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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ- FAMAP

CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ALBERTO PACHECO DA SILVA

6º RELATORIO: PERDA DE CARGA TOTAL

Macapá, 2018
2

ALBERTO PACHECO DA SILVA

6º RELATORIO: PERDA DE CARGA

Relatório técnico apresentado como requisito parcial


para obtenção de aprovação na disciplina hidráulica,
turma 3001, no Curso de Engenharia civil, na
Faculdade do Amapá- FAMAP.

Prof. Dr. Jefferson Vilhena

Macapá, 2018
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RESUMO

Este relatório irá disponibilizar informações relacionadas à hidráulica de


tubulações, demonstrando aspectos práticos que envolvem a análise do escoamento de
fluidos incompressíveis em regime permanente, procedimentos realizados em
laboratório com a finalidade de proporcionar o cálculo de perda em um sistema, quando
um líquido escoa de um ponto para outro no interior de um tubo, ocorrerá sempre uma
perda de energia, denominada perda de pressão (Sistemas de ventilação ou exaustão)
ou perda de carga (Sistemas de bombeamento de líquidos). Esta perda de energia é
devida principalmente ao atrito do fluído com uma camada estacionária aderida à parede
interna do tubo.
Para a forma de identificação e cálculo de recalque do sistema foi criado uma
situação com dados específicos para que pudéssemos executar os cálculos de perdas
durante o experimento.

Palavras-chave: Hidráulica de tubulações. Energia. Vazão


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 5
2 DESENVOLVIMENTO.................................................................................. 6
3 OBJETIVO GERAL....................................................................................... 9
4 EXPERIMENTO............................................................................................ 9
4.1 MATERIAIS USADOS ............................................................................ 9
4.2 PASSO A PASSO ........................................................................................ 10
5 RESULTADOS.............................................................................................. 10
6 CONCLUSÃO................................................................................................ 11
7 REFERÊNCIAS............................................................................................. 12
5

1 INTRODUÇÃO

O cálculo da perda de carga em tubulações é fundamental para o estudo de uma


instalação hidráulica, seja ela de bombeamento, seja ela por gravidade. Devemos ter
em mente, que a perda de carga, ou seja, a dissipação de energia por unidade de peso
acarreta uma diminuição da pressão estática do escoamento, sendo que esta diminuição
pode ser observada pela representação da Linha de Energia (LE) do escoamento, que
é o lugar geométrico que representa a carga total de cada seção do escoamento. As
variações de pressão em um sistema de escoamento resultam de variações em
elevações ou de velocidade de escoamento. A “perda” é dividida em perdas principais
(devido à fricção no escoamento completamente desenvolvido em porções do sistema
com área constante) e perdas secundárias (devido ao escoamento através de válvulas,
tês, joelhos e a efeitos de fricção em outras porções do sistema de área variável). No
experimento foi possível verificar como agem as formas de escoamento no fluido e
calcular como elas variam de acordo com a vazão, realizando testes repetidamente em
laboratório alterando as vazões.
6

2 DESENVOLVIMENTO

PERDAS DE CARGA (hf): Denomina-se perda de carga de um sistema, o atrito causado


pela resistência da parede interna do tubo quando da passagem do fluído pela mesma.
As perdas de carga classificam-se em:

CONTÍNUAS: Causadas pelo movimento da água ao longo da tubulação. É uniforme


em qualquer trecho da tubulação (desde que de mesmo diâmetro), independentemente
da posição do mesmo.

LOCALIZADAS: Causadas pelo movimento da água nas paredes internas e emendas


das conexões e acessórios da instalação, sendo maiores quando localizadas nos pontos
de mudança de direção do fluxo. Estas perdas não são uniformes, mesmo que as
conexões e acessórios possuam o mesmo diâmetro;

FATORES QUE INFLUENCIAM NAS PERDAS DE CARGA: A. Natureza do fluído


escoado (peso específico, viscosidade): água, cujo peso específico é de 1.000 Kgf/m3,
Material empregado na fabricação dos tubos e conexões (PVC, ferro) e tempo de uso:
Comercialmente, os tubos e conexões mais utilizados são os de PVC e Ferro
Galvanizado, cujas diferenças de fabricação e acabamento interno (rugosidade e área
livre) são bem caracterizadas, razão pela qual apresentam coeficientes de perdas
diferentes,

Diâmetro da tubulação: O diâmetro interno ou área livre de escoamento, é fundamental


na escolha da canalização já que, quanto maior a vazão a ser bombeada, maior deverá
ser o Ø interno da tubulação, afim de diminuir-se as velocidades e, consequentemente,
as perdas de carga. São muitas as fórmulas utilizadas para definir-se qual o diâmetro
mais indicado para a vazão desejada. No entanto, para efeito de cálculos, a fórmula
mais utilizada para chegar-se aos diâmetros de tubos é a Fórmula de Bresse, expressa
por:

D = K √Q

Onde:
D = Diâmetro interno do tubo, em metros;
7

K= 0,9 - Coeficiente de custo de investimento x custo operacional. Usualmente aplica-


se um valor entre 0,8 e 1,0;
Q = Vazão, em m³/ s;
A Fórmula de Bresse calcula o diâmetro da tubulação de recalque, sendo que, na
prática, para a tubulação de sucção adota-se um diâmetro comercial imediatamente
superior; D. Comprimento dos tubos e quantidade de conexões e acessórios: Quanto
maior o comprimento e o nº de conexões, maior será a perda de carga proporcional do
sistema. Portanto, o uso em excesso de conexões e acessórios causará maiores perdas,
principalmente em tubulações não muito extensas; E. Regime de escoamento (laminar
ou turbulento): O regime de escoamento do fluído é a forma como ele desloca-se no
interior da tubulação do sistema, a qual determinará a sua velocidade, em função do
atrito gerado. No regime de escoamento laminar, os filetes líquidos (moléculas do fluído
agrupadas umas às outras) são paralelos entre si, sendo que suas velocidades são
invariáveis em direção e grandeza, em todos os pontos O regime laminar é caracterizado
quando o nº de Reynolds (Re), for inferior a 2.000.

No regime de escoamento turbulento, os filetes movem-se em todas as direções, de


forma sinuosa, com velocidades variáveis em direção e grandeza, em pontos e instantes
diferentes, o regime turbulento é caracterizado quando o nº de Reynolds (Re), for
superior a 4.000, obviamente, o regime de escoamento mais apropriado para um
sistema de bombeamento é o laminar pois, acarretará menores perdas de carga por
atrito em função do baixo número de interferências existentes na linha.

Nº DE REYNOLDS (Re), É expresso por:

𝑉∗𝐷 𝜌∗𝑉∗𝐷
𝑅𝑒 = 𝑢
𝑅𝑒 = 𝑢

Onde:
Re = Nº de Reynolds;
V = Velocidade média de escoamento, em m/s;
D = Diâmetro da Tubulação, em metros;
u = Viscosidade cinemática do Líquido, em m2 /s;
ρ = densidade do líquido
8

Para a água doce, ao nível do mar e a temperatura de 25ºC, a viscosidade cinemática


(υ) é igual a 0,000001007 m²/s;
O escoamento será: Laminar: Re < 2.000
Turbulento: Re > 4.000

Entre 2.000 e 4.000, o regime de escoamento é considerado crítico. Na prática, o regime


de escoamento da água em tubulações é sempre turbulento;

VELOCIDADE DE ESCOAMENTO (V): Derivada da equação da continuidade, a


velocidade média de escoamento aplicada em condutos circulares é dada por:

𝑸 𝐐
𝑽= 𝐕=
𝑨 𝛑∗ 𝐃𝟐 /𝟒

Onde:

V = Velocidade de escoamento, em m/s;


Q = Vazão, em m³/s;
π (Pi)= 3,1416, (constante);
D = Diâmetro interno do tubo, em metros;
Para uso prático, as velocidades de escoamento mais econômicas são: Velocidade de
Sucção ≤ 1,5 m/s (limite 2,0 m/s)
Velocidade de Recalque ≤ 2,5 m/s (limite 3,0 m/s).
DIÂMETRO DOS TUBOS.
Tubulação de Recalque: podemos escolher o diâmetro mais adequado para os tubos de
recalque, em função da melhor relação custo benefício possível. (custo de investimento
x custo operacional);
Custo de Investimento: Custo total dos tubos, bomba, conexões, acessórios, etc. Quanto
menor o diâmetro dos tubos, menor o investimento inicial, e vice-versa;
Custo Operacional: Custo de manutenção do sistema. Quanto maior o diâmetro dos
tubos, menor será a altura manométrica total (AMT), a potência do motor, o tamanho da
bomba e o gasto de energia. Consequentemente, menor será o custo operacional, e
vice-versa;
Tubulação de Sucção: Na prática, define-se esta tubulação usando-se o diâmetro
comercial imediatamente superior ao definido para recalque, analisando-se, sempre, o
NPSHd do sistema.
9

ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL (AMT): A determinação desta variável é de


fundamental importância para a seleção da bomba hidráulica adequada ao sistema em
questão. Pode ser definida como a quantidade de trabalho necessário para movimentar
um fluído, desde uma
determinada posição inicial, até a posição final, incluindo nesta “carga” o trabalho
necessário para vencer o atrito existente nas tubulações por onde desloca-se o fluído.
Matematicamente, é a soma da altura geométrica (diferença de cotas) entre os níveis
de sucção e descarga do fluído, com as perdas de carga distribuídas e localizadas ao
longo de todo o sistema (altura estática + altura dinâmica).
Portanto: Hman = Hgeo + hf
A expressão utilizada para cálculo é:
AMT = AS + AR + Perdas de Cargas Totais (hfr + hfs)
Para aplicações em sistemas onde existam na linha hidráulica, equipamentos e
acessórios (irrigação, refrigeração, máquinas, etc.) que requeiram pressão adicional
para funcionamento, deve-se acrescentar ao cálculo da AMT a pressão requerida para
o funcionamento destes equipamentos.

3 OBJETIVO GERAL

O objetivo do experimento foi calcular e estabelecer a velocidade, cálculo de


área, número de Reynolds, fator de atrito e perda de carga no sistema, de tal modo a
colocar o acadêmico em contato com o exercício do método experimental. O conjunto
de atividades experimentais coloca o acadêmico a par da teoria e da prática da medição
de vazão que o futuro engenheiro encontrará em sua vida profissional.

4 EXPERIMENTO

4.1 MATERIAIS USADOS:


✓ Água;
✓ Conjunto para hidrodinâmica;
✓ Bancada de experimento de vazão e perda de carga e vazão;
✓ Hidroduto;
✓ Traçador ou maniplo;
✓ Vazimetro;
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4.2 PASSO A PASSO

Diante dos dados de um sistema de vazão em bancada de experimento, abaixo


fornecidos os dados, execute os cálculos para que possamos preencher a tabela abaixo.

Q q V Reynolds HT Hf Hs2 Hs3 hT Leq

m3 m
lpm /s /s Re f mca m m m m m

0,5  0.130001 1174.45 0.05449  2.5417 16.616x 6,559 3.26 3.26

0,7  1.18238 1644.23 0.38923844  3.55843655 32.568596 1.28560519 4,5666 4,5666

1  0.262116372 2350.100459 0.027723287839  0.4894625114 0.06653386395 2.62636735 0.5586227121 51.76036477

Q = vazão em litros por minuto (lpm)


q = vazão em metros cúbicos por segundo (m3/s)
V = velocidade (m/s)
Re= nº de reynolds
F = fator de atrito
HT= perda de carga total aferida em metros por coluna de água (m/ca)*
Hf = perda de carga distribuída em metros (m)
Hs2 = singularidade presente no sistema (bifurcação)
Hs3 = singularidade presente no sistema (curva)
hT = Perda de carga total calculada
Leq= comprimento equivalente

D = 9 cm ou 9x10-3 (diâmetro)
Q = 1 l/m (vazão)
µ = 1,002x10-3 Ns/m3 (viscosidade dinâmica)
L = 480 mm ou 480x10−3 𝑚 (comprimento da tubulação)
Ρ20c= 998,2 kg/m³ (densidade do fluído)
Ks2 = 19 (constante da singularidade bifurcação)
Ks3 = 0,75 (constante da singularidade curva)
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1º passo:
Na bancada de experimento medir o comprimento do conduto por onde vai escoar o
líquido (água), o qual foi obtido 479mm L = 479 mm (comprimento da tubulação) que
transformado para metros obtivemos 0,479m ou 479 x 10-3

2º passo:
Na bancada de experimentos de vasão anotar a pressão inicial no manômetro nesse
caso foi 52 pa, calibrar a velocidade de vazão em 1,0mm e desta forma obtivemos um
aumento de pressão para 100pa (pressão final).

Desta forma podemos calcular HT= perda de carga total aferida em metros por coluna
de água (m/ca)*

HT= Pa final – Pa inicial


𝐇𝐓 = 100 − 52 𝐇𝐓 = 48 mm ou 0,48m = 480x10−3 m 𝐇𝐓 = 480x10−3 m

Transformar vazão (Q)l/min para m3/s

1,0/60 = 0.01333333333 / 1.000 =0.01666666667 m3/s

Desta forma podemos através de novos cálculos obter hT= perda de carga total
calculada.

A) área; (A) D) nº Reynolds; (Re)


B) velocidade; (V) E) fator de atrito; (f)
D) nº Reynolds; (Re) F) perda de carga distribuída no sistema; (hf)
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5 RESULTADOS

A) área (A)?
D2 (9∗10−3 )2 3.14 ∗ 8.1x10−5
A=π∗ A = 3,14 ∗ 𝐴= 4
𝐀 = 𝟔, 𝟑𝟓𝟖𝟓𝐱𝟏𝟎−𝟓
4 4

B) velocidade (V)?
𝑄 0.01666666667∗10−5
V= V= 𝐕 = 0,2621163272 𝐦/𝐬
A 6,3585∗10−5

D) nº Reynolds (Re)?
𝜌.𝑉.𝐷 998,2∗0,2621163272∗ 9𝑋10−3
𝑅𝑒 = 𝑅𝑒 = 𝐑 𝐞 =2350.100459
𝜇 1,002x10−3

E) fator de atrito (f)? onde o valor 64 é uma constante da fórmula.

64 64
f= f= 𝐟 = 𝟎. 𝟎𝟐𝟕𝟐𝟑𝟐𝟖𝟕𝟖𝟑𝟗
Re 𝟐𝟑𝟓𝟎.𝟏𝟎𝟎𝟒𝟓𝟗

F) perda de carga distribuída no sistema; (hf)

L V2 0,48 (0.2621163272)2
hf = f ∗ ∗ hf = 0.02723287839 x x
D 2∗g 9x10−3 2∗9,81

𝐡𝐟 = 𝟎. 𝟒𝟖𝟗𝟒𝟔𝟐𝟓𝟏𝟏𝐦

G) perda de carga por singularidade; (Hs)

V2 (0.2621163272 )2
Hs2 = Ks2 x 2∗g
Hs = 19 x 2∗9,81
𝐇𝐬𝟐 = 𝟎. 𝟎𝟔𝟔𝟓𝟑𝟑𝟖𝟔𝟑𝟗𝟓

V2 (0.2621163272 )2 −𝟑
Hs3 = Ks3 x Hs3 = 0,75 x 𝐇𝐬𝟑 = 𝟐. 𝟔𝟐𝟔𝟑𝟑𝟔𝟕𝟑𝟓𝐱𝟏𝟎
2∗g 2 ∗ 9,81

H) perda de carga total calculada (hT)


hT = Hs2 + Hs3 + hf hT = 0.5586227117
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I)comprimento equivalente (leq)

−3
(𝐻𝑇 ∗ 𝐷 ∗ 2 ∗ 𝑔 ) − 𝐿 (0.5586227117)x9 ∗ 10 19,62 −3
Leq = Leq = − 480 ∗ 10
f ∗ V2 0.02723287839x(0.2621163273)2
𝐥𝐞𝐪 = 𝟓𝟏. 𝟕𝟔𝟎𝟑𝟔𝟒𝟕𝟕𝐦
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6 CONCLUSÃO

Após a realização do experimento concluímos que em todo e qualquer regime


de escoamento existem perdas no sistema que podem ser calculadas com a finalidade
de melhorar o desempenho do sistema tipo de escoamento muda visivelmente o modo
como o fluido passa pelo tubo.
15

7 REFERÊNCIAS
Okuno, Caldas e Chow: “Física para Ciências Biológicas e Biomédicas”, Editora Harbra
Ltda, 1982;
Munson, Young e Okiishi: “Fundamentos da Mecânica dos Fluidos”, Editora Edgard
Blücher Ltda, 1997.
http://lamon.com.br/ckfinder/userfiles/files/Numero_Reynolds.pdf

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