Gestão de Suprimentos e Compras 2
Gestão de Suprimentos e Compras 2
Gestão de Suprimentos e Compras 2
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 3
3.1 Planejamento.......................................................................................... 9
5 LOGÍSTICA ................................................................................................. 13
6 ESTOQUE .................................................................................................. 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 37
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida
e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
3
2 INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
Fonte: napratica.org
5
2.1 Administração de recursos materiais
Fonte: acomsistemas.com
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3. Administração de estoque: no estoque, concentram-se materiais e
suprimentos disponíveis para venda e utilização própria, portanto fazem parte do
processo de planejamento; além disso, são considerados intermediadores em casos de
níveis de demanda e produção dessemelhantes (ARNOLD, 2012).
Os bens patrimoniais têm ampla classificação:
1. Máquinas e equipamentos: ferramentas, móveis, caldeiras, computadores,
guindastes, prensas, compressores, entre outros;
2. Terreno: local das instalações pertencentes à organização;
3. Edificações: galpões, garagens, almoxarifados, escritórios, entre outros;
4. Jazidas: localizações em que a empresa tem, por direito, permissão para
extrair recursos da natureza;
5. Bens patrimoniais intangíveis: recursos intocáveis, não físicos, como direitos
autorais, marcas e patentes (CARDOZO et al. 2015).
As atividades de planejamento da produção, implementação e controle da
administração de estoque são adjuntas; logo, os estoques na produção podem ser
utilizados como apoiadores da própria atividade ou como fruto da produção (ARNOLD,
2012).
Os recursos patrimoniais são facilmente abrangidos nas organizações por meio
de equipamentos, maquinários, veículos e instalações, responsáveis pelo
funcionamento do sistema operacional. São bens necessários para a produção e
respectiva venda de produtos e serviços produzidos, tendo em vista a satisfação e
criação de valor aos clientes. É quase dispensável afirmar que os requisitos de nível de
serviços são elevados para suprir matéria-prima, contudo é possível notar a existência
de administração inadequada de materiais, mesmo quando há a recepção de requisitos
operacionais. Podem existir, por exemplo, custos elevados de transporte de materiais
que, para atender às programações operacionais, necessitam ser expedidos, assim
como matérias-primas e peças de reposição em níveis de estoques excessivos,
geralmente para manter a disponibilidade ou altos custos de comunicação para o
desenvolvimento e acompanhamento de pedidos (CARDOZO et al. 2015).
As movimentações de suprimentos coordenadas e adequadas às distintas
exigências de operação configuram uma boa administração de materiais, uma vez que,
em termos de vantagem da oposição e de custos, é aplicado o conceito total de custo
às atividades de suprimento. Portanto, a administração de materiais tem como desígnio
munir material certo, em localização operacional certa, em instante adequado e, ainda,
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em condições que os tornem utilizáveis e com ínfimo custo. Por meio de uma gestão
de recursos materiais adequada, as empresas podem alcançar sucesso empresarial de
tal modo que as despesas sejam atenuadas e boas receitas originadas (CARDOZO et
al. 2015).
Fonte: twx.com
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e) Fluxo de informações: como se compartilham informações quanto ao
processamento de pedidos, estimativas, planejamento, aquisições, armazenagem,
manuseio, etc.
f) Estimativas: modo de estabelecimento de previsões.
g) Relacionamentos: como se comporta o relacionamento entre diferentes
organizações internas e externas.
3.1 Planejamento
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componentes. Planejar de maneira integrada: dar atenção a atividades que influem na
organização como um todo.
3.2 Compras
3.3 Produção
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Projetos sob medida: envolve desenho, projeto, obtenção de materiais,
componentes, fabricação e montagem; especificações estabelecidas pelo cliente;
processo de longa duração. Ex: construção de navios.
Combinação de sistemas de produção: os processos podem variar;
combinações são usadas na produção de estoques e sua manutenção possui custo
adicional. Pode-se produzir a partir do pedido, mas tendo em estoque materiais difíceis
de se obter (BERTAGLIA, 2017).
3.4 Distribuição
Fonte: ibid.com.br
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Comprar é fundamental para o gerenciamento adequado de materiais,
impactando diretamente os estoques e a qualidade do serviço prestado. O objetivo das
atividades de compras é obter e coordenar o fluxo contínuo de suprimentos de modo a
atender aos programas de produção; comprar os materiais aos melhores preços, não
fugindo aos parâmetros qualitativos e quantitativos; e procurar as melhores condições
para a empresa. A aquisição de material é instrumento primordial para a execução, por
parte da Administração Pública, das políticas públicas, devendo ser observados os
princípios administrativos da Constituição Federal de 1988: economicidade,
moralidade, impessoalidade, eficiência, legalidade e publicidade (REIS, 2017).
É importante observar que os clientes da cadeia têm no mínimo três
perspectivas de valor, as quais são: valor econômico, valor de mercado e valor de
relevância. A perspectiva de valor econômico é entendida pelo cliente como alta
qualidade à um preço acessível. Já o valor de mercado é visto pelo cliente com a
variedade conveniente de produtos/serviço e opções. Por último, o valor de relevância
é compreendido como um conjunto exclusivo de produtos e serviços pelo cliente. Onde
a integração entre as três perspectivas de valor é exigida para uma eficiente gestão da
cadeia e é conhecida como proposição geral de valores da gestão integrada
(BOWERSOX et al., 2014).
Para que a gestão de uma cadeia de suprimentos possa chegar a excelência
de desempenho é necessário o cumprimento simultâneo de oito processos-chave:
Capacidade de resposta do planejamento da demanda,
Colaboração no relacionamento com clientes,
Atendimento do pedido/prestação de serviços,
Lançamentos de novos bens/serviços,
Customização da manufatura,
Colaboração no relacionamento com fornecedores,
Apoio ao ciclo de vida e,
Logística reversa (BOWERSOX et al., 2014).
Desta maneira, Bowersox et al. (2014) afirma que a gestão integrada da cadeia
de suprimentos é focada na melhoria desses oito processos essenciais que acabam
formando a essência para conquistar a integração operacional e a excelência de
desempenho. Por fim, segundo o autor, a gestão integrada tem como estratégia a
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procura e analise pelo menor custo possível respeitando os trade-offs que existem entre
as funções da empresa.
Empresas que fazem parte de uma cadeia de suprimentos mantêm uma
relação diária e próxima com seus clientes e fornecedores, os quais também compõe
a cadeia na qual a empresa está inserida. As transações entre os elos da cadeia levam
a um interesse mútuo entre eles onde uma empresa necessita de fornecedores
confiáveis que entreguem os produtos conforme a especificação exigida dentro do
prazo estipulado (PAULA; ALVES, 2012).
A formação de parcerias tem como resultado, ganhos para ambas as partes
envolvidas em determinado processo, tendo como resultado uma relação comercial
benéfica a todos. Assim, as empresas poderão produzir produtos e realizar serviços
que satisfaçam o desejo de seus clientes, entregando um produto e /ou serviço de
qualidade e que atenda o cliente em todos seus requisitos, sem deixar de considerar
suas necessidades. Uma gestão da cadeia de suprimentos bem-sucedida está sujeita
ao desenvolvimento de relações estreitas com clientes e fornecedores. Por isso, é
necessário que haja uma parceria entre as partes envolvidas que seja capaz de
estruturar relações fundamentais e os processos de relacionamento com fornecedores
(VENTURI, 2018).
5 LOGÍSTICA
Fonte: utp.br
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A logística pode ser considerada o subconjunto da CS responsável pela
combinação da gestão de pedidos, inventário, transporte, armazenamento, manuseio
e embalagem enquanto procedimentos integrados em uma rede de instalações. Desta
forma, é o condutor básico de fluxos de produtos e de serviços dentro do arranjo da CS
e cada empresa participante envolve-se na execução da logística. A partir destes
conceitos, conclui-se que o modelo de negócios da gestão da logística da CS é tratado
como uma crescente postura estratégica que caracteriza as empresas
contemporâneas. O gerenciamento logístico está incluído como um dos pressupostos
da GCS, fazendo com que empresas parceiras trabalhem juntas e de forma
padronizada (MACIEL et al, 2017).
Elementos básicos da logística:
15
6 ESTOQUE
Fonte: image/jpeg
16
6.1 Tipos de estoques
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Custo total: É definido como a soma dos custos de aquisição e de manter
estoques. Os custos totais são importantes no modelo de lote econômico, pois o
objetivo deste é determinar a quantidade do pedido que os minimiza (SILVA et al, 2017).
Dentro da logística empresarial e mais especificamente na administração de
materiais, a curva ABC tem seu uso específico para estudos de estoques de acabado,
vendas, prioridade de programação da produção, tomada de preços em suprimentos e
dimensionamento de estoque. Toda a sua ação tem como fundamento primordial tomar
decisão e ação rápida que possa levar seu resultado a um grande impacto positivo no
da empresa. A curva ABC assim é chamada em razão de ser dividida em dados obtidos
em três categorias distintas, denominadas classe A, B e C (SILVA et al, 2017).
Classe A: são os itens mais importantes e que devem receber toda a atenção
no primeiro momento do estudo. É sobre os itens dessa classe que se tomam as
primeiras decisões sobre os dados levantados e correlacionados em razão de sua
importância monetária. Os dados classificados nessa classe correspondem, em média,
a 80% do valor monetário total e no máximo 20% dos itens estudados;
Classe B: são os itens intermediários que deverão ser tratados logo após as
medidas tomadas sobre os itens da classe A; são os segundos em importância. Os
dados classificados nessa classe correspondem, em média, a 15% do valor monetário
total do estoque e no máximo 30% dos itens estudados;
Classe C: são os itens de menor importância, embora volumosos em
quantidades, mas com valor monetário reduzidíssimo, permitindo maior espaço de
tempo para sua análise e tomada de ação. Deverão ser tratados, somente, após todos
os itens das classes A e B terem sido avaliados. Em geral 5% do valor monetário total
representam esta classe, porém, mais de 50% dos itens formam sua estrutura.
A curva ABC mostra qual a classificação que um conjunto de itens recebe de
acordo com sua relevância. Começa com os itens de maior importância, em seguida os
intermediários e por fim os de menor importância.
7 CONTROLE DE ESTOQUE
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produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha o nível de estoque e o
investimento financeiro envolvido (DIAS, 2011).
Fonte: empreendaecommerce.com
Fonte: sedan.com
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e manipulação e relatório de dados. Os diferentes sistemas de informações utilizados
na cadeia de suprimentos podem ter combinações diferentes de recursos nessas áreas
funcionais. Sistemas como ERP, CRM e MES são exemplos de sistemas que consistem
em combinações dessas três funções. As novas tecnologias estão tendo um forte
impacto no gerenciamento da cadeia de suprimentos. Algumas tecnologias que estão
mudando a maneira como as empresas gerenciam suas cadeias de suprimentos são
RFID, BPM, BI e Blockchain. Essas tecnologias não substituem os sistemas mais
antigos, mas aumentam a funcionalidade desses sistemas (BORBA et al, 2020).
O efeito combinado dessas novas tecnologias com o que já existe e está
implementado, oferece à empresa a capacidade de monitorar de perto as operações
da cadeia de suprimentos e fazer ajustes de forma rápida e econômica. A internet
possibilita às empresas que contém uma cadeia de suprimentos, que façam conexões
eletrônicas entre si para trocar informações sobre os produtos que vendem. Essas
conexões também permitem uma coordenação entre as empresas na medida em que
realizam as várias atividades que impulsionam as cadeias de suprimentos das quais
participam. À medida que essas conexões eletrônicas se tornam mais difundidas e
comuns, estão possibilitando um novo nível de cooperação que leva a uma maior
eficiência nos negócios e em sua capacidade de resposta. Existem bilhões de produtos
sendo fabricados todos os dias no mundo todo através de cadeias de suprimentos
complexas que se estendem a vários países (BORBA et al, 2020).
No entanto, segundo Jessi et al. (2016), há muito pouco conhecimento de
como, quando e onde esses produtos foram originados, fabricados e ao que foram
expostos ao longo de seu ciclo de vida. Mesmo antes de chegar ao consumidor final,
as mercadorias viajam através de uma rede vasta de varejistas, distribuidores,
transportadores, estoques e fornecedores que participam do desenho, produção,
entrega e vendas; porém, em quase todos os casos, essas jornadas continuam sendo
uma dimensão invisível da empresa. Assim, a tecnologia de Blockchain vem para
aumentar alguns dos requisitos mais necessários para uma cadeia de suprimentos: a
rastreabilidade e a transparência. A cadeia de suprimentos em um sistema tecnológico
contém uma série de entidades do sistema, incluindo pessoas, recursos físicos,
conhecimento, processos e contratos e transações financeiras que facilitam a
movimentação de um produto do fornecedor para o cliente.
É muito difícil ter uma visão geral de todas as transações dentro das cadeias,
se é muito extensa. Essas informações geralmente são armazenadas em vários locais
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e são acessíveis a determinadas entidades do sistema. Em tais sistemas, os clientes
(sendo o consumidor final ou um fornecedor) geralmente só têm acesso parcial às
informações gerais. Em muitos casos, parte das informações é tratada como uma
mercadoria para o fornecedor (BORBA et al, 2020).
Fonte: exame.abril.com
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perspectiva quanti e qualitativa, contribui para o crescimento, desenvolvimento e
manutenção do indivíduo (SANTOS, 2019).
O setor de Alimentação Coletiva engloba os estabelecimentos (UAN)
responsáveis pela produção e distribuição de alimentação para coletividades sadias
e/ou enfermas (ABREU; SPINELLI; SOUZA PINTO, 2016).
O sucesso de uma UAN está fundamentado na interdependência entre sua
infraestrutura, matéria-prima, mão de obra e seus métodos de trabalho. Entretanto,
embora todo o arsenal tecnológico disponível para o setor de alimentação seja
significativo, o aspecto qualitativo das refeições está principalmente relacionado ao
desempenho da mão de obra (SANDOVAL et al, 2017).
As UAN apresentam uma estrutura hierárquica e administrativa relativamente
simples, porém, de funcionamento complexo. Pois, em uma mesma unidade de
trabalho são desenvolvidas atividades de diversas áreas de conhecimento, desde
funções técnicas, administrativas, comerciais, financeira e contábil, até aqueles
referentes a segurança alimentar e nutricional dos comensais (FARIA et al, 2017).
Segundo definição da Resolução do CFN nº 380/2005, a Alimentação Coletiva
é uma área de atuação do nutricionista “que abrange o atendimento alimentar e
nutricional de clientela ocasional ou definida, em sistema de produção por gestão
própria ou sob a forma de concessão (terceirização) ”, tendo como local de atuação as
Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN). Nas quais, o nutricionista é o responsável
técnico legal por planejar, coordenar, acompanhar, implantar e estabelecer as normas
que se referem a todas as etapas do processo produtivo, desde a seleção de
fornecedores até a distribuição do produto final; bem como realizar a gestão de pessoas
do local e identificar o perfil dos usuários atendidos (FARIA et al, 2017).
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apenas para controle e avaliação de estoques, mas também como importante
ferramenta para obtenção de informações relevantes, relacionadas também ao
processo produtivo, desempenho de atividades, serviços e clientes, contribuindo no
planejamento e tomada de decisão. Antes da revolução industrial, considerava-se como
custos apenas o valor de aquisição de mercadorias e gastos administrativos e
comerciais, sendo os dois últimos tratados como despesas periódicas. Em empresas
com apenas um fabricado, para obter-se o custo unitário bastava dividir o montante dos
custos pela quantidade produzida, contudo, sabe-se que a maioria das empresas
trabalham com diversos tipos de produtos, o que dificultava a mensuração do custo
unitário, surgindo a necessidade de desenvolver novos conceitos e técnicas para esta
finalidade (ARAÚJO et al, 2019).
Fonte: gestorideal.com.br
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Custos indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados ao
produto final (CINTRA, 2016). São de difícil obtenção, visto que são contabilizados por
meio de estimativas ou rateios, tornando mais difícil a apuração dos dados, como por
exemplo energia elétrica, aluguel, entre outros (VIEIRA, 2015).
Os custos classificados como fixos são aqueles invariáveis, ou seja, que
independem da quantidade produzida, como por exemplo salário, aluguel e
depreciação. Alguns autores destacam que os custos não são eternamente fixos e que
estes podem mudar, entretanto, isso não os torna variáveis. Por último, os custos
variáveis são assim denominados, pois variam de maneira proporcional ao volume
produzido. O custo real que deve ser contabilizado é o efetivamente incorrido pela
empresa num determinado período. Dessa forma, diante dos avanços em conceitos e
técnicas, ressalta-se a importância do gerenciamento e controle de custos, visto que
não se controla aquilo que não se conhece e aquilo que não se mede. Ressalta-se
ainda que essa classificação econômica e contábil traz em si uma importância ao
destacar os custos diretos como aqueles controláveis no exercício da gestão do serviço
e as variáveis como os mantenedores da relação direta com os insumos consumidos
na linha de produção (ARAÚJO et al, 2019).
Partindo-se da necessidade e importância da gestão financeira em empresas
por meio do controle de custos, pesquisadores mencionam sua relevância também para
a gestão pública. A mesma possibilita o conhecimento dos custos para produção de
bens ou serviços; além de gerar informações de grande valia para a tomada de
decisões dos gestores, contribuindo no planejamento, controle e prestação de contas
(MELO et al, 2017).
Contudo, tal análise ganha complexidade ao se buscar a determinação do
custo-refeição, principal produto gerado, diante da diversidade de tipos de refeições
oferecidas, como desjejum, almoços, jantares, lanches, colação e ceia. Neste sentido,
após o cálculo do custo dos cardápios para obtenção do custo médio das refeições, o
cálculo pelo método da ponderação é indicado, onde se atribui pesos às diferentes
refeições a depender da onerosidade das mesmas, definindo-se a priori sua relação
proporcional com os gastos incorridos (ARAÚJO et al, 2019).
Diante da importância da contabilidade de custos tanto na iniciativa privada
como na gestão pública, conclui-se que é de grande relevância sua realização também
em RUs, contudo, alguns autores revelam a escassez de estudos acerca do tema
sendo uma realidade preocupante. Apesar da disponibilidade de informações na
25
literatura acerca do cálculo do custo-refeição em UANs (VIEIRA, 2015), na prática
torna-se uma tarefa complexa, dada as particularidades de cada serviço, a
periodicidade no consumo de determinados materiais e, na maioria dos casos, a
indisponibilidade dos gastos indiretos individualizados para a UAN por fonte de
despesa. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta metodológica
para cálculo do custo-refeição em UANs vinculadas à serviços públicos (ARAÚJO et al,
2019).
Fonte: eephcfmusp.org
Gestão da cadeia de suprimentos significa, também, ter uma boa gestão dos
relacionamentos entre as empresas integrantes da cadeia, em estabelecer relações de
parcerias e investir em relacionamentos bem-sucedidos (VENTURI, 2018).
Empresas que fazem parte de uma cadeia de suprimentos mantêm uma
relação diária e próxima com seus clientes e fornecedores, os quais também compõe
a cadeia na qual a empresa está inserida. As transações entre os elos da cadeia levam
a um interesse mútuo entre eles onde uma empresa necessita de fornecedores
confiáveis que entreguem os produtos conforme a especificação exigida dentro do
prazo estipulado (PAULA; ALVES, 2012).
Dentro do gerenciamento do relacionamento de uma empresa com seus
fornecedores, existem certas preocupações relacionadas à gestão da cadeia de
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suprimentos, como a análise do custo total de fornecimento, redução do número de
fornecedores e a necessidade de se estabelecer relacionamentos de confiança que
gerem parcerias entre ambas as partes. Relacionamentos de confiança mutua são
requisitos essenciais para o surgimento e manutenção da parceria existente. A
existência de fornecedores confiáveis é imprescindível para que o fornecimento de
produtos e/ou serviços seja efetivado conforme requisitos previamente definidos. Desta
maneira, esta parceria entre empresa e fornecedor deve ser estabelecida de modo que
o cliente esclareça os mecanismos mínimos que são necessários para atender seus
requisitos. E o fornecedor deve entregar a seu cliente, produtos com o nível exigido e
o mesmo deve comprovar que seus produtos estejam conforme os requisitos, para que
haja sucesso na parceria (VENTURI, 2018).
O Gestão de relacionamento com fornecedores (SRM) engloba todos os
processos que tem como objetivo a integração entre empresas e fornecedores. Dentre
seus processos é possível citar a avaliação e seleção de fornecedores, a negociação
de termos, a comunicação com fornecedores com relação a novos pedidos e produtos
e os acordos de compliance. Compliance é definido pelo Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (CADE) como um conjunto de medidas internas que permite
prevenir ou minimizar os riscos de violação às leis decorrentes de atividade praticada
por um agente econômico e de qualquer um de seus sócios ou colaboradores
(CARVALHO e RODRIGUES, 2016). Atualmente, questões sobre compliance estão em
alta, podendo atingir não somente o abastecimento para o cliente, mas atingindo
também a visão do mercado da empresa.
A gestão do relacionamento com fornecedores pode ser baseada de acordo
com os custos de transação e as competências centrais envolvidas de um fornecedor.
Os custos de transação são os custos totais associados a uma transação, excetuando-
se o mínimo preço possível do produto. Competência central é definida como um
aglomerado de habilidades e tecnologias que contribuem para o valor percebido pelo
cliente e é competitivamente única ou exclusiva. Assim, existem três características
necessárias para que uma competência seja considerada central: Valor para o cliente,
extendabilidade, que é o aproveitamento da competência para em operações futuras,
e diferenciação sobre a concorrência (VENTURI, 2018).
Fornecedores podem ser qualificados através de auditorias que é possível
verificar se os mesmos estão atendendo os requisitos exigidos pelo cliente. Segundo
os autores, é definida uma relação de singularidades que um bom fornecedor deve
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possuir, para então chegar ao patamar de um Fornecedor Excelente. As sete
singularidades são:
Oferece preços competitivos;
Fornece um bom serviço;
Cumpre o prometido;
Tem um bom histórico de referências de negociações;
Apoia tecnicamente seus clientes;
Cumpre os prazos de entrega;
Fornece itens com qualidade assegurada.
Assim, a qualidade assegurada de um fornecedor garante primordialmente a
continuidade do fornecimento dos itens ao cliente. E dessa forma fazem com que o
fluxo de entrega e de troca de informações de uma cadeia de suprimentos seja
cumprido e realizado com eficiência.
Fonte: ibid.com
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elemento de um sistema de medição de desempenho. Eles procuram representar
deficiências e características de uma realidade ou fenômeno que pode ser mensurado”.
No gerenciamento da qualidade do fornecedor, a comunicação, a colaboração
e a integração entre os membros da cadeia de suprimentos são práticas centrais para
uma boa gestão da CS (ZENG; PHAN; MATSUI, 2013).
Para Zeng, Phan e Matsui (2013), os programas de auditoria da qualidade do
fornecedor visam garantir uma melhoria da qualidade do processo de seleção, que
devem estar baseados em critérios e que, segundo os autores, podem compreender a
análise da tecnologia, qualidade, capacidade de resposta, entrega e custo do
fornecedor.
Ruiz et al. (2016) comentam que um dos principais desafios do setor é a
necessidade de um maior envolvimento de toda a cadeia de suprimentos, o uso de
métodos adequados para uma melhor seleção de fornecedores, bem como o
atendimento a normas e políticas relacionadas ao meio ambiente. Para o melhor
desenvolvimento do setor deve-se considerar como fundamental a interação existente
nas organizações entre os compradores e os fornecedores, a fim de buscarem o
atendimento das necessidades efetivas dos clientes.
Fonte: gestão.com.br
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O mercado privado é caracterizado pela concorrência intensa, com foco no
objetivo primário que, no entender de Atkinson, et al (2011), reside na otimização do
lucro. Por outro lado, na administração pública, busca-se atender aos interesses
coletivos, ou seja, diferentemente da administração particular que busca atender às
necessidades individuais e o lucro. “O público espera da Administração Pública o
melhor atendimento de suas demandas sociais, pelo uso eficiente de recursos e
transparência dos atos” (MOTTA, 2013).
Para que a administração alcance seu objetivo, a logística é de suma
importância, dada a necessidade de atender as demandas da população no tempo
certo, com eficiência e eficácia. Como os processos de contratações públicas são mais
lentos quando comparados com as compras da iniciativa privada é de fundamental
importância a gestão efetiva de suprimentos para não deixar de atender a população
devido à falta de materiais, equipamentos e serviços; porque sem os insumos
necessários os serviços como educação, saúde e segurança, por exemplo, não são
prestados ou o são de forma ineficiente, ineficaz e certamente sem efetividade (COSTA
et al, 2019).
A gestão de estoques eficiente e calcada no planejamento assume um patamar
importante nos órgãos públicos. Quanto menor o nível de estoques, com pontos de
ressuprimento devidamente dimensionados, menor risco de desabastecimento e maior
é a garantia do fornecimento no prazo estipulado. Planejar é essencial para definir e
manter um nível de estoque que atenda, suficientemente, às necessidades com
regularidade e continuidade uma rede de serviços. Portanto, faz-se necessário um
controle eficiente e a utilização de instrumentos para registro das informações que
facilitem o acompanhamento e subsidiem a programação (COSTA et al, 2019).
É importante a realização do gerenciamento dos suprimentos, da gestão de
compras, da aquisição e acondicionamento dos recursos materiais, tangíveis e
intangíveis (materiais e serviços) necessários à manutenção e ao desenvolvimento das
atividades realizadas na instituição. Estes autores destacam a importância da gestão
de suprimentos para a administração pública, pois são aplicados recursos
orçamentários para a compra de recursos materiais e serviços, necessários para a
instituição alcançar seus objetivos, e ter uma importante posição estratégica junto ao
município e a sociedade que a compreende (SANTOS, 2018).
Há de se considerar, conforme Ferreira et al. (2014), que o gasto com compras
em instituições públicas no Brasil, representam uma parcela significativa e que estas,
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deveriam dar uma destinação mais apropriada para estes recursos. Ainda corroboram
quando destacam da necessidade de transparência com estes gastos.
A aquisição de recursos, sejam estes serviços ou materiais, no setor público,
estão condicionados ao estabelecido na Lei nº. 8666/93 (Lei das Licitações e Contratos
Administrativos), que é a lei que regulamenta as compras e contratações neste setor.
Esta, estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes
às obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Conforme o
art. 6°, da Lei nº. 8.666/93 inciso III, compra é “toda aquisição remunerada de bens para
fornecimento de uma só vez ou parceladamente” (SANTOS, 2018).
O processo licitatório, é uma exigência legal para toda e qualquer aquisição de
serviços ou materiais na Administração Pública, e a lei é para dar mais transparência
ao processo. Para uma Administração Pública transparente e eficiente, se faz
necessário a utilização da igualdade de condições no processo licitatório. O processo
licitatório é importante, tanto para a Administração Pública, quanto para a sociedade.
Estes devem saber, para quem se destina o orçamento público mediante o ganho da
licitação, quando da compra de um material de utilidade, quanto para execução de
obras e aquisições de bens e serviços, quais são os documentos e exigências
burocráticas.
De acordo com Justen Filho (2014), a licitação é um processo para selecionar
fornecedores, com base em critérios específicos, a proposta de contratação mais
vantajosa para a administração. Desta forma, estará obedecendo o princípio
constitucional que determina o tratamento igualitário a todos quantos desejam participar
da Licitação. Marinela (2011), diz que a licitação é um procedimento administrativo
destinado a selecionar a melhor proposta das que foram apresentadas, pelos que
desejam contratar a Administração Pública. E ainda, continua a autora, selecionar os
que preenchem os requisitos necessários para cumprir as obrigações a serem
assumidas.
A partir desta discussão, são apresentadas as etapas a serem seguidas em um
processo de licitação para compras, e que estas, dependendo da modalidade, serão
fixadas pela faixa de preço do objeto de licitação. As modalidades de licitação estão
previstas no art. 22 da Lei 8.666/93 (BRASIL, 1993), são elas: concorrência, tomada de
preços, convite, concurso e leilão. A concorrência é a modalidade de licitação realizada
entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação, comprovem possuir os
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requisitos mínimos exigidos no edital. A tomada de preços é a modalidade realizada
entre interessados cadastrados ou que estiverem com o cadastramento concluído até
o terceiro dia anterior à data de recebimento das propostas, observando as
qualificações necessárias. Convite é a modalidade realizada entre interessados do
ramo cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três, com a
convocação estendida aos demais cadastrados, na correspondente modalidade que
manifestarem interesse, com antecedência de até 24 horas da apresentação das
propostas, observadas as exigências de qualificação previstas. Concurso é a
modalidade entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, cientifico e
artístico, mediante instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme
critérios constantes do edital publicado com antecedência mínima de 45 dias. Leilão é
a modalidade entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis
ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para alienação de bens
imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação (SANTOS,
2018).
Fonte: image/png
32
a) a dispensa de licitação, que é a possibilidade de celebração direta de
contrato entre a Administração Pública e o particular, nos casos estabelecidos no art.
24, da Lei 8.666/93; e
b) a inexigibilidade de licitação, ocorre quando há inviabilidade de competição,
melhor dizendo, é impossível promover a competição, tendo em vista que um dos
contendores reúne qualidades tais que o tornam único, exclusivo, inibindo os demais
pretensos participantes.
Sabe-se que independente da modalidade adotada, o processo licitatório é
burocrático. A burocracia se deve ao fato da tramitação do processo e também pelos
prazos legais estabelecidos, e que não há como realizar compras no poder público
municipal sem a realização de licitação. Portanto deve-se buscar sempre a modalidade
que possa trazer ao município transparência, legalidade e economicidade (SANTOS,
2018).
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Programa Fome Zero. Esta lei foi alterada pela Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011,
sendo regulamentada pelo Decreto nº 7.775, de 4 de julho de 2012. O PAA é resultado
da convergência de três debates relevantes para o Brasil e que ganharam força nas
décadas de 1980 e 1990: a segurança alimentar e nutricional (SAN), a necessidade de
fortalecimento da agricultura familiar e a redução da pobreza (BRASIL, 2003).
O PAA vem promovendo, ao longo dos anos, a articulação e integração de
ações entre as instituições do poder público nas diferentes instâncias federativas, e
deste com a sociedade civil organizada, formando também relações de reciprocidade
nos processos locais de desenvolvimento e em torno do programa (FROEHLICH &
SCHNEIDER, 2013). Ao integrar as políticas de segurança alimentar e nutricional e
agrícola por meio de concepções intersetoriais, o PAA converge as temáticas da
necessidade de se criar condições de acesso regular aos alimentos saudáveis e as
demandas de mercado. Desta forma, o programa constrói um canal de comercialização
e promove inclusão no campo a partir do fortalecimento da agricultura familiar,
proporcionando ao mesmo tempo acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e
regularidade necessárias à população em situação de Insan (GRISA, SCHMITT,
MALUF, & LEITE, 2010).
O Decreto nº 7.775/2012, que regulamenta o PAA, definiu nove finalidades para
o programa:
1. Incentivar a agricultura familiar, promovendo sua inclusão econômica e
social, com fomento à produção com sustentabilidade, ao processamento, à
industrialização de alimentos e à geração de renda.
2. Incentivar o consumo e a valorização dos alimentos produzidos pela
agricultura familiar.
3. Promover o acesso à alimentação, em quantidade, qualidade e regularidade
necessárias, às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, sob a
perspectiva do direito humano à alimentação adequada e saudável.
4. Promover o abastecimento alimentar por meio de compras governamentais
de alimentos, inclusive para prover a alimentação escolar nos âmbitos municipal,
estadual, distrital e federal, e nas áreas abrangidas por consórcios públicos.
5. Constituir estoques públicos de alimentos produzidos por agricultores
familiares.
6. Apoiar a formação de estoques por cooperativas e demais organizações
formais da agricultura familiar.
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7. Fortalecer circuitos locais e regionais e redes de comercialização.
8. Promover e valorizar a biodiversidade e a produção orgânica e agroecológica
de alimentos, e incentivar hábitos alimentares saudáveis em nível local e regional.
9. Estimular o cooperativismo e o associativismo.
O programa tem influenciado também na melhoria da qualidade dos produtos
ofertados, tanto do ponto de vista nutricional, quanto no aspecto e apresentação do
produto. Ao se inserir no PAA, o agricultor passa a receber suporte técnico na produção
para que atenda às necessidades e critérios do programa e na medida em que os
produtos da agricultura familiar vão tendo melhorias qualitativas e quantitativas, eles
vão se inserindo em novos mercados. Os reflexos alcançam também a capacidade
organizativa da produção, comercialização e acesso a novas políticas (AGAPTO,
BORSATTO, ESQUERDO, & BERGAMASCO, 2012). Segundo Correa e Barbosa
(2018), o acesso ao PAA permitiu melhoria gradativa na qualidade dos produtos e estes
passaram a ser mais conhecidos na localidade, ampliando os níveis de produção e
comercialização.
O PAA tem construído elementos em sua formação que induzem ao
redirecionamento do papel exercido pela agricultura familiar no contexto do
desenvolvimento da sociedade brasileira, sobretudo na ótica do desenvolvimento mais
equitativo. Ele incorpora setores marginalizados na economia e valoriza a atuação dos
agricultores familiares enquanto agentes promotores do desenvolvimento
(MARTINELLI et al., 2015).
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As pesquisas apontaram que o PAA apresenta efeitos sinérgicos que provocam
benefícios interligados e correlacionados. Além de ser uma política que contribui na
geração de renda, comercialização e garantia da venda, ela cria também condições
para a redução da Insan, tanto pelo aumento do acesso ao alimento por parte de
pessoas em situação de risco (AGAPTO et al., 2012), quanto pelo estímulo à
alimentação saudável, resultando em melhoria da saúde dos beneficiários
consumidores (OLIVEIRA & BERGAMASCO, 2014).
No âmbito das cadeias produtivas da sociobiodiversidade, o PAA, além de ser
um mercado estratégico, é uma ferramenta importante para a valorização desses
produtos e para o fortalecimento dos seus Arranjos Produtivos Locais, conforme
observado no livro “Arranjos Produtivos Locais (APLs) de produtos da
sociobiodiversidade”, que analisou 18 casos de organizações inseridas nessas cadeias
(BRASIL, 2017).
Além de incentivar a diversificação da produção e o policultivo, o PAA estimula
também a produção de orgânicos e/ou boas práticas agrícolas, pois permite pagar um
preço até 30% maior para a aquisição desse tipo de produtos. Os órgãos de assistência
técnica e extensão rural tem papel fundamental neste aspecto, já que eles auxiliam no
manejo e na condução de boas práticas agrícolas para preservação e recuperação do
solo. Em Alvorada do Oeste (RO) Aleixo et al. (2016) identificaram que a Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) fornece orientações por meio de visitas
às propriedades rurais, acompanhamentos, cursos e palestras e que tais ações refletem
diretamente na qualidade, no nível de diversidade dos produtos, no manejo e na
inserção de tecnologias e novas técnicas de produção.
Embora os desafios existam, o PAA foi se aperfeiçoando ao longo dos anos e
está entre as ações mais inovadoras em termos de políticas públicas já implementadas
no Brasil. O programa ficou conhecido nacional e internacionalmente pelo seu caráter
original e intersetorial de atuação, com inserção de novas metodologias de compras
públicas e formação de preços, inclusão da agricultura familiar e povos e comunidades
tradicionais na política agrícola, permitindo o diálogo entre os órgãos e as esferas de
governo, e destes com a sociedade civil organizada (SAMBUICHI et al, 2019).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Mark.Contabilidade Gerencial. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências.
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2015.
GRISA, C., SCHMITT, C. J., MALUF, R. S., & LEITE, S. (2010). O Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) em perspectiva: apontamentos e questões para o
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JESSI B.; JUTTA S.; WOOD G. Provenance White Paper. Estados Unidos da América.
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JUSTEN FILHO, M.. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 16ª ed.
– São Paulo: Dialética, 2014.
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Administração Empresarial, São Paulo, v. 53, n. 1, p. 82-90, jan./fev. 2013.
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fornecedores. 2018.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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