Por esse motivo foram vistos os seguintes temas: gerenciamento de
redes industriais, software de supervisão, manutenção de redes industriais,
redes wireless, aplicações de redes sem fio.

18
REFERÊNCIAS

AGUIAR, L. S. Problemas e soluções em instalação de redes Profibus. PI


Brasil. Disponível em: <http://www.profibus.org.br/noticia/problemas-e-
solucoes-em-instalacao-de-redes-profibus>. Acesso em: 10 mar. 2018.

BLUETOOTH Industrial. Phoenix Contact. Disponível em:


<https://www.phoenixcontact.com/online/portal/br?1dmy&urile=wcm%3apath%3
a/brpt/web/main/products/subcategory_pages/Industrial_Bluetooth_P-08-11-02-
01/583f5603-8a16-4770-b154-1a4f0dc6d2e4>. Acesso em: 10 mar. 2018.

CASSIOLATO, C. Wireless – ISA 100. Smar. Disponível em:


<http://www.smar.com/en/technical-article/wireless-isa-100>. Acesso em: 10
mar. 2018.

_____. WirelessHART™ – Um guia prático de instalação. Smar. Disponível em:


<http://www.smar.com/brasil/artigo-tecnico/wirelesshart-um-guia-pratico-de-
instalacao>. Acesso em: 10 mar. 2018.

DESIGN of Field Device and Network Manager Using WHART For Industrial
Process Control. Eletronics Maker. Disponível em:
<http://electronicsmaker.com/tag/wireless-communication/page/4>. Acesso em:
10 mar. 2018.

EVOLUÇÃO das redes sem fios e respectivo impacto na sociedade.


Slideshare, [s.d.]. Disponível em; <https://pt.slideshare.net/danimateus/evoluo-
das-redes-sem-fios-e-respectivo-impacto-actividade-integradora>. Acesso em:
10 mar. 2018.

FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4. ed.


Porto Alegre: Bookman, 2006.

GASCÓN, D.; KRAMP, T. Waspmote Mote Runner. Libelium. Disponível em:


<http://www.libelium.com/products/waspmote-mote-runner-6lowpan/>. Acesso
em: 10 mar. 2018.

19
GOEKING, W. Da máquina a vapor aos softwares de automação. O Setor
Elétrico, maio 2010. Disponível em: <https://www.osetoreletrico.com.br/xxxx/>.
Acesso em: 10 mar. 2018.

LAMB, F. Automação industrial na prática - série Tekne. São Paulo: AMGH,


2015.

LUGLI, A.; SANTOS, M. M. D. Sistemas fieldbus para automação industrial:


deficiente, CANopen, SDS e Ethernet. São Paulo: Érica, 2009.

MORAES, C. de; CASTRUCCI, P. L. Engenharia de automação industrial, 2.


ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

MORAES, A. de. Redes de computadores. 1. ed. São Paulo: Érica, 2014.

PIC16F1788 Wireless DC/DC LED Driver (Proof of Concept). Microchip.


Disponível em: <http://www.microchip.com/design-centers/intelligent-lighting-
control/tools/pic16f1788-wireless-dc-dc-led-driver-(proof-of-concept)>. Acesso
em: 10 mar. 2018.

PRUDENTE, F. Automação industrial PLC – teoria e aplicações: curso


básico. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

_____. Automação industrial – PLC: programação e instalação. Rio de


Janeiro: LTC, 2010.

SANTOS, J. A.; HENRIQUES, J. P. C. Supervisão de sistemas de


automação utilizando computação em nuvem. Trabalho de conclusão de
curso (Pós-graduação em Engenharia de Sistemas Eletrônicos, Automação e
Controle Industrial) – Instituto Nacional de Telecomunicações, 2015. Disponível
em: <file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/Supervis%C3%A3o%20de%2
0sistemas%20de%20automa%C3%A7%C3%A3o%20utilizando%20computa%
C3%A7%C3%A3o%20em%20nuvem.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2018.

SUPERVISÓRIO. Ideal Home, 2015. Disponível em:


<http://idealhome.com.br/site/supervisorio-bms/>. Acesso em: 10 mar. 2018.

TANENBAUM, A. S. Organização estruturada de computadores. 3. ed. Rio


de Janeiro: LTC, 2000.

20

Você também pode gostar